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quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Palmeiras bicampeão da Copa São Paulo 2022/2023

Texto e fotos: Fernando Martinez


Foram bons dias de descanso até que, na quarta-feira de feriado de aniversário da capital paulista, marquei presença na grande final da edição 2023 da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Direto do Estádio Oswaldo Teixeira Duarte, Palmeiras e América Mineiro decidiram qual dos dois chegaria ao seu segundo título.

A partida estava certa de que seria disputada no Allianz Parque, mas, de última hora, tudo mudou para o bom e velho Canindé, que viu a sua quinta final de Copinha na história. Não estive em 1979 e 1984 nos títulos do Marília e do Santos, porém fui em 1997 ver o Lousano Paulista ganhar do Corinthians nos pênaltis e em 2002 acompanhar o bi da Portuguesa em cima do Cruzeiro.

No geral, a final de 2023 foi a minha 14ª em todos os tempos. Contando a época do Jogos Perdidos, foi a oitava. Antes, marquei presença em 1995, 1996, 1997, 1999, 2000 e 2002. Já com o blog na ativa, vi o Corinthians ganhar em 2005, o América de São José do Rio Preto em 2006, Figueirense em 2008, Santos em 2013, de novo o Corinthians em 2015 e, devidamente credenciado, os títulos do Internacional em 2020 e do Palmeiras em 2022.

Foi uma zona entrar no estádio lusitano, uma zona federal. Como a FPF está apaixonada pelo mundo de subcelebridades e influencers, o que mais tinha no gramado era gente que não deveria estar lá. A entidade repetiu o que fez na decisão do Paulista Feminino e montou um cercadinho de deslocados atrás do gol de fundo. Isso sem contar funkeiros, aspones, dirigentes e "autoridades", entre aspas, fora de campo. Uma bizarria que atrapalha o trabalho de profissionais sérios e que passou a ser o padrão em confrontos importantes no estado. Ao invés de fazer tabelas decentes, a FPF se preocupa em fazer graça. Paciência.


SE Palmeiras (sub-20) - São Paulo/SP


América FC (sub-20) - Belo Horizonte/MG


O árbitro Fabiano Monteiro dos Santos, os assistentes Raphael de Albuquerque Lima e Henrique Perinelli Oliveira, o quarto árbitro Gabriel Henrique Meira Bispo e a quinta árbitra, sim tem isso na final, Juliana Vicentin Esteves. Na imagem, também os capitães dos times


A taça para o campeão da Copinha 2023, igual a todas as outras de torneios organizados pela FPF

Palmeiras e América chegaram na decisão com campanhas perfeitas: oito jogos e oito vitórias. Eu cobri dois compromissos do Coelho, o sofrido 1 a 0 em cima do Red Bull Bragantino e o fácil 3 a 0 contra o Ituano. Do alviverde eu vi só um, a semifinal contra o Goiás. Se tinha alguém que podia tirar o bi palmeirense, esse era o onze americano. Quem foi ao Canindé viu um duelo muito bem disputado, confirmando a expectativa de bastante equilíbrio.

O América deu trabalho desde os primeiros movimentos e não aproveitou as chances que teve, a principal delas aos 11 minutos em uma sequência de três oportunidades. O Palmeiras, fatal, abriu o placar aos 17. Vitinho foi lançado e cruzou na área. Ruan Ribeiro tocou e colocou os paulistas na frente. Aos 26 os mineiros mandaram uma trave em chute de longe de Adyson.

Enquanto a etapa inicial rolava, eu estava espremido em uma das bandeiras de escanteio do ataque visitante. Isso com PM na frente de um lado e um cinegrafista com câmera portátil passeando do outro. Foi difícil salvar foto com a dupla achando que estava sozinha, sem ninguém trabalhando logo atrás. É aquilo, partida grande é assim mesmo. Não à toa eu prefiro ver jogo perdido.

Tentando desviar do moço zanzando na frente dos fotógrafos, vimos o árbitro anotar um pênalti para o América depois que Alyson foi derrubado dentro da área por Léo. Renato Marques cobrou, o goleiro defendeu, porém o juizão não tinha autorizado. Na segunda cobrança, aos 41, não teve chabu e ele deixou tudo igual. A comemoração foi praticamente em cima de mim e nela consegui pegar umas imagens legais.




Três lances no começo da decisão da Copinha no Canindé




Renato Marques deixou tudo igual em cobrança de pênalti. A comemoração foi em cima da reportagem do Jogos Perdidos

Permaneci no mesmo lugar na etapa final pois não tinha como me mexer no concorrido gramado. O América retornou melhor e durante 15 minutos dominou a peleja. Luan chegou a marcar o segundo aos cinco minutos, só que o tento foi anulado por posição de impedimento. Jonathan assustou em cabeçada aos oito e Aranha trabalhou, de novo.

Aí o Palmeiras acordou. Aos 17 Kevin mandou no travessão e ninguém aproveitou a sobra e Cássio defendeu tiro de Vitinho aos 19. Conforme o relógio andava, o 1 a 1 parecia que seria o placar final, apesar de chances de ambos os lados. A torcida, apreensiva, seguia apoiando o verde. Tudo seguiu igual até os acréscimos. O árbitro deu sete minutos e os pênaltis eram quase certeza.

Mas quando um time está com estrela, não tem jeito. Aos 47, o Palmeiras teve um escanteio pela direita. Ele foi batido na primeira trave, a defesa americana afastou mal, Thalys finalizou e a pelota sobrou para Patrick, de um jeito meio estranho, cabecear na pequena área e recolocar os paulistas em vantagem. Nos minutos restantes, os americanos não foram capazes de igualar outra vez.




No segundo tempo seguiu o equilíbrio entre Palmeiras e América Mineiro



O lance do segundo gol palmeirense e a comemoração dos atletas. O título alviverde estava garantido

O Palmeiras 2-1 América/MG foi confirmado em jornada que os mandantes suarem sangue. O bicampeão da Copinha agora soma 18 partidas invictas com absurdas 17 vitórias e um empate. Enquanto os adversários seguirem vacilando, o alviverde certamente vai colocar mais taças na sua galeria. Dinheiro disponível + trabalho muito bem-feito = troféus garantidos.

Se já tinha aspone a dar com pau no gramado antes da final, imagina depois. O número de gente ali foi coisa de maluco. Pintou vereador, deputado, delegado e até a gloriosa dupla composta pelo prefeito da capital que ninguém sabe o nome e o governador recém-eleito. Fiquei pertinho dos dois e posso garantir que a sensação não foi boa. Contrastando com a ala política, os blogueiros e influencers também compunham uma bizarra fauna de subcelebridades. Poucas vezes me senti tão deslocado.



O exato momento do apito final no Canindé e o lamento dos atletas americanos com a festa palmeirense ao fundo


O América fez belíssima campanha e merece todos os parabéns por ter feito jogo igual com a melhor base do país



Cena comum nos últimos tempos, o Palmeiras levantando taça de campeão

Fiquei ali para pegar aquelas imagens da comemoração mineira e do bicampeão. Da minha parte, nova cobertura gigante na Copinha. 26 jogos, nenhum 0 a 0 e onze sedes visitadas. Se não fiz aquelas viagens monstro de 2020 e 2022, pelo menos mantive uma boa sequência. Ano que vem esperamos a 54ª edição com o Almanaque nas mãos. Basta tudo dar certo com todos os envolvidos. Vamos aguardar.

No final de semana vamos começar aquela sequência de pelejas da A2 e A3 até março, diminuindo o ritmo até começar a loucura de novo em abril. No sábado pretendo ir em Barueri em novo compromisso do Oeste na luta pelo acesso.

Até lá!

Ficha Técnica: Palmeiras 2-1 América/MG

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitro: Fabiano Monteiro dos Santos; Público: 17.552 pagantes; Renda: R$ 683.610,00; Cartões amarelos: Léo, Pedro Lima, Estevão, Luan Campos, Theo; Gols: Ruan Ribeiro 18 e Renato Marques (pênalti) 41 do 1º, Patrick Silva 47 do 2º.
Palmeiras: Aranha; Talisca, Gustavo Mancha (David Kauã) e Henri; Léo (Patrick Silva), Pedro Lima e Edney; Estevão (Gilberto), Ruan Ribeiro (Thalys), Kevin (Daniel Silva) e Vitinho. Técnico: Paulo Victor.
América/MG: Cássio; Samuel, Jonathan (Rafa Barcelos), Júlio e Paulinho (Yago); Breno (Heitor), Luan Campos, Mateus Henrique (Jurandir) e Theo (Kanté); Renato Marques e Adyson. Técnico: Mairon César.

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Palmeiras vence o Goiás e, de novo, está na final da Copa São Paulo

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois da minha estreia no Paulistão 2023 na tarde do sábado no Canindé, peguei o caminho da Barra Funda para acompanhar a primeira semifinal da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A FPF cometeu o crime de colocar o Palmeiras x Goiás no Allianz Parque, abriu um precedente complicado e sinceramente jogou fora qualquer isonomia do torneio.

Sim, time paulista sempre joga "em casa" na Copinha contra adversários de fora, sei disso. Mas marcar um confronto decisivo em um estádio que não tinha sido utilizado sem nenhum motivo aparente é bem ruim. Depois do gramado arriado em Barueri e do problema na iluminação nas quartas de final em Santo André, o álibi estava pronto. Aí aproveitaram a deixa e a outra semi, Santos x América/MG, vai ser na Vila Belmiro. Na boa? Lamentável.

Enfim, fiz uma boquinha boa antes da partida e cheguei no Allianz Parque com tempo mais do que suficiente para fazer o trabalho sem aperto. Eu já tinha visto o Goiás na Copinha duas vezes - o 3 a 0 em cima do Gama na primeira fase e a goleada por 4 a 1 contra o Grêmio Novorizontino - e mesmo assim não achava que eles seriam capazes de parar o poderoso elenco palmeirense, de longe a melhor base do país nos dias atuais. Acabou que vi um duelo muito equilibrado e repleto de chances dos dois lados.


SE Palmeiras (sub-20) - São Paulo/SP


Goiás EC (sub-20) - Goiânia/GO


Os capitães com o quarteto de arbitragem liderado pelo árbitro Guilherme Francisco Maciel da Silva e Rosário. Junto com eles, os assistentes Izabele de Oliveira e Matheus Guilherme Biselli da Cruz e o quarto árbitro Gabriel Petrini Rodrigues Cruz

O início foi cheio de equilíbrio e os goianos seguraram bem os donos da casa. A postura da defesa era exemplar e o placar foi aberto na base da categoria. Kevin, uma das novas grandes promessas da equipe, e recebeu bola na esquerda e acertou um belíssimo tiro colocado, deixando os palmeirenses em vantagem. Aos 29 Vitinho quase ampliou. Só que a resposta esmeraldina não demorou. Aos 32 Aranha fez bela defesa em chute de Diego e, no minuto seguinte, Alan fez jogada pela direita e cruzou na medida para Andrey, que empatou. Wendell, aos 41, tentou do meio de campo e Aranha defendeu.









Palmeiras e Goiás fizeram um bom jogo no Allianz Parque

Se a etapa inicial foi boa, o começo do segundo tempo foi eletrizante. Aos três minutos Vítor Hugo, do Goiás, mandou uma bicicleta sensacional e Aranha defendeu. No lance seguinte Estevão, outro destaque paulista, foi lançado na direita. Ele simplesmente se livrou de três zagueiros e tocou no canto, porém Catula fez defesa sensacional. Aos 17, Ruan Ribeiro cruzou e o zagueiro goiano Nolasco tentou tirar e fez contra. O Goiás, que estava bem, sentiu o golpe e aí o Palmeiras levou na boa os minutos restantes. Kevin quase fez olímpico aos 24 minutos e após esse momento nada aconteceu.





O jogo foi muito equilibrado e acabou sendo decidido em um gol contra

O resultado de Palmeiras 2-1 Goiás premiou a melhor base do país, mas o clube do Centro-Oeste foi heroico. Talvez se o jogo tivesse sido disputado em outro campo a história fosse outra. Talvez, pois o alviverde pode ganhar de qualquer um em qualquer canto, só que não foi nada legal o que a FPF fez. Sei que agora chegam forte na decisão em busca do bi. Do outro lado estará o ótimo time do América, que derrotou o Santos por 3 a 0, e eu espero me fazer presente.

Aliás, depois de tanta correria, terei alguns dias de descanso até a final. Janeiro sempre é corrido por conta da Copinha e eu já estou pensando na calmaria de fevereiro e março.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Palmeiras 2-1 Goiás

Local: Allianz Parque (São Paulo); Árbitro: Guilherme Francisco Rosário; Público: 24.016 pagantes; Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: David Kauã, Pedro Lima, Gustavo Mancha, Diego, Mina; Gol: Kevin 25 e Andrey 33 do 1º, Nolasco (contra) 17 do 2º.
Palmeiras: Aranha; Talisca, Gustavo Mancha, Henri e David Kauã (Estevão); Léo, Pedro Lima e Edney; Ruan Ribeiro (Thalys), Kevin (Patrick) e Vitinho. Técnico: Paulo Victor.
Goiás: Catula; Diego, Mina, Nolasco e Xavier (Ivo); Simioni (Miguel), Andrey, Kauan e Alan (Válber); Wendell e Vítor Hugo (Reginaldo). Técnico: Mário Henrique.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Primeira vitória da Portuguesa no retorno à Série A1

Texto e fotos: Fernando Martinez


No último sábado fiz a minha estreia no Campeonato Paulista 2023 em grande estilo. Bem legal poder voltar ao Estádio Oswaldo Teixeira Duarte com um jogo da Portuguesa no torneio mais importante do estado. A equipe rubro-verde recebeu o Red Bull Bragantino em duelo complicadíssimo válido pela terceira rodada em busca da primeira vitória.

Desde que foi rebaixada em 2015 a Lusa estava longe da elite. Foram sete longos anos na Série A2, com altos e baixos e parecia que a gente não conseguiria ver o time do Canindé outra vez atuando no lugar que nunca deveria ter saído. Todo mundo sabe que a meta deste ano é se manter na A1, fato. Tem vaga nas quartas e na Série D em disputa, porém o que vale de verdade é permanecer. O começo não foi muito bom com derrota em casa contra o Botafogo e empate com o Ituano, logo, um resultado positivo era essencial.

A minha última vez com a Portuguesa na A1 tinha sido a derrota contra o Santos, no saudoso Pacaembu, em 2015. Já no Canindé, um 4 a 0 em cima do Linense em fevereiro de 2014. O confronto contra o Bragabull foi o meu 33º da Lusa no principal estadual do país. Aliás, foi legal também retornar ao gramado e voltar a cobrir o Paulistão de perto. Em 2022 fui barrado no baile no velho esquema Eduardo Dusek, mas agora está, pelo menos por enquanto, tudo certo. Espero me fazer presente em algumas rodadas.


Só o Red Bull Bragantino posou antes do jogo, pois a Portuguesa certamente se acha boa demais para fazer a foto oficial. Mais antipático impossível


Quarteto de arbitragem com o árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araújo, os assistentes Mauro André de Freitas e Anderson José de Moraes Coelho, o quarto árbitro Gustavo Holanda Souza além dos capitães das equipes

Pouco mais de 2 mil pessoas foram ao estádio e pagaram um valor alto pelo ingresso. Fez calor e o clima era de apreensão após dois resultados ruins. E antes mesmo do primeiro minuto, a torcida paulistana fez a festa. Em escanteio pela direita, Bruno Leonardo cabeceou fraquinho. O goleiro Cleiton foi defender e deixou a bola passar debaixo das pernas. Um frangaço clássico que facilitou o caminho da Portuguesa.

O 1 a 0 deu a tônica do tempo inicial. O Bragabull ficou ciscando perto da área local sem conseguir chegar com perigo. Os lusitanos cozinharam o galo e ampliaram a vantagem em rápido contra-ataque aos 41 minutos. Hurtado tentou cortar e deu um presente para Paraízo. O camisa 9 avançou pela direita e mandou cruzado no canto direito.



Bola no fundo da rede do gol do Bragabull no primeiro gol lusitano e a comemoração dos atletas locais



Detalhes do primeiro tempo no Canindé

Na etapa final o técnico português Pedro Caixinha, também conhecido como Little Box Peter na Grã-Bretanha, mudou o RBB tentando melhorar a equipe. Nada aconteceu. Para piorar, aos 20 minutos Natan foi expulso e transformou a missão visitante em algo impossível. Jogando sem pressão, Pará cruzou na cabeça de Bruno Leonardo e o zagueiro fez o terceiro tento rubro-verde, fechando o belo triunfo.



Paraízo fez o segundo no final da etapa inicial



Bruno Leonardo marcou o segundo dele, terceiro da Lusa, no segundo tempo e decretou a primeira vitória da equipe da casa no Paulistão

No fim, o Portuguesa 3-0 Red Bull Bragantino foi um belíssimo resultado lusitano contra um clube de Série A do Brasileiro e que disputou final de Sul-Americana há pouco. Que seja o início de uma campanha mais consistente pelos lados do Canindé, o suficiente para permanecerem na A1 em 2024.

Só que a minha rodada ainda estava longe de acabar. Saí da casa rubro-verde rapidinho, fiz um pit stop em uma lanchonete pertinho do Metrô Armênia e dali segui até a Barra Funda. Tinha semifinal da Copinha na pauta livre do JP e não tinha como ficar de fora.

Até lá!

Ficha Técnica: Portuguesa 3-0 Red Bull Bragantino

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Paraízo, Marzagão, Gustavo Ramos, Léo Realpe; Cartão vermelho: Natan 20 do 2º; Gols: Bruno Leonardo 1 e Paraízo 41 do 1º, Bruno Leonardo 31 do 2º.
Portuguesa: Thomazella; Pará, Victor Ramos, Bruno Leonardo e Thallyson (Richard); Madison (Marzagão), Tauã, Gustavo Bochecha e Lucas Nathan (Pedro Bortoluzo); Paraízo (Naldo) e João Victor (Gustavo Ramos). Técnico: Mazola Júnior.
Red Bull Bragantino: Cleiton; Andrés Hurtado (Aderlan), Kevin, Natan e Luan Cândido; Matheus Fernandes, Praxedes (Gustavinho), Juninho Capixaba (Jadsom) e Artur; Alerrandro (Léo Realpe) e Sorriso (Bruninho). Técnico: Pedro Caixinha.

sábado, 21 de janeiro de 2023

Grande vitória do América Mineiro contra o Ituano em Barueri

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na quinta-feira emplaquei meu terceiro jogo seguido na Arena Barueri retomando as coberturas da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Em campo, dois nomes que não aparecem sempre no topo: América Mineiro x Ituano. Como a chance de ver um confronto desse naipe é bem reduzida na região metropolitana, a dupla Pucci e Milton resolveu me fazer companhia na jornada.

A promessa de boa partida no judiado gramado do estádio da Grande São Paulo, principalmente pela campanha brilhante do Coelho até aqui: seis jogos e seis vitórias, a última um 1 a 0 sofrido contra o Red Bull Bragantino, também na Arena. O Galo de Itu chegou nas quartas como líder do Grupo 21 e depois eliminando Sharjah no tempo normal e Desportivo Brasil e Internacional nos pênaltis.


América FC (sub-20) - Belo Horizonte/MG


Ituano FC (sub-20) - Itu/SP


Capitães dos clubes junto com o árbitro Fabiano Monteiro dos Santos, os assistentes Matheus Guilherme Biselli da Cruz e Alexandre Nascimento da Silva e o quarto árbitro Ronald Horns Araujo

Chegamos na Arena naquele esquema de sempre e como ainda faltava bastante para o apito inicial, subi até a tribuna com os amigos e fiquei papeando até a hora da bola rolar. Faltando 20 minutos desci e no exato momento em que entrei no elevador, a luz acabou. Foram alguns instantes de susto até eu conseguir abrir a porta na raça. Por sorte ele não tinha saído totalmente do andar. Como toda vez tem rolado alguma bizarria no estádio, talvez seja melhor eu me benzer da próxima vez.

Já no gramado o árbitro resolveu aguardar o retorno da iluminação. Felizmente foi coisa rápida, cerca de cinco minutos apenas. O apagão da energia se transformou em apagão do Ituano, pois o rubro-negro de Itu quando se tocou, já perdia por 2 a 0. Aos três minutos, a zaga paulista afastou errado e Renato Marques abriu o marcador. Na sequência foram quatro chances claríssimas até sair o segundo, aos 22, com Breno completando de cabeça bom cruzamento de Renato Marques.

O Ituano, assustado com o choque, tentou equilibrar o jogo e criou dois bons momentos, porém ambos não foram convertidos em gols. Na etapa final o América mostrou que, além de ter um ataque poderoso, sabia se defender bem. O Galo tentou muitas vezes, só que a meta foi vazada em outro gol americano. O camisa 11 Adyson avançou pela direita, entrou na área e colocou no ângulo esquerdo de Wesley aos 20. Jogando o fino, Heitor quase fez o quarto aos 29. Depois, foi só deixar o tempo passar.



Renato Marques colocou os mineiros em vantagem logo aos três minutos


Ataque americano pela esquerda


Mateus Henrique se preparando para levantar a bola na área do Ituano



Detalhe do segundo gol do América, marcado por Breno


Adyson fez o terceiro no segundo tempo




O América se garantiu na semifinal da Copinha com propriedade


O Coelho despachou o Ituano e segue rumo à sua segunda final na história

O América/MG 3-0 Ituano colocou o Coelho pela segunda vez seguida na semifinal da Copinha. Assim como em 2022, o adversário será o Santos. Sacanagem mesmo foi terem colocado essa partida na Vila Belmiro, em outro absurdo cometido pela FPF. Isso sem falar da outra semi... mas deixo para comentar sobre pois devo estar lá.

Até a próxima!

Ficha Técnica: América/MG 3-0 Ituano

Local: Arena Barueri (Barueri); Árbitro: Fabiano Monteiro dos Santos; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Samuel, Gabriel Rodrigues, Madison, Pedro Barbosa; Gols: Renato 3 e Breno 22 do 1º, Adyson 20 do 2º.
América/MG: Cássio; Samuel (Heitor), Jonathan (Rafa Barcelos), Júlio César e Paulinho (Jurandir); Breno, Luan (Guilherme Papaléo), Mateus Henrique e Theo (Kanté); Renato (Vinícius Vianna) e Adyson. Técnico: Mairon César.
Ituano: Wesley; Madison (Kauan Richard), Erik, Vinícius Foz e Gabriel Rodrigues (Kaynan); Pedro Barbosa (Cristhian), Aluísio (Éder) e Kayque Kabesima (Zé Carlos); Lucas Stefanello (Vinícius), Matheus Maia e Felipe Fonseca. Técnico: Guilherme Talamoni.