Procure no nosso arquivo

terça-feira, 8 de julho de 2025

Centro Olímpico goleia Recanto com público do lado de fora no CERET

Texto e fotos: Fernando Martinez


A sessão noturna do sábado, que fechou a exaustiva rodada tripla, foi bastante singular. Não é toda hora que um jogo com portões fechados tem a presença de público... mesmo que do lado de fora do estádio. Apesar de a CBF proibir torcida nas arquibancadas do CERET, Centro Olímpico e Recanto da Criança, pelo Campeonato Brasileiro Feminino Sub-17, o pessoal ficou acomodado fora do alambrado.

Se fosse um estádio "normal", ninguém teria como assistir, mas como o campo do CERET está dentro de um parque, o público conseguiu acompanhar tudo do lado de fora, já que a gloriosa entidade que rege o futebol brasileiro não tem poder para fechar os portões do local. Aliás, é um absurdo o número de jogos com portões fechados nos campeonatos da entidade, que impõe proibições aos clubes e demonstra zero bom senso. Estádios liberados nos estaduais acabam vetados em competições da CBF. Não faz o menor sentido.


Visão geral do CERET vazio do lado de dentro para jogo do Brasileiro Feminino sub-17

Saí de Mauá pouco depois das 17 horas e tinha 90 minutos para chegar ao Tatuapé. Só que a CPTM entrou em operação tartaruga e, depois, o Uber que peguei na Estação Mooca levou absurdos 40 minutos (!) para chegar ao CERET. Eram 18h55 quando avistei o campo. Sem chance de credenciamento, fui conferir a peleja do morro junto com o Milton e o amigo Caio. Foi uma experiência nova e bastante interessante. O estranho, confesso, foi não fazer as fotos oficiais. Paciência.

A partida abriu o segundo turno do Grupo D. Na semana anterior, no duelo realizado no Amazonas, o Centro Olímpico venceu o Recanto da Criança por absurdos 15 a 0. Apesar de saber que não seria uma goleada parecida (nunca é), eu imaginava que alguma goleada viria. É, só que na etapa inicial o jogo foi ruim. Bem ruim. As paulistanas erraram demais e marcaram apenas um gol, com Esther.

O que irritou todo mundo ao redor do campo foi o número de vezes que alguma atleta do Recanto caía no gramado. Sim, a preparação não é a mesma, a gente sabe. O problema foi que, a cada dois minutos, no máximo, uma jogadora ia ao chão. O primeiro tempo deve ter tido, no máximo, uns 20 minutos de bola rolando, e olhe lá. Se a árbitra tivesse realmente dado os acréscimos corretos, passaria de 12 minutos pelo menos (ela deu cinco).

Na segunda etapa, a pontaria do Centro Olímpico melhorou um pouco. Não que as meninas pararam de perder chances, pois seguiram desperdiçando vários e vários lances, porém a goleada esperada chegou sem dificuldade. Seis atletas anotaram sete gols e fizeram o time da casa derrotar o escrete amazonense por 8 a 0. Se não tivessem errado tanto, teriam chegado perto do placar da ida.







Mesmo do lado de fora, deu para tirar algumas fotos legais de Centro Olímpico x Recanto da Criança. O que pega mesmo é a iluminação ruim do CERET


Essa foi a visão que tive durante a etapa final. Uma cobertura bastante peculiar, eu diria

O Corinthians segue líder da chave com 12 pontos e 100% de aproveitamento, enquanto o Centro Olímpico soma nove, ocupando a segunda posição. O UDA de Alagoas está em terceiro com três, e o Recanto amarga quatro jogos e quatro derrotas. Semana que vem, a equipe do Parque São Jorge vai ao Norte do país, enquanto o ADECO recebe as alagoanas, também no CERET. Pretendo, desta vez, chegar cedo para fazer as fotos sem problema.

O amigo Caio deu uma providencial carona até a Estação Belém do metrô e, antes das 22 horas, eu já estava no QG da Zona Oeste. De novo, tive que dormir mais cedo, pois a rodada de domingo começaria cedo. Teve Segundona na pauta e volta a um estádio que gosto muito após oito anos.

Até lá!

Ficha Técnica: Centro Olímpico 8-0 Recanto da Criança

Local: CERET (São Paulo); Árbitra: Ana Caroline Carvalho/SP; Público e Renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Isa Alexandre, Molina e Kaylla; Cartão vermelho: Letícia 8 do 2º; Gols: Esther 24 do 1º, Caitano 3, Luiza 18, Bianca 21, Carol 35, Pietra 36, Carol 44 e Santiago 49 do 2º.
Centro Olímpico: Karen; Pietra (Rianna Raquele), Julia (Bianca), Molina e Esther (Santiago); Aninha, Isa Alexandre, Lu (Ana Clara) e Ikeda; Luiza e Caitano (18 Carol). Técnica: Mayara Pires.
Recanto da Criança: Rayna; Tatiane, Letícia, Kaylla e Thalita (Raquel); Larissa, Eva (Emily), Eduarda e Ana Flávia; Daniela e Gabriele. Técnico: Leonardo Gentil.

Jogadas improváveis definem empate entre Mauaense e Assisense

 Texto e fotos: Fernando Martinez


A segunda fase do esvaziado Campeonato Paulista da Segunda Divisão começou na semana passada e no sábado tive a chance de fazer minha primeira cobertura nesta etapa do certame. No Estádio Pedro Benedetti, o Grêmio Mauaense recebeu o Assisense e lá fui eu ver o elenco profissional do clube interiorano pela primeira vez em 11 anos.

Desde que passou a disputar as divisões de acesso em São Paulo em 2003, o Clube Atlético Assisense raramente atuou perto da capital. Eu havia visto o time de perto sete vezes: uma em 2004, outra em 2005, três em 2013 e duas em 2014. Desde então, nunca mais os tinha acompanhado em campo. Com o número reduzido de participantes neste ano e uma campanha razoável, o retorno aconteceu e eu não queria perder essa rara oportunidade.

Estive nessa com a dupla Milton e Bruno e, antes de seguirmos ao estádio, fizemos o tradicional pit stop na lanchonete de comida natural e muito saudável perto da estação da CPTM. Enquanto estávamos por lá, o radioativo Nílton, que tinha se despedido de nós na Mooca, apareceu de surpresa. Já na cancha, outros amigos marcaram presença: Daniel Alcarria, historiador do Grêmio, Leandro, Syller, o rei dos atalhos de Cotia, e o viajante Vinicius. Também estava lá o maior vendedor de amendoim do estado, o glorioso Édson "Gaguinho".


Grêmio Esportivo Mauaense - Mauá/SP


Clube Atlético Assisense - Assis/SP


Juliano Alves Rodrigues, José Lucas Cândido de Souza, Ademílson Lopes da Silva Filho, Vinícius Nunes dos Santos e os capitães


Rapaziada esperta presente no Pedro Benedetti

Todo mundo sabe que o grande favorito do grupo é o Tanabi, que venceu o Independente também no sábado e chegou aos seis pontos. Os demais devem disputar a segunda vaga, por isso um triunfo do Mauaense em casa seria fundamental. Só que, apesar de jogar em seus domínios, o Grêmio fez um primeiro tempo abaixo do esperado. Criou apenas duas chances claras e terminou os 45 minutos com um incômodo 0 a 0.

No comecinho da etapa final, os donos da casa abriram o placar na sequência de um escanteio curto (!). Sim, uma das jogadas mais desperdiçadas do esporte criado na Inglaterra deu certo. Wesley marcou para o Grêmio completando na pequena área. Só que o Assisense empatou não muito depois em cobrança de lateral. Alex jogou na área, a bola foi escorada e Kevin deixou tudo igual. Um balde de água fria na torcida local.











Foi o melhor jogo da história? Não, mas também não foi o pior. Lances de Mauaense x Assisense pela Segundona

Até o apito final, cada equipe teve uma chance de ouro para ficar na frente. Fernando Júnior pelo Assisense e Bruno Jesus pelo Mauaense. Nenhum deles aproveitou. O empate por 1 a 1 deixou o Grêmio em segundo lugar na chave com dois pontos, enquanto Assisense e Independente somam apenas um cada. Faltam quatro rodadas para definir os semifinalistas.

Parte do pessoal ficou em Mauá, outra voltou de carro e alguns pegaram o trem. Eu e o Milton ainda tínhamos a sessão noturna do sábado e, apesar de termos saído cedo, o trajeto foi bem mais longo do que imaginei. Chegamos em cima da pinta, mas valeu demais.

Até lá!

Ficha Técnica: Mauaense 1-1 Assisense

Local: Estádio Pedro Benedetti (Mauá); Árbitro: Juliano José Alves Rodrigues; Público: 66 pagantes; Renda: R$ 1.120,00; Cartões amarelos: Kaique Kainã, PC, Lucão, Álvaro Lima (PF-Mau) e Ícaro Vasconcelos; Cartão vermelho: Kawan Nicolas 33 do 2º; Gols: Wesley 1 e Kevin 7 do 2º.
Mauaense: Diego; André, Murilo, Douglas e Nicolas (Enzo Fernandes); João Pedro Araújo, Jhon (Bruno Jesus), Kaique Kainã (Kawan Nicolas) e Darlyson (Davi Moraes); Wesley e Lucas Andrey (Guilherme Lemos). Técnico: Fredson Silva.
Assisense: Felipe; Kaká, PC, Lucão e Alex; Foguinho, Kerven (Kevin), Clenisson e Raphael (Maicão); Fernando e Murilo (Wilgner). Técnico: Ícaro Vasconcelos.

Com um a mais desde o início, Ibrachina atropela o Paulinense

Texto e fotos: Fernando Martinez


Cansado depois da rodada tripla na sexta, o ideal seria ficar mais de boa por um tempo. Fiz o quê? Armei outra rodada tripla no sábado, só pra não fugir à regra. Comecei os trabalhos logo cedo na Ibrachina Arena com um duelo válido pelo Campeonato Paulista Sub-17. Em campo, o favorito Ibrachina recebeu o Sporting Paulinense, equipe que eu ainda não tinha visto em torneios da FPF.

O clube da Mooca terminou a primeira fase em segundo lugar no Grupo 10, com 23 pontos, atrás do Sfera por conta de dois gols a menos de saldo. O Paulinense somou nove pontos a menos e ficou em terceiro no Grupo 7, atrás de Cosmopolitano e Guarani. Na estreia da segunda fase, o Ibrachina aplicou um absurdo 8 a 0 no União São João fora de casa, enquanto o time de Paulínia perdeu por 3 a 1 para o Santos. Os paulistanos tinham tudo para vencer novamente.


Ibrachina Futebol Clube Ltda. (sub-17) - São Paulo/SP


Sporting Club Paulinense (sub-17) - Paulínia/SP


Capitães dos times e quarteto de arbitragem

O trio Milton, Nilton e Bruno esteve presente nessa peleja, que foi quente desde os primeiros movimentos. Aos oito minutos, o árbitro marcou pênalti para o Ibrachina em um lance bastante contestado pelos adversários. O glorioso zagueiro Oreia (!) acabou expulso. Na cobrança, João Vítor fez 1 a 0. Se já seria punk com 11, imagina com 10. Sem dificuldades, os donos da casa chegaram a 3 a 0 antes dos 20 minutos.

Os visitantes aproveitaram o relaxamento local após o terceiro gol e diminuíram aos 38. Nem deu tempo de comemorar, pois aos 41 o Ibrachina marcou o quarto com Henrique. Na etapa final, o Paulinense se entregou e viu os mooquenses enfileirarem chances de gol. Ryan de Paula, camisa 18, infernizou a zaga adversária em rápidas investidas pela direita. Vimos mais dois tentos, que poderiam ter sido cinco ou seis, tamanho o domínio. Uma goleada com dois dígitos não teria sido exagero.



A confusão entre atletas após a marcação do pênalti e o primeiro gol da manhã, feito por João Vítor




Lances do primeiro tempo na Mooca



Detalhe de um dos gols anotados pelo Ibrachina na etapa final


Ryan de Paula, um dos melhores em campo


Com a goleada, o Ibrachina segue líder da chave no antigo Juvenil

O triunfo por 6 a 1 deixou o Ibrachina na liderança do Grupo 26, com seis pontos e 13 gols de saldo. O Santos também soma seis pontos, mas com saldo de seis. Paulinense e União São João vão precisar de um milagre para buscarem vaga na terceira fase. Na próxima semana, os dois líderes se enfrentam na Mooca.

Sem tempo a perder, saí correndo da Ibrachina Arena, pois o cronograma reservava um duelo bem legal da Segundona na cidade de Mauá.

Até lá!

Ficha Técnica: Ibrachina 6-1 Paulinense

Local: Ibrachina Arena (São Paulo); Árbitro: Júlio César Silva; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Anthonny, Ryan de Paula, João Silva, Henrique, Gui Goto, Canhete, Zago e Lucas Din; Cartão vermelho: Oreia 8 do 1º; Gols: João Vítor (pênalti), João Novaes 16, 19, Lucas Din 38 e Henrique 41 do 1º, Kaio Gomes 11 e Heitor 14 do 2º.
Ibrachina: Filetti; Pirituba (Nicolas), Gabriel, Pedro (Bryan) e Heitor (Gustavo); João Novaes, Anthonny (Ryan de Paula), Henrique e João Vítor (Lucas); Kaio Gomes (Ian) e João Silva (Bini). Técnico: Nicullas Santos.
Paulinense: Luquinha; Carrilho, Oreia, Lucas Din e Canhete; Kaiky (Matheus), Thales (Felício), Favaro (Zago) e Gui Goto (Dedê); Victor Hugo (Pedro) e Breno Maia (Henrique). Técnico: Allan Freire.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

XV e Primavera empatam em jogo morno no Barão de Serra Negra

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fechando a jornada tripla em plena sexta-feira, a sessão noturna foi no bom e velho Estádio Barão de Serra Negra. Pela quarta rodada da primeira fase da Copa Paulista, o XV de Piracicaba recebeu o Primavera de Indaiatuba. Foi a primeira vez que vi o Fantasma em campo desde o histórico acesso à Série A1.

A gente até cogitou acompanhar Velo Clube x São Bernardo, partida do sub-20 em Rio Claro, mas no fim decidimos por Piracicaba, já que o amigo Pucci ainda não tinha o Barão na sua lista. Esse foi meu oitavo jogo ali, o primeiro desde 2023. Vale registrar que a iluminação foi trocada e finalmente está à altura do tamanho do XV. Fazer foto à noite era um inferno, mas agora o cenário é bem diferente.

Quanto ao jogo, XV e Primavera dividiam a liderança do grupo antes da peleja, ambos com sete pontos em nove disputados. Detalhe interessante: o Fantasma vai mandar seus jogos no Moisés Lucarelli, em Campinas, já que seu estádio passará por reformas para receber o Paulistão de 2026. Vai ser bem legal ver o Primavera na elite.


Esporte Clube XV de Novembro - Piracicaba/SP


Primavera SAF - Indaiatuba/SP


O árbitro Thiago Lourenço de Mattos, os assistentes Alberto Poletto Masseira e João Petrúcio de Jesus dos Santos, o quarto árbitro João Batista do Nascimento Avelino e os capitães dos times


A iluminação do Barão agora está muito melhor. Não está tão difícil mais salvar foto dali

Fiz as fotos oficiais e logo depois o árbitro Thiago Lourenço de Mattos apitou pela primeira vez na fria noite piracicabana. A etapa inicial foi bem meia-bomba, com raríssimos momentos de inspiração. Valeu mesmo foi pelo papo com a Mariana, fotógrafa do XV. Quando o juiz apitou pela última vez, o marcador mostrava um incômodo 0 a 0.

Aliás, preciso falar sobre o placar eletrônico do Barão. Já ouvi dizer que ele será trocado, mas não há dúvidas de que é o mais legal dos estádios paulistas. O motivo? É o único que marca o dia da partida. Quando olhamos imagens antigas, dá pra saber na hora quando foi. Para quem pesquisa futebol, isso faz toda a diferença.

Na segunda etapa o cenário melhorou. Na base do abafa e num lance confuso, o Primavera abriu a contagem logo no começo com o gol de Afonso. A torcida local ficou impaciente com tantos erros e os xingamentos começaram a surgir. O XV não teve uma atuação brilhante, mas teve um pênalti a favor aos 33. Marcelo cobrou, a bola bateu na trave e morreu no fundo do gol. O empate foi bastante comemorado, porém a reação parou por aí.





Momentos do primeiro tempo em Piracicaba







No segundo tempo, a partida melhorou bem


Marcelo deixou tudo igual de pênalti na reta final do jogo


Resultado final no Barão com o placar eletrônico mais legal do estado

O 1 a 1 foi justo e manteve os dois times na liderança do Grupo 3. O XV tem três gols de saldo, contra dois do Primavera. O terceiro lugar é do São Bento, seguido por Paulista de Jundiaí, Guarani e Rio Branco de Americana. Falta uma rodada para o fim do turno, e a fase inicial termina em 16 de agosto.

Na volta para a capital, fomos ouvindo Chelsea x Palmeiras pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. Fazia muito tempo que não escutava futebol no rádio, e posso garantir que a transmissão foi bem ruim. Saudade dos narradores clássicos. Da minha parte, retomei o cronograma no sábado, com uma concorrida rodada tripla.

Até lá!

Ficha Técnica: XV de Piracicaba 1-1 Primavera

Local: Estádio Barão de Serra Negra (Piracicaba); Árbitro: Thiago Lourenço de Mattos; Público: 1.456 pagantes; Renda: R$ 24.465,00; Cartões amarelos: Carlos Manuel, Nelsinho, Kauan Martins, Tobias, Levy e Afonso; Gols: Afonso 5 e Paulo Marcelo (pênalti) 33 do 2º.
XV de Piracicaba: Carlão; Michel, Almir Luan (Luís Felipe), Luiz Gustavo e João Victor; Gustavo Hebling, Carlos Manuel e Matheus Carvalho (Serginho); Erik Bessa, David Ribeiro e Paulo Marcelo (Eric). Técnico: Moisés Egert.
Primavera: Levy; Cleiton, Afonso, Kauan Martins e Barreto; Nelsinho (Richard), Paulinho e João Victor; Tobias (Bruno Lima), Hugo (Kauan Mineiro) e Brunão (Joélson). Técnico: Fernando Marchiori.