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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Portuguesa derrota o Peixe e vira líder do Grupo 3

Texto e fotos: Fernando Martinez


Teve um tempo em que Portuguesa e Santos disputavam clássicos pelos campeonatos mais importantes do país. Hoje em dia, com o ocaso lusitano, isso ficou restrito para as categorias de base e também para a atual edição da Copa Paulista. Tudo bem que o Peixe não usa seu elenco principal, porém vamos encarar isso com uma bela licença poética e lembrar de tempos felizes de outrora. O duelo foi realizado no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte, válido pela quarta rodada do segundo turno do Grupo 3.

Vou confessar que foi estranho estar nesse jogo, lembrando que ele poderia ter sido pela Série A por exemplo. Eu vi vários Lusa x Peixe ali no Canindé e é bem triste saber que não temos a menor ideia de quando ele voltará a ser disputado com os elencos principais, assim como aconteceu no Brasileirão de 2013. Na noite de 6 de outubro daquele ano, vi uma espetacular e inesquecível vitória rubro-verde por 3x0, talvez o último suspiro de alegria lusitano na primeira divisão nacional.


Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP


Santos Futebol Clube - Santos/SP


Capitães dos times junto com o árbitro Willer Fulgêncio Santos, os assistentes Osvaldo Apipe Filho e Ítalo Magno Andrade e o quarto árbitro Luiz Carlos Júnior

O público de 942 pessoas nem foi tão ruim, só que também ficou longe, bem longe, de ser algo marcante. Dentro de campo, vimos uma Portuguesa atuar sem sustos e com bastante disposição. No primeiro tempo, Guilherme Queiroz, sempre ele, foi o principal nome rubro-verde com suas rápidas investidas pelo meio, obrigando o goleiro Preto a fazer duas boas defesas.

Apesar da ótima atuação do camisa 9, quem abriu o marcador foi Franklin. Numa bola que foi recuada ao arqueiro, o guarda-metas praiano falhou de forma bisonha e a pelota sobrou livre para o atleta local inaugurar o placar. Foi com a vantagem mínima paulistana que o intervalo chegou.

No tempo final os meninos do Peixe voltaram mais ligados, sem conseguir porém assustar tanto o sistema defensivo do escrete da capital. O ataque local não foi o mesmo e a peleja caiu bastante de nível. A torcida ficou apreensiva com o que viu no gramado, mas no fim das contas pôde comemorar mais uma vitória.


Marcelinho Paraíba se mandando pra cima do defensor santista


Camisa 2 do Peixe mandando a bola pro campo de ataque


Ataque rubro-verde pela esquerda


Disputa de bola dentro da área visitante 


No tempo final, o Santos melhorou e passou a atacar mais


Marcelinho Paraíba isolando a pelota depois de chegada alvinegra

O resultado final de Portuguesa 1-0 Santos transformou os paulistanos em novos líderes do Grupo 3 da Copa Paulista com 23 pontos ganhos, ultrapassando o São Caetano, que apenas empatou com o Água Santa em Diadema. Faltando três compromissos para o encerramento da primeira fase, a equipe do Canindé já está virtualmente classificada. O Santos está na terceira posição com os mesmos 17 pontos.

A ideia da minha vinda até a capital foi de pegar algumas partidas de quarta até domingo. Na quinta dei uma descansada, e na sexta-feira pintou a chance de ver mais uma rodada dupla, começando pelo Paulista sub-20.

Até lá!

© 2018

Jogo fraco, nervoso e um óbvio 0x0 entre Nacional e Juventus

Texto e fotos: Fernando Martinez


Por estar zerado de grana, passei o meu primeiro final de semana completo no litoral nos dias 25 e 26 de agosto. Mas subi a serra na terça-feira pensando em manter os 100% de aproveitamento em jogos do Nacional no Estádio Nicolau Alayon na atual temporada. Pela quarta rodada do returno, o onze ferroviário enfrentou o Juventus, seu velho adversário.

Você viu aqui no Jogos Perdidos que o escrete ferroviário derrotou os grenás no primeiro turno no duelo da Rua Javari. Nas últimas rodadas a equipe da Água Branca teve uma queda de produção, perdeu para a Portuguesa e apenas empatou com a lanterna Briosa. O Moleque Travesso empatou fora com o Água Santa e foi derrotado pela Lusa em casa, nenhuma atuação incrível de ambos.


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Clube Atlético Juventus - São Paulo/SP


O árbitro André Luiz Cozzi, os assistentes Alberto Poletto Masseira e Robson Ferreira Oliveira, o quarto árbitro Givaldo Alves dos Santos e os capitães dos times

Só que se alguém tinha a ideia de presenciar uma boa peleja nessa nova edição do Juvenal, isso ficou apenas na vontade. A partida foi fraca, com poucas chances reais de gol e muitas jogadas ríspidas. O Nacional ficou com um jogador a menos em campo já aos sete minutos, quando Laecio ganhou dois amarelos seguidos, o primeiro por uma entrada dura em Victor Souza e o segundo por reclamar e ofender a arbitragem mostrando total descontrole.

Aos 14, os visitantes tiveram a melhor chance quando Douglas fez boa jogada pela direita e chutou na trave. Já aos 39, o Juventus também ficou com dez em campo com a expulsão de Deivide. Na visão do árbitro, ele tentou cavar um pênalti e por isso tomou o segundo cartão amarelo. Foi o que precisava para o Nacional tentar renascer.

No tempo final o goleiro Paulo Vitor mostrou serviço nas chegadas do clube mandante. Nada assim uma Brastemp, porém vale o registro. A única boa oportunidade juventina saiu novamente dos pés de Douglas e nada mais. Nesse cenário árido de emoções e com uma concentração excessiva de atletas no meio-campo, o resultado ao término dos 90 minutos foi de uma sonora obviedade.


Treta monstro no lance da expulsão de Laecio aos sete do primeiro tempo


Domínio nacionalino no meio-campo


Zagueiro juventino protegendo a bola para a saída de André Dias


Boa defesa do arqueiro grená no segundo tempo


Bola dentro da área local em lance no final da peleja

O Nacional 0-0 Juventus manteve a fase ruim das duas equipes e fez os ferroviários subirem a 16 pontos ganhos e os grenás a onze. Se o onze da Moóca está bem longe de conquistar uma vaga na segunda fase, o clube da Zona Oeste está numa situação melhor. O problema é o grande número de pontos perdidos na Comendador Souza. Faltando três jogos pro final dessa fase, eles não podem sequer cogitar perder mais algum ponto.

Sem tempo a perder, saí correndo da casa nacionalina com destino ao Canindé. A sessão noturna reservou um grande clássico - não com "C" maiúsculo, mas é o que temos - pelo mesmo Grupo 3 da Copa Paulista.

Até lá!

© 2018

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Portuguesa derrota o Nacional com gol no fim e vira vice-líder

Texto e fotos: Fernando Martinez


A tarde do último domingo reservou um daqueles jogos que não podemos perder de jeito nenhum. Pela segunda rodada do returno da Copa Paulista, a Portuguesa recebeu o Nacional no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte para um duelo tradicionalíssimo e totalmente paulistano. Confronto do primeiro e terceiro times que mais vi ao vivo até hoje.

O que estragou a peleja foi o temporal que caiu durante praticamente todo o dia. Olha, fazia tempo que não chovia tanto como choveu no último domingo. Independente disso não pensei em desistir da jornada em nenhum momento tamanha a raridade da presença do onze ferroviário no Canindé.

Desde que foi inaugurado em 1972, o Nacional havia feito apenas três apresentações no campo lusitano até então: a primeira em 29 de novembro de 1987 num 1x1 contra o São José, a segunda em 3 de agosto de 2004 numa derrota para a Lusa por 4x1 pela Copa FPF e a terceira e última em 17 de março de 2007 em novo revés, agora de 5x2, também a favor do onze rubro-verde pela Série A2.

Como se isso não bastasse, essa foi a partida de número 300 da Portuguesa que acompanhei in loco em todos os tempos. Vi pela primeira vez o clube em 1990 num amistoso contra o Fluminense no Pacaembu e desde então vi de perto de momentos de glória a atual penúria da quase centenária agremiação. Para efeito de registro, desses 300 jogos, 262 foram do time profissional, 25 do sub-20, oito do sub-17, quatro do sub-15 e um da antiga categoria de aspirantes.

Apenas 343 torcedores enfrentaram as condições climáticas adversas e resolveram assistir a estreia do técnico PC Gusmão no banco de reservas local. Vindo de dois compromissos sem vitória, a Portuguesa buscava chegar mais perto do líder São Caetano no embolado Grupo 3. O vice-líder Nacional queria beliscar pelo menos um pontinho fora de casa.


Associação Portuguesa de Desportos - São Paulo/SP


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Capitães dos times junto ao árbitro Alysson Fernandes Matias, os assistentes Eduardo Vequi Marciano e Luis Felipe Prado Silva e o quarto árbitro Samuel Aguilar de Lima

Infelizmente os atletas não corresponderam e a peleja foi bem abaixo do esperado, muito diferente do 0x0 registrado no primeiro turno. O primeiro tempo praticamente se arrastou e poucos foram os momentos de perigo. Enquanto os jogadores maltratavam a pelota, eu me mantive alerta por 20 minutos debaixo do dilúvio ao lado do ataque visitante.

A Lusa teve mais a bola nos pés porém não soube o que fazer com ela. Já o onze visitante foi mais cauteloso e se aventurou pouco no campo de ataque. Mesmo assim, o time criou dois momentos importantes, ambos dos pés de Negueba. O melhor deles aos 18 minutos em bola que sobrou para ele na pequena área e que saiu pelo alto.

Aos 26 minutos, numa grande jogada pela direita, a Lusa abriu o marcador com Guilherme Queiroz. Ele recebeu um bom passe de Junior Lemos pela direita e tocou no canto esquerdo de Felipe Lacerda. Foi o primeiro gol do artilheiro da Série C de 2015 na Copa Paulista. 

Na hora do gol eu já estava nas cabines, vencido pela chuva e já molhado além da cota. Dali vi o lance mais insólito dos primeiro tempo. Decorridos 30 minutos, o árbitro Alysson Fernandes Matias sentiu uma contusão no joelho e foi substituído pelo quarto árbitro Samuel Aguilar de Lima. Foi a terceira vez que vi algo assim nessa temporada.


Rafael Cardoso, camisa 3 da Lusa, mandando a bola pro campo de ataque


O belo contraste de uniformes do tradicional duelo paulistano


Negueba carregando a pelota na direita


Apesar de ser algo raro, foi a terceira vez que vi um árbitro ser substituído em 2017. Dessa vez, por contusão no joelho

Durante o intervalo o sono bateu mais forte e então emendei uma soneca meio sem querer que foi até cerca de quinze minutos do tempo final. Quando acordei, perguntei ao amigo fiscal da FPF que estava próximo de mim se tinha perdido algo e a resposta foi singela: "absolutamente nada". A coisa estava feia demais.

Na esteira do meu despertar finalmente a partida ficou um pouco melhor (apenas um pouco, mais do que isso era pedir muito). Aos 25 minutos o Nacional conseguiu emplacar um bom ataque pela direita e deixou tudo igual com o camisa 18 Juninho. O atleta entrou na área e chutou no canto direito de Ricardo Berna.

Com o empate o escrete ferroviário se animou e chegou muito, mas muito perto da virada. Aos 34 minutos pintou um daqueles lances aonde não dá para entender como o gol não saiu. Depois de cabeceio, Ricardo Berna deu rebote e a pelota sobrou pata Thiago Santos. Ele estava na pequena área e tinha a meta livre... só que o chute foi pra fora.

Os locais estavam assustados e aos 42 novamente quase gol nacionalino dos pés de Thiago Cunha em outro rebote do camisa 1 rubro-verde. A peleja então chegou nos acréscimos e o Nacional achava que o pontinho estava garantido. A confiança era grande, e num vacilo o ataque perdeu a bola e a Portuguesa armou contra-ataque. A bola foi levantada na esquerda e Fernandinho cruzou para Guilherme Queiroz. Ele completou meio sem jeito e recolocou a Lusa em vantagem. Agora, o que poucos disseram é que o camisa 7 estava em posição de impedimento, logo, gol irregular.


Bola levantada na área lusitana no começo do segundo tempo


Comemoração dos atletas ferroviários com o gol de Juninho


Troca de passes no ataque visitante. O time chegou muito perto da virada


Paulo Fernando num dos últimos ataques rubro-verdes da tarde

O resultado final de Portuguesa 2-1 Nacional levou o rubro-verde para a vice-liderança do Grupo 3 com 17 pontos ganhos, um atrás do São Caetano. O onze da Água Branca caiu para a quarta colocação com os mesmos 14 pontos do Santos, treze deles conquistados nos últimos cinco jogos. A classificação que parecia ser tranquila hoje está bastante ameaçada.

Foi isso. Ainda passei o restante do domingo na capital antes de pegar a estrada com destino ao litoral na tarde de segunda-feira. Como nesse momento da vida meu escritório é na praia, é o que resta, pelo menos por enquanto.

Até a próxima!

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Bernô goleia a Francana e está nas quartas da Segundona

Texto e fotos: Fernando Martinez


Subi a serra no último domingo com a missão de curtir de perto uma rodada dupla bastante especial, começando por um decisivo encontro da última rodada da segunda fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Direto do Baetão, o São Bernardo recebeu a Francana precisando fazer a lição de casa para se garantir nas quartas-de-final.

O Bernô começou essa fase fazendo sete pontos no primeiro turno, porém perdeu dois compromissos seguidos fora de casa (1x2 contra o VOCEM e 1x3 contra o Osvaldo Cruz) e chegou à última rodada ameaçado de eliminação. O onze do ABC jogava por um empate, enquanto a Francana, que disputa a quarta divisão pela primeira vez na sua história, jogava por uma vitória simples.


Esporte Clube São Bernardo - São Bernardo do Campo/SP


Associação Atlética Francana - Franca/SP


Quarteto de arbitragem com o árbitro Daniel Bernardes Serrano, os assistentes Risser Jarussi Corrêa e Leonardo Tadeu Pedro e o quarto árbitro Danilo da Silva junto aos capitães dos clubes

Não foi fácil estar no tradicional e (quase) abandonado estádio às dez da matina, mas fui firme e forte na minha escolha e faltando meia hora pro apito inicial já estava dentro de campo. O dia nasceu com sol, só que pouco antes do jogo começar as nuvens carregadas chegaram em peso e me acompanharam por todo o domingo.

O bom público que foi ao estádio viu uma peleja com todos os ingredientes tensos de uma decisão. Nos primeiros 15 minutos só deu Veterana, e os atletas do Bernô não conseguiram passar do meio de campo. Aos quatro pintou uma jogada polêmica que pode ter mudado o rumo da história. Erick, camisa 11 local, deu uma cotovelada num jogador da Francana numa jogada pela lateral e levou apenas o amarelo quando merecia ser expulso.

Após sofrer pressão, na primeira chegada local ao campo de ataque saiu o gol. Denis cobrou falta pela esquerda e Tauã apareceu entre os zagueiros e fez o primeiro aos 15. No minuto seguinte o atleta visitante Radsley tomou cartão amarelo e aos 20, depois de reclamar demais com a arbitragem, ele tomou o segundo e deixou sua equipe com um a menos no gramado.

Mesmo com dez a Francana deixou tudo igual aos 30 minutos. Num lançamento meio sem querer, a pelota sobrou pro camisa 9 Erick na direita. Ele driblou um dos zagueiros e chutou cruzado, marcando seu quarto gol na Segundona. A Veterana continuou equilibrando as ações e aos 46 Tiziu quase virou o marcador em ótima cabeçada.


Bernô se recompondo no campo de defesa


Jogador da Francana tentando se desvencilhar da marcação


Bola levantada na área local


Lance do primeiro gol da manhã, marcado por Tauã aos 15 do tempo inicial

No intervalo chegou a chuva, e com ela a inspiração da agremiação visitante foi embora. A Francana simplesmente não voltou pro tempo final e o São Bernardo foi senhor absoluto da peleja. Aos sete minutos Lucas Gomes avançou pela direita e cruzou a pelota na área. Eric surgiu livre no segundo pau e recolocou o Bernô na frente.

A partida estava fácil e novamente Eric marcou aos 23. Denis cruzou da direita, o zagueiro Victor Mendes falhou e o camisa 7 fez o seu segundo gol na manhã e o terceiro do Cachorrão. Sem tempo da Francana respirar, aos 26 Allan fechou a fatura e marcou de cabeça o quarto do São Bernardo.

Com a Veterana entregue, os locais tiveram a chance de emplacar uma grande goleada, porém as oportunidades criadas foram desperdiçadas. Menos mal que ao final do tempo regulamentar elas nem fizeram falta e, na base da raça, o escrete do ABC conquistou a sonhada e esperada vaga entre os oito melhores clubes da competição. Apenas a segunda vez que isso acontece desde 2010.


Uma improvisada cabine de imprensa de uma rádio de Franca. Parabéns pelo profissionalismo!


Uma tímida chegada da Veterana dentro da área local no segundo tempo


Um dos vários momentos de confusão de um jogo tenso


Allan subindo sozinho e fechando a goleada do São Bernardo em cima da Francana

O São Bernardo 4-1 Francana fez com que o Bernô encerrasse sua participação na segunda fase como líder do Grupo 7 com dez pontos ganhos, à frente do Osvaldo Cruz no saldo de gols. Na próxima fase o alvinegro pega o Taquaritinga num confronto absolutamente genial e que, se tudo der certo, espero estar presente. O primeiro duelo será domingo no Taquarão.

Debaixo de chuva saí do Baetão e contei com uma muito bem vinda carona do seu Natal até a capital. A pedida foi bater aquela xepa esperta antes de acompanhar o segundo jogo do domingo. Mesmo debaixo de muita água, não desanimei e conferi mais uma vez em 2017 um tradicionalíssimo duelo paulistano.

Até lá!

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Virada do Taubaté contra o Moleque Travesso no sub-20

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fechando a primeira visita à capital bandeirante como morador no litoral sul, fui mais uma vez até o Estádio Conde Rodolfo Crespi, agora para um joguinho do Campeonato Paulista sub-20 da Primeira Divisão em seu Grupo 3 em plena segunda à tarde. O Juventus recebeu o Taubaté, em encontro de duas equipes que provavelmente não estarão na próxima fase do certame, pela terceira rodada do segundo turno.

A chave vem sendo dominada pelo ótimo time do Palmeiras, sendo seguido por Corinthians e Red Bull. Juventinos e taubateanos vem fazendo apenas campanhas medianas. Os paulistanos até aqui venceram três confrontos, empataram quatro e foram derrotados seis vezes. O Burrão venceu o mesmo número de jogos, empatou seis e perdeu quatro. Nada brilhante ou digno de registro. No primeiro turno, o alvi-azul venceu por 2x0.


Clube Atlético Juventus (sub-20) - São Paulo/SP


Esporte Clube Taubaté (sub-20) - Taubaté/SP


Quarteto de arbitragem e capitães dos times

Aquela galera que sempre prestigia as categorias de base foi até a Javari e viu o Juventus iniciar os trabalhos atuando bem. Os atacantes conseguiram impor um bom ritmo e a zaga visitante sofreu. Aos 14 minutos o árbitro marcou falta na entrada da área a favor dos locais. Fernando bateu de forma primorosa e a pelota entrou no ângulo direito de Felipe. Consegui captar o exato momento em que ela ultrapassava a linha do gol, numa das imagens mais legais que fiz nos últimos tempos.

No decorrer do tempo inicial o Taubaté não fez muito, porém os locais não foram eficientes para converterem as chances criadas em gols. No tempo final a peleja não mudou muito de cenário e o Juventus parecia que conquistaria a primeira vitória depois de quatro rodadas. Só que o Taubaté estragou os planos do seu adversário, iniciando o processo aos 32 minutos com o gol de empate de Glauber.


Juventus atacando pela direita, no bom começo de partida do time paulistano


Outra investida grená pela direita, de novo com o camisa 11



Sem reação, o goleiro Felipe olha a bola entrar no ângulo direito no primeiro tento juventino marcado por Fernando, que sai para comemorar o golaço. Uma das fotos mais legais dos últimos tempos


De longe, o Burrão tenta o empate no tempo final


Muvuca dentro da área local

Lance pra lá, lance pra cá e o cotejo seguiu com boa movimentação até os acréscimos. Já contávamos com a igualdade quando o Burro da Central aprontou. Primeiro Erik virou a partida aos 48 e, na saída de bola, Maykon fez o terceiro aos 49. Com dois tentos absolutamente inacreditáveis e o placar final de Juventus 1-3 Taubaté, o onze visitante conseguiu uma improvável vitória, a primeira fora de casa. Como disse antes, nenhum dos dois deve se classificar, mas se rolar a revelação de algum atleta, um só que seja, a missão 2018 terá sido concluída com sucesso.

Depois de cinco jogos em quatro dias seguidos, voltei ao meu lar, doce lar, o litoral sul. A ideia é retornar à capital no final de semana para uma rodadinha no domingo. Vamos ver se os astros - e a condição financeira - permitirão.

Até a próxima!

© 2018

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

América goleia o Juventus na Rua Javari pelo sub-17

Texto e fotos: Fernando Martinez


Seguindo na rota de partidas desde sexta-feira na minha primeira visita à capital sendo morador do litoral, na tarde do domingo fui até o Estádio Conde Rodolfo Crespi para o duelo entre Juventus e América de São José do Rio Preto pelo Campeonato Paulista sub-17 valendo pela terceira rodada da segunda fase. Ambos fazem parte do Grupo 10 junto com São Paulo e José Bonifácio. Jogo com cheirinho de velhos confrontos dos estaduais dos anos 60 a 80.

Na primeira fase as duas equipes tiveram a mesma performance: 23 pontos ganhos. Enquanto os americanos foram terceiros do Grupo 2, os grenás ficaram em quarto no Grupo 7. Nessa fase o Diabo venceu de forma surpreendente o São Paulo na estreia e empatou com o José Bonifácio fora de casa. O Moleque Travesso derrotou o Tricolor do Vale na Javari e tomou uma sonora goleada de 5x1 do onze do Morumbi atuando em Cotia.


Clube Atlético Juventus (sub-17) - São Paulo/SP


América FC (sub-17) - São José do Rio Preto/SP


Capitães dos times e quarteto de arbitragem

Um público diminuto foi até a Rua Javari e o fato de ter sido realizado num horário incomum na categoria deixou o clima ainda mais legal. O que não foi legal, pelo menos para a torcida local, foi a forma com que a molecada grená entrou em campo. O América não tomou conhecimento do sonolento adversário e definiu seu triunfo em menos de meia hora. 

Sendo mais preciso, o alvirrubro levou 27 minutos para abrir uma confortável vantagem de 3x0 sem sofrer praticamente nenhum susto. O primeiro tento foi marcado por Gabriel aos nove, Matheus Nardin ampliou aos 21 e Thiago Henrique fez o terceiro aos 27. Para não dizer que os locais não chegaram perto da área visitantes, eles até chegaram e criaram um ou dois momentos agudos, o melhor deles no primeiro ataque. Só que ambas finalizações foram pela linha de fundo.

O Moleque Travesso tentou emplacar uma pressão no início do segundo tempo e até diminuiu o placar com Matheus Camargo aos sete. Só que dois minutos depois o camisa 9 Gustavo fez o quarto do América e freou qualquer chance de reação local. A peleja seguiu na boa, sem maiores momentos incríveis. Nos acréscimos, o árbitro marcou pênalti pro Juventus; Thailor bateu bem e fechou o marcador.


O primeiro bom lance da peleja foi grená logo no começo, mas o camisa 9 chutou pra fora


Bola no fundo das redes no primeiro gol americano, marcado por Gabriel


O outro bom momento juventino no tempo inicial


Matheus Nardin saindo pra comemorar o segundo do América, aos 21 do primeiro tempo


Thiago Henrique tocando na saída do goleiro grená... era o terceiro gol do alvirrubro


Defensor local tentando se livrar da marcação


No fim, Thailor diminuiu o marcador e fez o segundo do onze paulistano

O placar de Juventus 2-4 América deixou o escrete interiorano na liderança da chave com sete pontos na virada do turno. O José Bonifácio, que derrotou o São Paulo, está em segundo com quatro. Os dois clubes da capital paulista estão com três pontos dividindo a lanterna. O Tricolor tem a faca e o queijo na mão para conquistar uma das vagas e parece que o Diabo será o outro classificado, pelo menos com o que mostrou até aqui.

Antes de voltar ao litoral emplaquei mais uma cobertura, no insólito horário de segunda-feira à tarde, também pela Javari, mas pelo Paulista sub-20.

Até lá!

© 2018