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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Oeste vence o Brasil e se mantem na luta pelo acesso

Texto e fotos: Fernando Martinez


A tarde de sexta-feira foi bem ruim pois pintou uma notícia ruim que achei que não teria. Quando recebemos uma informação desse naipe, qual a melhor saída? Ficar em casa que não é, então, ainda meio anestesiado, fui até a Arena Barueri para um duelo da 32ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Em campo, um Oeste cheio de esperanças recebeu o Brasil de Pelotas, Detalhe: esse foi o jogo de número 2.800 que vi em todos os tempos, 34 anos depois que iniciei minha "carreira". Uma marca que poucos podem se orgulhar de ter.

O onze paulista estava em sexto lugar com 49 pontos ganhos antes desse compromisso, quatro atrás do Paraná, o quarto colocado. Faltando sete rodadas pro fim do certame, um triunfo em casa seria muito bem vindo pensando em acesso. Na última apresentação dentro dos seus domínios, uma derrota pro Ceará. Da minha parte esperava ver finalmente uma boa atuação rubro-negra, já que o 0x0 contra o Luverdense e o revés contra o Paysandu por 3x1 não foram atuações muito animadoras.


Times perfilados para o Hino Nacional. A chuva caiu forte durante a maior parte do jogo

A expectativa era boa, só que o primeiro tempo foi apenas um reflexo das duas atuações ruins que vi ali durante o certame. A performance paulista foi fraquíssima e o limitado onze gaúcho foi melhor. Não que foram brilhantes ou algo do tipo, bem longe disso, mas pelo menos foram mais incisivos. O Xavante chegou perto de abrir o placar por duas vezes. Aos oito minutos, Itaqui tocou para Juninho. Ele se livrou da marcação, avançou e chutou forte. Rodolfo foi obrigado a fazer grande defesa. Aos 32, Éder Sciola cruzou na área, a pelota desviou em Joílson e sobrou para Itaqui. O camisa 8 finalizou bem e o arqueiro local fez outra boa intervenção. Pelos lados do Oeste, apenas uma chegada e um gol anulado por impedimento.

O técnico Roberto Cavalo viu que a coisa estava feia e fez duas alterações no intervalo. Gabriel Vasconcelos e Danielzinho deram lugar respectivamente a Robert e Henrique. Nos primeiros momentos do tempo final deu pra ver que o rubro-negro já estava muito melhor. Num espaço de cinco minutos, os locais tiveram três ótimos momentos e um deles resultou em gol.

Aos seis, Mazinho cobrou falta na área, Leandro Amaro cabeceou, a bola desviou em Marlon e saiu pela linha de fundo. Dois minutos depois, Mazinho deu lindo corte em Éder Sciola, avançou e mandou para Rafael Luz. O camisa 7 tocou para Robert dentro da área. O atacante só teve o trabalho de deslocar Marcelo Pitol para abrir o marcador. Aos 11, o camisa 1 evitou o segundo em forte chute de Guilherme Romão.

O Brasil foi se recuperar apenas aos 16 com uma belíssima cabeçada de Rafinha e grande defesa de Rodolfo. Após esse lance, a peleja ficou mais cadenciada e o Oeste pensou mesmo sem segurar sua vantagem com unhas e dentes. Os gaúchos até tentaram, porém não foram eficazes nas finalizações. A maior chance foi aos 44 minutos quando, numa cobrança de falta, Matias tentou cortar e mandou a bola na trave, quase fazendo contra. Aos 46 a luz acabou e tivemos que esperar dez minutos para ela voltar. No tempo restante, nada aconteceu.


Ataque do Brasil no primeiro tempo. Nos primeiros 45 minutos os visitantes foram muito melhores


Bola nas redes do onze gaúcho no gol do Oeste que foi anulado


Bola na área gaúcha no tempo final


A Arena Barueri ficou dez minutos sem luz


Placar final da peleja que manteve as boas chances de acesso dos rubro-negros

O placar final de Oeste 1-0 Brasil, além de ser a primeira vitória dos paulistas em cima dos gaúchos na curta história de confrontos, colocou o rubro-negro na quinta colocação com 52 pontos faltando seis partidas. O quarto colocado é o Paraná com 56, justamente o próprio adversário da equipe barueriense. Não é absurdo pensar no acesso.

Voltei para a capital com a companhia dos amigos presentes já pensando no primeiro dia do resto de minha vida. Voltei pro litoral no sábado para juntar os cacos e ver como serão as coisas daqui pra frente. Devo retornar à capital nos próximos dias para mais um pacote de coberturas, vamos ver.

Até a próxima!

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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Pelo Brasileiro de Aspirantes, tudo igual entre Tricolor e Colorado

Texto e fotos: Fernando Martinez


Mesmo sem muito ânimo, na noite quinta-feira fui acompanhar meu primeiro jogo válido pelo recém-criado Campeonato Brasileiro de Aspirantes no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte. Só que não era a Portuguesa em campo, e sim o São Paulo. A equipe tricolor recebeu o Internacional de Porto Alegre fechando a primeira rodada do Grupo 1. O duelo foi ali pois o Morumbi está recebendo outro evento.

Criado pela CBF nessa temporada, o nacional de Aspirantes reúne dez clubes divididos em duas chaves. No Grupo 1, além do tricolor e do Colorado, temos também Coritiba, Cruzeiro e Figueirense. No 2, temos Botafogo/RJ, Santos, Atlético Mineiro, Atlético/PR e Grêmio. A primeira fase é disputada apenas em turno e os dois primeiros se garantem na semi-final. Apesar de todas as lambanças que fazem, os responsáveis pela criação dessa competição merecem os parabéns. Sempre é bom termos novos torneios sendo disputados.


São Paulo Futebol Clube (aspirantes) - São Paulo/SP


Sport Club Internacional (aspirantes) - Porto Alegre/RS


Quarteto de arbitragem e capitães dos times

Poucos foram até a cancha lusitana, muito por conta do horário, 21:00. O cotejo teve efusiva transmissão do Esporte Interativo e pude reencontrar o amigo Thiago Fagnani, agora repórter da emissora. Aliás, a transmissão será intensa no canal pois como irão começar a passar o Brasileiro daqui a dois anos, pegaram esse certame para adquirirem o know-how de todo o lance. Os muitos que ligaram a TV e os gatos pingados que estavam no estádio assistiram um jogo muito bom.

Usando o elenco que participou da Copa Paulista, o onze paulista começou tomando um susto aos sete minutos. O Inter atacou pela direita e a bola foi cruzada. Iago cabeceou da pequena área e a bola passou por cima da meta defendida por Lucas Perri. Aos 11 o São Paulo emplacou seu primeiro momento quando Paulinho Bóia recebeu em profundidade, entrou na área e chutou para boa defesa de Igor. Na sequência a bola foi alçada, um dos atacantes tocou de cabeça e o arqueiro fez nova defesa.

Depois de 20 minutos de muitos estudos no meio de campo, a emoção voltou à pauta aos 32. Gabriel cobrou falta na esquerda direto pro gol. A bola entraria, mas Igor fez grande defesa e mandou pela linha de fundo. Desse lance até o intervalo pouco se viu e os times foram pro vestiário sem a abertura do marcador. Da minha parte, cansei de ficar de pé e fui até a parte coberta da cancha lusitana ver o segundo tempo de lá.

No tempo final a rapaziada mostrou um ânimo muito maior. Logo aos seis minutos os paulistanos abriram o placar com um golaço. Paulinho Bóia recebeu na esquerda, tirou do zagueiro e acertou um chute sensacional de muito, muito longe. O camisa 1 relou na pelota porém não teve como fazer a defesa. O Colorado não deixou por menos e aos 15 deixou tudo igual. Ronald recebeu na intermediária, passou por dois zagueiros e a bola sobrou para Fernandinho. O camisa 7 cortou o zagueiro e tocou no canto direito.

São Paulo e Inter alternaram boas chegadas e grandes oportunidades. O Tricolor estava bem, só que o onze gaúcho acabou quase virando o marcador aos 35 quando Fernandinho fez boa jogada pela direita e mandou na área. André, livre de marcação, mandou um voleio maroto e o arqueiro tricolor defendeu. Cinco minutos depois a chance de ouro colorada. Ronald fez jogada individual, entrou na área e foi derrubado por Diego. Pênalti. Iago foi para a cobrança e Lucas Perri pegou no canto esquerdo.


Lance do começo do encontro entre São Paulo e Internacional no Canindé


Ataque paulista pela direita


Chute de longe a favor do São Paulo no segundo tempo


Pênalti de Iago muito bem defendido por Lucas Perri


O Tricolor se mandou pro ataque em busca do segundo gol, mas não teve sucesso

No fim, a partida terminou em São Paulo 1-1 Internacional. Os dois pontos perdidos pelos paulistas podem fazer falta, já que farão apenas mais uma apresentação como mandantes. O líder dessa rodada inicial da chave é o Cruzeiro, que derrotou o Figueirense e somou três pontos. O tricolor paulista pega justamente o onze catarinense na próxima rodada em data a ser definida.

Foi isso. Na sexta-feira não ia ver nada, mas de última hora acabei decidindo assistir uma peleja da Série B do Brasileiro em Barueri. Foi o meu jogo de número 2.800 em todos os tempos.

Até lá!

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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Corinthians e Vitória ficam no zero pela Copa do Brasil sub-17

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de dois dias na paz (até demais), na tarde de quarta-feira fui acompanhar de perto um jogo genial pelas quartas-de-final da Copa do Brasil sub-17. No imponente gramado da Arena Corinthians, pela primeira vez a molecada do Corinthians desfilou recebendo o Vitória no primeiro duelo que definirá um dos semi-finalistas do certame. O insólito local tornou a peleja imperdível.

Mesmo tendo sido marcado para um dia útil, mais de 11 mil pessoas foram até a cancha alvinegra. Com o elitismo e os ingressos tão caros do time profissional, muitos torcedores do alvinegro não tem mais nenhuma oportunidade de verem seu clube do coração de perto. Por isso que a chance de visitar o estádio construído em 2014 não pode ser desperdiçada de forma alguma.

Cheguei na Arena de boa e essa foi a segunda partida que acompanhei ali de dentro de campo (o primeiro foi o 2x1 contra o Cruzeiro pela Copa São Paulo de 2016). Assim como disse daquela vez, é genial pisar no gramado da abertura da última Copa do Mundo, e é muito bom lembrar que eu estava presente naquele inesquecível Brasil x Croácia. Não podia perder essa chance de forma alguma.


O Corinthians posou para a foto oficial com aquele monte de gente que sempre atrapalha a imagem. Mas pelo menos fizeram a foto, algo que o Vitória não se dignou a fazer


Capitães das equipes e quarteto de arbitragem

Falando sobre a campanha das duas agremiações na edição atual da Copa do Brasil, o Corinthians, atual campeão, eliminou o Londrina na primeira fase e o Grêmio na segunda. Os dois compromissos com o mando de campo foram realizados na Arena Barueri. Já o onze baiano eliminou o Santa Cruz e o Botafogo do Rio. Agora nas quartas-de-final o equilíbrio de forças é bastante grande.

Talvez por conta de todo esse equilíbrio o jogo não tinha sido dos melhores. O Corinthians quis aproveitar o apoio da massa alvinegra para tentar ficar em vantagem no duelo. Os locais chegaram com perigo poucas vezes. Primeiro num cruzamento da esquerda que o goleiro tirou da cabeça de Rafael Mascarenhas. Depois, Gustavo Mantuan teve dois ótimos momentos. Um quando ele recebeu passe da esquerda, driblou o zagueiro e chutou cruzado. A bola tirou tinta da trave. Em outro momento do camisa 10, ele finalizou do bico da área e mais uma vez a pelota passou perto. O Vitória teve apenas um grande momento quando David recebeu na direita e chutou forte. O goleiro Mattos foi bem e mandou pela linha de fundo.

No tempo final a pressão mosqueteira foi ainda maior, mas chance de gol de verdade mesmo não teve. Os locais chegaram várias vezes dentro da área rubro-negra só que todos, absolutamente todos os chutes não tiveram nenhuma direção. O único momento em que Endrio teve trabalho foi numa falta que Renatinho cobrou da esquerda. A bola pegou um efeito inesperado e entraria no ângulo, porém o arqueiro fez grande intervenção. O legal foi que, apesar do grande número de gols perdidos, a torcida não deixou de apoiar a molecada da casa uma vez sequer.


Finalização corintiana bloqueada por defensor do Vitória



Dois ataques alvinegros pela esquerda durante o primeiro tempo


Zaga baiana afastando escanteio cobrado dentro da área


Endrio mandando pela linha de fundo a maior chance do Corinthians no tempo final


Bola sendo alçada dentro da área visitante

O placar de Corinthians 0-0 Vitória/BA faz com que o time baiano jogue por uma vitória para ficar entre o quatro melhores da competição. O Mosqueteiro joga por um empate com gols ou uma vitória simples. Nova igualdade sem gols leva a decisão para a marca de cal. Pensando no critério de gols fora, o 0x0 não é tão ruim assim jogando em casa.

Peguei o caminho da roça já pensando na cobertura do dia seguinte. Peleja de estreia de um novo campeonato criado pela CBF em 2017 e que já faz parte dos preferidos da casa. Fui praticamente "obrigado" a prestigiar o genial certame.

Até lá!

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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Portuguesa abre vantagem em cima do Desportivo Brasil

Texto e fotos: Fernando Martinez


Foram longos 29 dias sem futebol por absoluta falta de grana e de uma nhaca monstra, porém no último domingo voltei às coberturas com o duelo entre Portuguesa e Desportivo Brasil no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte no início das quartas-de-final da Copa Paulista. Aquele famoso encontro entre a tradição e o futebol moderno tão combatido por alguns.

A Lusa penou bastante na segunda fase, mas conseguiu sua classificação na bacia das almas vencendo o São Paulo na derradeira rodada, terminando como segunda colocada do Grupo 4. O time de Porto Feliz teve um caminho mais light e foi líder do Grupo 6. Um total de 1.852 pessoas pagaram ingresso, todas preocupadas com as instáveis atuações rubro-verdes na fase anterior.


Times perfilados para o Hino Nacional Brasileiro. Dessa vez não teve foto posada pois estava chovendo demais e eu não estava na pegada de me molhar até a alma

Para a surpresa da maioria, eu incluído, a Lusa fez uma partida acima da média, principalmente no primeiro tempo. Numa apresentação inspirada do atacante Guilherme Queiroz, o camisa 7 mais uma vez foi decisivo. Mesmo com o Desportivo Brasil jogando bem e ficando mais tempo com a bola nos pés a Lusa foi mais efetiva.

Aos 27 minutos Marcelinho Paraíba fez grande jogada pela esquerda, tocou para o atacante e ele bateu na saída do goleiro Gilberto. Sete minutos depois ele aproveitou um cruzamento perfeito de Romarinho e fez o segundo de cabeça. Presenciamos algo que costumeiramente não vemos em apresentações do rubro-verde: objetividade nos ataques.

Antes do primeiro tempo terminar o escrete paulistano teve mais dois grandes momentos. O Desportivo Brasil foi para o vestiário feliz por não estar perdendo por mais gols. Diferente do que vi no Canindé em jogos da Copa Paulista, dessa vez não teve xingamento, reclamação ou stress dos torcedores locais, e sim muita animação com a boa atuação.


O Desportivo até que começou bem a partida, mas logo foi dominado pela Portuguesa


Zaga visitante cortando escanteio cobrado pela esquerda


Detalhe do segundo gol lusitano, marcado por Guilherme Queiroz de cabeça

No tempo final, os visitantes retornaram ao gramado no mesmo clima do começo do duelo. A primeira boa chance em toda a peleja aconteceu no 14º minuto. Depois de um bate-rebate incrível dentro da área paulistana, Edson finalizou e o zagueiro Paulo Fernando salvou em cima da linha. Aos 16, Hélio recebeu bom cruzamento na área e cabeceou firme, só que João Vítor foi ligeiro e impediu o tento visitante.

A partir daí, a Lusa voltou ao comando e aos 18 quase fez o terceiro com Romarinho chutando na trave. Três minutos depois não deu pro onze portofelicense... Romarinho chutou de longe, Gilberto deu rebote e Marcelinho Paraíba completou, ampliando a vantagem paulistana. A peleja seguiu em banho-maria e, com o que se via no gramado, parecia que o Desportivo estava mortinho da silva. Pena num vacilo rubro-verde aos 46, Raul bateu escaneio e Hélio fez o gol de honra visitante.


No tempo final os escrete interiorano voltou disposto a diminuir o prejuízo


A Portuguesa atacou bastante pelo alto 


Visão geral de um Canindé encharcado para Portuguesa 3-1 Desportivo Brasil

O placar final de Portuguesa 3-1 Desportivo Brasil foi uma senhora vitória, mas o tento sofrido nos acréscimos assustou um pouco a torcida paulistana. A equipe poderá perder por um gol de diferença que ainda assim estará na semi-final. Vitória por dois gols dará a classificação ao clube de Porto Feliz. Não vai ser fácil, porém a esperança da permanência no cenário nacional com a conquista da vaga na Série D é uma grande motivação.

Como ficarei na capital durante a semana, deve pintar cobertura da Copa do Brasil sub-17 na quarta-feira. Apresentação genial da base na Arena Corinthians e a chance de pisar no gramado pela segunda vez na história não é algo que se perca.

Até lá!

© 2018