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sábado, 8 de janeiro de 2022

XV de Jaú e Mixto não saem do zero no Zezinho Magalhães

Texto e fotos: Fernando Martinez


Saímos de Iacanga depois da primeira parada da quinta-feira sem acompanhar o duelo principal pois o cronograma monstro do Jogos Perdidos reservava uma rodada dupla genial em um local que eu tinha vontade de visitar desde criança. Falo do belo Estádio Zezinho Magalhães. Como Jaú foi a sede do Grupo 10 da Copa São Paulo de Futebol Júnior, fiz questão de armar alguma rodada com a casa do Galo da Comarca, mesmo sem time novo.

O caminho entre Iacanga e Jaú tem por volta de 100 quilômetros. Levamos mais tempo do que o previsto pois pegamos um temporal insano no meio do caminho, daqueles que obrigam a gente quase se arrastar na estrada. O medo era que essa chuva também estivesse no nosso destino, situação que iria atrapalhar bastante a chegada e minha missão de pegar as fotos oficiais.

Perdemos 20 minutos nessa loucura. Felizmente não foi o suficiente para atrasar a jornada. Entramos na bela cidade fundada em 1853 e logo estávamos no portão principal. Como o portão de imprensa é o mesmo do torcedor, pintou aquela sempre absurda discussão com a PM a respeito do meu guarda-chuva e do banquinho. Não adianta, é sempre assim. Quando entrei no Zezinho Magalhães pintou aquele choque ao ver que o lugar realmente é sensacional. A primeira impressão que temos é a melhor possível.

Inaugurado em 1973 em amistoso do XV contra o Juventus, o "Jauzão" tem capacidade atual de pouco menos de 13 mil torcedores, mas o tamanho da construção é colossal. O terreno de todo o complexo é enorme e além das dependências para torcida e imprensa, no lado oposto estão os vestiários, as sedes dos departamentos profissional e amador, sala de musculação e alojamentos. Uma praça de esportes de respeito.

Cresci nos anos 80 vendo o XV na primeira divisão e adorava acompanhar as pelejas no Zezinho Magalhães pela TV. O time verde e amarelo sempre foi um adversário complicado de pegar na sua casa. No fim dos anos 90, já longe da elite, morei em Bauru e nunca tive a chance de pegar a gloriosa Rodovia João Ribeiro de Barros, a SP-225, e ver um joguinho ali.



Visão geral do belíssimo Zezinho Magalhães e o genial placar não-eletrônico que fica próximo dos bancos de reserva

Quando o Jogos Perdidos nasceu, lá em 2004, fizemos muitas viagens pelo interior, mas também não consegui ver nada em Jaú. Na nossa história, foram apenas três coberturas na casa do Galo: empate de 3x3 contra a Francana na A3 de 2006, vitória por 3x0 contra o Oeste, então de Itápolis, na A2 de 2007 e goleada contra a Francana, de novo, na A3 de 2010.

Doze anos após a última matéria, chegou a minha vez de contar tudo sobre uma apresentação do Galo da Comarca no seu estádio. Em meio à programação insana da edição 2022 da Copinha, iniciei os trabalhos por lá com o duelo entre o XV de Novembro de Jaú e o genial Mixto de Cuiabá, time que não via ao vivo desde 2001. Duelo que poderia muito bem ter acontecido em qualquer Taça de Prata no começo da década de 80. Vale lembrar que o Alvinegro da Getúlio Vargas é o atual campeão do mato-grossense sub-20 e por isso se garantiu para a disputa de sua quinta Copinha, a primeira em 16 anos.




Fotos oficiais de XV de Jaú e Mixto. Foi apenas a primeira vez que fiz a imagem do time do Mato Grosso, já que não os via desde 2001. Abaixo, o quarteto de arbitragem e os capitães

Na rodada inicial, os dois foram derrotados - o XV pelo Castanhal e o Mixto pelo Grêmio - e a vitória era necessária para o sonho da classificação não virar água antes da jornada final. Fiz as fotos oficiais debaixo das últimas gotas de chuva e quando a peleja começou felizmente São Pedro fechou a torneira.






Momentos do primeiro tempo de XV de Jaú x Mixto

Tinha menos gente nas arquibancadas do que na estreia. O revés contra o Castanhal e o dilúvio provavelmente afastou a rapaziada. Quem foi se irritou facilmente com a tímida atuação dos donos da casa. É, não foi um jogo bom. Na etapa inicial a melhor chance foi do Mixto em cobrança de falta de Carioca.

No tempo final pouco mudou e embora XV e Mixto tenham chegado perto do gol adversário, a emoção passou longe da bela cancha. Eu confesso que mesmo odiando 0x0 nem liguei, pois estava tão pilhado de estar vendo uma partida ali que o placar era o que menos importava.






No tempo final, os times não melhoraram muito o cenário e vi meu terceiro 0x0 no ano

Ao fim dos 90 minutos, o XV de Jaú 0-0 Mixto só não decepcionou o que vos escreve, mas todo mundo que estava no Zezinho Magalhães ficou bem irritado. O empate complicou a situação dos dois pensando em uma vaga na segunda fase. Só uma combinação de resultados colocará um deles entre os 64 melhores colocados.

Boa parte dos presentes foi embora e não viu o jogo de fundo. Eu fiquei, claro.

Até lá!

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Ficha Técnica: XV de Jaú 0x0 Mixto

Em breve
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