Texto e fotos: Fernando Martinez
Fazia tempo, mas nessa quarta-feira pintou a chance de ver uma rodada dupla de respeito. A jornada começou com meu retorno ao clássico entre Juventus e Nacional após nove anos de ausência. O Estádio Conde Rodolfo Crespi foi o palco do 64º Juvenal por um torneio oficial, no caso a Copa Paulista, em todos os tempos.
Que há muita história envolvida nesse duelo isso é óbvio. Agora, é difícil ver gente colocando os dois como "grandes rivais" tentando reescrever a história. É, apesar do que muitos dizem, Juventus e Nacional nunca foram rivais importantes em nenhum momento da história. O maior adversário grená foi o falecido CA Ypiranga, nunca o Nacional. Fora que ficaram sem jogar de 1962 até 2000 e qualquer rivalidade que pudesse existir teria sido diluída ao longo desses 38 anos.
Falando de história, do dia 27 de setembro de 1936 até 6 de setembro de 2015, as duas agremiações disputaram um total de 42 partidas oficiais pelas três primeiras divisões do estadual, doze por copas, duas pelo Torneio Estímulo e duas pela Copa João Havelange. Os grenás somam 33 triunfos, os ferroviários quinze, mesmo número de empates. Só que desde que o onze ferroviário saiu da Segundona, não perdeu mais (duas vitórias e um empate).
Clube Atlético Juventus - São Paulo/SP
Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP
O quarteto de arbitragem do Juvenal com o árbitro Lucas Canetto Bellote, os assistentes Eduardo Vequi Marciano e Osvaldo Apipe Filho e o quarto árbitro João Marcos Giovanelli, além dos capitães dos times
Os visitantes chegaram à Javari ocupando a vice-liderança do Grupo 3 da Copa com sete pontos ganhos, cinco acima do Moleque Travesso, que ainda não engrenou e somava apenas dois pontos antes desse confronto. O favoritismo estava do lado do Nacional e a equipe não decepcionou seus torcedores.
Sob uma temperatura incrível (cerca de 12 graus), os locais até começaram tentando fazer valer o fator casa e conseguiram ser levemente superiores. Posse de bola não foi o problema, porém o que complicou foi a absoluta falta de finalizações. Falta um camisa 9 de verdade pro Juventus e a torcida já percebeu isso faz tempo.
O Nacional se defendeu bem e não sofreu sustos. Quando a peleja estava perto do intervalo os visitantes saíram na frente com um gol de Bruno Xavier. O camisa 11 aproveitou um vacilo da zaga local e chutou firme da entrada da área. Paulo Vitor tocou na pelota, mas não conseguiu evitar o gol.
Ataque nacionalino pelo alto
Disputa de bola pela lateral esquerda do ataque visitante
Bruno Xavier chutando e comemorando o gol que abriu o marcador na Rua Javari
Já no tempo final, o arqueiro Felipe Lacerda apareceu bem na maior chance de gol juventina até então num bom tiro de Milton Júnior. Logo depois, em outro vacilo dos defensores do Moleque Travesso, os ferroviários fizeram o segundo, novamente com Bruno Xavier, agora aos 19 minutos.
Só com a entrada de Cesinha e Denner, respectivamente aos 21 e aos 28 minutos, que o onze da casa passou a atuar melhor. Aos 33, numa boa jogada dos dois, o Juventus diminuiu. Cesinha avançou e tocou para Denner. Ele virou em cima do marcador e tocou no canto.
Zaga grená saindo para o ataque
Bola estufando as redes de Paulo Vítor no segundo gol do Nacional
Zagueiro do Juventus se antecipando e fazendo o corte
Nos minutos finais até pintou chance boa a favor dos locais, só que para lamentação da maior parte dos 897 pagantes, isso não aconteceu. O placar final de Juventus 1-2 Nacional aumentou para quatro o número de jogos sem derrota ferroviária nesse confronto. Além disso, o time é vice-líder do Grupo 3 da Copa Paulista com oito pontos, atrás apenas da Portuguesa. Os grenás permanecem sem vitória e ocupam apenas a sexta posição da chave.
Sem tempo de jogar conversa fora, pegamos o caminho do Canindé para a segunda partida do dia, agora com direito a primeira decisão da segundona nacional feminina. Tinha confronto imperdível na casa lusitana.
Até lá!
Muito bacana o blog, as fotos...parabéns,
ResponderExcluirQueria ter ido a este jogo, se fosse no fds teria ido.