Fala, pessoal!
A partida da sessão vespertina do último sábado foi um clássico das divisões de acesso do estado de São Paulo nos anos 80. No Estádio Nicolau Alayon, Nacional e Esporte Clube São Bernardo se encontraram pela 26ªvez pelo torneio estadual em mais um joguinho pelo Grupo 6 da edição 2011 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Saindo de Mauá após a sessão matutina, fui de trem até a Estação Água Branca, para dali seguir a pé até o histório estádio. Na Barra Funda encontrei o cinéfilo David, dando um tempo na mostra do Hitchcock, e na saída da estação os amigos Raul e Nílton, esse pela primeira vez numa jornada conosco. Fizemos um brinde num boteco "crasse A" e minutos depois já estávamos nas dependências da Comendador Souza.
Sempre acompanhando o EC São Bernardo, os amigos Thiago e Pedro já tinham deixado as faixas todas prontas bem antes do apito inicial. Figuras como o Rodrigo Colucci, Jurandyr, Paolo Gregori e seus filhos Lorenzo e Vitorio também estavam lá, assim como os amigos da torcida nacionalina e o faz-tudo Miguel. Outras figurinhas carimbadas também estavam lá, mais uma vez para acompanhar outro capítulo da via-crucis nacionalina.
A casa estava cheia, e depois de cumprimentar todos, fui para o campo de jogo fazer as fotos oficiais dos times e do trio de arbitragem. Destaque para a bela camisa do Nacional e para a estreia do uniforme 3 do Bernô, homenageando uma equipe de sucesso dos anos 60.
Líder do Grupo 6, o São Bernardo contava com os três pontos para continuar em primeiro lugar sem depender do jogo que seria realizado à noite entre Palestra e Portuguesa Santista. Já disse mais de uma vez que considero o Bernô a melhor equipe da chave, e eu imaginava que a equipe era ampla favorita no confronto.
Já para o Nacional, eliminado com muita antecedência do certame e com a segunda pior campanha geral, o jogo tinha como principal motivação a chance de tentar não bater o recorde negativo histórico de maior número de derrotas seguidas no começo de um campeonato em todos os tempos. Como em 1950 (mas ainda na elite do estado), o time perdeu seus oito primeiros jogos nesse ano, e um novo revés deixaria esse time atual marcado para sempre com essa incômoda "conquista". Com certeza um lamentável recorde nos seus 92 anos de existência.
Mas diferente do que possa parecer, não considero essa equipe do Nacional um time horroroso. Vi bons jogos do time, e o problema para mim é a falta de confiança e a falta também de alguns atletas mais experientes para mesclar com a juventude dos atletas que lá estão. Em alguns jogos que acompanhei o time jogou melhor, e acabou sendo derrotado no detalhe e em problemas pontuais. Quando a fase está ruim, tudo vira um problema.
E falando já da partida do sábado, mais uma vez vi que o time estava bastante motivado. Tudo bem que o São Bernardo não mostrou o futebol que faz a equipe ser a melhor do grupo, mas o onze ferroviário jogou com bastante força de vontade desde os primeiros minutos de jogo. O equilíbrio foi a marca da etapa inicial.
Mas o Bernô acabou conseguindo abrir o placar aos 21 minutos, quando o camisa 6 nacionalino Lucas tentou cortar um chute da esquerda e colocou dentro das próprias redes. Na súmula o gol foi dado para o jogador Róbson, mas para mim o gol claramente foi contra. O time local sentiu o gol e chegou perto de sofrer mais um por duas vezes. Numa delas, a bola tirou tinta da trave defendida pelo goleiro Pedro.
O primeiro tempo então se encerrou com a vantagem mínima para o time do ABC paulista. No intervalo rolou muita conversa com os inúmeros amigos presentes na Comendador Souza. E 9 entre 10 conversas foram sobre a situação atual do time paulistano... melancólica para alguns, lamentável para outros. Mas todos com a certeza de que algo precisa ser feito para que o time possa ao menos disputar de forma decente um lugar na Série A3.
Fui fazer companhia aos amigos torcedores do Bernô no começo da etapa final, e dali vi o Nacional jogar seus melhores 45 minutos na competição até aqui. O São Bernardo recuou demais, pensou muito na defesa e com isso deu todos os espaços para que o time ferroviário pudesse criar perigosas chances de gol.
Só que o onze local sofreu um baque aos 21 minutos, quando o jogador Ronaldo foi expulso. Com um a menos a situação se complicou, e o time precisaria se superar para ter melhor sorte. Mesmo com um a mais em campo, o Bernô não conseguiu se impor dentro do gramado. Jogando com uma raça incrível, o Naça estava em desvantagem numérica, mas continuava melhor.
A bela atuação então foi premiada aos 36 minutos, quando o árbitro marcou uma penalidade máxima a favor da equipe paulistana. Na cobrança, Oliveira bateu firme, e mesmo com o goleiro Jefferson tendo tocado na bola, a torcida ferroviária fez a festa com o gol de empate.
Nos minutos finais os locais ainda tiveram a chance da virada, mas a igualdade no marcador permaneceu. Final de jogo: Nacional 1-1 EC São Bernardo. O resultado foi bastante comemorado pelos atletas nacionalinos, já que o terrivel recorde negativo não foi quebrado. Mas independente da bela partida, é triste ver que o Naça comemore o primeiro ponto conquistado em 27 disputados como se fosse uma final de Copa. A equipe não merece estar nesse lugar.
Já para o Bernô, que permaneceu na liderança da chave, o alerta precisa ser feito, pois qualquer bobeada em fases seguintes pode ser fatal. Mas confio muito na qualidade da equipe, e acho que ela dará muito trabalho ainda na competição. Mas o apito final dessa partida não decretou o final da minha jornada do sábado. Precisava voltar ao ABC para a rodada noturna do JP.
Até lá!
Fernando
A partida da sessão vespertina do último sábado foi um clássico das divisões de acesso do estado de São Paulo nos anos 80. No Estádio Nicolau Alayon, Nacional e Esporte Clube São Bernardo se encontraram pela 26ªvez pelo torneio estadual em mais um joguinho pelo Grupo 6 da edição 2011 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Saindo de Mauá após a sessão matutina, fui de trem até a Estação Água Branca, para dali seguir a pé até o histório estádio. Na Barra Funda encontrei o cinéfilo David, dando um tempo na mostra do Hitchcock, e na saída da estação os amigos Raul e Nílton, esse pela primeira vez numa jornada conosco. Fizemos um brinde num boteco "crasse A" e minutos depois já estávamos nas dependências da Comendador Souza.
Sempre acompanhando o EC São Bernardo, os amigos Thiago e Pedro já tinham deixado as faixas todas prontas bem antes do apito inicial. Figuras como o Rodrigo Colucci, Jurandyr, Paolo Gregori e seus filhos Lorenzo e Vitorio também estavam lá, assim como os amigos da torcida nacionalina e o faz-tudo Miguel. Outras figurinhas carimbadas também estavam lá, mais uma vez para acompanhar outro capítulo da via-crucis nacionalina.
A casa estava cheia, e depois de cumprimentar todos, fui para o campo de jogo fazer as fotos oficiais dos times e do trio de arbitragem. Destaque para a bela camisa do Nacional e para a estreia do uniforme 3 do Bernô, homenageando uma equipe de sucesso dos anos 60.
Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
EC São Bernardo - São Bernardo do Campo/SP. Foto: Fernando Martinez.
O árbitro Marcos Silva Gonçalves junto aos assistentes Reinaldo Rodrigues dos Santos e Mauro André de Freitas. Os capitães das equipes também marcam presença na imagem. Foto: Fernando Martinez.
Líder do Grupo 6, o São Bernardo contava com os três pontos para continuar em primeiro lugar sem depender do jogo que seria realizado à noite entre Palestra e Portuguesa Santista. Já disse mais de uma vez que considero o Bernô a melhor equipe da chave, e eu imaginava que a equipe era ampla favorita no confronto.
Já para o Nacional, eliminado com muita antecedência do certame e com a segunda pior campanha geral, o jogo tinha como principal motivação a chance de tentar não bater o recorde negativo histórico de maior número de derrotas seguidas no começo de um campeonato em todos os tempos. Como em 1950 (mas ainda na elite do estado), o time perdeu seus oito primeiros jogos nesse ano, e um novo revés deixaria esse time atual marcado para sempre com essa incômoda "conquista". Com certeza um lamentável recorde nos seus 92 anos de existência.
Mas diferente do que possa parecer, não considero essa equipe do Nacional um time horroroso. Vi bons jogos do time, e o problema para mim é a falta de confiança e a falta também de alguns atletas mais experientes para mesclar com a juventude dos atletas que lá estão. Em alguns jogos que acompanhei o time jogou melhor, e acabou sendo derrotado no detalhe e em problemas pontuais. Quando a fase está ruim, tudo vira um problema.
Ataque do Bernô pela direita no começo da partida contra o Nacional. Foto: Fernando Martinez.
E falando já da partida do sábado, mais uma vez vi que o time estava bastante motivado. Tudo bem que o São Bernardo não mostrou o futebol que faz a equipe ser a melhor do grupo, mas o onze ferroviário jogou com bastante força de vontade desde os primeiros minutos de jogo. O equilíbrio foi a marca da etapa inicial.
Seis jogadores vendo quem pulava mais alto em bola alçada na área do Nacional. Foto: Fernando Martinez.
Mais um cruzamento dentro da área nacionalina. Foto: Fernando Martinez.
Mas o Bernô acabou conseguindo abrir o placar aos 21 minutos, quando o camisa 6 nacionalino Lucas tentou cortar um chute da esquerda e colocou dentro das próprias redes. Na súmula o gol foi dado para o jogador Róbson, mas para mim o gol claramente foi contra. O time local sentiu o gol e chegou perto de sofrer mais um por duas vezes. Numa delas, a bola tirou tinta da trave defendida pelo goleiro Pedro.
Exato momento do gol do São Bernardo na partida. Na imagem, vemos o atleta do Nacional ainda com a perna esticada e a bola entrando no ângulo. Foto: Fernando Martinez.
O primeiro tempo então se encerrou com a vantagem mínima para o time do ABC paulista. No intervalo rolou muita conversa com os inúmeros amigos presentes na Comendador Souza. E 9 entre 10 conversas foram sobre a situação atual do time paulistano... melancólica para alguns, lamentável para outros. Mas todos com a certeza de que algo precisa ser feito para que o time possa ao menos disputar de forma decente um lugar na Série A3.
Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez.
Dois momentos no intervalo: David e Lorenzo trocando figurinhas como se não tivesse amanhã e os amigos torcedores do Bernô felizes com a campanha do clube. Fotos: Fernando Martinez.
Fui fazer companhia aos amigos torcedores do Bernô no começo da etapa final, e dali vi o Nacional jogar seus melhores 45 minutos na competição até aqui. O São Bernardo recuou demais, pensou muito na defesa e com isso deu todos os espaços para que o time ferroviário pudesse criar perigosas chances de gol.
Falta para o time ferroviário no bom segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.
Só que o onze local sofreu um baque aos 21 minutos, quando o jogador Ronaldo foi expulso. Com um a menos a situação se complicou, e o time precisaria se superar para ter melhor sorte. Mesmo com um a mais em campo, o Bernô não conseguiu se impor dentro do gramado. Jogando com uma raça incrível, o Naça estava em desvantagem numérica, mas continuava melhor.
O São Bernardo atacou muito pelo alto, aqui em oportunidade no tempo final. Foto: Fernando Martinez.
A bela atuação então foi premiada aos 36 minutos, quando o árbitro marcou uma penalidade máxima a favor da equipe paulistana. Na cobrança, Oliveira bateu firme, e mesmo com o goleiro Jefferson tendo tocado na bola, a torcida ferroviária fez a festa com o gol de empate.
Cobrança de pênalti de Oliveira, decretando a igualdade no marcador. Foto: Fernando Martinez.
Nos minutos finais os locais ainda tiveram a chance da virada, mas a igualdade no marcador permaneceu. Final de jogo: Nacional 1-1 EC São Bernardo. O resultado foi bastante comemorado pelos atletas nacionalinos, já que o terrivel recorde negativo não foi quebrado. Mas independente da bela partida, é triste ver que o Naça comemore o primeiro ponto conquistado em 27 disputados como se fosse uma final de Copa. A equipe não merece estar nesse lugar.
Já para o Bernô, que permaneceu na liderança da chave, o alerta precisa ser feito, pois qualquer bobeada em fases seguintes pode ser fatal. Mas confio muito na qualidade da equipe, e acho que ela dará muito trabalho ainda na competição. Mas o apito final dessa partida não decretou o final da minha jornada do sábado. Precisava voltar ao ABC para a rodada noturna do JP.
Até lá!
Fernando
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