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domingo, 30 de junho de 2013

JP na Copa das Confederações (parte 8 de 8): A Batalha de Fortaleza

Salve amigos!

Após duas semanas viajando pelo país em busca das pelejas da Copa das Confederações, e outras coisas mais, desfrutando sabores típicos, deliciando-me com os mais variados costumes e sotaques, e fazendo algumas amizades, chego ao capítulo final de minha saga nada perdida.


Ônibus da seleção espanhola flagrado pelo JP na Avenida Beira-mar de Fortaleza. Foto: Estevan Mazzuia.


Cartão postal de Fortaleza, a escultura de Iracema (personagem de José de Alencar), na praia de mesmo nome. Foto: Estevan Mazzuia.

Minha estada em Fortaleza culminou com a disputa da segunda semifinal do torneio, um clássico espanhol que dispensa maiores apresentações: Espanha e Itália, revivendo a última decisão de Eurocopa.


Vista externa do Castelão. Foto: Estevan Mazzuia.


Vista interna do Castelão, por ocasião da grande semifinal. Foto: Estevan Mazzuia.

No aeroporto de Fortaleza já a primeira decepção: no “stand” da Copa das Confederações, interrompi uma animada reunião entre os voluntários (?), mas nenhum deles soube me passar alguma informação sobre transporte ao Estádio Castelão.


Entrada das seleções. Foto: Estevan Mazzuia.

Quatro dias na cidade, e a não ser por alguns italianos e espanhóis na cidade, e pelo ônibus da seleção espanhola, nada me lembrava que eu estava em uma sede do evento. Como resultado, não arrisquei, fui de táxi mesmo. Detalhe: o Castelão é bastante periférico, muito longe do centro de Fortaleza.


Detalhe da primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

Como o bloqueio da FIFA estava a cerca de três quilômetros do palco, e o sol muito forte, apelei para algo que certamente será muito bem vindo aos estrangeiros em 2014. Uma agradável carona na garupa da bicicleta de um morador local. Padrão FIFA de transporte!!


Visão de meu assento, com pouca utilização do zoom. Foto: Estevan Mazzuia. Foto: Estevan Mazzuia.


As lentes JP flagram Pirlo e Xavi observando Piqué com a bola. Antológico. Foto: Estevan Mazzuia.

O entorno do estádio, em que pese a importância da partida, foi, a meu ver, o mais abandonado, de longe, em termos de presença de voluntários e pessoal operacional. Vi poucas pessoas orientando o público. Padrão FIFA novamente.


Candreva tanta evitar que Sérgio Ramos passe a bola para o craque Iniesta. Foto: Estevan Mazzuia.

Meu lugar, dessa vez, era pertinho do gramado: fileira D, ou seja, quarta fila, o mais perto que eu cheguei do palco principal, pelo menos oficialmente. Meu momento Andy Warhol ocorreu durante a execução do hino italiano, quando fui capturado pelas lentes de uma desavisada câmera a procura de um ítalo legítimo. Naquela fração de segundos pude ver-me no telão, eternizado no padrão FIFA de transmissões futebolísticas.


Ficou tremida, mas gostei mesmo assim! Foto: Estevan Mazzuia.


Casillas fechou o gol espanhol na primeira etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

De positivo nesse torneio, o bom nível técnico das partidas. Espero que na Copa do Mundo possamos continuar testemunhando embates do quilate desse Espanha x Itália, um 0 a 0 em que os gols nem fizeram falta, tamanha a emoção da partida.


Buffon, Fernando Torres e Bonucci, que seria decisivo na partida, observam disputa no meio de campo. Foto: Estevan Mazzuia.

Sem seu astro principal, Mario Balotelli, lesionado, a Itália entrou em campo como franco-atiradora, diante da toda poderosa Fúria. Mas a Azzurra foi uma das seleções que saiu do torneio bem avaliada, mostrando um futebol que poucas vezes se viu no selecionado da Bota.


Cruzamento de Xavi, já na segunda etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

Durante a primeira etapa, a Itália não só conseguiu anular o toque de bola espanhol, como levou bastante perigo à meta defendida por Casillas. A Espanha conseguiu mostrar suas garras na segunda etapa, mas a rede insistiu em não balançar.


Reunião de craques nada perdidos sob as lentes JP. Foto: Estevan Mazzuia.


Ataque italiano na segunda etapa. Foto: Estevan Mazzuia.

A princípio, eu tinha uma passagem de ônibus para Campina Grande marcada para às 19h30. A ideia era sair correndo do Castelão pra pegar o busão a tempo de curtir uma sexta-feira na cidade do Maior São João do Mundo (ué, Caruaru também não se intitula assim?).


Mais bola na área espanhola. Foto: Estevan Mazzuia.

Providencialmente, prevendo o empate, alterei a data da passagem um dia antes, e pude acompanhar a eletrizante prorrogação, com direito a uma bola na trave pra cada lado. Mas a verdade é que, a despeito da alta categoria das equipes, e dos lampejos individuais de seus talentosos jogadores, há muito os atletas se arrastavam sob o calor senegalês decorrente de uma “frente fria” que havia chegado do Piauí.


Fernando Torres faz a proteção na tentativa de cruzamento. Foto: Estevan Mazzuia.

Sentadinho atrás de uma das metas, e já sentindo o prenúncio de um desarranjo intestinal que me perturbou por quatro tenebrosos dias (presença marcante de Camarões na minha Copa das Confederações), torci, em vão, para que a disputa ocorresse em minha frente. Ela ocorreu, mas cem metros à frente, e não vinte como eu esperava. Faltou clareza em minhas orações.


Primeira prorrogação da Copa das Confederações 2013. Foto: Estevan Mazzuia.


Ataque espanhol no segundo tempo da prorrogação. Foto: Estevan Mazzuia.

Sem forças pra levantar e caminhar, assisti dali mesmo Bonucci mandar um recado pra Roma, e Jesus Navas fazer a alegria da menininha que tietava a meu lado, em favor dos alvi-rubros.


Equipes no centro do gramado, preparadas para as cobranças de pênaltis. Foto: Estevan Mazzuia.

Fim de jogo, Espanha 0-0 Itália, com 7-6 nos pênaltis, Fúria na decisão, Itália na sempre perdidíssima disputa pelo terceiro lugar. Particularmente, meu saldo foi muito positivo. Tudo correu dentro (ou muito quase) do esperado. Vi todas as seleções, exceto a brasileira (que eu nem fiz questão mesmo), confirmando o México e “matando” as outras seis (obrigado Fúria, por ter confirmado seu favoritismo com o primeiro lugar de seu grupo).

Mas se o evento-teste for levado a sério, a conclusão é só uma: não há a menor condição de o Brasil sediar uma Copa do Mundo. E se ela vier mesmo a ocorrer, o único legado que ficará a nosso povo será uma imensa dívida e uma meia dúzia de estádios sem nenhuma utilidade. Na saída do Castelão, diga-se de passagem, não havia ninguém informando sobre as linhas de transporte público disponíveis para a zona hoteleira, na principal praia da cidade. Por via das dúvidas, peguei um moto-táxi.


O Castelão à noite. Foto: Estevan Mazzuia.

Muito triste o desperdício de uma grande oportunidade para o investimento, principalmente, de melhorias no transporte público das cidades-sede. Tudo vai funcionar, durante um mês, em caráter provisório. E a um custo muito maior do que o necessário para obras de transformações definitivas.

“No país da bola
Só deita e rola
No país da bola
Quem vem com dólar...”
(Portela, 1986)

Foi isso!

Abraços

Estevan

JP na Copa das Confederações (parte 7 de 8): Celeste confirma classificação em ritmo de treino

Salve amigos!

Dando sequência à minha tour pelo Brasil, deixei Salvador na sexta-feira, em direção ao Recife, e lá chegando aluguei um carro pra passar o final de semana em Caruaru, a fim de curtir um final de semana no Maior São João do Mundo, com direito a guloseimas tradicionais, forró e visitas culturais.


Festa de São João em Caruaru/PE. Foto: Estevan Mazzuia.

Aproveitei minha passagem pelo agreste pernambucano pra conhecer os geniais cenários de Nova Jerusalém, município de Brejo da Madre de Deus, onde é encenada, anualmente, a Paixão de Cristo.


Em Nova Jerusalém, Pôncio Pilatos dá seu parecer sobre a organização da Copa das Confederações 2013. Foto: Estevan Mazzuia.

Ainda em Caruaru, como não poderia deixar de ser, procurei conhecer os estádios locais, mas encontrei ambos, infelizmente, fechados, e sem ninguém que pudesse passar alguma informação a respeito.

 

Fachadas do Lacerdão e do Estádio Antônio Inácio, em Caruaru/PE. Fotos: Estevan Mazzuia.

No domingo retornei ao Recife, chegando a meu Hotel exatamente às 14h, duas horas antes da peleja que seria disputada na Arena Pernambuco, entre Uruguai e Taiti.


Estação Cosme e Damião, de onde partiam os ônibus para a Arena Pernambuco. Foto: Estevan Mazzuia.

Dessa vez, como a assistência da partida ficou pouco acima dos 20 mil espectadores, o tempo sobrou para chegar ao estádio com tranquilidade antes do início da peleja. No fim das contas, o sistema de transporte mais criticado ao longo do certame foi o que, para mim, mais eficientemente funcionou, vez que Em Belo Horizonte e Fortaleza não vi sinal de sistema semelhante, e total desencontro de informações. No Rio fica fácil de funcionar com um estádio bem centralizado e entre duas estações de metrô. Em Salvador, foi um ônibus que me salvou de chegar atrasado ao jogo.


Mais uma bela visão da Arena Pernambuco. Foto: Estevan Mazzuia.

Enfim, dessa vez a Arena Pernambuco receberia o jogo de despedida da aclamada Seleção do Taiti, protagonista para os torcedores, coadjuvante para seu adversário, a Celeste Olímpica, de quem se esperava uma chuva de gols e a confirmação da classificação.


Equipe do Uruguai “quase” posada. Foto: Estevan Mazzuia.


Equipe do Taiti, perfeitamente posada, não fosse pelo susto que um dos jogadores levou. Foto: Estevan Mazzuia.

A chuva de gols aconteceu, no maior estilo “vira a 4, acaba a 8”, com direito a quatro gols de Hernandéz, um dos muitos jogadores reservas que defenderam a equipe sul-americana. Aliás, na prática, o Grupo B foi um “grupo manco”, com três equipes, e uma folgando por rodada, vez que só a Nigéria colocou força máxima diante dos oceânicos.


Hernandéz marca o gol mais rápido da história da Copa das Confederações. Foto: Estevan Mazzuia.


Visão geral da Arena Pernambuco por ocasião da partida. Foto: Estevan Mazzuia.


Lodeiro cobrando falta. Foto: Estevan Mazzuia.

Oceânicos que já haviam levado a maior goleada de todos os tempos em competições organizadas pela FIFA, e levaram também o gol mais rápido da história da Copa das Confederações, do mesmo Hernandéz, oficialmente aos 2 minutos de jogo.


Simon tenta armar jogada pela esquerda. Foto: Estevan Mazzuia.

Animado com a torcida favorável, e sem nada a temer, o Taiti jogou soltinho e arriscava assustar a Celeste, mas não conseguiu chegar a seu segundo golzinho na competição.


Falta para o Taiti. Foto: Estevan Mazzuia.


Bola com Ramirez. Foto: Estevan Mazzuia.

O Uruguai poderia ter feito mais, não tivesse o zagueiro Scotti desperdiçado um pênalti, pouco antes de acabar sendo expulso. Perez, Lodeiro, e Suarez, que foi o único jogador uruguaio a entrar na partida, marcando dois gols, somaram-se a Hernandéz, autor de 4 tentos, um deles de pênalti, como os marcadores da partida, que garantiu aos uruguaios a esperada vaga nas semifinais, contra os donos da casa.


Meriel defende cobrança de pênalti de Scotti no início da segunda etapa, e também vira herói nacional. Foto: Estevan Mazzuia.


Jogadores do Taiti lamentam o quinto gol, de Lodeiro. Foto: Estevan Mazzuia.


De pênalti, Hernandéz marca seu quarto gol na partida e na Copa, fazendo o 6º gol da Celeste no jogo. Foto: Estevan Mazzuia.

Fora do campo, destaco duas personagens: o tricolor Pierre, que não poderia ter passado despercebido das lentes JP ao desfilar sua camisa grená conhecidíssima pelos lados da Mooca.


O amigo Pierre, com a camisa que marcou presença em pelo menos três partidas dessa Copa (uma delas comigo, em BH, conforme registro na parte 2 de nosso relato). Foto: Estevan Mazzuia.

E o simpaticíssimo uruguaio Jorge, com a não menos espetacular camisa das Ilhas Maldivas. E com direito a explicação: casado com uma brasileira, e morador de Porto Alegre, passou parte de sua lua-de-mel nas citadas ilhas, tendo conhecido um garçom apaixonado por futebol. Na ocasião, trajava a camisa da seleção local.

Emocionado, o garçom solicitou que Jorge vestisse a camisa em um jogo importante da Celeste, se possível na Copa das Confederações. A seu ver, seria a única chance das Ilhas Maldivas estarem presentes em um importante torneio futebolístico. Jorge prometeu e cumpriu, e o JP registrou!


Jorge: promessa cumprida e registrada pelas lentes do JP. Foto: Estevan Mazzuia.

Fim de jogo, Uruguai 8x0 Taiti, primeira fase da Copa das Confederações encerrada, com grandes confrontos, muitas histórias e nenhuma surpresa nas semifinais. Registro a emocionante volta olímpica realizada pelos jogadores da seleção oceânica, no maior estilo Camarões´90. Logo após o apito final, os jogadores arrancaram do banco de reservas em direção ao gramado, com bandeiras brasileiras e uma faixa de agradecimento.


Emocionante despedida do Taiti. Foto: Estevan Mazzuia.

 

Quadrilha novamente marcou presença na saída da Arena Pernambuco e família do Taiti marcou presença na partida, e posou para o blog. Fotos: Estevan Mazzuia.

Retornei para o Hotel, aproveitei pra curtir a noite de São João na Veneza Brasileira, e descansei para, no dia seguinte, embarcar rumo a meu próximo destino, para acompanhar minha última partida no certame.

Foi isso!

Abraços

Estevan

sábado, 29 de junho de 2013

JP na Copa das Confederações (parte 6 de 8): O "amistoso" Japão x México em Belo Horizonte

Opa,

Para não fugir à regra, a quarta (e derradeira) peleja que acompanhei pela Copa das Confederações 2013 também aconteceu em meio a confusões na viagem de ida e volta até Belo Horizonte. Na pauta, o encontro "amistoso" entre as seleções do México e Japão, essa a 561ª equipe a figurar na minha Lista, no (novo) Mineirão.


Fachada do (novo) Mineirão, um belo estádio. Foto: Fernando Martinez.

Antes mesmo da viagem começar a caravana já sofreu uma baixa, pois o amigo Paulo "Shrek" foi agredido pela sua própria escada e não pôde ir para Belo Horizonte. Com isso a ideia inicial de ir de carro foi abortada e então partimos para o "Plano B", que nada mais era do que fazer um nada cansativo bate-volta até Belo Horizonte de ônibus mesmo.

Junto com o Sérgio Oliveira e o casal-futebolístico mais famoso da Grande São Paulo, Luiz e Juliana, compramos passagem para a capital mineira às 23h50 da sexta-feira, 21 de junho. Só que novamente fomos atingidos pela onda de manifestações que tomou conta do país e o ônibus não conseguiu chegar no horário marcado na rodoviária. Após muito tempo de espera, saímos de São Paulo quase uma e meia da manhã.

Menos mal que dormi do começo até o fim do trajeto e só fui acordar já em BH. Na parte da manhã, conhecemos grande parte da cidade com a carona providencial de uma amiga do Luiz. Passamos no Estádio Independência e também no centro da cidade antes de pegar o caminho para o palco da nossa despedida da Copa. Destaque negativo somente pelo fato que tivemos que andar MUITO graças às incontáveis barreiras montadas por solicitação da FIFA na região do principal palco de futebol da cidade.


Fachada da "Arena" Independência, em Belo Horizonte. Foto: Fernando Martinez.

Já na porta do (novo) Mineirão encontramos o Matheus Trunk, curtindo as "igrejas" da cidade desde o meio da semana, e o Renato, agora transvestido com sua identidade nada secreta de "Super Japão". De todos os quatro jogos que fui, esse foi o que teve o ambiente pré e pós-jogo mais legal. Após muito tempo zanzando pela grande área que circunda o estádio finalmente fomos para nossos lugares marcados.


Turma presente para Japão x México em Belo Horizonte. Foto: Fernando Martinez.

Exatamente 52.690 pessoas pagaram ingresso para ver o jogo que reuniu as duas equipes já eliminadas com antecedência no Grupo A do certame. Após derrotas para Brasil e Itália, japonenses e mexicanos entraram em campo para lutar por uma honrosa despedida na edição atual da Copa das Confederações. Vale registrar que esse foi apenas o quinto confronto entre os dois em todos os tempos, e até então o México somava três vitórias contra apenas uma do time asiático.


Bandeiras de Japão e México no estádio. Foto: Fernando Martinez.


Times perfilados no gramado do (novo) Mineirão. Foto: Fernando Martinez.

Só que o primeiro tempo da peleja foi bem fraco. Posso enumerar vários jogos da segundona paulista que foram melhores do que os 45 minutos iniciais de Japão e México. O duelo entre São Bernardo e Portuguesa Santista por exemplo foi mais ou menos umas 583 vezes melhor. Vimos um jogo sem emoções no gramado mas com uma atmosfera bastante interessante.


Ataque japonês pela direita. Foto: Fernando Martinez.


Visão geral do estádio. Foto: Fernando Martinez.

Emoção mesmo veio através de muitos torcedores que estavam de radinho ligado na definição do primeiro lugar da chave entre Brasil e Itália, que jogavam simultaneamente em Salvador. Comemoração apenas com o tento de Dante, fazendo o gol solitário no primeiro tempo das duas pelejas.


Chute perigoso para o onze oriental. Foto: Fernando Martinez.


Já no segundo tempo, o Japão continuou tentando o seu gol empurrado pela torcida. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo acompanhei a pugna ao lado do Matheus e também do embriagado "Super Japão" e sua costumeira surrealidade. Para nossa alegria os atletas resolveram acordar e a peleja melhorou. Mostrando ser o único jogador realmente digno de registro na seleção norte-americana, o camisa 14 Javier "Chicharito" Hernandez marcou duas vezes, aos 9 e aos 21 minutos.


Detalhe de um dos gols de "Chicharito" Hernandez. Foto: Fernando Martinez.


Ataque mexicano. Foto: Fernando Martinez.


Atacante japonês perdendo gol feito. Foto: Fernando Martinez.

Empurrada pela torcida, a seleção japonesa até esboçou uma reação, mas o gol de honra só foi sair aos 41 minutos através de Okazaki. Nos acréscimos, Chicharito ainda teve a chance de ampliar para o México de pênalti, mas o arqueiro oriental fez a defesa. Detalhe: o camisa 14 fez todos os três gols mexicanos no torneio.


Grande defesa do arqueiro do Japão em penal do camisa 14 mexicano. Foto: Fernando Martinez.


O Japão tentou o empate nos acréscimos, mas não teve sucesso. Foto: Fernando Martinez.

No final, o placar final de Japão 1-2 México deixou o time da terra do Chaves com três pontos conquistados e ocupando a sexta colocação geral no certame. Com nenhum ponto, o time da terra do sol nascente ficou no zero, mas como penúltimo colocado. O último lugar foi para o Taiti, na pior performance de uma seleção numa competição adulta da FIFA em todos os tempos.


Placar final da quarta e última partida que acompanhei da Copa das Confederações 2013. Foto: Fernando Martinez.

Depois de curtir cada momento do pós-jogo perambulando com os amigos pelos stands montados do lado de fora do estádio era hora de voltar para casa. Mas para fechar com chave de ouro toda a jornada, claro que a emoção não poderia ficar de fora. Como a cidade estava em polvorosa em virtude de sérias confusões entre polícia e manifestantes, levamos mais de duas horas para chegar na rodoviária local, num caminho que não levaria mais do que 15 minutos sem trânsito.

Apreensivos demais, estávamos com passagem comprada para as 22 horas, e por muito pouco não perdemos nosso lugar. Se não fosse o motorista do coletivo, que estava recheado de "borrachos" mexicanos, pegar um atalho ninja, estaríamos presos no engarrafamento até agora. Junto a ele, a amiga do Luiz foi de preciosa ajuda ao levar nossos pertences diretamente aonde estávamos. No final, tudo deu certo.

Não vi absolutamente nada da viagem BH-São Paulo e só fui acordar quando o Cometão já estava estacionado no terminal Tietê. Cansado ao extremo, dormi durante todo o domingo para tentar recuperar o sono da semana.

Só que apesar dos quase 4 mil quilômetros percorridos em sete dias, das várias manifestações que enfrentei, de noites dormidas em carros alugados, carros de passeio, postos de gasolina e ônibus de viagem não tenho nada a reclamar do que passei durante essa semana. Tive a chance única de acompanhar um torneio que provavelmente nunca mais verei no meu país. Apesar de todas as incontáveis mutretas e afins que os políticos vem fazendo, era "obrigação" me fazer presente... E eu posso ficar tranquilo, pois marquei minha presença.

Agora o relógio já faz a contagem regressiva para a Copa do Mundo. Com certeza, e se a verba permitir, estarei presente aonde puder durante a maior competição futebolística do planeta.

Até a próxima!

Fernando