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sábado, 29 de junho de 2013

JP na Copa das Confederações (parte 6 de 8): O "amistoso" Japão x México em Belo Horizonte

Opa,

Para não fugir à regra, a quarta (e derradeira) peleja que acompanhei pela Copa das Confederações 2013 também aconteceu em meio a confusões na viagem de ida e volta até Belo Horizonte. Na pauta, o encontro "amistoso" entre as seleções do México e Japão, essa a 561ª equipe a figurar na minha Lista, no (novo) Mineirão.


Fachada do (novo) Mineirão, um belo estádio. Foto: Fernando Martinez.

Antes mesmo da viagem começar a caravana já sofreu uma baixa, pois o amigo Paulo "Shrek" foi agredido pela sua própria escada e não pôde ir para Belo Horizonte. Com isso a ideia inicial de ir de carro foi abortada e então partimos para o "Plano B", que nada mais era do que fazer um nada cansativo bate-volta até Belo Horizonte de ônibus mesmo.

Junto com o Sérgio Oliveira e o casal-futebolístico mais famoso da Grande São Paulo, Luiz e Juliana, compramos passagem para a capital mineira às 23h50 da sexta-feira, 21 de junho. Só que novamente fomos atingidos pela onda de manifestações que tomou conta do país e o ônibus não conseguiu chegar no horário marcado na rodoviária. Após muito tempo de espera, saímos de São Paulo quase uma e meia da manhã.

Menos mal que dormi do começo até o fim do trajeto e só fui acordar já em BH. Na parte da manhã, conhecemos grande parte da cidade com a carona providencial de uma amiga do Luiz. Passamos no Estádio Independência e também no centro da cidade antes de pegar o caminho para o palco da nossa despedida da Copa. Destaque negativo somente pelo fato que tivemos que andar MUITO graças às incontáveis barreiras montadas por solicitação da FIFA na região do principal palco de futebol da cidade.


Fachada da "Arena" Independência, em Belo Horizonte. Foto: Fernando Martinez.

Já na porta do (novo) Mineirão encontramos o Matheus Trunk, curtindo as "igrejas" da cidade desde o meio da semana, e o Renato, agora transvestido com sua identidade nada secreta de "Super Japão". De todos os quatro jogos que fui, esse foi o que teve o ambiente pré e pós-jogo mais legal. Após muito tempo zanzando pela grande área que circunda o estádio finalmente fomos para nossos lugares marcados.


Turma presente para Japão x México em Belo Horizonte. Foto: Fernando Martinez.

Exatamente 52.690 pessoas pagaram ingresso para ver o jogo que reuniu as duas equipes já eliminadas com antecedência no Grupo A do certame. Após derrotas para Brasil e Itália, japonenses e mexicanos entraram em campo para lutar por uma honrosa despedida na edição atual da Copa das Confederações. Vale registrar que esse foi apenas o quinto confronto entre os dois em todos os tempos, e até então o México somava três vitórias contra apenas uma do time asiático.


Bandeiras de Japão e México no estádio. Foto: Fernando Martinez.


Times perfilados no gramado do (novo) Mineirão. Foto: Fernando Martinez.

Só que o primeiro tempo da peleja foi bem fraco. Posso enumerar vários jogos da segundona paulista que foram melhores do que os 45 minutos iniciais de Japão e México. O duelo entre São Bernardo e Portuguesa Santista por exemplo foi mais ou menos umas 583 vezes melhor. Vimos um jogo sem emoções no gramado mas com uma atmosfera bastante interessante.


Ataque japonês pela direita. Foto: Fernando Martinez.


Visão geral do estádio. Foto: Fernando Martinez.

Emoção mesmo veio através de muitos torcedores que estavam de radinho ligado na definição do primeiro lugar da chave entre Brasil e Itália, que jogavam simultaneamente em Salvador. Comemoração apenas com o tento de Dante, fazendo o gol solitário no primeiro tempo das duas pelejas.


Chute perigoso para o onze oriental. Foto: Fernando Martinez.


Já no segundo tempo, o Japão continuou tentando o seu gol empurrado pela torcida. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo acompanhei a pugna ao lado do Matheus e também do embriagado "Super Japão" e sua costumeira surrealidade. Para nossa alegria os atletas resolveram acordar e a peleja melhorou. Mostrando ser o único jogador realmente digno de registro na seleção norte-americana, o camisa 14 Javier "Chicharito" Hernandez marcou duas vezes, aos 9 e aos 21 minutos.


Detalhe de um dos gols de "Chicharito" Hernandez. Foto: Fernando Martinez.


Ataque mexicano. Foto: Fernando Martinez.


Atacante japonês perdendo gol feito. Foto: Fernando Martinez.

Empurrada pela torcida, a seleção japonesa até esboçou uma reação, mas o gol de honra só foi sair aos 41 minutos através de Okazaki. Nos acréscimos, Chicharito ainda teve a chance de ampliar para o México de pênalti, mas o arqueiro oriental fez a defesa. Detalhe: o camisa 14 fez todos os três gols mexicanos no torneio.


Grande defesa do arqueiro do Japão em penal do camisa 14 mexicano. Foto: Fernando Martinez.


O Japão tentou o empate nos acréscimos, mas não teve sucesso. Foto: Fernando Martinez.

No final, o placar final de Japão 1-2 México deixou o time da terra do Chaves com três pontos conquistados e ocupando a sexta colocação geral no certame. Com nenhum ponto, o time da terra do sol nascente ficou no zero, mas como penúltimo colocado. O último lugar foi para o Taiti, na pior performance de uma seleção numa competição adulta da FIFA em todos os tempos.


Placar final da quarta e última partida que acompanhei da Copa das Confederações 2013. Foto: Fernando Martinez.

Depois de curtir cada momento do pós-jogo perambulando com os amigos pelos stands montados do lado de fora do estádio era hora de voltar para casa. Mas para fechar com chave de ouro toda a jornada, claro que a emoção não poderia ficar de fora. Como a cidade estava em polvorosa em virtude de sérias confusões entre polícia e manifestantes, levamos mais de duas horas para chegar na rodoviária local, num caminho que não levaria mais do que 15 minutos sem trânsito.

Apreensivos demais, estávamos com passagem comprada para as 22 horas, e por muito pouco não perdemos nosso lugar. Se não fosse o motorista do coletivo, que estava recheado de "borrachos" mexicanos, pegar um atalho ninja, estaríamos presos no engarrafamento até agora. Junto a ele, a amiga do Luiz foi de preciosa ajuda ao levar nossos pertences diretamente aonde estávamos. No final, tudo deu certo.

Não vi absolutamente nada da viagem BH-São Paulo e só fui acordar quando o Cometão já estava estacionado no terminal Tietê. Cansado ao extremo, dormi durante todo o domingo para tentar recuperar o sono da semana.

Só que apesar dos quase 4 mil quilômetros percorridos em sete dias, das várias manifestações que enfrentei, de noites dormidas em carros alugados, carros de passeio, postos de gasolina e ônibus de viagem não tenho nada a reclamar do que passei durante essa semana. Tive a chance única de acompanhar um torneio que provavelmente nunca mais verei no meu país. Apesar de todas as incontáveis mutretas e afins que os políticos vem fazendo, era "obrigação" me fazer presente... E eu posso ficar tranquilo, pois marquei minha presença.

Agora o relógio já faz a contagem regressiva para a Copa do Mundo. Com certeza, e se a verba permitir, estarei presente aonde puder durante a maior competição futebolística do planeta.

Até a próxima!

Fernando

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