Texto e fotos: Fernando Martinez
Na manhã do sábado, a agenda futebolística marcou um daqueles confrontos bem legais que não vemos a todo momento. No quente Estádio Nicolau Alayon, o Nacional recebeu o Santos em encontro da quinta rodada da fase inicial da Copa Paulista. Não é "Santos B", é Santos e ponto final. Sabemos que não é o elenco principal, mas não tem problema. Ver o onze ferroviário pegar o Peixe é algo que merece uma atenção especial.
Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP
Santos Futebol Clube - Santos/SP
Os capitães dos times posam para as lentes do JP junto com o árbitro Daniel Bernardes Serrano, os assistentes Fernando Afonso de Melo e Renata Ruel de Brito e o quarto árbitro Leônidas Sanches Ferreira
Os paulistanos ainda estavam invictos e eram super favoritos nesse duelo contra o alvinegro de Vila Belmiro. Nas quatro rodadas, o Naça empatou os dois primeiros confrontos (um deles o 0x0 contra a Portuguesa na Comendador Souza), depois goleou a Portuguesa Santista por 5x0 e derrotou o Juventus fora de casa por 2x1. Como Peixe estava com apenas um ponto, todos em sã consciência acreditavam que novo triunfo paulistano era questão de tempo. É, só que dentro de campo a expectativa não foi confirmada em nenhum momento.
O primeiro tempo foi muito fraco e bastante truncado. O Santos teve mais tempo a bola nos pés, mas nada fez. O Nacional criou pouco e apenas duas vezes levou relativo perigo à meta do goleiro Gabriel. Relativo, pois no frigir dos ovos não foi nada digno de registro. A partida se arrastou e o que valeu, como sempre, foi o papo com a rapaziada amiga que estava presente. Nesse cenário, era praticamente certo que o intervalo chegaria com o marcador em branco.
É, só que para a surpresa geral, o Santos abriu o marcador aos 44 minutos num enorme vacilo da zaga local. Rodolfo foi mais ligeiro do que todos os defensores e fez o primeiro visitante. Sem ânimo de continuar fritando no forte sol, fui para a parte coberta e dali vi o segundo tempo. O Nacional voltou mais ligado, apostando na pressão total pata buscar o empate.
Domínio nacionalino no meio de campo sob a marcação santista
Bruno Xavier matando a bola dentro da área visitante
Camisa 6 do Peixe fazendo o corte em ataque local
Decorridos sete minutos o artilheiro Bruno Xavier surgiu como o salvador nacionalino. Ele recebeu bom passe no bico da área aos sete minutos e chutou cruzado. Gabriel Gasparotto até se esticou, porém não conseguiu fazer a defesa. Com o 1x1, imaginávamos que os locais continuariam pressionando na busca pela virada. No papel a ideia era boa, na prática tudo deu errado aos 14. Em mais um vacilo monstro dos zagueiros ferroviários, Patrick se aproveitou de um cruzamento de Felipe Rodrigues e fez o segundo.
O Naça sentiu o tento e apesar de tentar uma nova igualdade, tudo ficou apenas no "quase". Aos 34 minutos Diogo, camisa 10 praiano, foi expulso, deixando os locais com um a mais. Rolou aquela pressão na base do abafa e por pouco o empate não saiu em lance perigoso de Rodrigo. No fim, o Santos conseguiu se segurar e conquistou uma importante vitória.
Patrick, camisa 3 do Santos, cobrando falta dentro da área do Nacional
Bruno Xavier comemorando o gol de empate do escrete ferroviário
Confusão que terminou com a expulsão de Diogo, camisa 10 do Santos
Boa chegada do Nacional pela direita... mas no fim, o time perdeu pela primeira vez na Copa Paulista
O placar final de Nacional 1-2 Santos quebrou duas invencibilidades: foi a primeira derrota ferroviária e o primeiro triunfo dos meninos do Peixe na Copa Paulista. Ninguém esperava esse revés e agora a palavra de ordem é reabilitação no difícil compromisso contra o São Caetano no próximo final de semana. O alvinegro receberá o Juventus na Vila Belmiro.
Essa foi a única peleja que cobri no sábado. Já no domingo teve uma genial rodada noturna na Boate Baetão pelas quartas-de-final da Segundona Paulista.
Até lá!
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