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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Pela Libertadores, vitória verde e mais um time na Lista

Fala pessoal!

Nessa quinta-feira tivemos mais um joguinho aqui com cobertura do JOGOS PERDIDOS. Já adianto que não era campeonato perdido, jogo perdido, estádio perdido, nem nada, mas a minha presença era mais do que obrigatória pois a Lista não pode parar. Então fui ver um jogo da Taça Libertadores da América no Estádio Palestra Itália, entre a SE Palmeiras e o fantástico Real Potosí da Bolívia. Depois de ver meu jogo 1500 semana passada, essa foi a 1400ª partida da história aqui do JP. Mais uma marca histórica!

Nesses jogos entro como torcedor comum, então saí de casa cedo para garantir meu ingresso na peleja. Mas de forma absolutamente amadora, não confirmei o horário do jogo e achava que a partida seria realizada no horário das 19h30 (ele foi remarcado para as 20h30). Então com uma multidão me dirigi ao Palestra para garantir meu ingresso, e sabia que isso seria difícil.

Como achei que o jogo já tinha começado, e para fugir da fila que dava voltas por lá, resolvi comprar meu ingresso-moleza na torcida visitante, sem aperto e como não ia torcer para ninguém mesmo, não teria erro. Cheguei no guichê e já vi que teria problema, pois no guichê do lado, a moça não aceitava carteirinha de estudante com a data de 2008, mesmo com as faculdades ainda sem aulas. As moças acabaram indo embora sem ingresso e sem também conseguir argumentar com as bilheteiras.

Na minha vez, e com uma má-vontade incrível, a moça disse que eu não poderia comprar o ingresso ali pois eu não era boliviano (!!). É, só bolivianos de nascença podiam comprar ali. Mas depois de muito conversar com ela, com funcionários do Palmeiras e com o comandante da PM, consegui meu ingresso, com o aviso que "não poderia vibrar em gols do Palmeiras, senão seria preso". Me senti num filme do Fellini.


Time do Real Potosí tenta sair com a bola da sua defesa. Foto: Fernando Martinez.

Já lá dentro, encontrei alguns amigos fiscais da FPF que passavam por ali, e sossegado então fui ver o começo do jogo que reuniu o time verde com meu 476º time na Lista, o 6º time boliviano. Mas a partida já estava com cheiro de vencedor. O time de Potosí tem como seu maior jogador a altitude-monstro da cidade sede da equipe.

A quase 4000 acima do nível do mar, o Real Potosí joga todas suas fichas em casa, e fora torce para apanhar de pouco. Outro detalhe revelante do time da Bolívia é sua camisa roxa, violeta, sei lá. Só sei que chama a atenção também pelo número de anúncios, parecendo uma página de classificados de algum jornal. Genial!


Segundo gol palmeirense, em cobrança de pênalti. Foto: Fernando Martinez.


Cabeçada que a zaga do Palmeiras tirou em cima da linha. Foto: Fernando Martinez.

Logo aos 3 minutos, o time verde fez 1 a 0. A equipe aumentou aos 19 e o massacre parecia já aparecer no primeiro tempo. Mas o gol do Potosí aos 21 fez com que o time parasse um pouco e somente no final da primeira etapa o terceiro gol chegou. Intervalo com 3 a 1 para o Palmeiras. Nesse intervalo aproveitei para tirar uma rápida soneca deitadão no degrau de cima da arquibancada. Mudança em família e um sobe-e-desce de escadas podem nos destruir demais.


Momento do primeiro (e único) gol boliviano da partida. Foto: Fernando Martinez.

Já acordado e com frio, o segundo tempo veio com um Palmeiras meio morno em campo. O time fez o quarto gol num chutaço de fora da área e daí para frente só perdeu gols. A vantagem era ótima, mas se lembrarmos do Cruzeiro, que ganhou em casa por 3 a 0 e perdeu na altitude por 5 a 1 na Libertadores 2008, era legal que o time fizesse mais gols. E nos acréscimos o quinto gol veio para sossego de todos pelo Palestra.


Troca de passes do time verde no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Final de partida: Palmeiras 5-1 Real Potosí. O Palmeiras está 98% classificado para a segunda fase da Libertadores e terá provavelmente um grupo difícil demais: LDU (a atual campeã), Colo-Colo e Sport Recife. O Grupo da Morte, sem dúvida nenhuma. Deve ter sido minha primeira e última entrada no Parque na competição, já que vi todos os times da fase seguinte, então minha presença não é necessária lá.

No mais, depois voltei para meu lar doce lar, já longe do QG do Pari, que não faz parte mais da família. Mas falarei mais disso semana que vem, quando provavelmente irei no Canindé, no meu primeiro jogo lá depois que meu QG foi para o espaço...

Abraços

Fernando

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Corinthians é Heptacampeão da Copa São Paulo

Olá,

Ao longo da 40ª Copa São Paulo de Futebol Júnior, o JOGOS PERDIDOS se fez presente desde a primeira rodada da primeira fase, mostrando aos internautas vários jogos valendo por todas as fases da competição e, ao chegar a partida final, não poderíamos ficar de fora, mesmo não sendo um "jogo perdido", uma vez que houve ampla cobertura da grande mídia. Dessa forma, no domingo pela manhã, me desloquei até o charmoso Estádio Paulo Machado de Carvalho, também conhecido como Pacaembu, para acompanhar ao vivo e em cores, a final da Copinha que reuniu o C.A. Paranaense e o S.C. Corinthians Paulista.

Evidentemente que a expectativa era enorme com relação a essa partida e, como já era esperado, a Fiel se fez presente em grande número, uma vez que 34.519 pessoas compareceram ao estádio, com a imensa maioria levando o seu incentivo à garotada alvinegra que lutava para conquistar a Copinha pela sétima vez, reforçando o "Timãozinho" como o maior ganhador da competição.

Mesmo com várias emissoras de TV tendo mostrado as imagens do jogo para todo o Brasil e também para outros 60 países, irei relatar aquilo que achei de mais importante que ocorreu na partida e, para começar, apresento os atletas e os árbitros nas fotos abaixo, as quais, dessa vez não são exclusivas.


C.A. Paranaense (Sub-20) - Curitiba/PR. Foto: Orlando Lacanna.


S.C. Corinthians Paulista (Sub-20) - São Paulo/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Quarteto de arbitragem ao lado dos capitães das equipes. Foto: Orlando Lacanna.


Troféus ao Campeão e ao Vice. Foto: Orlando Lacanna.

O jogo começou e, como já era previsto, o Corinthians tomou a iniciativa de ir para cima da defesa do Atlético, empurrando o time paranaense para o seu campo de defesa, porém, mesmo com o enorme incentivo vindo das arquibancadas, o alvinegro não conseguia criar grandes oportunidades para abrir o placar, tanto que o goleiro atleticano Santos não foi muito exigido, a não ser aos 33 minutos, quando Bruno Bertucci encheu o pé da entrada da área e exigiu uma boa defesa do goleiro adversário.


Ataque corintiano pela direita. Foto: Orlando Lacanna.


Uma das defesas do goleiro paranaense na primeira etapa. Foto: Orlando Lacanna.

Nos últimos dez minutos o Corinthians permaneceu dominando territorialmente, mas continuou apresentando dificuldades para criar jogadas mais perigosas, até que na marca dos 43 minutos, o baiano Jadson quase chegou lá, numa jogada pela meia esquerda que culminou com um arremate por cima do travessão, deixando preso na garganta da Fiel o grito de gol.

O Atlético respondeu dois minutos depois, num rápido contra-ataque pela direita com o ala Raul, que cruzou rasteiro para o interior da área e acabou encontrando Lucas que chutou cruzado para fora, assustando os torcedores corintianos. Depois desses dois lances perigosos, os times se resguardaram um pouco até o árbitro encerrar a primeira etapa com a igualdade sem gols.


Tentativa de chute do ataque corintiano no primeiro tempo. Foto: Orlando Lacanna.

Depois de um intervalo repleto de conversas com os repórteres e com muita sede, a bola voltou a rolar e o Corinthians foi para cima novamente, só que agora com mais perigo e disposto a abrir o placar rapidamente, tanto que, logo aos 3 minutos, Douglas perdeu boa chance, ao mandar por cima uma bola que sobrou no interior da área. A partida continuava num ritmo forte, quando aos 8 minutos, o zagueiro e capitão Bruno do Atlético recebeu o cartão vermelho direto por ter dado uma cotovelada em Fernando Henrique.

Alguns acharam que o árbitro foi rigoroso demais, mas seja como for, o Atlético ficou com um homem a menos e isso poderia pesar no restante da partida, pois se o Corinthians já dominava as ações quando estava onze contra onze, com um atleta a mais, a tendência era o domínio aumentar e o gol inaugural acabar saindo. Isso quase aconteceu aos 18 minutos, numa confusão geral na área atleticana depois da cobrança de escanteio.


Lance de perigo na área atleticana na segunda etapa. Foto: Orlando Lacanna.

Embora a equipe corintiana demonstrasse ansiedade na realização das jogadas, o "Timãozinho" foi aumentando o seu domínio, fazendo uma verdadeira blitz contra o Atlético que jogava com os dez atletas na defesa e, dessa maneira, o gol era questão de tempo. Dito e feito, pois na marca dos 32 minutos, Fernando Henrique levou a Fiel ao delírio, ao marcar o primeiro gol alvinegro.


Outro lance de perigo para a meta paranaense na segunda etapa. Foto: Orlando Lacanna.

Apesar da vantagem no placar, o Corinthians continuou em cima e não demorou muito para ampliar a sua vantagem, uma vez que, aos 38 minutos, Jadson anotou o segundo gol do alvinegro. Não deu tempo nem para comemorar direito e o Atlético diminuiu, aos 39 minutos, através de Patrick em jogada que nasceu pela direita e que contou com uma bobeada geral do setor defensivo corintiano.

Após o gol dos paranaenses, a partida voltou a ficar em aberto, pois qualquer bobeada do Corinthians poderia ocasionar o empate, até porque o Atlético ganhou alma nova com o seu gol e, para aumentar um pouco mais a preocupação da Fiel, o seu time teve dois atletas expulsos (Boquita e Guilherme) nos últimos cinco minutos, fazendo com que o final da partida fosse dramático, embora o Atlético não tenha criado outros lances de perigo à meta defendida por André.


Mais um lance de perigo para a meta do Atlético no segundo tempo. Foto: Orlando Lacanna.

Partida encerrada com explosão da Fiel, pois o placar final mostrou Atlético Paranaense 1 - 2 Corinthians que deu ao alvinegro o título de Heptacampeão, coroando uma campanha que foi crescendo ao longo da competição. Além da conquista do título, outro ponto a ser ressaltado é o surgimento de bons jogadores no elenco corintiano que em breve poderão ascender ao elenco profissional, como são os casos de Marcelinho, Fernando Henrique e Jadson entre outros. O Atlético também apresentou bons jogadores, com destaque especial para Santos, Raul e Marcelo.

Após o término da partida, teve início uma grande comemoração entre os atletas, ainda no interior do gramado que acabou se estendendo às arquibancadas, com os jogadores indo comemorar junto com os torcedores. Foi um espetáculo bonito e emocionante.


Atletas corintianos comemorando o título com a Fiel Foto: Orlando Lacanna.

Em seguida à comemoração, foi realizada a cerimônia de entrega das medalhas e dos troféus às equipes, com muito papel picado e fogos de artifício. Faço questão de registrar os cumprimentos do JOGOS PERDIDOS aos jogadores, comissão técnica, dirigentes e torcedores do Corinthians pela importante conquista que teve início em São Carlos com um empate contra o C.S. Paraibano que deixou os corintianos meio preocupados.


Jogadores do Corinthians no pódio recebendo o troféu de Campeão. Foto: Orlando Lacanna.


Jogadores do Corinthians exibindo o troféu aos torcedores. Foto: Orlando Lacanna.


Elenco corintiano festejando com o troféu. Foto: Orlando Lacanna.


Goleiro e capitão André posando com exclusividade com o troféu para as lentes do JP. Foto: Orlando Lacanna.

Jogo encerrado, festa terminada e início do retorno para minha residência, dessa vez sem viagem, com a sensação de dever cumprido por ter participado de várias coberturas de jogos valendo por uma competição tão importante como a Copinha. Foi isso.

Abraços,

Orlando

Rio Branco começa com o pé direito o Paulista da Série A2

Fala pessoal!

No meio dos posts sobre as finais da Copa São Paulo 2009, chegou a hora de um campeonato muito esperado por nós começar aqui em São Paulo. Falo do Campeonato Paulista Série A2, um dos torneios mais legais de se ver e que volta com tudo nesse ano aqui no JP, depois de um 2008 meio devagar. Num sábado à tarde com tempo nublado e garoa fui de ônibus até a cidade de São Bernardo do Campo para a estréia das equipes do São Bernardo FC, fazendo seu primeiro jogo no segundo nível do futebol paulista, contra o Rio Branco de Americana no Estádio Primeiro de Maio.

Chegando lá encontrei o Orlando já devidamente credenciado para as fotos das equipes e do trio de arbiragem. Depois de uma rápida conversa com nossos amigos fiscais que estavam no ABC, conseguimos então as exclusivas fotografias oficiais da partida:


São Bernardo FCL - São Bernardo do Campo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Rio Branco EC - Americana/SP. Foto: Fernando Martinez.


O árbitro Édson Reis Pavani Junior, os auxiliares Márcio Luiz Augusto e Marcelo Zamian de Barros e o quarto árbitro Ulisses Antônio Zampieri posando exclusivamente para o JP. Foto: Fernando Martinez.

Por ser a primeira rodada do campeonato, não tínhamos como prever nada sobre como seria a partida. Mas talvez pelo Rio Branco ter jogado a A1 durante tanto tempo e o Tigre do ABC fazer apenas sua primeira partida num segundo nível paulista, um leve favoritismo poderia cair para o lado do alvinegro. E debaixo de uma fina garoa que insistiu em permanecer o jogo todo em São Bernardo, vimos um bom jogo no primeiro tempo.


Ataque do São Bernardo FC no começo da partida. Foto: Fernando Martinez.


Escanteio pela esquerda do ataque do time da casa. Foto: Fernando Martinez.

O time da casa criou a primeira boa chance de gol aos dois minutos, mas a bola acabou desviada pela zaga. Depois, muita troca de passes no meio-de-campo e só depois dos 20 minutos o jogo ficou mais emocionante. E foram os visitantes quem abriram o placar aos 21 minutos. Após escanteio da direita, a zaga do São Bernardo FC falhou e Lincoln subiu para marcar o primeiro gol do Rio Branco de cabeça.


Boa intervenção da zaga do Rio Branco em tentativa de ataque do time amarelo. Foto: Orlando Lacanna.


Mais uma vez, a marcação do time de Americana não dava espaços ao São Bernardo FC. Foto: Fernando Martinez.

Em mais uma bobeada dos donos da casa, o Tigre ampliou aos 27 minutos. Num cruzamento rasteiro da esquerda, a bola sobrou livre para o camisa 11 Rodriguinho só empurrar para as redes e deixar o time do interior com 2 a 0 no placar.

Mas o time nem teve muito tempo para comemorar, pois aos 29 minutos, Ney Mineiro recebu um belo passe da esquerda, matou no peito e chutou cruzado, para fazer o primeiro dos anfitriões. Com esse gol, o time amarelo tentou empatar ainda no primeiro tempo, mas faltou pouco para que a bola entrasse, e o jogo foi para o intervalo com 2 a 1 para o Rio Branco.


O camisa 7 do Tigre do ABC encarando a defesa adversária. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo eu e o Orlando fomos atrás de algo para beber na lanchonete do estádio. Na volta, muito papo de qualidade com alguns amigos que trabalhavam na partida. No meio da conversa, percebemos que o segundo tempo estava para começar. Mas o jogo demorou para engrenar novamente, e nem paramos de falar sobre a vida.


Jogadores dos dois times encarando a bola em lance no meio-campo. Foto: Orlando Lacanna.

Novamente depois dos 20 minutos que o pessoal se animou. Quase tivemos mais gols em três oportunidades, uma do Rio Branco e duas do São Bernardo FC. Numa delas, Nena tocou de calcanhar e quase deixou tudo igual no placar. Mas logo o jogo ficou morno novamente e realmente não era dia para mais gols.


Ataque perigoso dos visitantes no segundo tempo de jogo. Foto: Orlando Lacanna.

O Tigre ainda teve o jogador Biro expulso nos acréscimos, mas aí já era tarde. Final de partida: São Bernardo FC 1-2 Rio Branco. Grande vitória do time de Americana, que começa com o pé direito a busca por uma vaga na elite paulista em 2010. Para o Tigre do ABC, ainda com 18 rodadas a serem disputadas, muita coisa pode acontecer.

Depois do jogo então voltamos debaixo da garoa para São Paulo e já pensando nas próximas rodadas com coberturas aqui no JP.

Abraços

Fernando

sábado, 24 de janeiro de 2009

Corinthians classificado para sua 14ª final de Copa São Paulo

Opa,

Seguindo com a cobertura JP das semifinais da Copa São Paulo, nessa sexta-feira fria e chuvosa em São Paulo tivemos o jogo para definir o adversário do Atlético/PR na Final da Copinha. A decisão da vaga aconteceu no Estádio do Pacaembu e reuniu os times do Avaí e do Corinthians. Mais do que uma semifinal, pude ver um jogo de Copinha à noite no tradicional estádio paulistano, coisa que não acontecia há tempos. Desde os meus tempos de moleque, ouvindo jogos decisivos da competição no rádio.

E nada melhor do que ver esse jogo e poder também comemorar meu 1500º jogo visto ao vivo nos estádios. Muitos campeonatos diferentes, estádios visitados e um total de 475 times até aqui só abrilhantam minha listinha de jogos. O mais legal é que pelas minhas contas, verei o jogo 2000 entre 2012 e 2013, e espero que ele possa aparecer por aqui, assim como o milésimo jogo apareceu em 2006.

Bom, falando dessa semifinal, lógico que jogo do Corinthians no Pacaembu é sempre ponto para a imprensa local. Depois de passar por 417 fiscais, 294 corredores e 129 barreiras, consegui entrar no sagrado gramado do Paulo Machado de Carvalho para as fotos oficiais do jogo. Junto comigo mais nove ou dez fotógrafos também fizeram as fotos, mas duvido que elas saiam em algum outro lugar além daqui:


SC Avaí (sub-20) - Florianópolis/SC. Foto: Fernando Martinez.


SC Corinthians P (sub-20) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Quarteto de arbitragem da partida com os mascotes da FPF. Foto: Fernando Martinez.

O Corinthians chegou invicto à essa semifinal, ostentando uma campanha com cinco vitórias e apenas um empate (contra o CSP, em jogo com cobertura do JP feita pelo Orlando), tendo marcado 13 gols e sofrido apenas 3. O Avaí perdeu o primeiro jogo contra o América/MG por 2 a 1 e dali para frente só teve vitórias, cinco no total. A equipe catarinense marcou 15 gols e sofreu 6. Equilíbrio em campo, e a certeza de uma grande partida. Para isso então eu fui me abrigar nas numeradas do Pacaembu. Mesmo com uma garoa que não passava e com o vento fazendo a curva por ali, era o melhor lugar para ver o jogo. Dali vi o Corinthians começar a partida a mil, indo com tudo em cima da defesa azul.


Ataque do Avaí no primeiro tempo de partida. Foto: Fernando Martinez.

Logo no começo o time teve três ótimas chances para abrir o marcador, duas bateram na trave e a outra foi salva em cima da linha por um zagueiro do Avaí. O time catarinense não passava do meio-de-campo, mas sendo boa equipe como é, foi questão de tempo para o time aprontar das suas no Pacaembu.


Corintiano correndo atrás da bola durante o primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O Corinthians perdeu as chances para abrir o marcador e a velha máxima do futebol apareceu por lá. Aos 31 minutos, depois de cruzamento da direita, o zagueiro Guilherme trombou com o goleiro André Dias e a bola sobrou na maciota para Cristian só empurrar de peito para o fundo das redes. Festa na torcida azul e 1 a 0 para o time do Sul no placar.


Chance de gol para o Corinthians, que dominou o primeiro tempo mas saiu perdendo. Foto: Fernando Martinez.

O Timão foi pra cima tentar o empate ainda no primeiro tempo, mas esbarrou em duas boas defesas do goleiro Renan. E o jogo então foi para o intervalo com a vantagem mínima para os catarinenses. Será que aconteceria uma final inesperada entre times do Sul do país, apenas a quarta final sem paulistas da história da Copinha? E enquanto esperava o segundo tempo chegar, lembrei da presença do meu querido mp3 para poder me acompanhar no tempo final da partida. Afinal de contas, é sempre bom ver um jogo de futebol ao som de Beatles, The Who! e Kiss, entre outros... beeeem melhor do que aquele pagodinho que rola nos intervalos de nove entre dez estádios brasileiros.

Completamente musical, o segundo tempo então começou com o Corinthians tentando chegar logo ao empate. Uma grande chance foi perdida aos 8 minutos, com belíssimo chute de Boquita e defesa mais bonita ainda de Renan. Mas aos 10 minutos finalmente a torcida alvinegra fez a festa nas arquibancadas do Pacaembu. Numa falta pela esquerda, o camisa 7 Marcelinho chutou e colocou a bola caprichosamente no ângulo esquerdo do goleiro. Um golaço, que mesmo tendo sido sem querer não perde o brilho.


Detalhe do gol de empate do Corinthians, numa perfeita cobrança de falta de Marcelinho. Foto: Fernando Martinez.

Daí para frente os dois times fizeram um jogo bastante truncado no meio-campo. O Corinthians procurou mais o gol, enquanto o Avaí estava mais preocupado em se defender. Nesse tempo, eu também procurei me defender da garoa que apertou bastante e encurralou torcedores nas numeradas descobertas do Pacaembu. Nessas horas é bom ter uma mochila grande e resistente, e ela acabou me servindo como um belo guarda-chuva.


Cobrança de falta que levou o goleiro Renan fazer uma ótima defesa. Foto: Fernando Martinez.

O jogo foi chegando ao seu final com mais uma boa defesa de Renan aos 35 minutos e duas boas chegadas do Avaí no final do jogo. Mas ao término dos 90 minutos o jogo ficou mesmo em Avaí 1-1 Corinthians. Agora a tão temida decisão na marca do pênalti tinha chegado.

Com uma grande tensão no ar, o Avaí iniciou a série com gol de Renan Oliveira. Os próximos três pênaltis foram convertidos, até começar uma série de tiros desperdiçados. Primeiro, Juninho (Avaí) cobrou para defesa de André Luís. Depois, Fernando Henrique (Corinthians) chutou para defesa do goleiro e Luan (Avaí), Vinícius (Corinthians) e Ildemar (Avaí) chutaram suas cobranças na trave. A última cobrança então foi do zagueiro Bruno, que encheu o pé e marcou o terceiro gol alvinegro, o gol que classificou o time para a Final.


Último pênalti do Avaí e Luan chuta a bola na trave superior. Foto: Fernando Martinez.


Enquanto isso, Bruno enchia o pé e colocava o Corinthians na 14ª final de Copinha na história. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo então com o placar de Avaí 1 (2) - 1 (3) Corinthians. O Timão agora joga a Final da Copinha contra o Atlético/PR, domingo cedo no Pacaembu. Será a 14ªfinal do Corinthians, que ganhou o título em seis dessas oportunidades. O time paranaense nunca tinha chegado à decisão, e vai com tudo em busca do primeiro título.

E nas quatro Copas São Paulo que o JP esteve presente desde seu nascimento, já fomos em três finais. Vimos o Corinthians ganhar do Nacional em 2005, o América/SP surpreender e bater o Comercial-RP nos pênaltis em 2006 e o Figueirense levar o primeiro título catarinense da Copa em 2008. Agora em 2009, mais uma vez estaremos presentes.

Mas antes disso tem estréia da Série A2 Paulista... até lá!

Fernando

Furacãozinho vira e chega à final da Copinha

Olá,

Dando continuidade às coberturas de partidas válidas pela 40ª Copa São Paulo de Futebol Júnior, o JOGOS PERDIDOS não poderia deixar de estar presente nas duas partidas das semifinais, as quais foram realizadas na última sexta-feira. Ao Fernando Martinez coube a missão de acompanhar o Corinthians enfrentando o Avaí à noite no Pacaembu, enquanto a mim coube seguir novamente, com muito prazer, ao nosso interior, agora em direção à belíssima cidade de Rio Claro, mais precisamente ao Estádio Dr. Augusto Schmidt Filho, local da partida entre o C.A. Paranaense contra o São Paulo F.C.

Essa partida era aguardada com enorme expectativa, pois iria reunir dois times com excelentes campanhas e que haviam eliminado equipes de naipe elevado nas fases anteriores e, para começar apresento os protagonistas desse jogo tão importante nas fotos abaixo, as quais, mais uma vez são exclusivas.


C.A. Paranaense (Sub-20) - Curitiba/PR. Foto: Orlando Lacanna.


São Paulo F.C. (Sub-20) - São Paulo/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Quarteto de arbitragem. Foto: Orlando Lacanna.

O jogo teve início e de imediato o Tricolorzinho saiu com força para o ataque e quase abriu o placar, aos 4 minutos, numa jogada emocionante que começou pelo lado direito com Henrique concluindo, exigindo difícil defesa do goleiro Santos que deu rebote, propiciando novo arremate que foi salvo por Raul em cima da linha fatal, rebatendo novamente, para finalmente Oscar chutar por cima do travessão. Foi um lance que levantou o público presente.


Início de ataque do São Paulo no começo da partida. Foto: Orlando Lacanna.

O São Paulo continuou forçando as jogadas de ataque, mas o Atlético também chegava com perigo, tanto que aos 16 minutos, os paranaenses reclamaram pênalti numa jogada com a participação de Marcelo que o árbitro mandou seguir. O Tricolor respondeu em seguida, aos 19 minutos, com o avante Júlio César desperdiçando uma chance incrível, pois o chute saiu torto, numa jogada que o goleiro estava batido fora do gol. De tanto martelar, finalmente aos 21 minutos, o São Paulo chegou ao seu gol, anotado de cabeça por Bruno Uvini que aproveitou cruzamento vindo da esquerda na cobrança de escanteio. Um minuto depois, a contagem poderia ter sido aumentada, nos pés de Júlio César, mas o goleiro paranaense voltou a fazer outra boa defesa.


Bola no fundo do barbante do Atlético no gol sãopaulino. Foto: Orlando Lacanna.

A partir do trigésimo minuto, o jogo assumiu um ritmo de equilíbrio, com as equipes se revezando nas jogadas de ataque, com o Atlético tentando sair mais, até porque estava perdendo e acabou assustando a galera tricolor, aos 45 minutos, quando o avante Marcelo cabeceou para fora uma bola que veio da esquerda na cobrança de escanteio, num lance que o bom goleiro sãopaulino Leonardo saiu e não achou nada. Logo após esse lance, o árbitro encerrou a primeira fase com a vantagem mínima a favor do São Paulo que acabou sendo pequena por conta das oportunidades perdidas e isso iria fazer falta ao final da partida.


Cobrança de escanteio que originou perigo à defesa sãopaulina. Foto: Orlando Lacanna.

O jogo foi reiniciado e o Atlético foi logo para o ataque, aos 3 minutos, causando perigo à defesa tricolor, numa cabeçada de Fransérgio que passou perto. A resposta do São Paulo veio rápida, quando aos 9 minutos, novamente, o atacante Júlio César desperdiçou a chance de aumentar o placar.


Zagueiro paranaense interceptando atacante do Tricolor. Foto: Orlando Lacanna.

Depois dos dez minutos, o Atlético assumiu o domínio do jogo, tanto que encurralou o São Paulo no seu campo de defesa. Aos 11 minutos, o goleiro sãopaulino trabalhou bem e praticou difícil defesa em jogada de Patrick, que três minutos depois, balançou a rede tricolor, mas o gol não foi validado por conta do assistente ter assinalado impedimento, gerando muitos protestos dos atletas paranaenses. Aos 21 minutos, não teve jeito e o Atlético chegou ao empate, numa cobrança de pênalti executada com categoria pelo ala Raul.


Goleiro num canto e a bola no outro no gol de empate do Atlético. Foto: Orlando Lacanna.

Dada nova saída, um minuto depois, o time do Paraná chegou ao seu segundo gol, numa linda jogada de Marcelo, virando o placar a favor da sua equipe e causando grande surpresa aos presentes no estádio. Após sofrer a virada, o São Paulo sentiu o golpe e, por alguns minutos "sumiu" da parida, porém a partir do trigésimo minuto, voltou a forçar as jogadas de ataque, obrigando o setor defensivo do Atlético a se virar para não sofrer o empate. Nesse contexto, aos 35 minutos, Henrique cabeceou por cima uma bola que passou perto e, aos 40 minutos, o incrível aconteceu, quando o avante tricolor Ronieli conseguiu perder a maior oportunidade até então, chutando para fora uma bola recebida dentro da pequena área e sem goleiro. Foi inacreditável.

Quando tudo indicava que não teríamos mais emoções na partida, por conta da aproximação do seu final, eis que aos 46 minutos, o árbitro aponta pênalti a favor do Tricolor. Bola na marca da cal e o craque do time, Oscar assume a responsabilidade pela cobrança, reacendendo a esperança da torcida em comemorar o empate, mas o meia foi infeliz e permitiu ao goleiro Santos se tornar o heroi da partida ao defender o pênalti.


Pênalti defendido por Santos que garantiu o Atlético na final. Foto: Orlando Lacanna.

Os últimos dois minutos foram de arrepiar, com o São Paulo ainda buscando forças para tentar o empate e o Atlético se defendendo de todas as maneiras, esperando o final da partida que acabou acontecendo com o placar mostrando Atlético Paranaense 2 - 1 São Paulo para surpresa de muitos. Esse resultado colocou o time do Sul na final da Copinha quando enfrentará o Corinthians que eliminou o Avaí em outra partida emocionante, cuja história será apresentada daqui a pouco pelo Fernando Martinez em outro post.

Após assistir a festa dos paranaenses pela vitória, iniciei o retorno para São Paulo, à bordo do "Possante 558" do Sr. Natal que me fez companhia, juntamente com o Sr. Francisco que pilotou com categoria, apesar da cabeça inchada pela derrota sãopaulina. Foi isso.

Abraços,

Orlando

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Avaí nas semifinais da Copa São Paulo

Opa,

A Copa São Paulo 2009 está nas suas semifinais, e como não poderia deixar de ser, estive presente em uma partida decisiva valendo pelas quartas-de-final do torneio. E indo completar meu 1499º jogo ao vivo em estádios, segui até o Estádio Nicolau Alayon para um clássico da Região Sul do país, com times do Paraná e Santa Catarina. O jogo em questão foi entre o Paraná Clube e o Avaí. Como sempre, fomos autorizados a entrar no gramado para as fotos oficiais do jogo. Será que elas aparecerão em algum outro lugar além daqui?


Paraná Clube (sub-20) - Curitiba/PR. Foto: Fernando Martinez.


SC Avaí (sub-20) - Florianópolis/SC. Foto: Fernando Martinez.


Quarteto de arbitragem da partida Paraná x Avaí. Foto: Fernando Martinez.

O jogo reuniu dois times que chegaram na Copinha e surpreenderam, eliminando favoritos históricos, como Palmeiras e Vasco. Graças a uma rápida pesquisa de opinião feita ali mesmo, o Avaí levava ligeiro favoritismo. Quando cheguei então nas arquibancadas (em virtude da chuva), encontrei amigos perdidos por lá, como o Sérgio e o Inácio do Futebol Alternativo e o lusitano Bin Laden, e fomos todos nos abrigar da chuva.

Confirmando o que o pessoal disse, o Avaí começou o jogo destruindo a defesa do time paranaense. Aos 10 minutos, numa cobrança de falta perfeita, o jogador Jhonny colocou a bola no ângulo direito do goleiro paranista e abriu o placar. Sem deixar o Paraná respirar, os catarinenses ampliaram aos 15, com uma bela jogada individual do estiloso Luan, que costurou na defesa e chutou com classe no canto esquerdo.


Marcação cerrada do time catatinense em saída de bola do Paraná. Foto: Fernando Martinez.

O Paraná estava perdido em campo, e o treinador do time resolveu mudar tudo logo de cara fazendo uma alteração. Ela mostrou resultado aos 26 minutos, quando o jogador Elvis cobrou pênalti e marcou o primeiro do time. O Paraná então acordou e criou mais chances para fazer um gol. Ele quase aconteceu num chutaço de Bruno, com a bola batendo na trave esquerda. Mas no final da primeira etapa o jogo ficou em 2 a 1 para o Avaí.


Gol do Paraná em cobrança de pênalti. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo aproveitamos para colocar os papos em dia, falando de A2, A3, Segundona, e muita informação importante. Sempre faz bem falar sobre futebol com quem conhece. Bom, e o segundo tempo veio com a chuva apertando mais, e nós devidamente protegidos nas sociais do Naça.




A marcação do Avaí foi ótima na primeira etapa. Foto: Fernando Martinez.

Os times vieram bem para o gramado, e os períodos de domínio foram bem definidos: a primeira metade do segundo tempo foi do Avaí e o restante do Paraná. O time catarinense perdeu duas ótimas chances para ampliar e talvez definir sua classificação de vez, mas os dois chutes foram para fora. Depois da metade do segundo tempo o Paraná alugou a defesa avaiana, mas faltou criar aquele lance claro de gol.


Zaga do Avaí afastando o perigo. Foto: Fernando Martinez.


Goleiro do Avaí sai do gol para evitar o empate paranaense. Foto: Fernando Martinez.

Aos 34 minutos, o Avaí teve o jogador Laércio expulso, e isso foi o que faltava para que o Paraná tentasse tudo em busca do empate. Mas o time não estava com seu ataque nos melhores dias, e a partida chegou ao seu final sem o sonhado gol para os paranistas.


Defesa do Avaí segurando o bola na lateral de campo, ao fundo o placar final do jogo. Foto: Fernando Martinez.

Final de partida: Paraná 1-2 Avaí. Agora o time catarinense disputa uma difícil semifinal contra o Corinthians, sexta à noite no Pacaembu. É a volta de jogos decisivos da Copinha em dias de semana à noite no tradicional estádio paulistano. Cresci nos anos 80 e 90 vendo jogos decisivos serem disputados lá e de certa forma é uma volta ao passado. Mas bem que a FPF poderia marcar mais jogos no Pacaembu né?

E se tudo der certo, estarei lá...

Até mais

Fernando