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sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Referência vence, garante vaga e elimina o Cascavel em Embu das Artes

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na quarta-feira, depois da goleada do Sport na preliminar, foi a vez dos donos da casa entrarem em campo no Estádio Hermínio Esposito. Referência e Cascavel, ambos estreantes na Copa São Paulo de Futebol Júnior, se enfrentaram encerrando a segunda rodada do Grupo 20.

O Referência, figurinha carimbada nos torneios de base da FPF, iniciou sua trajetória na Copinha com vitória sobre o Boavista. Já o Futebol Clube Cascavel, fundado em 2008 e que eu já tinha visto em ação na Série D em Piracicaba, fez boa campanha no Paranaense sub-20 de 2024, terminando em terceiro lugar e garantindo vaga no principal torneio de base do país. Na estreia, foi derrotado pelo Leão da Ilha do Retiro.


Referência Futebol Clube SAF (sub-20) - Embu das Artes/SP


Futebol Clube Cascavel (sub-20) - Cascavel/PR


Quarteto de arbitragem e capitães dos times

O público lotou o estádio em Embu das Artes, como sempre acontece quando a cidade recebe a competição. A torcida estava animada — pena que a peleja tenha sido tão fraca. Decepção é a palavra que melhor define o que não se viu no gramado. O Referência, amplamente favorito, penou diante de um Cascavel bem postado.

Para deixar a torcida local ainda mais apreensiva, as melhores chances foram dos visitantes. Vini defendeu bom chute de Choco aos nove minutos, e o mesmo jogador quase marcou um gol olímpico no final da primeira etapa, em outra boa intervenção do goleiro. A única chance do time da casa digna de registro foi aos 12 minutos, em arremate de longe. Pouco para quem esperava uma partida animada.






O primeiro tempo foi bem mais ou menos no Hermínio Esposito

A chuva prometida não apareceu, e o calor seguiu firme no segundo tempo. O Referência fez aquela pressão meia-bomba, sem criar grandes oportunidades. O Cascavel apenas se defendia e torcia para o tempo passar rápido. Quando o relógio marcava 24 minutos, a zaga paranaense fez uma lambança e cometeu um pênalti bobo pelo lado direito do ataque paulista. Guima bateu bem e salvou a tarde... e o que seria meu primeiro 0 a 0 de 2025.




A etapa final seguia sem emoções e o 0 a 0 parecia certo...



... até a cobrança de pênalti de Guima que decretou a vitória do Referência

Gustavo Tapioca teve a grande chance de empate aos 28, em cobrança de falta, mas Vini apareceu de novo. No restante do confronto, movimentação aqui e ali, e o placar seguiu inalterado. O 1 a 0 do Referência sobre o Cascavel definiu a sorte do Grupo 20: paulistas e pernambucanos classificados para a segunda fase, enquanto Boavista e a Serpente amarela e preta deram adeus. Na rodada final, dois confrontos sem grande apelo.

Peguei uma carona com o Lucas, o glorioso amigo cancheiro, até uma estação da CPTM e, às 19h45 ( nem acreditei) cheguei no QG da Zona Oeste. Foi o primeiro dia em que tomei um banho decente, jantei algo que não era sanduba ou pastel e fui dormir mais cedo. Um rápido detox para encarar os três dias finais da primeira fase da Copinha.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Referência 1-0 Cascavel

Local: Estádio Hermínio Esposito (Embu das Artes); Árbitro: José Donizete Gonçalves da Silva; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Duran, Gustavo Guru, Ícaro e José Augusto; Gol: Guima (pênalti) 26 do 2º.
Referência: Vini; Nascimento (Fran), Marcelão, Monteiro e Bob (Ryan); Meireles, Duran (Kauê), Luciano (Igor) e Guima (Rafinha); Cocada (Adriano) e Xavier. Técnico: Rodrigo Camargo.
Cascavel: Vitor; Gustavo Guru, Simão, Eduardo e Gustavo Tapioca; Fábio (Murilo), Dudu (José Augusto), Pedrinho (Gustavo Andrade) e Choco (João Pedro); Ayrton (Ryan) e Davi Rosa (Ícaro). Técnico: César Bueno.

Sport goleia e se garante na segunda fase da Copinha

Texto e fotos: Fernando Martinez


De sexta até terça-feira foram várias partidas espalhadas por diversos cantos do estado. Na quarta eu não descansei, porém optei por acompanhar apenas uma chave da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Voltei à cidade de Embu das Artes para conferir uma rodada dupla do torneio após longos 16 anos. Abrindo a jornada no Estádio Hermínio Esposito, o Boavista/RJ enfrentou o Sport em duelo válido pelo Grupo 20.

Embu das Artes voltou a receber a Copinha após cinco anos. Ao todo, é a sétima vez que a cidade é sede do torneio. Estive lá em 2005 para ver o Náutico de Roraima, em 2007 num Juventus x Fluminense pelo mata-mata, em 2008 para incluir o Vilavelhense na Lista e no ano seguinte, quando vi o genial Maranhão pela primeira vez. Mesmo sem equipe nova em 2025, fiz questão de marcar presença.


Boavista Sport Club (sub-20) - Saquarema/RJ


Sport Club do Recife (sub-20) - Recife/PE


Capitães e quarteto de arbitragem

O Boavista, que fez uma ótima campanha no sub-20 carioca em 2024, chegando até a semifinal, estreou com derrota por 2 a 1 diante do Referência. Já o Sport, campeão pernambucano no ano passado com vitória sobre o Retrô, bateu o Cascavel por 1 a 0. Não à toa eu considerava o time rubro-negro favorito... e não estava enganado.

Fui acompanhado pelo mesmo pessoal da rodada em Salto e Capivari na terça: o trio Caio, Nílton e Renato. Eles curtiram aquele sol maroto na arquibancada, enquanto eu fiquei dentro de campo. Quando a bola começou a rolar, o Sport abriu o placar logo aos dois minutos com Joanderson. O gol tão cedo deixou a peleja morna. O Leão jogou com tranquilidade e o Boavista não conseguiu pressionar em busca do empate. Não foi o primeiro tempo dos sonhos.

Na etapa final... quanta diferença! O Sport enfim mostrou seu melhor futebol. Aos sete minutos fez o segundo e aos 13 ampliou em pênalti cobrado com cavadinha por Dedé. Não aumentou a vantagem logo depois, mas dominou completamente as ações. Nos minutos finais, os atacantes voltaram a brilhar e fecharam a goleada com gols de Arthur Monteiro e novamente Dedé.






Lances do primeiro tempo em Embu das Artes



Dedé bateu pênalti com uma marota cavadinha e fez o terceiro tento pernambucano



Dois ataques do Sport pela esquerda


Dedé, ele de novo, fez de cabeça e fechou a goleada rubro-negra

O placar de Boavista 0-5 Sport não foi nenhum exagero diante do domínio do clube campeão brasileiro de 1987, já classificado para a segunda fase. O Boavista, eliminado com o revés, vai disputar a lanterna da chave na última rodada. Não foi a melhor participação do clube do Rio de Janeiro, que segue com apenas uma vitória em toda a história da competição.

No jogo de fundo, os dois clubes que disputam o torneio pela primeira vez ficaram frente a frente.

Até lá!

Ficha Técnica: Boavista 0-5 Sport

Local: Estádio Hermínio Esposito (Embu das Artes); Árbitro: Claudemir de Araujo Silva; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Gui Esteves, Di Mauro, Arthur Baggio, Cordeiro, Ítalo Lucas e Fernandinho; Gols: Joanderson 2 do 1º, Augusto Pucci 7, Dedé (pênalti) 13, Arthur Monteiro 41 e Dedé 43 do 2º.
Boavista: Matheus Viana; Pedro Cope, Guilherme Gobbiti (Emerson Índio) e Diogo Cruz; Dioguinho, Dalmoro (Paulo Jefferson), Riquelme (Di Mauro) e Matheus Jesus (Guilherme Corrêa); Lustosa (Bernardo), Gui Esteves (Marcelinho) e Rivas. Técnico: Leandro Miranda.
Sport: Erick; Ítalo Lucas (Berrío), Léo Fazzio, Caio Moura e Cordeiro (Sousa); Dedé, Matheus Lacort (Natan), Augusto Pucci e Arthur Baggio (Samuel Pires); Arthur Monteiro (Fernandinho) e Joanderson (Arthur Bala). Técnico: Alexandre Oliveira.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Madureira e Bahia maltratam a bola em Capivari

Texto e fotos: Fernando Martinez


O quarto jogo da última terça-feira foi um confronto bem legal, daqueles que também fazem a graça da Copa São Paulo de Futebol Júnior: Madureira x Bahia. Depois da ótima preliminar entre Capivariano e Sergipe, que abriu a segunda rodada do Grupo 16, não esperava menos do que uma partida nota 7 no gramado do Estádio Carlos Colnaghi.

O Bahia chegou à competição credenciado pelo título estadual de 2024, conquistado em cima do seu maior rival, enquanto o Madureira trouxe na bagagem o caneco da Copa Rio, vencendo o Botafogo na decisão. A expectativa era boa... só que a coisa foi feia. Muito feia. Quem ficou no estádio de Capivari viu uma peleja horrorosa.


Madureira Esporte Clube (sub-20) - Rio de Janeiro/RJ


Esporte Clube Bahia (sub-20) - Salvador/BA


Capitães e quarteto de arbitragem

Achei que seria difícil assistir a algo mais fraco do que o Imperatriz 0-2 Cruzeiro, duelo que vi no domingo em São Carlos. Ledo engano. A incompetência do clube carioca e o descaso do Esquadrão de Aço deixaram o jogo sem atrativo algum. Um dos piores que me lembro falando especificamente de Copinha.

Aguentei o primeiro tempo dentro de campo. Sem nada relevante nos 45 minutos iniciais, fui acompanhar a etapa final das arquibancadas junto com o amigo Caio. A dupla etílica Nílton e Renato, ambos pra lá de Bagdá e fazendo amigos em profusão, curtia o momento sem se preocupar com o que (não) acontecia no gramado.

A cada minuto, eu tinha mais certeza de que estava prestes a ver um 0 a 0, que seria o meu primeiro em 2025. Nada indicava que alguém pudesse marcar. O Madureira nada criava e o Bahia repetia a atuação anêmica (sempre quis usar essa palavra) do adversário. Coube a Dell, o glorioso “Haaland do Sertão”, salvar a noite.

Em uma jogada despretensiosa pela esquerda, a bola foi rolada até o camisa 19. Ele chutou de primeira, meio torto, meio sem querer, e colocou a pelota no canto esquerdo de Rogério Gabriel. Um castigo justo ao time que precisava vencer, mas que nada fez para isso. O meu pior jogo de 2025 até aqui terminou com o placar de Madureira 0-1 Bahia.








Madureira e Bahia maltrataram a bola em Capivari. Foi difícil se manter acordado

O time nordestino garantiu uma das vagas do Grupo 16 na segunda fase da Copinha. A segunda está entre Capivariano e Sergipe. O Leão da Sorocabana precisa apenas de um empate contra os baianos para se classificar entre os 64. Já o Sergipe tem que vencer os cariocas por boa margem e torcer contra os paulistas.

Era quase meia-noite quando deixamos o estádio em Capivari. Pouco mais de duas horas depois, estávamos em São Paulo, exaustos. Como aqui é tudo pelo social, a noite foi com sono reduzido. Afinal, tinha rodada dupla na quarta-feira. Seria quádrupla, mas preferi pegar leve e acompanhar apenas um grupo.

Até lá!

Ficha Técnica: Madureira 0-1 Bahia

Local: Estádio Carlos Colnaghi (Capivari); Árbitro: Gabriel Henrique Bispo; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Mineiro, Zaru, João Neres, Dell e Victor Santos (TG-Mad); Cartão vermelho: Gabriel Felipe 51 do 2º; Gol: Dell 39 do 2º.
Madureira: Rogério Gabriel; Coutinho (Zaneti), Jean Vianna, Nawã e David Freitas (Marlinho); Dilsinho, Isaías (Sandrinho), Alex Henrique (Raphael) e Zaru; Mineiro (Luís Gustavo) e Anderson Junior (Freitas). Técnico: Wágner Andrade.
Bahia: Iuri; Gabriel Felipe, Gerald, Diego Silva e Alex; Saymon, João Neres (Emerson), João Farias (Kauã Wendel) e Guilherme (Erick Cauan); Ryan Nascimento (Andrew) e João Coni (Dell). Técnico: Léo Mendes.

Em bom jogo, Capivariano e Sergipe ficam no empate no Carlos Colnaghi

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois do calor forte e da rodada dupla em Salto na tarde de terça-feira, decidimos emendar a jornada com mais dois jogos pela região. Após 11 anos de ausência, retornei à cidade de Capivari para acompanhar a segunda rodada do Grupo 16 da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Abrindo os trabalhos no Estádio Carlos Colnaghi, duelo entre Capivariano e Sergipe. É a 11ª vez que a cidade sedia a competição de base mais icônica do país.

Minha última visita à casa do Leão da Sorocabana tinha sido em 2014, numa partida da Série A2 entre os donos da casa e o Monte Azul. Já estava mais do que na hora de voltar. Na minha história particular, tinha assistido apenas cinco jogos por lá — os dois primeiros também pela Copinha, no distante 2001, quando incluí na Lista Bahia, CSA e o próprio Capivariano.

Desta vez não teve time novo, mas não dava para perder a chance de acompanhar duas pelejas tão incomuns. Foi a terceira vez que vi o Sergipe em campo. As duas anteriores aconteceram na Arena Barueri, em 2012 e 2020. O Diabo Rubro disputa a Copinha pela 12ª vez e garantiu vaga com o vice-campeonato estadual em 2024. O campeão Falcon ficou com a outra vaga sergipana.

Chegamos relativamente cedo ao estádio, e passei um sufoco tentando encontrar o portão de entrada da imprensa. Andei literalmente por todas as dependências do local até achar o lugar certo. Pelo caminho, encontrei o amigo de longa data Paolo Gregori e seu filho Lorenzo, o “hooligan da Comendador Souza”, ambos atualmente morando em Piracicaba. Também estava por lá Luciano Claudino, o antigo “amigo do JP”. Registro ainda a ótima presença de público.


Capivariano Futebol Clube (sub-20) - Capivari/SP


Club Sportivo Sergipe (sub-20) - Aracaju/SP


Quarteto de árbitros e capitães dos times

O jogo foi bom, principalmente no primeiro tempo. Os donos da casa saíram na frente aos 19 minutos, com gol de Giuliano após boa jogada iniciada numa cobrança curta de escanteio pela esquerda. O Sergipe não deixou barato e empatou aos 35, em pênalti bem cobrado por Luís Cláudio. O 1 a 1 até saiu barato, considerando o número de chances criadas.

Na etapa final, a peleja caiu um pouco de produção e o Sergipe levou bastante perigo à meta local. Para quem achava que o Capivariano venceria com tranquilidade, o empate confirmado quando o árbitro apitou pela última vez não foi nada comemorado pela torcida da casa. Muito pelo contrário.



Há onze anos sem ir em Capivari, achei que a iluminação melhorou bastante



O detalhe do gol de Giuliano e a comemoração do pessoal local



Mais dois lances de Capivariano x Sergipe


O glorioso placar manual do Carlos Colnaghi

Quem comemorou de verdade o Capivariano 1-1 Sergipe foram os atletas visitantes. Somar um ponto manteve vivo o sonho de avançar entre os 64 melhores da competição. Na rodada derradeira, precisam vencer o Madureira e torcer por um triunfo do Bahia contra o time paulista, de preferência por boa margem de gols. Difícil? Sim. Impossível? Não.

Falando em Bahia, o confronto de fundo no Carlos Colnaghi gerava boa expectativa, mas, na hora H, o que se viu no gramado foram 90 minutos tenebrosos.

Até lá!

Ficha Técnica: Capivariano 1-1 Sergipe

Local: Estádio Carlos Colnaghi (Capivari); Árbitro: Rogério Fernando Alves Júnior; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Renan Tavares, Manu, Luís Cláudio e Thewilli Ricardo; Cartão vermelho: Carlos Santos (AT-Ser) 10 do 2º; Gols: Giuliano 20 e Luís Cláudio (pênalti) 35 do 1º.
Capivariano: Tiago Henrique; Ryan, Giuliano, Renan Tavares e Gabriel Paris; Ian Felipe (Michael Henrique), Maranhão (Zé Antônio), Juninho (Fellipe Magalhães) e Salomão (Cauê Lunardi); Lucas Rabello (Marcos Vinícius) e Kauê Thadeu (Kaíque). Técnico: Ivan Médici.
Sergipe: Tiago; Diego, Luan, Victor Hugo e Victor (Israel); Gil, Manu (Thewilli Ricardo), Yan Nery e Everson; Luís Cláudio e Mateus (Kaíque). Técnico: Edmílson Santos.

América/MG vai na boa e ganha fácil do Estrela de Março

Texto e fotos: Fernando Martinez


O jogo de fundo no Estádio Amadeu Mosca, que encerrou a segunda rodada do Grupo 26 da 55ª Copa São Paulo de Futebol Júnior, teve o 811º clube incluído na minha Lista: o genial Estrela de Março, de Salvador, um dos alvos principais desde que as chaves foram definidas. O adversário dos baianos foi o favorito América Mineiro.

A inédita vaga na Copinha foi conquistada com a vitória sobre o Juazeirense nas quartas de final do Baiano Sub-20 de 2024. O Estrela acabou eliminado pelo Vitória na semi, mas já havia feito história. Fundado em 1961, disputou a primeira divisão estadual apenas em 1966. Nos últimos anos, tem focado nas categorias de base e, agora, chegou ao maior campeonato sub-20 do país.

Antes de falar da peleja, aproveito para mandar um abraço carinhoso ao serviço de meteorologia do estado pelo seu impressionante desempenho na Copinha: 100% de erro nas previsões das cidades visitadas por mim. Em Salto, por exemplo, previram 98% de chance de temporal entre 13 e 16 horas. Fez um calor insano e nem sinal de chuva. Resumindo: erraram tudo.


Esporte Clube Estrela de Março (sub-20) - Salvador/BA


América Futebol Clube (sub-20) - Belo Horizonte/MG


Quarteto de arbitragem e os dois capitães

O negócio estava tão complicado que aguentei pouco tempo dentro de campo na etapa inicial. Tentei acompanhar o ataque americano, mas fiquei de frente pro astro-rei, que me castigou sem piedade. Logo me mandei para uma das sombras das palmeiras atrás do gol de entrada e, de lá, vi os dois gols do Coelho: o primeiro marcado por Caio Maciel e o segundo em pênalti cobrado por Karlos.

Com o calor pesadíssimo, apelei no segundo tempo para a cabine improvisada do estádio. Lá tinha um pequeno aparelho que traz grande alegria: o imprescindível ar-condicionado. Mesmo funcionando no modo "meia-bomba", fiquei ali recarregando minha energia, que já estava no vermelho. Vale o registro: por estar montada de um jeito meio mole, o forte vento quase levou a cabine embora durante os 45 minutos finais em mais de uma oportunidade.

Dali, segui vendo o América atacar sem ser incomodado. O placar demorou a mudar, mas quando aconteceu, foi em grande estilo. Otávio cobrou escanteio pela esquerda e marcou um gol olímpico. O que era uma raridade tem acontecido com certa frequência ultimamente. O Estrela de Março ainda tentou diminuir e buscar o gol de honra, porém a zaga mineira não aliviou e manteve sua meta intacta.




Lances do começo de Estrela de Março x Atlético/MG em Salto


Zagueiro baiano mandando um golpe maroto de kung-fu, assustando o pessoal do América


De pênalti, Karlos fez 2 a 0 para o Coelho



Na etapa final, o América seguiu criando bons momentos



Otávio fechou o placar com um magnífico gol olímpico no Amadeu Mosca


O Estrela tentou o gol de honra e não conseguiu (mas mereceu)

No fim, o Estrela de Março 0-3 América/MG definiu a sorte do grupo. Coelho e Sfera garantiram vaga na segunda fase, enquanto os baianos e o Piauí deram adeus ao certame. Na rodada final, teremos dois amistosos de luxo no gramado do Amadeu Mosca. Dos quatro times, o que mais me agradou foi o clube preto e verde de Belo Horizonte.

Sem pressa, sem crise e sem correria, deixamos o estádio e pegamos a estrada novamente rumo a uma cidade a cerca de 40 quilômetros de distância, que eu não visitava desde 2014. Não teve equipe nova, mas a pauta livre do JP trouxe dois duelos bem interessantes.

Até lá!

Ficha Técnica: Estrela de Março 0-3 América/MG

Local: Estádio Amadeu Mosca (Salto); Árbitro: Ronald Horns Araujo; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Gabriel Chicorel, Deivinho, Beka, Masqual, Thiago, Kauê França e Nickson Pereira (Mas-Ame); Gols: Caio Maciel 26 e Karlos (pênalti) 40 do 1º, Otávio 27 do 2º.
Estrela de Março: João Pedro; Gabriel Chicorel (Moisés), Alisson, Mateus Memédio e Beka (Kaique Nunes); Francisco (Masqual), Deivinho, Alessandro (Xandinho) e João Pedro Gago (Bob); José Antônio (Caio Henrique) e Gabriel. Técnico: Júnior Nogueira.
América/MG: Carlão; Kappel (Otávio), Samuel, Thallyson e Thiago (Diego Zanon); Guilherme, Zizero (Kauê França), Caio Maciel (Jhonathan Junio) e Yago; Karlos (Henrique Braga) e Jhonnatan (Cauê Machado). Técnico: Mairon César.