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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Juventus passa sufoco, mas segura a ESMAC e está nas quartas do Feminino A2

Texto e fotos: Fernando Martinez


O Campeonato Brasileiro Feminino da Série A2 definiu no último final de semana suas quatro semifinalistas. Uma das partidas válidas pelas quartas de final foi realizado no Estádio Conde Rodolfo Crespi. Foi um daqueles confrontos que provavelmente nunca mais irão acontecer. No histórico gramado, as meninas do Juventus receberam a genial ESMAC do Pará.

Foi a estreia da equipe do Norte em São Paulo. A Escola Superior Madre Celeste foi criada em 2001 e é uma instituição privada de ensino superior. Atualmente são, de longe, a maior força do futebol feminino do estado com um título em 2012 e cinco de 2017 até 2020. O último foi conquistado em cima do Paysandu uma semana antes do início do mata-mata contra as juventinas.




As fotos oficiais da partida: as onze titulares do Juventus, as relacionadas do Esmac e capitães com o quarteto de arbitragem

Jogando no Mangueirão, as paraenses foram derrotadas pela contagem mínima e precisavam vencer na Javari pensando pelo menos em levar a peleja aos pênaltis. O empate colocava as grenás na próxima fase. Vale lembrar que a campanha do Juventus era irretocável até então: cinco vitórias e um empate. Bem diferente do Paulista e suas cinco derrotas em cinco jogos, algo natural levando em conta que as forças estavam concentradas no Brasileiro.

O primeiro tempo teve o Juventus iniciando os trabalhos um pouco melhor, porém aos poucos a ESMAC equilibrou as forças. Para a alegria da rapaziada que ocupava a parte coberta da cancha, o marcador foi inaugurado pelas meninas locais. Aos 27 Nai recebeu passe em profundidade após erro na saída de jogo visitante. Ela ganhou na corrida da zagueira, deu um drible maroto na arqueira e marcou. Seis minutos depois foi a vez de Dani Ortolan, de pênalti, fazer o dela.


Bola levantada na área do Juventus... sempre um problema para o clube paulistano


Dani Ortolan fez o segundo gol grená de pênalti, abrindo uma boa vantagem ainda no primeiro tempo



Dois lances do primeiro tempo de Juventus x Esmac

Com 3x0 no agregado o Juventus tinha conquistado uma senhora vantagem e poderia trabalhar em cima disso. Poderia, pois no tempo final o que se viu foi o mesmo cenário do duelo contra o América/MG ainda pela fase inicial: as grenás simplesmente desistiram de jogar. A Esmac, que já tinha mostrado qualidade na etapa inicial, tomou conta completamente da partida.

As meninas do Pará ocuparam o campo de defesa paulista sem nenhuma cerimônia e criaram, sem nenhum exagero, dezenas de chances de gol de todas as cores, sabores e modelos. Aos 18 minutos Anne diminuiu quando arriscou de longe e a goleira Dani Soares aceitou. O empate poderia ter saído a qualquer momento, mas ele aconteceu apenas aos 37 com Keyla aproveitando novo vacilo monstro de toda a zaga. A pressão até os acréscimos foi absurda e a virada não aconteceu apenas por um detalhe.






Tudo que fez no tempo inicial, o Juventus deixou de fazer no segundo. Já o Esmac melhorou demais, chegou ao empate e por várias vezes perdeu a chance de virar o marcador

O placar final de Juventus 2-2 ESMAC não foi um resultado justo, só que como o que vale é bola na rede, as grenás estão na semifinal do Brasileiro da Série A2. Fato que precisarão jogar muito mais se quiserem estar na elite em 2021. O adversário agora será o bom time do Napoli de Santa Catarina. O compromisso de ida acontece no final de semana na Rua Javari. Certeza de que me farei presente.

Até a próxima!

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Ficha Técnica: Juventus 2-2 ESMAC/PA

Local: Estádio Conde Rodolfo Crespi (São Paulo); Árbitra: Adeli Mara Monteiro/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Sasá, José Mercy, Keyla; Gols: Nai 27 e Dani Ortolan (pênalti) 33 do 1º, Anne 18 e Keyla 37 do 2º.
Juventus: Dani Soares; Renata, Loira, Sasá e Deza; Bia Cardoso (Késsillyn), Luana (Louyse), Mafê (Alê Brito) e Iara (Sabrina); Dani Ortolan (Karol Mineira) e Nai. Técnico: Welington Souza.
ESMAC/PA: Iza; Anne, Keyla, Lorena e Raquel; Lora Capanema, Lora Soure, Rayane (Letícia) e Silvani (Alê); Pingo (Thaissinha) e Baião (Mika). Técnico José Mercy.
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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Massacre do Athletico no Allianz Parque pelo Brasileiro sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


O dia 25 de novembro de 2020 vai ficar marcado por toda a eternidade. Morreu o gênio Diego Armando Maradona, um dos grandes símbolos de um futebol que não existe mais. No mesmo dia, após acompanhar com afinco a extensa cobertura televisiva sobre a partida do grande ídolo, mantive minha agenda com nova cobertura no Campeonato Brasileiro sub-20. No meu terceiro jogo consecutivo no Allianz Parque, vi de perto a confronto entre Palmeiras e Athletico/PR.


Times se aquecendo no gramado sintético do Allianz Parque


Meio de lado, os capitães de Palmeiras e Athletico e o quarteto de arbitragem


A homenagem ao grande Diego Armando Maradona no telão do estádio

Falei na matéria do compromisso anterior do verde - 2x4 contra o Fluminense no último domingo - a respeito da estafante maratona atual dividida em três competições. O que se viu no gramado sintético do estádio da capital bandeirante foi uma atuação devastadora do Furacão, certamente influenciada pela agenda insana do adversário. Os locais foram dominados sem piedade e sofreram uma goleada monstro e completamente justa.

Os visitantes abriram o placar aos 18 minutos quando Vinícius fez ótima jogada individual, avançou pela defesa adversária e tocou na esquerda. Jajá recebeu e acertou uma finalização precisa no canto de Lucas Bergantin. O rubro-negro se manteve bem postado sem dar chance aos mandantes. Aos 37 o camisa 2 João Vialle, que tinha levado o primeiro amarelo um minuto antes, tomou o segundo e foi expulso. Na falta que gerou o vermelho Orlando fez brilhante defesa em cobrança de falta paulistana.


Comemoração de um dos gols do Athletico, cena que aconteceu cinco vezes na noite de quarta






O time paulista sofreu com os rápidos ataque do onze paranaense durante a etapa inicial

Ficar com um a mais em campo poderia ser o impulso necessário para o Palmeiras se impor... só que não. Jajá fez grande jogada individual pelo lado esquerdo aos 44, invadiu a área e chutou cruzado, ampliando a vantagem. Na etapa final não sobrou alternativa ao alviverde a não ser atacar com todas as forças. Vimos ótimos ataques até que, de pênalti, Ramon César diminuiu aos 22 minutos. Tudo levava a crer que o Palmeiras teria força suficiente na busca do empate.

Diferente do que boa parte dos presentes pensou, os atleticanos não sentiram o gol sofrido e num espaço de dez minutos resolveram tudo com três golpes que aniquilaram as pretensões do verde. Rômulo aos 27, Fornari - aproveitando falha de Lucas Bergantin - aos 33 e de novo Rômulo aos 38 mostrou que a agremiação sulista é candidata forte ao título do Brasileiro sub-20. Nem o segundo gol local, marcado por Caio Cunha aos 40, diminuiu o brilho do massacre.



Lance do pênalti marcado a favor do Palmeiras e depois Ramon Cesar diminuindo aos 22 do tempo final, recolocando o Palmeiras na partida... por pouco tempo


Disputa de bola na lateral do ataque verde no segundo tempo


Rômulo driblando o goleiro palmeirense para fazer o quarto gol visitante

Fim de partida: Palmeiras 2-5 Athletico/PR. Essa foi a terceira goleada seguida do Furacão: antes fizeram 5x0 em cima do Sport e 4x0 contra o Corinthians. O triunfo os colocou em quarto lugar com 27 pontos, enquanto os três primeiros têm 28. O alviverde caiu três posições e agora está em nono. O certame ainda tem cinco rodadas a serem realizadas antes do término da primeira fase.

Depois de duas semanas consegui um descanso de dois dias sem futebol. Espero retornar em um dos duelos decisivos das oitavas da Série A2 do Brasileiro Feminino na Rua Javari no final de semana. Um daqueles confrontos que a gente sabe que vai ver apenas uma vez na vida.

Até lá!

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Ficha Técnica: Palmeiras 2-5 Athletico/PR

Local: Allianz Parque (São Paulo); Árbitro: Thiago Lourenço de Mattos/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Ramon Cesar, Ramon Rocha, João Vialle; Cartão vermelho: João Vialle 37 do 1º; Gols: Jajá 18 e 44 do 1º, Ramon Cesar (pênalti) 22, Rômulo 27, 38, Fornari 33 e Caio Cunha 40 do 2º.
Palmeiras: Lucas Bergantin; Ramon Rocha, Carlos (Jonathan), Helder e Robson (Garcia); Ramon Cesar (Jhow), Caio Cunha, Erick Plúas (Marino) e Vitor Hugo (Pedro Lima); Victor Michell (Ruan Ribeiro) e Robinho. Técnico: Wesley Carvalho.
Athletico: Orlando; João Vialle, Edu, Fornari e Kawan (Rodrigo Bomfim); Raimar, João Pedro (Luca Caio) e Ramon (John Mercado); Julimar (Dudu), Mingotti (Rômulo) e Jajá (Paulo Victor). Técnico: Rafael Guanaes.
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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Fla segura a vantagem e elimina o Palmeiras do Brasileiro sub-17

Texto e fotos: Fernando Martinez


Os torneios de categorias de base realizados pela CBF em 2019 foram dominados por Palmeiras e Flamengo. Os dois clubes dividiram os títulos das seis competições e protagonizaram duelos memoráveis. Vários atletas foram promovidos aos elencos principais. Mas como tudo é um ciclo, na atual temporada aquele domínio todo não existe mais. Mesmo assim, ambos voltaram a se encontrar nas quartas de final do Campeonato Brasileiro sub-17. Na tarde de segunda-feira estive no Allianz Parque e acompanhei a decisão da vaga na semifinal.


Novamente um Allianz Parque vazio agora para Palmeiras x Flamengo no Brasileiro sub-17

Ano passado o Fla foi campeão do nacional da categoria. Na Supercopa, que reúne os vencedores do Brasileiro e da Copa do Brasil, foi derrotado justamente pelo alviverde. Rolou cobertura do JP no primeiro encontro, realizado no Pacaembu em 28 de novembro com triunfo paulista por 2x0. Na volta, a vitória por 3x2 não foi suficiente para dar o título ao rubro-negro. Em 2020 a história começou bastante diferente. Na semana passada os cariocas fizeram 5x2 e somente uma apresentação muito ruim na capital bandeirante levaria à eliminação.

O alviverde precisava de um quase-milagre e na primeira etapa e, como não poderia deixar de ser, ocupou o campo de defesa adversário. Até a meia hora de jogo os visitantes não foram nada bem e os paulistas dominaram por completo. É, porém chance clara de gol e lance perigoso que é bom não teve. Somente nos últimos minutos o Fla equilibrou as coisas. No intervalo, a vantagem permanecia a mesma.

Com a vaca praticamente inteira no brejo, a concentração palmeirense nos últimos 45 minutos caiu. Na boa e com toda a vantagem a seu favor, os flamenguistas atuaram sem pressão e passaram a ter seus momentos de destaque. Natan, arqueiro verde, fez boa defesa aos dois em finalização de Werton. Aos 13 João Pedro perdeu um daqueles gols que até eu faria quando, sem goleiro, mandou na trave.

Foi aos 26 que a classificação se confirmou de vez com o gol de Werton. Ele recebeu passe de Mateus Dias e, contando com desvio da zaga, abriu o placar. O Palmeiras não se fez de rogado e três minutos após Giovani deixou tudo igual tocando no canto de Kauã. Pouco na missão de reverter o enorme prejuízo do duelo de ida.







Depois de fazer 5x2 no jogo de ida, o Fla estava praticamente classificado. O Palmeiras até tentou mas não conseguiu reverter a enorme vantagem rubro-negra

No fim, o resultado de Palmeiras 1-1 Flamengo eliminou os locais e colocou os cariocas na semifinal do Brasileiro sub-17. O adversário será o Athletico/PR. Ao alviverde, restou a Copa do Brasil. A estreia será durante esta semana contra o Avaí Rondônia no Norte do país. Diferente do sub-20, no antigo juvenil não houve a realização do estadual, então o calendário é bem menos apertado.

Seguindo no astral de ver a base alviverde, na quarta tem nova rodada do Brasileiro sub-20 e certamente lá estarei. Com o ano acabando, não dá para perder a oportunidade de ver qualquer partida que conseguir.

Até lá!

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Ficha Técnica: Palmeiras 1-1 Flamengo

Local: Allianz Parque (São Paulo); Árbitro: Rafael Felix da Silva; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Ruan Santos, Kauã; Gols: Werton 26 e Giovani 29 do 2º.
Palmeiras: Natan; Jhow (Yago), Ruan Santos, Ian e Abimael (Guilherme); Pedro Lima, Allan (Luiz Freitas) e Vitor Hugo (Giovani); Ruan Ribeiro, Victor Henrique (Pablo) e Endrick (Robert). Técnico: Artur Itiro.
Flamengo: Kauã; Breno (Kayque Soares), Diego, Cleiton e Richard; Dudu, Matheus França e Victor Hugo (Werton); Will (Vitor Muller), João Pedro e Mateus Dias (Petterson). Técnico: Ramon Lima.
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terça-feira, 24 de novembro de 2020

John Kennedy faz três e Flu goleia o sub-20 palmeirense em São Paulo

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fechando a rodada dupla do domingo, iniciei o que possivelmente será uma sequência de três coberturas seguidas da base do Palmeiras no Allianz Parque. A primeira delas pela 12ª rodada da fase inicial Campeonato Brasileiro sub-20 contra o bom time do Fluminense. Confronto direto entre o terceiro e quarto colocados na tábua de classificação, lembrando que os oito primeiros estarão nas quartas de final.

Esse foi o 10º jogo do sub-20 da equipe da Zona Oeste em 22 dias de novembro, uma maratona insana em três torneios. Além do nacional, tem a Copa do Brasil e o estadual também. Para terem uma ideia, na semana o elenco atuou na segunda, quinta, sexta e no domingo. Existe a alternância de atletas, mas é fato que uma hora a coisa estoura e o rendimento cai.


Palmeiras e Fluminense homenageando o ex-técnico da seleção sub-17 e sub-20 Carlos Amadeu, falecido no dia 15

O que se viu no gramado sintético do Allianz foi um Palmeiras cansado e sofrendo mais do que está acostumado a sofrer. O descansado escrete carioca, atuando com John Kennedy, não o famoso presidente dos Estados Unidos e sim a joia da base tricolor, foi muito superior e mesmo tendo sofrido um pequeno susto no começo da segunda etapa, não teve dificuldade em conquistar os três pontos.

O primeiro tempo foi todo dos visitantes. Aos 10 Gabriel Teixeira foi lançado, entrou na área, driblou o goleiro e abriu o marcador. Aos 42 um dos zagueiros locais meteu a mão na bola dentro da área e a árbitra marcou pênalti. John Kennedy, o grande democrata, cobrou com perfeição e ampliou. O 2x0 contra, apesar da equipe paulista não ter tido uma atuação tão terrível, foi merecido.





Confesso que não esperava muito, mas o Palmeiras x Fluminense foi acima da média em gols e emoção


John Kennedy, não o ex-presidente dos Estados Unidos, fez seu primeiro gol na noite de pênalti aos 42 do primeiro tempo

Confesso que não esperava uma reação na etapa final. Eis que ela aconteceu e com dez minutos pintou a igualdade. Antes do relógio completar a primeira volta do ponteiro Cipriano, zagueiro tricolor, cometeu pênalti em novo tapa na pelota dentro da sua área. Ramon César bateu no canto direito e fez o dele. Aos 11, ele mesmo cobrou falta da intermediária. O chute nem foi tão forte, o problema é que Pedro Rangel meteu um golpe de vista bem meia-boca e não pulou para tentar a defesa.

O 2x2 não desanimou o Flu e logo o clube do Rio voltou a dominar as ações. Aos 22 Gabriel Teixeira chutou da entrada da área e tirou tinta da trave. No lance seguinte, os visitantes conseguiram emplacar um ótimo contra-ataque que terminou com o segundo tento de John Kennedy. Em nova desvantagem, o alviverde não foi capaz de voltar a deixar tudo igual e nos acréscimos ainda sofreu outro gol de John Kennedy, o artilheiro da noite.


Aos dois do tempo final, Ramon César diminuiu para o verde


Ataque carioca pela direita



Pedro Rangel, goleiro do Flu, apenas olha a bola entrar no seu gol. Era o empate palmeirense de novo com gol de Ramon César


Não deu nem muito tempo para o Palmeiras comemorar, já que John Kennedy, sempre ele, colocou o Flu novamente na frente do placar aos 22 do tempo final

Fim de jogo: Palmeiras 2-4 Fluminense. Com o triunfo a agremiação das Laranjeiras agora é a segunda colocada do certame com 25 pontos, três atrás do líder Corinthians. Os palmeirenses caíram para o sexto lugar. Faltam agora seis rodadas até a definição dos classificados. A próxima jornada será realizada no meio da semana e teremos nova peleja na cancha paulistana.

Menos de 24 horas retornei ao campo da Zona Oeste pois a pauta livre do JP apontava um encontro decisivo na Copa do Brasil sub-17.

Até lá!

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Ficha Técnica: Palmeiras 2-4 Fluminense

Local: Allianz Parque (São Paulo); Árbitro: Fernanda Ignácio de Souza/SP; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Eduardo Oliveira; Gols: Gabriel Teixeira 9 e John Kennedy (pênalti) 42 do 1º, Ramon César (pênalti) 2, 11, John Kennedy 22 e 48 do 2º.
Palmeiras: Lucas Bergantin; Ramon Rocha, Jonathan (Gabriel Góes), Gabriel Vareta (Serafim) e Robson; Ramon César, Erick Plúas (Talisca), Caio Cunha e Valdenilson (Victor Michell); Luan (João Pedro) e Robinho (Thiago). Técnico: Wesley Carvalho.
Fluminense: Pedro Rangel; Davi, Marcos Pedro, Cipriano e Felipe; Edinho, Wallace, Gabriel Teixeira (Emanoel) e John Kennedy; Miguel Souza e Yago (Cauã Santos). Técnico: Eduardo Oliveira.
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Outro triunfo lusitano na Copa Paulista, agora na Comendador Souza

Texto e fotos: Fernando Martinez


Com as canchas brasileiras sem torcida, a TV aproveitou a deixa a passou a montar as tabelas com horários esdrúxulos e espaçados com o intuito de encher suas grades. Com isso a agenda está cheia e no domingo emplaquei uma improvável rodada dupla na capital bandeirante. Iniciei os trabalhos com a penúltima rodada da fase inicial da Copa Paulista. No Estádio Nicolau Alayon acompanhei meu 11º Nacional x Portuguesa consecutivo desde que os dois voltaram a se enfrentar com frequência em 2007.



Como nenhum fotógrafo fez as fotos posadas dos times, vamos com a imagem deles entrando em campo. Abaixo, capitães e quarteto de arbitragem na foto oficial

A Lusa era líder isolada do Grupo 5, estava invicta e ostentava a segunda melhor campanha do torneio, atrás apenas do XV de Piracicaba. O escrete ferroviário era o lanterna da chave, vinha de um terrível 5x3 sofrido contra o Guarani na sua casa e com três compromissos sem vencer. Dois cenários bastante opostos. Era meio óbvio que os visitantes eram os favoritos.

Só que diferente do que dez entre dez torcedores esperavam, a peleja foi bem fraca. O Nacional confirmou a fase ruim e praticamente nada fez no histórico gramado da Rua Comendador Souza. Chance a favor dos locais apenas nos primeiros minutos em finalização de Tavares e com cabeçada de Gabriel que bateu na trave pouco antes do intervalo.





Não sei se foi o calor, mas é fato que Nacional e Portuguesa fizeram um jogo bem abaixo do esperado



Um instante antes do gol de Luan, o único da partida, e a comemoração dos atletas lusitanos

Os rubro-verdes fizeram o básico, abriram o marcador aos 16 minutos com Luan, contando com um desvio da zaga, e nada mais no tempo inicial. A falta de inspiração crônica da equipe do Canindé foi o principal motivo da partida ter ficado abaixo da média. Animados mesmo só meia dúzia de diretores lusitanos na parte coberta. Tão animados que deixaram todo mundo estressado e os fiscais da FPF, assim como uma professora na pré-escola, tiveram que atuar para o pessoal sossegar o facho.

Se a coisa já não foi uma maravilha nos primeiros 45 minutos, ela piorou demais nos 45 finais. Os dois apenas trocavam passes e pouco chegaram dentro da área adversária. Com o forte calor na cidade de São Paulo, parece que a segunda etapa levou teve três horas. Sendo bem sincero, o apito final foi um grande alívio.




No segundo tempo, pouco mudou. O duelo paulistano no Nicolau Alayon deu muito sono

O Nacional 0-1 Portuguesa confirmou matematicamente a presença do time do Canindé nas oitavas da Copa Paulista, seguindo com tudo em busca do caneco. O onze ferroviário permaneceu na lanterna e precisa torcer contra o Guarani, que pega a líder no Canindé, e fazer uma boa apresentação contra o Água Santa em Diadema. Estamos na torcida.

Saí correndo do Nicolau Alayon, passei a linha do trem e me dirigi ao Allianz Parque para fechar minha rodada dupla. Se de tarde não teve inspiração, de noite tudo mudou (felizmente) de figura.

Até lá!

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Ficha Técnica: Nacional 0-1 Portuguesa

Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitro: Thiago Lourenço de Mattos; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Tavares, Léo Machado, Adriel Bahia, Flávio, Baia, Raphael Luz, Walfrido; Gols: Luan 16 do 1º.
Nacional: Matheus Polentini; Flávio, Gabriel, Bruno Maia (Reinaldo) e Matheus Barros; André Rocha, Wellington (Fernando ZO), Léo Machado (Mauricio Teta) e Gabriel Mendes (Adriel Bahia); Tavares e Felipe Evandro (Guilherme Dias). Técnico: Tuca Guimarães.
Portuguesa: Dheimison; Baia, Patrick, João Victor e Robertinho (Cesinha); Fabrício (Walfrido), Joãozinho (Maikinho), Raphael Toledo e Raphael Luz (Lucão); Luan (Davi) e Lucas Douglas. Técnico: Fernando Marchiori.
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