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quarta-feira, 7 de maio de 2025

São Bernardo e Londrina não saem do zero em jogo fraco na C

Texto e fotos: Fernando Martinez


Foi difícil sair de casa, mas na segunda-feira à noite arranjei forças de onde nem tinha para acompanhar uma partida do Campeonato Brasileiro da Série C. Fui até o ABC para ver o segundo compromisso do São Bernardo FC no Estádio Primeiro de Maio pelo torneio. O adversário foi o Londrina, clube que não via no profissional há uma década.

A gente fica nessa de "ah, eu já vi tal time e não preciso ver de novo" e, quando presta atenção, percebe que está há um tempão sem vê-lo ao vivo. A última vez que cobri um compromisso do onze principal do LEC foi em 2015, também pela Série C, contra a Portuguesa. Contando Copinha, vi o Tubarão somente em sete oportunidades.


São Bernardo Futebol Clube Ltda. - São Bernardo do Campo/SP


Londrina Esporte Clube SAF - Londrina/PR


O árbitro amapaense Thaillan Azevedo Gomes, os assistentes também do Amapá Inácio Barreto Da Câmara e Luan Patrique Pereira da Silva, o quarto árbitro paulista Gustavo Holanda Souza e os capitães dos times

O meu oitavo duelo do invicto time paranaense foi contra o Tigre. Depois de bater na trave do acesso em 2023 e 2024, o início do São Bernardo FC em 2025 tem sido irregular e passa a impressão de que o elenco atual é inferior ao dos anos anteriores. Resta agora aguardar e ver se rola algum tipo de reabilitação nas próximas rodadas.

Seguir até o ABC em dia útil é punk, mas pelo menos tem bastante trem e trólebus. Saí mais cedo para poder me dar ao luxo de pegar os coletivos antes do horário de pico e escolher um menos lotado. A viagem foi tranquila, desci no Terminal São Bernardo e ainda deu tempo de fazer uma boquinha numa lanchonete ali perto. Por 26 reais, dá pra comer um belo sanduba, tomar um refri e ainda vem uma senhora porção de fritas. Um custo-benefício sensacional.

Se o combo foi bom, não posso dizer o mesmo da peleja, que foi bem abaixo da média. O São Bernardo teve pouca inspiração e o Londrina, que atuou com um uniforme belíssimo com desenho tradicional (e com o número vermelho, um detalhe importante), procurou mais se defender do que atacar. Na etapa inicial, Foguinho e Pará criaram os dois únicos momentos levemente relevantes, ambos sem conseguir vencer o goleiro Luiz Daniel.





Lances do primeiro tempo no Primeiro de Maio

Logo no início do segundo tempo, Pedro Felipe cruzou na área e Rodolfo cabeceou livre de marcação. A bola quicou e saiu por cima do gol. Foi a melhor chance dos 45 minutos finais. O Londrina se arriscou um pouco mais no ataque e teve duas boas oportunidades com Thauan e Pablo. No último lance, os atletas locais pediram pênalti em jogada pela direita... o que não aconteceu. A cobrança saiu pela linha de fundo e com ela se foi a chance de ver um mísero golzinho na fria noite de segunda.




Na etapa final, pouco aconteceu de realmente emocionante em São Bernardo do Campo


O último lance do jogo: o pessoal da casa reclamou de pênalti, mas pela foto dá para ver bem que a falta foi fora da área


Meu primeiro 0 a 0 em mais de 40 dias e o terceiro em 2025. faz parte...

O 0 a 0 entre São Bernardo e Londrina foi o resultado óbvio de um jogo fraco, muito fraco. O Tubarão se manteve invicto e ocupa a quinta posição, com oito pontos. O Tigre do ABC é o 11º, com cinco, dois acima da zona de rebaixamento. Está na hora do clube da Grande São Paulo engrenar, caso contrário vai passar sufoco no restante da primeira fase.

Saindo do Primeiro de Maio, encontrei a dupla Nilton e Victor. Dali, segui com o amigo radioativo de Suzano pelo trólebus, CPTM e metrô. A ideia era ver bastante jogo durante a semana, mas como o semestre da faculdade está na reta final, preciso dar um foco especial aos estudos. Vamos fazer tudo direitinho para virar um historiador de verdade em 2027.

Até a próxima!

Ficha Técnica: São Bernardo FC 0-0 Londrina

Local: Estádio Primeiro de Maio (São Bernardo do Campo); Árbitro: Thaillan Azevedo Gomes/AP; Público: 626 pagantes; Renda: R$ 13.320,00; Cartões amarelos: Emerson Santos, Hugo Sanches, Rafael Forster, Sousa, Pablo e João Vitor.
São Bernardo FC: Júnior Oliveira; Hugo Sanches, Hélder, Rafael Forster e Pará (Arthur Henrique); Emerson Santos, Foguinho (Dudu Miraíma) e Romisson; Pedro Felipe (Sillas), Rodolfo (Felipe Garcia) e Felipe Azevedo (Kauã Jesus). Técnico: Ricardo Catalá.
Londrina: Luiz Daniel; João Vitor (Cedric), Yago Lincoln, Wallace e Maurício; Alison, Sousa (Paredes) e Gustavo França (Vitinho); Henrique (Thauan), Cariús (Pablo) e Iago Teles. Técnico: Claudinei Oliveira.

terça-feira, 6 de maio de 2025

Guarulhos vence o São Carlos e lidera a Segundona no retorno ao profissionalismo

Texto e fotos: Fernando Martinez


A preguiça me deixou de fora da rodada de sábado, mas no domingo fiz a minha estreia na esvaziada edição de 2025 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, o último nível do estadual. Direto do Estádio Antônio Soares de Oliveira, fui acompanhar o primeiro jogo do Guarulhos como mandante no seu retorno ao profissionalismo. O adversário foi o São Carlos.

A Associação Desportiva Guarulhos, ausência muito sentida em 2024, só está jogando porque firmou uma espécie de parceria com o Aster, ex-Itaquá. O clube, surpresa da Copinha-24, "foi saído" da cidade e viu a união com o escrete guarulhense como a forma de se manter em atividade. Em um campeonato tão nivelado, pode dar liga. O meu medo é que vire um "Aster Guarulhos" em um futuro não tão distante.

Falando da Segundona, é triste ver como a competição está mais sem graça a cada ano que passa. Campeonato curto, sem muito interesse, poucos times. Um crime. Digo sem medo de errar: hoje o Paulista sub-20 está muito mais interessante do que a última divisão. Antes o carro-chefe do JP, hoje desperta pouco interesse. Já passou da hora de a FPF cuidar melhor do torneio (e não só dele).

Somente 15 clubes participam da Segunda Divisão. Foram divididos em três grupos com cinco times cada e se classificam para a segunda fase os dois primeiros de cada chave e os dois melhores terceiros colocados. A partir daí, quartas, semi e final até a decisão do campeão. Os dois finalistas sobem para a A4 em 2026 e ocuparão os lugares dos rebaixados Audax e Matonense.


Associação Desportiva Guarulhos - Guarulhos/SP


São Carlos Futebol Clube Ltda. - São Carlos/SP


Os capitães junto com o árbitro Vinícius Diniz de Camargo, os assistentes Risser Jarussi Corrêa e Vladimir Nunes da Silva e o quarto árbitro Claudemir de Araújo Silva

Estive nessa com a dupla Nilton e Victor. Sem paciência para esperar o ônibus na Estação Armênia, fomos até o Tatuapé e de lá pegamos um Uber até o Ninho do Corvo. Entrei no estádio por volta das 14h20 e ainda não tinha ambulância nem médico. Já bateu o medo característico em pelejas da divisão, mas felizmente, pouco antes do horário marcado, todos chegaram direitinho. Também pintaram por lá o Pucci e o Mau, o viajante do interior.

Quatro atletas que estavam na histórica vitória do Aster Itaquá contra o Palmeiras na Copa São Paulo de 2024 estavam em campo: Vitão, Rodrigo Capiva, Dieguinho e Gustavinho. Com eles em campo, o Guarulhos foi melhor do que o São Carlos no começo da partida. O goleiro Max Yam fez grande defesa nos primeiros minutos, porém, aos 10, não conseguiu evitar o gol local, marcado em bom chute de Dieguinho pela esquerda.

Com 1 a 0 a favor, o Guarulhos deu bobeira no seu setor defensivo e quase sofreu o empate em duas oportunidades. Na sequência os locais voltaram a assustar a zaga do São Carlos e por pouco não ampliaram. O razoável primeiro tempo terminou com o triunfo parcial do AD. No intervalo, só para variar, fiquei na arquibancada com a rapaziada presente batendo papo sobre a vida.


Depois da confusão com Flamengo e Ibrachina na Copinha, agora o setor visitante tem uma pequena cabine. Quando pintar alguma chance de confusão, todo mundo, inclusive diretores, ficarão no cercadinho novo do Ninho do Corvo


Boa chegada do Guarulhos no começo do jogo


Defesa de Max Yam, apenas a primeira de várias que fez no domingo


O chute de Dieguinho abrindo o marcador em Guarulhos




Mais lances do primeiro tempo de Guarulhos x São Carlos

O São Carlos melhorou a performance na etapa final e não deixou tudo igual por puro azar. Foram pelo menos três grandes momentos. Demorou para que o Guarulhos voltasse a atacar com perigo. O panorama não sofreu alterações até os acréscimos. Foi quando os donos da casa roubaram a bola da zaga visitante e ela sobrou para Gustavinho. Ele tirou do zagueiro e chutou cruzado, fechando a fatura.


A escudo do Aster Itaquá no meio da camisa do Guarulhos. Se não fosse a parceria, o AD nem estaria jogando...




No segundo tempo a partida foi mais equilibrada e vimos boas chances dos dois lados


Gustavinho anotou o segundo e fechou o triunfo local na Segundona

O triunfo por 2 a 0 colocou o Guarulhos na liderança do Grupo 2 com seis pontos e 100% de aproveitamento. O Batatais tem a mesma pontuação, porém um jogo a mais. O Flamengo é o terceiro com dois, e Independente e São Carlos somam apenas um. A Segundona nem começou, e daqui duas semanas já acaba o primeiro turno da fase inicial. Triste ver que o calendário é cada vez pior, e poucos se tocam em como isso é ruim. O lance é que a gente liga mais para o futebol paulista do que os dirigentes da FPF e dos clubes.

Retomei meu caminho até o Tatuapé novamente com o radioativo Nilton e dali peguei o rumo do QG da Zona Oeste. Na segunda, voltei aos gramados para uma sessão noturna da Série C do Brasileiro.

Até lá!

Ficha Técnica: Guarulhos 2-0 São Carlos

Local: Estádio Antônio Soares de Oliveira (Guarulhos); Árbitro: Vinícius Diniz de Camargo; Público: 197 pagantes; Renda: R$ 2.280,00; Cartões amarelos: Abner Feijão, Breno Mariano, Vitão, Guilherme Ribeiro, Fabinho e Rafael Bastos (AT-São); Gols: Dieguinho 10 do 1º, Gustavinho 46 do 2º.
Guarulhos: Cauê Santana; Vitão, Breno Mariano, Jarleysom e Robinho (Alê); Rodrigo Capiva, Abner Feijão (Iarley Alexandre), Sávio Santos e Dieguinho; Juliano Bernardes (Fabrício Rabelo) (Davi Almeida) e Gustavinho. Técnico: Fabrício Madeira.
São Carlos: Max Yam; Juda, Rodrigo Fernandes (Chaves), Rodrigão e Ismael (Kevyn); Guilherme Ribeiro, Emídio (Pedro Zuccolo), Iago e Dézin (Adati); Kauan Silva (Jhonathan Mendes) e Fabinho. Técnico: João Batista.

domingo, 4 de maio de 2025

Portuguesa vence duelo de fundadores no Canindé pelo sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


A sessão da tarde da última sexta-feira foi simplesmente genial. Abrindo as coberturas do Jogos Perdidos na Série A do Campeonato Paulista sub-20 de 2025, tivemos um duelo entre Portuguesa e Jabaquara, dois fundadores da FPF, no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte. Jogo assim não tinha como ficar de fora. Confronto tão legal que até o Milton, ainda se recuperando de dias difíceis, esteve presente.

Foi a primeira vez que vi a camisa do Jabaquara no campo rubro-verde em 23 anos. A última tinha sido a ida da decisão da extinta Série B3 de 2002, um 4 a 0 em cima da saudosa Portuguesa B. Após aquela peleja, o Leão da Caneleira nunca mais pisou no Oswaldo Teixeira Duarte.


Associação Portuguesa de Desportos (sub-20) - São Paulo/SP


Jabaquara Atlético Clube (sub-20) - Santos/SP


Quarteto de arbitragem e capitães dos times

Em meio a tantas competições feitas no piloto automático e a uma série de erros repetidos ano após ano, a Federação Paulista de Futebol finalmente acertou uma. A reorganização do estadual sub-20 ficou muito boa. Depois de cinco anos, voltamos a ter duas divisões. Na primeira, a Série A, 48 clubes foram selecionados por um ranking montado pela entidade. Os dez melhores de cada um dos três grupos, além dos dois melhores décimos primeiros colocados, se classificam.

Além disso, o que torna o campeonato especial também é o fato de que os dois piores de cada chave serão rebaixados para a Série B em 2026. O sumido Orlando Lacanna, o Cary Grant do século 21, daria seu precioso aval por conta do "mecanismo de acesso". Apenas dois times subirão e isso ocorrerá até chegarmos a 32 clubes na Série A em 2029. Para fechar, outro ponto legal é que os grupos não são regionalizados, e teremos confrontos entre agremiações de todas as regiões do estado. Sem exagero: hoje o sub-20 é anos-luz mais legal do que a Segundona.

Para minha estreia nos Juniores em 2025, foi infernal chegar ao Canindé. Um trânsito de maluco no Pari atrasou todo o esquema. Por sorte, eu tinha comprado dois sandubas na porta do Centro Esportivo de Pirituba e consegui almoçar na sala de imprensa do estádio paulistano. O ruim foi que eles deixaram a desejar, bem diferente da simpatia da moça que me atendeu. Faz parte.

Seguindo no quesito ruindade, a partida foi bem fraca. No primeiro tempo, o Jabuca foi melhor, porém nada assim uma Brastemp. Chegou umas duas ou três vezes dentro da área e mais nada. A Portuguesa fez menos e, a rigor, teve só um bom momento. Eu, morrendo de sono na lateral esquerda do ataque visitante, tive a dura missão de não dormir. Cumpri no limite.




Lances do fraco primeiro tempo no Canindé


O meu 448º jogo no estádio na contagem regressiva para o fim das atividades do Canindé

Na etapa final, a Portuguesa voltou melhor e, aos sete minutos, abriu a contagem. A bola foi cruzada da direita, passou por toda a área e encontrou Keven Coloni na esquerda. O jogador tocou de leve, venceu o arqueiro jabaquarense e fez a festa. Um belo gol de oportunismo do camisa 11. No restante do tempo, a Lusa teve chances de ampliar, mas não o fez, enquanto os visitantes raramente se aventuraram no ataque.





A sequência do gol lusitano e a comemoração de Keven Coloni







As fotos ficaram melhores do que o jogo em si. Quando é assim, vamos com várias imagens


Placar final da segunda vitória rubro-verde no Paulista sub-20 Série A

É, a partida nota 4 terminou com o placar de Portuguesa 1-0 Jabaquara. Foram apenas duas rodadas, e nelas os rubro-verdes seguem com 100% de aproveitamento, junto com Red Bull Bragantino, Palmeiras, Ituano e Corinthians no Grupo 2. O Jabuca é o 11º, sem nenhum ponto conquistado. Ainda tem muita água para passar debaixo da ponte. A primeira fase acaba apenas em 12 de agosto.

Para fechar, o trânsito absurdo no Pari e adjacências se manteve terrível e levamos 50 minutos num trajeto que não chega a dez até a Estação Tietê. No sábado fiquei em casa, de boa. Já no domingo fiz minha estreia na Segundona de 2025, um dos campeonatos mais sem graça dos últimos tempos.

Até lá!

Ficha Técnica: Portuguesa 1-0 Jabaquara

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitro: Vinícius Pinto Tonollo; Público: 121 presentes; Renda: portões abertos; Cartões amarelos: Wellington, Murilo, Keven Coloni, Alex, Jotta, Peterson e Hick; Cartão vermelho: Jotta no pós-jogo; Gol: Keven Coloni 7 do 2.
Portuguesa: Eduardo; Firmo (Jotta), Wellington, Ernest (JP) e Alano (Vicente); Rômulo, Magdalena (Rian), Davi (Nenê) e Murilo; Freire (Pedro Testa) e Keven Coloni (Alex). Técnico: Alexandre Lemos.
Jabaquara: Yuri; Luizinho (Guilherme), Wilson, Gustavo e Hatz (Vidal); Danilo (Lipe), Arthur (Vitinho), Thiaguinho e Vini (Guilherme Inácio); Peterson (Carlinhos) e Alector (Hick). Técnico: Adriano Piemonte.

sábado, 3 de maio de 2025

Colorado atropela e São Paulo de Avaré vira o 825º da Lista

Texto e fotos: Fernando Martinez


A sexta-feira começou com um Jogo Perdido de verdade — daqueles com “JP” maiúsculo. Direto do Centro Esportivo de Pirituba, fui cobrir o genial e insólito duelo entre o Colorado de Caieiras e o surpreendente São Paulo de Avaré, o 825º time da minha Lista, pela última rodada da primeira fase da Copa Ouro sub-20 da APF.

O clube avareense foi fundado em 1946 e teve um total de 13 participações esporádicas em várias divisões de acesso entre 1954 e 1991. Desde então, nunca mais pintou em campeonatos da FPF. Para nossa surpresa, o time apareceu na lista de participantes da Copa Ouro, e eu precisava vê-lo ao vivo. Ficamos sabendo que o pessoal tem interesse em retomar o trajeto da equipe na Federação e que está arrumando a casa para retornar. Já estamos na torcida.


Colorado Caieiras Futebol Clube Ltda. (sub-20) - Caieiras/SP


São Paulo Futebol Clube (sub-20) - Avaré/SP


Capitães e trio de arbitragem

O campo de Pirituba tem longa história e foi palco de diversos jogos da então Taça São Paulo de Futebol Juvenil na primeira metade dos anos 1970. Foi lá, inclusive, que aconteceu a grande decisão de 1971 entre Botafogo e Fluminense — então representantes do estado da Guanabara. Estive lá no ano passado para ver a Paulista Cup Feminina da categoria sub-17, e agora foi a primeira vez numa peleja masculina.

Não costumo mais acompanhar os torneios da Associação Paulista de Futebol e creio que isso seguirá assim por um tempo. Descobri que agora, para cobrir do gramado, fotógrafos precisam de uma carteirinha especial da entidade. Detalhe: ela custa a bagatela de 130 reais (!). Com a carteirinha da ARFOC, hoje consigo me credenciar na Libertadores e na Sul-Americana, mas para a poderosa Copa Ouro da gloriosa APF, não tem como. Nessas condições, não volto mais.


Visão geral do Centro Esportivo de Pirituba


Aqui a arquibancada descoberta do belo campo da Zona Norte da capital


O sol estava forte, mas as árvores do local salvaram. É bem legal assistir jogo ali

Ainda consegui as fotos posadas antes de ser expulso de campo pelo mal-educado representante da Associação. Paciência. Lá do alto, vi um jogo de um time só. Ambos buscavam a vitória, e quem vencesse se garantiria na segunda fase da competição. Porém, o Colorado não deu a menor chance ao São Paulo.

Fiquei num banco de praça logo na entrada do complexo esportivo, junto com os amigos Caio, Renato e o inoxidável e esbelto Rodrigo Colucci. Na primeira etapa, foram quatro gols e uma série de chances desperdiçadas. Um verdadeiro massacre. Se não fosse o goleiro Gabriel, o triunfo parcial teria sido ainda maior. No segundo tempo, a pressão diminuiu. Mesmo assim, o São Paulo nada fez, e o Colorado só ampliou a vantagem nos minutos finais.








Detalhes de Colorado x São Paulo de Avaré. Foto do campo só nos primeiros 30 segundos

O triunfo por 6 a 0 colocou o clube de Caieiras na segunda fase da Copa Ouro sub-20 como vice-líder do Grupo C, com campanha de três vitórias e apenas uma derrota. O São Paulo de Avaré ganhou duas vezes e perdeu outras duas, ficando em terceiro. Foi uma campanha razoável, e torço para que isso mantenha a animação do pessoal em reativar o time. Qualquer equipe das antigas que possa retornar é uma grande notícia.

Só que a rodada ainda não tinha terminado: seguimos de Pirituba até o Pari para ver a sessão da tarde com um confronto de fundadores da FPF, pelo genial Paulista sub-20 da Série A.

Até lá!

Ficha Técnica: Colorado 6-0 São Paulo de Avaré

Local: Centro Esportivo de Pirituba (São Paulo); Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Igor Brito, Carlão e Kauã Botelho; Gols: Matheus Almeida 2, Ferrugem 14, Dodô 31 e José Silva 41 do 1º, Vinícius Gianetto 31 e 42 do 2º.
Colorado: Caio Lorenti; José Silva (Ricardinho), Rodrigo Rocha, Matheus Mello (Douglas) e Chico (João); Dodô (Kauã Botelho), Luiz Henrique (Du), Igor Brito (Carlão) e Ferrugem (Bolívia); Fabrício (Ray) e Matheus Almeida (Vinícius Gianetto).
São Paulo: Gabriel; Raí (Cauã Balera), Luís (João), Leonardo (Cauã) e Hendrick; Diogo, Vítor, Gustavo (Victor Borges) (João Assato) e Carlos; Marcos (Joaquim) e Kauã.