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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Esquadrão calunga cede empate em casa pela Segundona

Salve amigos!

Após duas semanas, a sucursal da Baixada volta a atacar. Desta vez, novamente em São Vicente, no simpático Estádio Mansuetto Pierotti, em companhia de minha namorada e ajudante Bruna, para acompanhar o confronto entre São Vicente AC e AD Guarujá, válido pela 9ª rodada do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Diante da presença de um bom número de torcedores, parti para o centro do gramado e efetuei as tradicionais fotos da partida:


São Vicente AC - São Vicente/SP. Foto: Estevan Mazzuia.


AD Guarujá - Guarujá/SP. Foto: Estevan Mazzuia.


O árbitro André Luís de Oliveira, os assistentes Fabrício Porfirio de Moura e Maurício Helder Alexandrino, o quarto árbitro Carlos Eduardo de Carvalho e os capitães vicentino e guarujaense. Foto: Estevan Mazzuia.

O jogo começou movimentado e em seu primeiro ataque a equipe anfitriã obteve um escanteio. Na cobrança, uma jogada já tradicional e mortal: Lutcho levantou na pequena área, o capitão Marcão chegou na velocidade, e voou pra cabecear e abrir o placar.


Marcão cabeceia contra o gol de Fofão e abre o placar da partida. Foto: Estevan Mazzuia.

Mesmo com o gol, a equipe Calunga seguiu no ataque. Com 10 minutos de jogo, Lutcho cobrou uma falta pela direita, e Thiaguinho cabeceou na trave.


Bola na área visitante: uma constante na primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

O domínio vicentino persistiu durante a primeira etapa, embora o ritmo tenha caído nos 15 minutos derradeiros. O Guarujá quase se aproveitou, mas Lima desperdiçou a grande chance de empatar, aos 35 minutos, de frente para o gol de Diego.

O placar da primeira etapa foi justo, refletindo a tranqüilidade da equipe branca diante do nervosismo dos amarelos, em pior situação na tábua de classificação. O grande destaque de toda a partida, entretanto, foi um simpático cãozinho, que latia incansavelmente, atrás das bolas, e, injuriado, mastigava o alambrado tentando invadir o campo.


Momentos de fúria canina durante São Vicente x Guarujá. Fotos: Estevan Mazzuia.

O treinador Marcos Bruno fez duas alterações no intervalo, sacando Candido e Lazaro. Entraram Xandi e o ágil Robinho. Os efeitos das alterações vieram logo aos 6 minutos: Roney cobrou escanteio da esquerda e Robinho cabeceou para as redes, empatando a peleja.


Mesmo após o empate, a bola continuou rondando a área do Guarujá. Foto: Estevan Mazzuia.

O próprio Robinho quase virou o placar, um minuto depois de assinalar seu gol. A resposta vicentina veio aos 10 minutos, pelos pés de Henrique Domingos, que bateu a direita de Fofão. Aos 12 minutos, nova bola na trave do Guarujá, após escanteio cobrado pos Lutcho e arremate de Pedro Henrique. Aos 30 minutos começou a chover forte. Com a chuva e as condições do gramado, ficou muito difícil produzir algo. Na bola parada, o São Vicente quase desempatou, em cobrança de falta de Thiaguinho, aos 35 minutos.


Chuva prejudicou os minutos finais da partida. Foto: Estevan Mazzuia.

Aos 39 minutos, Adriano recebeu o segundo cartão amarelo e deixou os visitantes com um a menos. Aos 46, em rápido contrataque vicentino, Diogo Gama toca rasteiro à esquerda de Fofão, mas a bola, caprichosamente, atinge, pela terceira vez na partida, as traves guarujaenses.

Não houve tempo para mais nada: São Vicente 1x1 Guarujá. Os donos da casa perderam a chance de embalar de vez, após a boa vitória em Ulrico Mursa. A irregularidade, aliás, tem sido a marca do esquadrão Calunga no certame. O Guarujá, por sua vez, teve um bom resultado, e segue correndo por fora entre as seis equipes com chances de classificação. Foi isso.

Abraços!

Estevan

terça-feira, 28 de junho de 2011

Empate sem gols entre União Mogi e Manthiqueira pelo Grupo 5 da Segundona

Opa,

Com a rodada tripla do sábado poderia ter ficado quietinho em casa durante o domingão, mas um jogo imperdível estava marcado para a cidade de Mogi das Cruzes. Caí da cama com um sono absurdo, enfrentei o frio e me preparei mentalmente para mais de duas horas em trens da CPTM. Tudo para acompanhar in loco o jogo entre União Mogi e Manthiqueira no Estádio Francisco Ribeiro Nogueira, pela 9ªrodada do Grupo 5 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Não dava para perder essa peleja pois já estava buscando ver a equipe de Guaratinguetá desde a primeira rodada. Time novo na Segundona, ainda mais sendo "perto" de casa, não é toda hora que acontece. Graças a essa pecualiaridade, o Mílton e o David também resolveram enfrentar a fria manhã.

Diferente do que rolou quando estive lá para o jogo do União contra o Primeira Camisa, aonde demoramos demais para chegar no Nogueirão, dessa vez não tivemos absolutamente nenhum problema. Desembarcamos na Estação Mogi das Cruzes faltando uma hora e meia para o jogo começar. Sem pressa, fomos a pé para o estádio. Como a fome estava complicada, fiz um saudável café da manhã numa padoca perto dali. Mesmo num ritmo moroso, estava dentro de campo com tempo suficiente para a partida.

Fui bem recebido pelo pessoal do União e logo as equipes entraram em campo. Legal ver o Manthiqueira jogando de azul, numa combinação rara de ser nos dias de hoje.


União FC - Mogi das Cruzes/SP. Foto: Fernando Martinez.


AD Manthiqueira FL - Guaratinguetá/SP. Foto: Fernando Martinez.


Trio de arbitragem composto pelo árbitro Ilbert Estevam da Silva e pelos auxiliares Anderson José Coelho e Maria Núbia Leite, junto com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

O Grupo 5 tinha até essa partida o Manthiqueira com a chance de chegar ao mesmo número de pontos do União Suzano, hoje o quarto colocado da chave. Se vencesse por 4 gols de diferença inclusive a equipe de Guaratinguetá roubaria a posição do time suzanense e entraria no G4. O União, praticamente eliminado com apenas 4 pontos, queria mostrar serviço depois de duas derrotas em sequência.

Só que o primeiro tempo foi todo do time visitante. O Manthiqueira dominou completamente as ações ofensivas e criou muitas oportunidades para abrir o marcador. Logo aos 5 minutos a equipe teve um pênalti anotado para si, com a interpretação do árbitro que um zagueiro local colocou a mão na bola dentro da área. O pessoal do União reclamou demais dessa marcação.

Pude acompanhar a conversa entre os atletas do Manthiqueira para definir quem bateria o pênalti. Apesar do camisa 8 Xuxa ser o batedor oficial da equipe, o camisa 10 Gilsinho pegou a bola e quis cobrar a penalidade. Após muita conversa, todos se convenceram que ele era a melhor opção para a batida. Mas na cobrança ele vacilou, e a estrela do goleiro John começou a brilhar no Nogueirão. O arqueiro defendeu de forma precisa, esticando o braço e evitando que a bola fosse morrer no seu canto esquerdo.


Lance do pênalti marcado para o Manthiqueira no começo do jogo contra o União Mogi. Foto: Fernando Martinez.


Exato momento da defesa do goleiro John em pênalti batido por Gilsinho. Foto: Fernando Martinez.

Mas o Manthiqueira nem sentiu o pênalti perdido e criou inúmeras oportunidades para abrir o placar. Mas o goleiro John estava num daqueles dias inspiradíssimos. Ele fez pelo menos três milagres em lances diferentes, impedindo que o onze visitante ficasse em vantagem na partida. A equipe local só foi começar a se aventurar no ataque após os 30 minutos, em chegadas pela esquerda.


Chance do Manthiqueira em escanteio pela direita. Mas a zaga afastou o perigo. Foto: Fernando Martinez.


Boa saída do goleiro John, em ótima atuação dele. Foto: Fernando Martinez.

Ao final dos 45 minutos, acho que pudemos contabilizar pelo menos 10 chances claríssimas de gol somados os dois times, mas o intervalo veio sem a abertura do marcador. Nesse intervalo fui para as frias numeradas do local e também encontrei os amigos Raul e Nílton, outros que caíram da cama no domingo cedo.


Zaga do União protegendo a bola de atacante do Manthiqueira. Foto: Fernando Martinez.


O Manthiqueira criou inúmeras oportunidades, mas não conseguiu vencer o arqueiro local. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo o União voltou melhor, e a partida ficou mais equilibrada. O que não se alterou foi o número de oportunidades de gol criadas. Foram muitas, agora dos dois lados. O time de Mogi das Cruzes passou a assustar em ataques rápidos pela direita, levando bastante perigo.


Lance dentro da área do União Mogi no segundo tempo de partida. Foto: Fernando Martinez.

O Manthiqueira também continuou buscando vencer o goleiro John, mas ele teve uma atuação espetacular. Foram mais três milagres, em lances que já esperávamos o gol. Os visitantes ainda chutaram uma bola na trave em ataque pela esquerda... Mas o dia não era mesmo dos atacantes.


Cobrança de falta para os locais no final da partida. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: União Mogi 0-0 Manthiqueira. Odeio partidas que terminam sem a abertura do placar, ainda mais em jogos assim, aonde não seria nenhum exagero se tivéssemos um 3x3 estampado ao final dos 90 minutos. Mas não podemos vencer sempre. O empate deixou o time de Guaratinguetá com 10 pontos, mas somente na sexta colocação do Grupo 5, a dois da zona de classificação. O União soma 5 pontos, e provavelmente busca um final de campeonato digno.

Juntamos os amigos depois do apito final e fomos todos tomar uma tubaína esperta num botecão ao lado do Nogueirão. Na sequência do caminho, percebemos que o tempo estava fechando, e foi só chegar na estação que um verdadeiro dilúvio caiu. O frio chegou forte também. Punk mesmo foi aguentar os trens da CPTM apinhados de gente, mas como diria o outro, fazemos "tudo pelo social".


Toda a turma presente no Nogueirão fazendo pose para o JP ao final da partida União Mogi 0x0 Manthiqueira. Foto: Fernando Martinez.

Cheguei em casa três horas depois, e ainda com ânimo de ver o rebaixamento do River Plate pela TV, e a vitória corintiana no Majestoso pelo rádio. Posso dizer que foi um domingo bem agradável.

Até a próxima!

Fernando

Portuguesa Santista vence mais uma na Segundona 2011

Olá,

Após o empate entre Nacional e EC São Bernardo no sábado à tarde, ainda restava uma bela partida de futebol no cronograma do sábado para acompanharmos. Três frentes diferentes de amigos seguiram da Zona Oeste paulistana para o Baetão, na cidade de São Bernardo do Campo, aonde Palestra e Portuguesa Santista fariam mais um jogo do Grupo 6 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Eu, junto com o amigo Rodrigo Colucci, segui pela frente "A", já que ganhamos uma carona no fantástico Lada Niva do Thiago até a porta do estádio. A frente "B" reuniu o Jurandyr, que coletou o Alfredo e o Mílton no caminho. A frente "C" foi de trem e trólebus, e reuniu os suzanenses Raul e Nílton. A nossa caravana chegou cedo, e faltando uma hora para o jogo já estávamos no Baetão.

Como o jogo foi televisionado pela Rede Vida, encontrei por lá o Antônio Carlos Ventura, ex-árbitro e repórter nas transmissões esportivas do canal. Como sempre, tivemos um papo recheado de histórias de bastidores dos anos 80, época em que o então árbitro perambulava pelos campos "perdidos" do interior paulista. Muito bom entender fatos que parecem sem relação por quem estava lá como testemunha ocular da história.

Após o papo, fui fazer novamente as fotos oficiais e exclusivas da peleja:


Palestra SB - São Bernardo do Campo/SP. Foto: Fernando Martinez.


AA Portuguesa - Santos/SP. Foto: Fernando Martinez.


Posando de forma exclusiva para o JP, capitães do Palestra e da Briosa, o árbitro Uelington Rosa Pereira e os assistentes Alex Alexandrino e Junivan Rodrigues de Sousa. Foto: Fernando Martinez.

Os dois times fazem campanhas muito diferentes e o antagonismo entre os dois é evidente. Enquanto a Portuguesa faz um belo campeonato em busca de voltar ao lugar que merece estar, o Palestra faz um campeonato pífio, aonde venceu apenas o lanterna do grupo e já está eliminado da competição com antecedência. Sem dúvida alguma, fui acompanhar o ataque da Briosa no tempo inicial.

Gostei da atuação das duas equipes, já que nas duas vezes que tinha acompanhado a Briosa ao vivo, a equipe venceu sem convencer (contra Nacional e Guarujá). No sábado a equipe santista jogou muito bem e mandou no jogo desde os primeiros momentos. Com 2 minutos, a equipe já tinha criado duas chances de ouro para abrir o placar.


Zaga do Palestra arrepiando a bola em chegada da Briosa. Foto: Fernando Martinez.

A primeira foi logo aos 30 segundos e terminou em pênalti do goleiro alvi-verde, mas o lance foi impugnado por impedimento num lance interior. Com 1 minuto e meio, a equipe visitante teve a chance do gol em chute pra fora mesmo com o goleiro caído. A Portuguesa continuou com essa blitz durante os minutos seguintes, e abriu o marcador com um chutaço de fora da área de Marlon que parou no ângulo direito do goleiro Vinícius. Isso aconteceu aos 12 minutos.


Momento do chute do jogador Marlon, que resultou no primeiro gol da partida. Foto: Fernando Martinez.

Atrás no placar, o Palestra passou a buscar o empate, e criou boas chances, mostrando relativa qualidade no seu setor ofensivo. O jogo ficou mais equilibrado e muito movimentado, mas o marcador não teve mais alterações durante o restante da primeira etapa.


Lance do jogo entre Palestra e Portuguesa Santista. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo da partida voltei a conversar com o Ventura, e também tive a oportunidade de ser novamente entrevistado ao vivo por ele durante a transimssão da Rede Vida. Nos primeiros minutos da etapa final, acompanhei ainda o ataque da Briosa e apareci mais de uma vez em close na transmissão da TV. Isso por estar fazendo as imagens na marca de córner.


Zaga palestrina sofrendo marcação firme dos atacantes santistas. Foto: Fernando Martinez.

A Portuguesa melhorou e voltou a ter o domínio da partida, e mesmo com os palestrinos fazendo um bom jogo, não deu chances para o adversário. Mas o gol não saía, e isso fazia com que a partida ficasse sem definição até os momentos finais do jogo.


O camisa 3 local protegendo a pelota de atacante da Portuguesa. Foto: Fernando Martinez.

Por volta dos 30 minutos tivemos um lance lamentável, mas fora do campo. Alguns "torcedores" do São Bernardo FC que estavam presentes na parte coberta do Baetão tiveram a ideia de jerico de tentar rasgar faixas da torcida da Briosa presente no estádio. Obviamente essa lamentável ação fez com que rolasse, nas palavras do David, um "sururu colossal". Pena que esses figuras travestidos de torcedores fugiram e não sofrerão algum tipo de punição por essa ideia "brilhante".

Mas o jogo ainda rolava, e aos 39 minutos finalmente a Portuguesa Santista transformou seu domínio em gol. Depois de bom passe em profundidade, o jogador Cleiton entrou na área e tocou na saída do goleiro. Fatura liquidada com vitória do onze santista.


Escanteio para a Briosa pela direita do seu ataque no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Palestra 0-2 Portuguesa Santista. O resultado levou a Briosa para o segundo lugar do Grupo 6 com os mesmos 19 pontos do líder EC São Bernardo, mas com 10 gols de saldo, contra 11 do Bernô. O time está indo bem em busca de uma das vagas na A3 de 2012. Já o Palestra continua com os míseros 4 pontos e somando agora 7 derrotas em 9 jogos.

Depois de 13 horas fora de casa, voltei para o meu lar cansado, com sono e morrendo de fome, mas feliz pela rodada tripla feita. Só que nem deu tempo de descansar direito, já que tive que madrugar para ver mais um jogo da Segundona no domingo cedo... e o melhor, com time novo na Lista.

Até lá!

Fernando

Ufa! Nacional pára o líder Bernô e conquista o primeiro ponto na Segundona

Fala, pessoal!

A partida da sessão vespertina do último sábado foi um clássico das divisões de acesso do estado de São Paulo nos anos 80. No Estádio Nicolau Alayon, Nacional e Esporte Clube São Bernardo se encontraram pela 26ªvez pelo torneio estadual em mais um joguinho pelo Grupo 6 da edição 2011 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Saindo de Mauá após a sessão matutina, fui de trem até a Estação Água Branca, para dali seguir a pé até o histório estádio. Na Barra Funda encontrei o cinéfilo David, dando um tempo na mostra do Hitchcock, e na saída da estação os amigos Raul e Nílton, esse pela primeira vez numa jornada conosco. Fizemos um brinde num boteco "crasse A" e minutos depois já estávamos nas dependências da Comendador Souza.

Sempre acompanhando o EC São Bernardo, os amigos Thiago e Pedro já tinham deixado as faixas todas prontas bem antes do apito inicial. Figuras como o Rodrigo Colucci, Jurandyr, Paolo Gregori e seus filhos Lorenzo e Vitorio também estavam lá, assim como os amigos da torcida nacionalina e o faz-tudo Miguel. Outras figurinhas carimbadas também estavam lá, mais uma vez para acompanhar outro capítulo da via-crucis nacionalina.

A casa estava cheia, e depois de cumprimentar todos, fui para o campo de jogo fazer as fotos oficiais dos times e do trio de arbitragem. Destaque para a bela camisa do Nacional e para a estreia do uniforme 3 do Bernô, homenageando uma equipe de sucesso dos anos 60.


Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


EC São Bernardo - São Bernardo do Campo/SP. Foto: Fernando Martinez.


O árbitro Marcos Silva Gonçalves junto aos assistentes Reinaldo Rodrigues dos Santos e Mauro André de Freitas. Os capitães das equipes também marcam presença na imagem. Foto: Fernando Martinez.

Líder do Grupo 6, o São Bernardo contava com os três pontos para continuar em primeiro lugar sem depender do jogo que seria realizado à noite entre Palestra e Portuguesa Santista. Já disse mais de uma vez que considero o Bernô a melhor equipe da chave, e eu imaginava que a equipe era ampla favorita no confronto.

Já para o Nacional, eliminado com muita antecedência do certame e com a segunda pior campanha geral, o jogo tinha como principal motivação a chance de tentar não bater o recorde negativo histórico de maior número de derrotas seguidas no começo de um campeonato em todos os tempos. Como em 1950 (mas ainda na elite do estado), o time perdeu seus oito primeiros jogos nesse ano, e um novo revés deixaria esse time atual marcado para sempre com essa incômoda "conquista". Com certeza um lamentável recorde nos seus 92 anos de existência.

Mas diferente do que possa parecer, não considero essa equipe do Nacional um time horroroso. Vi bons jogos do time, e o problema para mim é a falta de confiança e a falta também de alguns atletas mais experientes para mesclar com a juventude dos atletas que lá estão. Em alguns jogos que acompanhei o time jogou melhor, e acabou sendo derrotado no detalhe e em problemas pontuais. Quando a fase está ruim, tudo vira um problema.


Ataque do Bernô pela direita no começo da partida contra o Nacional. Foto: Fernando Martinez.

E falando já da partida do sábado, mais uma vez vi que o time estava bastante motivado. Tudo bem que o São Bernardo não mostrou o futebol que faz a equipe ser a melhor do grupo, mas o onze ferroviário jogou com bastante força de vontade desde os primeiros minutos de jogo. O equilíbrio foi a marca da etapa inicial.


Seis jogadores vendo quem pulava mais alto em bola alçada na área do Nacional. Foto: Fernando Martinez.


Mais um cruzamento dentro da área nacionalina. Foto: Fernando Martinez.

Mas o Bernô acabou conseguindo abrir o placar aos 21 minutos, quando o camisa 6 nacionalino Lucas tentou cortar um chute da esquerda e colocou dentro das próprias redes. Na súmula o gol foi dado para o jogador Róbson, mas para mim o gol claramente foi contra. O time local sentiu o gol e chegou perto de sofrer mais um por duas vezes. Numa delas, a bola tirou tinta da trave defendida pelo goleiro Pedro.


Exato momento do gol do São Bernardo na partida. Na imagem, vemos o atleta do Nacional ainda com a perna esticada e a bola entrando no ângulo. Foto: Fernando Martinez.

O primeiro tempo então se encerrou com a vantagem mínima para o time do ABC paulista. No intervalo rolou muita conversa com os inúmeros amigos presentes na Comendador Souza. E 9 entre 10 conversas foram sobre a situação atual do time paulistano... melancólica para alguns, lamentável para outros. Mas todos com a certeza de que algo precisa ser feito para que o time possa ao menos disputar de forma decente um lugar na Série A3.


Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.


Dois momentos no intervalo: David e Lorenzo trocando figurinhas como se não tivesse amanhã e os amigos torcedores do Bernô felizes com a campanha do clube. Fotos: Fernando Martinez.

Fui fazer companhia aos amigos torcedores do Bernô no começo da etapa final, e dali vi o Nacional jogar seus melhores 45 minutos na competição até aqui. O São Bernardo recuou demais, pensou muito na defesa e com isso deu todos os espaços para que o time ferroviário pudesse criar perigosas chances de gol.


Falta para o time ferroviário no bom segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Só que o onze local sofreu um baque aos 21 minutos, quando o jogador Ronaldo foi expulso. Com um a menos a situação se complicou, e o time precisaria se superar para ter melhor sorte. Mesmo com um a mais em campo, o Bernô não conseguiu se impor dentro do gramado. Jogando com uma raça incrível, o Naça estava em desvantagem numérica, mas continuava melhor.


O São Bernardo atacou muito pelo alto, aqui em oportunidade no tempo final. Foto: Fernando Martinez.

A bela atuação então foi premiada aos 36 minutos, quando o árbitro marcou uma penalidade máxima a favor da equipe paulistana. Na cobrança, Oliveira bateu firme, e mesmo com o goleiro Jefferson tendo tocado na bola, a torcida ferroviária fez a festa com o gol de empate.


Cobrança de pênalti de Oliveira, decretando a igualdade no marcador. Foto: Fernando Martinez.

Nos minutos finais os locais ainda tiveram a chance da virada, mas a igualdade no marcador permaneceu. Final de jogo: Nacional 1-1 EC São Bernardo. O resultado foi bastante comemorado pelos atletas nacionalinos, já que o terrivel recorde negativo não foi quebrado. Mas independente da bela partida, é triste ver que o Naça comemore o primeiro ponto conquistado em 27 disputados como se fosse uma final de Copa. A equipe não merece estar nesse lugar.

Já para o Bernô, que permaneceu na liderança da chave, o alerta precisa ser feito, pois qualquer bobeada em fases seguintes pode ser fatal. Mas confio muito na qualidade da equipe, e acho que ela dará muito trabalho ainda na competição. Mas o apito final dessa partida não decretou o final da minha jornada do sábado. Precisava voltar ao ABC para a rodada noturna do JP.

Até lá!

Fernando

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mauaense vence o Jabaquara e chega firme em busca da classificação na Segundona

Fala, pessoal!

Continuando com os posts desse feriado prolongado, o sábado me proporcionou uma rodada tripla imperdível, mas ao mesmo tempo bem cansativa. O dia começou cedinho, pois saí de casa pouco depois das 8 da matina com destino à cidade de Mauá. No Estádio Pedro Benedetti, Mauaense e Jabaquara se enfrentariam em jogo válido pela 9ªrodada do Grupo 6 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Antes de falar sobre o jogo, agora (pra variar um pouquinho) seguem as fotos exclusivas das equipes e do trio de arbitragem:


GE Mauaense - Mauá/SP. Foto: Fernando Martinez.


Jabaquara AC - Santos/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães dos times junto com o árbitro Leonardo Vinícius Pereira, os assistentes Daniel Paulo Ziolli e Humberto Lellis Leite e o quarto árbitro Alex Lopes Loula. Foto: Fernando Martinez.

Estivemos na partida de ida entre os dois times, realizada no Estádio Espanha no primeiro turno. Naquela oportunidade o time da Grande São Paulo sagrou-se vencedor pelo placar de 2x0. Na disputa por uma vaga na próxima fase, as equipes prometiam um jogo muito bem disputado.

Na história dos confrontos entre Mauaense e Jabuca válidos por campeonatos paulistas contávamos com um total de 33 duelos até então. Foram 13 vitórias do Leão da Caneleira (dentro de campo, já que um dos jogos foi para o TJD em 1985), 9 empates e 11 vitórias do Grêmio. O Jabuca marcou 29 gols e o Mauaense 32. Um duelo altamente equilibrado.

Com o forte sol, decidi acompanhar o ataque visitante durante os primeiros 45 minutos de jogo. A peleja começou bastante igual, sem que nenhum dos dois times tomasse conta das ações. Mesmo com o equilíbrio, o Mauaense conseguiu abrir o placar aos 12 minutos, com um chutaço de Juninho de fora da área, sem chances para o goleiro Gomes.


Zagueiro do Grêmio afastando o perigo em chegada do Jabaquara. Foto: Fernando Martinez.


Disputa de bola em ataque do Leão da Caneleira pela direita. Foto: Fernando Martinez.

Atrás no marcador, o Jabaquara passou a levar bastante perigo ao gol do Grêmio, e mostrou um futebol superior durante os minutos restantes da etapa inicial. Mas a equipe abusou do direito de perder gols. Quando a bola não ia pra fora, o goleiro Jeirrison praticava boas defesas, segurando a vantagem mínima para os locais.


No melhor jogo do Jabuca, até atacante do Mauaense foi pra defesa segurar a bronca dos locais. Foto: Fernando Martinez.

Quando o primeiro tempo se aproximava do final, o Jabaquara conseguiu traduzir seu domínio num gol do capitão Beto. Ele aproveitou bola mal rebatida da zaga local e tocou firme no canto direito do arqueiro da Locomotiva. Com o placar empatado por um gol, chegamos no intervalo da peleja.


Saída do goleiro do Mauaense Jeirrison no primeiro tempo do jogo contra o Jabaquara. Foto: Fernando Martinez.

Como sempre faço, fui para as cabines de imprensa na etapa final, e dali vi um segundo tempo com a equipe santista ainda melhor postada em campo, mas sem conseguir a virada. O Grêmio irritava sua torcida com chutes sem direção. Mas aos 11 minutos, os locais se aproveitaram de falha da zaga jabaquarense e fizeram o segundo. Após chute cruzado da direita, a bola percorreu toda a área do Leão sem que a zaga cortasse. No segundo pau então apareceu livre o jogador Washington Diego, que tocou firme para deixar o Mauaense de novo na frente.


Mais uma investida jabaquarense pela direita do seu ataque, com a forte marcação do Grêmio. Foto: Fernando Martinez.

O panorama não se alterou nos minutos seguintes, e o onze visitante tentou o empate com mais afinco. O Mauaense passou a levar bastante perigo em contra-ataques e aproveitando saídas de bola equivocadas da defesa do Jabuca. Acredito que por quatro ou cinco vezes os zagueiros santistas erraram o passo e deixaram a pelota livre para os atacantes locais.


Chegada do Grêmio nos primeiros minutos da segunda etapa. Foto: Fernando Martinez.

A equipe visitante então pagou um preço alto por isso, já que aos 40 minutos o atacante Rangel se aproveitou de um desses erros, ganhou a bola de presente e chutou de longe no canto direito do goleiro Gomes, marcando o terceiro gol do Grêmio, sepultando qualquer chance de resultado interessante para os visitantes e definindo de vez a partida.


A zaga do Jabaquara afastando o perigo... Mas eles falharam demais no tempo final. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Mauaense 3-1 Jabaquara. Mesmo jogando melhor, o Jabuca sofreu uma derrota que deixou a situação em busca da vaga mais complicada, já que continua com os mesmos 15 pontos, mas agora com a companhia do próprio Mauaense, que só fica atrás na tábua de classificação por ter um menor número de vitórias. O Leão da Caneleira precisará se desdobrar nos cinco jogos restantes caso ainda queira sonhar com a vaga. Para o time de Mauá, que ainda vai jogar contra Palestra e Nacional, os mais fracos da chave, a vitória deu um ânimo a mais.

Bom, mas após o apito final meu dia estava longe de terminar. Após mais um almoço com esfihas bem saudáveis perto do estádio, segui para a capital paulista ver se o Nacional de 2011 conseguia a "façanha" de quebrar seu recorde negativo.

Até lá!

Fernando