Opa,
Após a eliminação do Paulínia FC da 41ª Copa São Paulo de Futebol Júnior no Estádio Luís Perissinoto, era a vez da segunda partida do dia válida pelo Grupo U. E era um dos jogos mais esperados pelo que vos escreve pois reuniu uma equipe de fora do país, o Al Hilal Au-Saudi Club da Arábia Saudita, algo que não acontecia na Copinha desde o longínquo 1997. O adversário dos sauditas foi o Clube do Remo, buscando sua classificação.
Mesmo sendo jogo que seria transmitido ao vivo pela TV, tivemos bastante facilidade para as fotos oficiais. E não dava para perder mesmo, já que acredito que não verei mais o Al Hilal ao vivo algum dia.
Como disse antes, não tinha como perder a chance de ver um time estragneiro jogando a Copinha. Os sauditas foram a 12ª equipe do exterior a disputar o torneio na história. De 1980 até 1997, quando a Seleção da China e o Cerro Porteño jogaram e foram mal ao final do torneio daquele ano - e que tive a oportunidade de ver partidas das duas equipes jogando no Canindé - os estrangeiros da Copa São Paulo disputaram 39 partidas, vencendo um total de apenas 6 jogos, empatando 7 e perdendo 26. Os 11 times somados marcaram 38 gols e sofreram juntos 97. Dá para perceber que nunca tivemos uma campanha boa de algum time de fora por aqui.
Foi muito legal a iniciativa da FPF em voltar com os estrangeiros no torneio. Pena que dos três anunciados que participariam só o Al Hilal jogou (em tempo, Portsmouth/ING e o representante da África do Sul desistiram da competição). Conversei com o pessoal da Federação e eles ficaram bastante decepcionados com a pequena procura de inscrições dessas equipes do exterior. Pode ser que no ano que vem o torneio seja disputado só por times brasileiros. Uma pena, mas torcemos que eles continuem com essa idéia de convidar equipe do mundo todo.
E essa foi a segunda equipe saudita que incluo na minha Lista. A primeira que vi foi o Al Nasr, que jogou o Mundial da FIFA disputado no Brasil há 10 anos atrás, em janeiro de 2000. Podemos mesmo dizer que não é muito fácil ver uma equipe da Arábia Saudita jogando em terras tupiniquins.
Se despedindo do torneio, já que já estavam eliminados antes da rodada começar, o Al Hilal jogou contra um Remo que dependia apenas de uma vitória simples para conseguir ser campeão do grupo e se classificar para a Segunda Fase da Copinha pela primeira vez. Vale registrar que essa é a terceira participação dos paraenses no torneio e desde 2005 não jogavam o importante campeonato.
Na arquibancada montada atrás do gol do estacionamento do Luís Perissinoto, todos os jogadores e comissão técnica do Atlético/PR estavam torcendo ferozmente para oa árabes, já que se o Remo não vencesse a classificação seria dos paranaenses. E os simpáticos paraenses começaram o jogo buscando o gol, mas muito nervosos nas conclusões das jogadas. Os atletas estavam afobados demais, talvez sentindo a pressão e orbigação de ter que ganhar a peleja.
O Al Hilal, sem mais compromisso nenhum com a Copinha, foi aos poucos botando as manguinhas de fora e passou a levar bastante perigo com seu rápido ataque. Aos 15 minutos, para desespero da torcida do Remo presente em Paulínia, o time árabe teve um pênalti marcado a seu favor. Mas na cobrança o camisa 10 da equipe telegrafou o canto e o goleiro Lino fez a boa defesa, mandando para escanteio.
Mas o restante do primeiro tempo não teve muito mais emoções, pois o Remo não acertava o pé e o time do Al Hilal também parou de incomodar a defesa azulina. Nesse meio tempo voltei ao buffet, pois saco vazio não para em pé. Na meia hora restante acredito que limpei duas garrafas de suco de laranja e mais uma de Coca-Cola. Junto com a bandeja dos mini-kibes, que limpei mais do que a metade dela.
Só desci de lá no intervalo da partida para conversar com a amiga Graziele Crizol, auxiliar número 2 da primeira partida do dia. Bom poder colocar a conversa em dia com pessoas que valem a pena. O segundo tempo então começou e eu ainda estava conversando ao lado das cabines de imprensa. Pouco depois subi para o local aonde ficam as câmeras de TV, pois não estava mesmo afim de encarar o sol forte.
A segunda etapa foi um pouco melhor do que a primeira, mas o Al Hilal voltou melhor e teve algumas chances de abrir o marcador contra os paraenses. A torcida do time - também ajudada por torcedores do rival Paysandu - ainda tentava empurrar a equipe, mas a situação não estava fácil. E a cada chance perdida a favor ou contra o Remo, os jogadores do Atlético/PR torciam muito atrás do gol defendido pelo arqueiro do Lino.
A partida foi seguindo com o cheiro de 0x0 no ar, e com o time saudita melhor postado no gramado. O time mereceu fazer seu gol, e o herói mesmo foi o já citado goleiro Lino com três defesas à queima-roupa. E quando achávamos que nada mais aconteceria e eu veria meu primeiro jogo sem gols em 2010, tudo mudou. Aos 44 minutos, depois de uma bola cruzada da direita, o jogador Peterson cabeceou e contou com a falha do arqueiro árabe, que deixou a bola escapar das suas mãos e viu ela entrar calmanente no canto direito.
Na hora os zagueiros do Al Hilal levantaram o braço pedindo impedimento. Imediatamente olhei o bandeirinha demorando uma fração de segundo a mais para correr para o centro de campo. O árbitro também acabou confirmando o gol, o que deixou todo mundo da comissão técnica saudita inconformada. Na hora percebi o técnico querendo tirar o time de campo, algo bastante comum por aqui nos anos 30 e 40 do século passado.
Mas acalmado por alguns membros mais sensatos da sua comissão ele desistiu da idéia, e mesmo assim entrou no campo para dar uma acossada no juiz. Em virtude de ter reclamado bastante também o goleiro saudita foi expulso e seu reserva entrou no lugar. Os acréscimos ainda serviram para o camisa 9 do Al Hilal, Al Johani, ser expulso por ter dado um pontapé no seu adversário.
Final de jogo: Al Hilal 0-1 Remo. Vitória suada para o time do Norte do país que deixou a equipe com a primeira colocação do grupo U e classificada para a segunda fase, aonde jogará contra o Desportivo Brasil na próxima quarta-feira. Para os árabes fica como maior momento na Copinha a oportunidade de ter disputado um torneio bastante importante no país cinco vezes campeão do mundo.
Após o jogo ainda tentei muito, mas muito mesmo, conseguir uma camisa oficial da equipe para a minha humilde coleção. Eu e o seu Natal entramos no vestiário, arranhei inglês com Deus e o mundo e até participei da reza do pessoal do time - todos virados para Meca - mas nada feito. Pior que 124 pessoas que não tinham nada a ver com a partida foram presenteadas com uma camisa do clube e eu fiquei com uma pedra, no melhor estilo Halloween do Snoopy.
Meia hora depois pegamos o possante 558 para voltarmos à capital paulista. Mas a viagem não foi boa não, já que cheguei por aqui com um mal-estar tremendo e descobri depois que tive uma insolação não muito agradável debaixo de tanto calor. Acabei abortando a programação da rodada do domingo para ficar de repouso em casa, acompanhando a definição dos jogos da Segunda Fase da Copinha pela internet.
E na semana ainda tem mais aqui no JP!
Abraços
Fernando
Após a eliminação do Paulínia FC da 41ª Copa São Paulo de Futebol Júnior no Estádio Luís Perissinoto, era a vez da segunda partida do dia válida pelo Grupo U. E era um dos jogos mais esperados pelo que vos escreve pois reuniu uma equipe de fora do país, o Al Hilal Au-Saudi Club da Arábia Saudita, algo que não acontecia na Copinha desde o longínquo 1997. O adversário dos sauditas foi o Clube do Remo, buscando sua classificação.
Mesmo sendo jogo que seria transmitido ao vivo pela TV, tivemos bastante facilidade para as fotos oficiais. E não dava para perder mesmo, já que acredito que não verei mais o Al Hilal ao vivo algum dia.
Al Hilal Au-Saudi Club (sub-18) - Riad/Arábia Saudita. Foto: Fernando Martinez.
Clube do Remo (sub-18) - Belém/PA. Foto: Fernando Martinez.
Como disse antes, não tinha como perder a chance de ver um time estragneiro jogando a Copinha. Os sauditas foram a 12ª equipe do exterior a disputar o torneio na história. De 1980 até 1997, quando a Seleção da China e o Cerro Porteño jogaram e foram mal ao final do torneio daquele ano - e que tive a oportunidade de ver partidas das duas equipes jogando no Canindé - os estrangeiros da Copa São Paulo disputaram 39 partidas, vencendo um total de apenas 6 jogos, empatando 7 e perdendo 26. Os 11 times somados marcaram 38 gols e sofreram juntos 97. Dá para perceber que nunca tivemos uma campanha boa de algum time de fora por aqui.
Foi muito legal a iniciativa da FPF em voltar com os estrangeiros no torneio. Pena que dos três anunciados que participariam só o Al Hilal jogou (em tempo, Portsmouth/ING e o representante da África do Sul desistiram da competição). Conversei com o pessoal da Federação e eles ficaram bastante decepcionados com a pequena procura de inscrições dessas equipes do exterior. Pode ser que no ano que vem o torneio seja disputado só por times brasileiros. Uma pena, mas torcemos que eles continuem com essa idéia de convidar equipe do mundo todo.
E essa foi a segunda equipe saudita que incluo na minha Lista. A primeira que vi foi o Al Nasr, que jogou o Mundial da FIFA disputado no Brasil há 10 anos atrás, em janeiro de 2000. Podemos mesmo dizer que não é muito fácil ver uma equipe da Arábia Saudita jogando em terras tupiniquins.
Se despedindo do torneio, já que já estavam eliminados antes da rodada começar, o Al Hilal jogou contra um Remo que dependia apenas de uma vitória simples para conseguir ser campeão do grupo e se classificar para a Segunda Fase da Copinha pela primeira vez. Vale registrar que essa é a terceira participação dos paraenses no torneio e desde 2005 não jogavam o importante campeonato.
Cobrança de falta para o Remo no começo de partida. Foto: Fernando Martinez.
Tentativa de ataque dos paraenses debaixo do forte calor em Paulínia. Foto: Fernando Martinez.
Na arquibancada montada atrás do gol do estacionamento do Luís Perissinoto, todos os jogadores e comissão técnica do Atlético/PR estavam torcendo ferozmente para oa árabes, já que se o Remo não vencesse a classificação seria dos paranaenses. E os simpáticos paraenses começaram o jogo buscando o gol, mas muito nervosos nas conclusões das jogadas. Os atletas estavam afobados demais, talvez sentindo a pressão e orbigação de ter que ganhar a peleja.
Jogador do Remo mandando a bola para dentro da área dos árabes. Foto: Fernando Martinez.
O Al Hilal, sem mais compromisso nenhum com a Copinha, foi aos poucos botando as manguinhas de fora e passou a levar bastante perigo com seu rápido ataque. Aos 15 minutos, para desespero da torcida do Remo presente em Paulínia, o time árabe teve um pênalti marcado a seu favor. Mas na cobrança o camisa 10 da equipe telegrafou o canto e o goleiro Lino fez a boa defesa, mandando para escanteio.
Pênalti perdido pelo Al Hilal aos 15 do primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.
Lançamento do Remo para o campo de defesa dos sauditas. Foto: Fernando Martinez.
Mas o restante do primeiro tempo não teve muito mais emoções, pois o Remo não acertava o pé e o time do Al Hilal também parou de incomodar a defesa azulina. Nesse meio tempo voltei ao buffet, pois saco vazio não para em pé. Na meia hora restante acredito que limpei duas garrafas de suco de laranja e mais uma de Coca-Cola. Junto com a bandeja dos mini-kibes, que limpei mais do que a metade dela.
Só desci de lá no intervalo da partida para conversar com a amiga Graziele Crizol, auxiliar número 2 da primeira partida do dia. Bom poder colocar a conversa em dia com pessoas que valem a pena. O segundo tempo então começou e eu ainda estava conversando ao lado das cabines de imprensa. Pouco depois subi para o local aonde ficam as câmeras de TV, pois não estava mesmo afim de encarar o sol forte.
Ótima chance do remo no começo da segunda etapa. Foto: Fernando Martinez.
A segunda etapa foi um pouco melhor do que a primeira, mas o Al Hilal voltou melhor e teve algumas chances de abrir o marcador contra os paraenses. A torcida do time - também ajudada por torcedores do rival Paysandu - ainda tentava empurrar a equipe, mas a situação não estava fácil. E a cada chance perdida a favor ou contra o Remo, os jogadores do Atlético/PR torciam muito atrás do gol defendido pelo arqueiro do Lino.
O Al Hilal foi melhor no segundo tempo, aqui em lance pela esquerda do seu ataque. Foto: Fernando Martinez.
Mais uma perigosa investida do Al Hilal em cima da defesa do Remo. Foto: Fernando Martinez.
Na hora os zagueiros do Al Hilal levantaram o braço pedindo impedimento. Imediatamente olhei o bandeirinha demorando uma fração de segundo a mais para correr para o centro de campo. O árbitro também acabou confirmando o gol, o que deixou todo mundo da comissão técnica saudita inconformada. Na hora percebi o técnico querendo tirar o time de campo, algo bastante comum por aqui nos anos 30 e 40 do século passado.
Mas acalmado por alguns membros mais sensatos da sua comissão ele desistiu da idéia, e mesmo assim entrou no campo para dar uma acossada no juiz. Em virtude de ter reclamado bastante também o goleiro saudita foi expulso e seu reserva entrou no lugar. Os acréscimos ainda serviram para o camisa 9 do Al Hilal, Al Johani, ser expulso por ter dado um pontapé no seu adversário.
Final de jogo: Al Hilal 0-1 Remo. Vitória suada para o time do Norte do país que deixou a equipe com a primeira colocação do grupo U e classificada para a segunda fase, aonde jogará contra o Desportivo Brasil na próxima quarta-feira. Para os árabes fica como maior momento na Copinha a oportunidade de ter disputado um torneio bastante importante no país cinco vezes campeão do mundo.
Após o jogo ainda tentei muito, mas muito mesmo, conseguir uma camisa oficial da equipe para a minha humilde coleção. Eu e o seu Natal entramos no vestiário, arranhei inglês com Deus e o mundo e até participei da reza do pessoal do time - todos virados para Meca - mas nada feito. Pior que 124 pessoas que não tinham nada a ver com a partida foram presenteadas com uma camisa do clube e eu fiquei com uma pedra, no melhor estilo Halloween do Snoopy.
Meia hora depois pegamos o possante 558 para voltarmos à capital paulista. Mas a viagem não foi boa não, já que cheguei por aqui com um mal-estar tremendo e descobri depois que tive uma insolação não muito agradável debaixo de tanto calor. Acabei abortando a programação da rodada do domingo para ficar de repouso em casa, acompanhando a definição dos jogos da Segunda Fase da Copinha pela internet.
E na semana ainda tem mais aqui no JP!
Abraços
Fernando
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