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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Guaratinguetá vence mas não avança na Série C

Salve, salve, amigos!

Sigo relatando minha solitária aventura dominical. Saí de Campinas pela bela Estrada dos Jequitibás, rumo à Itatiba, para um providencial abastecimento, e pela Rodovia D. Pedro cheguei ao histórico Vale do Paraíba. Tudo para acompanhar a partida entre o Guaratinguetá F.L. e o Mixto E.C., válida pela última rodada da terceira fase do Campeonato Brasileiro da Série C, que teve lugar no Estádio Martins Pereira. Por sinal, meu debut neste templo. As equipes, de forma atenciosíssima, prontificaram-se para as fotos oficiais da partida, exclusivas do JP.


Guaratinguetá F.L. - Guaratinguetá/SP. Foto: Estevan Mazzuia.




Mixto E.C. - Cuiabá/MT. Foto: Estevan Mazzuia.

Com relação à foto da arbitragem, por conta do adiantado da hora, não me foi possível fazê-la antes do início. No intervalo, porém, contei com a generosidade do trio de arbitragem, com destaque especial ao Sr. Márcio Coruja, e dos capitães. Por isso peço desculpas pela qualidade da foto, inferior a nossos padrões, por absoluta imperícia de minha parte. Mas fica o registro.


Arbitragem, formada pelos Srs. Márcio Cristiano Brum Coruja (RS), auxiliado por Francisco Aurélio do Prado (PR) e Aparecido Donizetti Santana (PR). Foto: Estevan Mazzuia.

Ambas equipes tinham chances matemáticas de classificação, e jogavam com atenção ao que acontecia na partida entre C. Atlético Goianiense e Duque de Caxias, em Goiânia. O Mixto, é bem verdade, tinha uma tarefa ingrata, vencer de goleada, e torcer por outra goleada, do Duque sobre os goianos. O Guará, por sua vez, podia se classificar com uma vitória simples, desde que o Atlético não vencesse. Em caso de igualdade com os goianos, a equipe paulista teria que descontar a ampla diferença no saldo de gols.

Pairava no ar, e na vontade dos cuiabanos, um cheiro de mala branca, que eu, particularmente, não tenho nada contra. Boatos diziam que os cariocas teriam oferecido um auxílio extra para que os matogrossenses entrassem em campo dispostos a parar o ataque rubro. Digno de repúdio seria o Guará aceitar auxílio semelhante para não entrar com vontade no jogo. Isso é intolerável. De resto, o espetáculo só tende a crescer.


Apesar do bom jogo, ninguém dava as caras.... Foto: Estevan Mazzuia.

E o que se viu foi um Guará bem armado, concentrando o jogo em seu campo de ataque, mas encontrando muita resistência na boa e bem postada defesa alvi-negra. Poucas foram as chances de gol, mas quase sempre oriundas da ala direita do Guará, veloz e criativa. Mas com tanto volume de jogo, o gol era questão de tempo. E aos 33 minutos, após uma cobrança de falta, Gil acerta o canto direito de Douglas, para delírio dos 270 pagantes. Em Goiânia, o empate sem gols garantia a classificação.


...até Gil se aproveitar desse bate-rebate e abrir o placar. Foto: Estevan Mazzuia.

Vágner ainda perdeu duas boas chances de ampliar na primeira etapa. Em Goiânia, o Atlético já vencia por 1 a 0. Aproveitei o intervalo para ir até o carro pegar uma blusa e, curiosamente, a única saída para o estacionamento foi pelos vestiários do Mixto. Valeu a força da comissão técnica, que permitiu que eu não congelasse em campo.

Sabendo que o resultado era insuficiente, em termos de classificação, o Guará retornou a campo empenhado em melhorar seu saldo de gols. Cristian aos 6, e Nenê aos 12 minutos, deixaram o bom arqueiro Douglas de cabelos em pé. Aos 15 minutos, Júlio Madureira cruzou para Célio que, de foram incrível, com o gol livre, cabeceou por cima.


Célio perdendo gol feito. Foto: Estevan Mazzuia.

Aos 23 minutos, dupla comemoração da torcida: Júlio Madureira ampliou, em São José, e o Atlético fez 2 a 0 em Goiânia. O empate lá, ou derrota atleticana, seria o ideal, mas uma vitória goiana com boa margem de gols também era uma boa para os paulistas: cada gol do Atlético equivalia a um gol a menos que o Guará teria que fazer. Uma curiosa e complicada matemática que entreteve a todos os jornalistas presentes no gramado, durante os 20 minutos finais da cantenda.


Um dos poucos ataques matogrossenses na partida. Foto: Estevan Mazzuia.

Aos 29 minutos, uma bela jogada de Cristian na linha de fundo: ele engana o goleiro, evita a saída de bola, e cruza para Thiago marcar, com o gol livre, enquanto a torcida comemorava o terceiro gol atleticano. Faltavam três gols ao Guará, e 22 jogadores para marcá-los, pois podiam ser três gols lá, três gols cá, ou dois lá e um cá, um lá e dois cá... que emoção poderia ser maior? Aos 33 minutos, o árbitro interpretou intencionalidade de Natan, em toque de mão dentro da área. Nenê converteu a penalidade e marcou o quarto gol vermelho. Faltavam dois...


Nenê convertendo a penalidade máxima. Foto: Estevan Mazzuia.

Aos 35 minutos, careca acertou a trave, após cruzamento de escanteio. Sete minutos depois, era anunciado o fim da partida em Goiânia. Eram 4 minutos, mais os acréscimos, para fazer dois gols. Nenê chegou perto de marcar, mas Douglas, atento, evitou o gol. O que parecia difícil ficou mais fácil aos 45 minutos: Rocha, de cabeça, se aproveitou de cobrança de falta de Nenê e marcou o quinto gol dos anfitriões. Delírio no Martins Pereira. O Mixto desperado com a possibilidade de perder o "bicho-carioca", o Guará todo no ataque, e 4 minutos de acréscimos...


Lance do gol de Rocha. Foto: Estevan Mazzuia.

Foram quatro minutos mágicos. Desses que me fazem lamentar quando alguém pergunta "o que você vai fazer nesses jogos?". Saboreei o verdadeiro e prazeroso gosto da alegria que só o futebol proporciona naqueles minutos. O apito do Sr. Márcio Coruja anunciou a morte abraçada das duas equipes, com placar final de Guaratinguetá 5-0 Mixto. Mas, de cabeça erguida, os paulistas saíram de campo orgulhosos e certos do dever cumprido, devidamente reconhecidos por sua torcida.

Torcida essa que, infelizmente, não soube se portar, e hostilizou a delegação matogrossense na saída do estádio. Único fato lamentável daquela maravilhosa tarde. Sei que foi mais um texto longo, e peço desculpas mais uma vez, mas só aqueles que conhecem emoções de decisões sabem a importância de tentarmos eternizar em palavras esses momentos especiais.

Até a próxima!

Estevan

Juventus tira a zica no sub-20 da 1º divisão

Opa,

Depois de completar mais de 30 horas acordado (vide posts abaixo), meu organismo já estava em ritmo de anestesia total. Sem sentir os pés e com as pálpebras pesadas, desisti de seguir de ônibus para São José dos Campos ver um jogo decisivo pela Série C. Mas quando me dirigia para casa para dormir o sono dos justos, lembrei que tinha um jogo perdidaço que iria rolar pelo Campeonato Paulista sub-20 da 1ª divisão na Rua Javari, templo juventino, e num belo domingo à tarde. Por ser um horário quase esquecido hoje em dia, não hesitei em caminhar até a Mooca para ver o jogo entre Juventus e Ituano, pela 12ª rodada da competição.

Cheguei cedíssimo por lá e dei umas pescadas fortes nas cadeiras grenás do estádio. Acordei quando o Mílton, praticamente renascido das cinzas, apareceu no recinto. Muito papo em dia e já era hora das tradicionalíssimas fotos oficiais do jogo. Nessa hora o zumbi-mór Jurandyr também apareceu ali. Bom, seguem agora as fotos oficiais e exclusivas da partida:


CA Juventus (sub-20) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Ituano FC (sub-20) - Itu/SP. Foto: Fernando Martinez.


Capitães das equipes e trio de arbitragem da partida. Foto: Fernando Martinez.

Em relação às fotos, notem o belo uniforme dos visitantes, resgatando um pouco da época saudosa do Ferroviário Atlético Ituano. Em relação ao jogo, essa era a chance do Juventus afastar a zica que acompanhou o time nos últimos cinco jogos. Depois de seis vitórias em sequência nos seis primeiros jogos e um início avassalador, o time perdeu quatro e empatou um jogo nos cinco confrontos seguintes, caindo de primeiríssimo lugar para um preocupante terceiro lugar. E com o adversário sendo o Ituano, que ainda não tinha vencido, era a chance de ouro para o time voltar a ganhar no sub-20.

Das numeradas, conversando bastante sobre a vida com os dois amigos, vimos um jogão de futebol. O Juventus partiu com tudo pra cima do time de Itu. Criou ótimas chances, mas o goleiro Élton sempre aparecia muito bem, fazendo verdadeiros milagres.


Lance do jogo entre Juventus x Ituano pelo paulista sub-20. Foto: Fernando Martinez.

Mas isso durou até os 21 minutos, quando o Juventus abriu o marcador. Num cruzamento na área, o camisa 4 Alex só tocou de leve para marcar o seu e deixar o Juventus na frente do placar. Depois desse gol, o goleiro Élton fez mais dois milagres, evitando o segundo gol juventino. O bom público presente se animou bastante com o andamento da partida.


O Juventus mostrou boa marcação durante o jogo. Foto: Fernando Martinez.

Mas aos 34 minutos não teve jeito. Num cruzamento da direita, o camisa 8 Minotauro marcou o seu, também de cabeça. Daí até o final do primeiro tempo, os dois times se alternaram no ataque, e um futebol bastante agradável presenteou todos que foram na Javari. O bom público mostrou que podemos sim ter jogos no domingo de tarde, e que essa concorrência com a TV também não é esse bicho todo. O jogo chegou no seu intervalo com 2 a 0 para os grenás. E numa tarde agradável, passamos o intervalo andando pelos becos da Javari, colocando os papos em dia. Valeu a pena!


Uma das várias chances de gol perdidas pelo Juventus, essa no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

O segundo tempo veio e logo no começo mais um gol juventino aconteceu. Em mais um cruzamento, a bola agora encontrou o camisa 2 do Ituano Uires dentro da pequena área. Mas ele, com um azar danado, acabou cabeceando contra o próprio gol, fazendo gol contra. Era o que o Juventus precisava para ficar tranqüilo de vez no jogo.


Na base do "mãos do alto", zaga do Juventus afasta o perigo. Foto: Fernando Martinez.


Agora o agarra vem do zagueiro do Ituano, dando um bom abraço no atacante grená. Foto: Fernando Martinez.

Essa tranqüilidade toda resultou no domínio do jogo por parte do Ituano, que buscava pelo menos o seu gol de honra. Mas o time errava as conclusões direto. Vimos bola na trave, atacante perdendo gol cara-a-cara e tudo mais. Talvez por essa deficiência o time esteja mal na competição. Nos contra-ataques, o Juventus levava perigo e também perdia gols. E essa foi a tônica do restante do segundo tempo.


No final o Ituano até tentou, mas não conseguiu fazer o gol de honra. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Juventus 3-0 Ituano. Com a vitória, o Juventus escapa em terceiro e com uma vitória simples na próxima rodada garante sua classificação para a segunda fase do sub-20. Já o Ituano só torce para o campeonato acabar logo, e também que possa terminar o mesmo com dignidade. Então fomos embora, cada um com sua vida, aproveitando o final de um belo domingo. Belo e que me deixou doente, mas isso é outra história.

Depois ainda fui curtir parte da família no domingo de noite. Quando bati 40 horas acordado finalmente pude dormir e completar minha epopéia que começou às 7 da manhã do sábado na cama. Ô sono gostoso!

Mas logo mais tem mais!

Fernando

Guaçuano vence o ECUS e se garante na terceira fase da Segundona

Opa,

Depois da rodada tripla do sábado, não consegui descansar em virtude de ter trabalhado na madrugada de sábado para domingo. Só fiquei livre quase às 8 da manhã, e com a chance de ir para casa e dormir bastante. Mas sendo do JP lógico que não foi isso que fiz, e sim segui para mais um jogo do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. A partida escolhida foi entre ECUS e Guaçuano, uma disputa direta por uma vaga na terceira fase do campeonato.

Para isso encontrei o seu Natal numa estação de metrô da Zona Leste e de lá seguimos até a cidade de Suzano na tranqüilidade. Chegamos no Estádio Francisco Marques Figueira bem cedo e a tempo de fazermos as fotos oficiais dos times e do trio de arbitragem:


ECUS - Suzano/SP. Foto: Fernando Martinez.


CA Guaçuano - Mogi-Guaçu/SP. Foto: Fernando Martinez.


O trio de arbitragem com o árbitro Rodrigo Braghetto e os assistentes Marcelo Luis da Silva e Eduardo de Jesus Conceição posando junto com os capitães das equipes. Foto: Fernando Martinez.

Falando do jogo, a situação era simples: o ECUS precisava de uma vitória por quatro gols de diferença para garantir sua vaga e tirar o Guaçuano da penúltima fase da Segundona. Ao time de Mogi-Guaçu, uma vantagem monstro, pois perdendo até três a zero a vaga era sua. Achávamos então que o ECUS iria partir com tudo em cima dos visitantes.


Logo no primeiro minuto de jogo, o ECUS teve a chance de marcar nessa cabeçada. Foto: Fernando Martinez.

Mas o time de Suzano começou o jogo tentando fazer seu gol... mas isso por apenas quatro minutos. Depois dessa leve pressão inicial, em que nenhuma chance foi criada, o Guaçuano já mostrava quem tinha o melhor time e não deixou com que os donos da casa criassem oportunidades para o milagre.

Conforme o tempo ia passando, o ECUS não conseguia furar o bloqueio do Guaçuano e via a chance da classificação desaparecer. A chance ficou ainda mais remota aos 31 minutos, quando o jogador Éverton, do Guaçuano, chutou de fora da área e abriu o placar para os visitantes. A bola ainda tocou num zagueiro no meio do caminho e tirou o goleiro Tecão da jogada.


Ataque do ECUS pela esquerda mas com a marcação do Guaçuano não dando espaços. Foto: Fernando Martinez.

Nem com o gol sofrido o ECUS acertava suas conclusões. Já perto do intervalo o ECUS chegou ao empate num espasmo de lucidez. Depois de pênalti na linha de fundo, o jogador Jefferson chutou com paradinha e tudo e empatou. Jogo no intervalo e tudo igual.


Atacante do ECUS mata a bola com estilo dentro da área do Guaçuano. Foto: Fernando Martinez.


No final do primeiro tempo, uma luz no fim do túnel para os donos da casa: o gol de empate que ainda dava esperança para o segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

No intervalo não resisti às mudanças do tempo e resolvi me mandar para a cabine de imprensa. Afinal de contas, ter passado frio, calor, tomado chuva e uma ventania em cerca de 40 minutos foi demais para minha garganta. Somado isso com a variação do clima no sábado, realmente zoou tudo. Ainda estou mal até hoje graças ao São Pedro, que não se decidia por um clima preferido.


Um dos perigosos ataques do Guaçuano no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Lá de cima vi um segundo tempo em que o ECUS até foi um pouco melhor, mas continuava afobado demais na busca dos quatro gols para a classificação. Mesmo com a torcida local super animada, cantando e gritando sem parar o tempo todo, o time em campo não correspondia. Os minutos iam passando e era visível que o milagre seria difícil.


Um dos vários lances em que o ECUS tentou a virada. Aqui em cobrança de falta. Foto: Fernando Martinez.

Mas no final do jogo ainda tivemos emoções extras. Aos 37 minutos, o golpe de misericórdia do time verde. Em contra-ataque rápido, o Guaçuano teve um pênalti a seu favor. Na cobrança, Gallo definiu o segundo do Mandi e efetivava a classificação. O ECUS então só buscava um gol para pelo menos não perder em casa.


Quando o ECUS dominava, o Guaçuano ainda passou à frente do marcador nesse pênalti. Foto: Fernando Martinez.

Ele veio aos 45 minutos, quando após uma cobrança de escanteio, a bola foi escorada para a pequena área e literalmente bateu no zagueiro Juninho, indo para no fundo das redes. 2 a 2 no placar e empate assegurado, certo? Errado, pois como não era dia mesmo do ECUS, o Guaçuano ainda fez o terceiro aos 47, com Mineiro aproveitando bobeada da zaga suzanense e definindo o placar final.

Final de jogo: ECUS 2-3 Guaçuano. O Guaçuano então se classificou no segundo lugar do grupo e pega na terceira fase os times do Grêmio Osasco, Barretos e Batatais em busca de duas vagas na A3 de 2009. Vale registrar que o time de Mogi-Guaçu não disputa o equivalente a uma terceira divisão estadual desde o longínquo 1992. Ao ECUS fica a esperança que o time possa acertar os detalhes que deixaram a equipe fora do acesso esse ano para a Segundona de 2009.

Bom, e com um frio absurdo, mesmo depois de ter torrado no sol do primeiro tempo, e completamente anestesiado por estar mais de 24 horas acordado direto, segui de volta para São Paulo pensando se dava para ver mais um jogo. Ia para São José dos Campos, mas desisti. Aí lembrei que tinha um joguinho perdidaço num local muito conhecido aqui no JP.

Como um zumbi, mais um jogo me aguardava... até lá!

Fernando

Pão de Açúcar termina bem a segunda fase da Segundona

Olá pessoal,

No último domingo pela manhã fui até a Estância Turística de Embu para acompanhar, no Estádio Municipal Hermínio Espósito, a partida entre Pão de Açucar e Guariba, válida pela última rodada da 2ª fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Em termos de classificação o joga não valia muito, pois a equipe local já estava classificada em primeiro lugar para a próxima fase e os visitantes já estavam eliminados. Entretanto, para mim valia mais um time na minha lista, o Guariba.


Pão de Açucar E.C. - São Paulo/SP (mas mandando em Embu/SP). Foto: Victor Minhoto.


Guariba E.C. - Guariba/SP. Foto: Victor Minhoto.


Capitães das equipes, árbitro Guilherme Carlos da Silva, assistentes Carlos Alberto Funari e Rogério Pablos Zanardo e 4º árbitro Jairo Lopes dos Santos. Foto: Victor Minhoto.

Como se tratava de um jogo onde o resultado não interferiria na classificação ambas as equipes entraram em campo sem aquela "pegada" tradicional desta divisão, mas apesar disso os dois quadros se empenhavam em buscar o ataque, o que deixou a partida aberta e com poucas faltas, ou seja, muito bom para se assistir. Como a equipe local apresentava nível técnico mais elevado e melhor organização no campo, passou a dominar as ações, deixando os visitantes apenas com os contra-ataques.


Goleiro do Guariba se estica e impede apenas momentaneamente o gol do Pão de Açucar. Foto: Victor Minhoto.

Como resultado desse cenário, na primeira metade da etapa inicial, o Pão de Açucar teve seis grandes chances de abrir o marcador, mas sempre estabarrava no goleiro adversário ou no preciosismo de seus atacantes. Entretando, aos 26 minuntos do 1º tempo o camisa 10 Juca, do Pão de Açucar, após boa tabela, entrou pelo meio da zaga adversária e apenas teve o trabalho de tocar na saída do goleiro para abrir o marcador.


Detalhe de disputa de bola durante a 1ª etapa. Foto: Victor Minhoto.

O jogo seguiu sem maiores alterãções até os trinta e nove minutos, quando o zagueiro Paulo Brumati, do Guariba, fez falta violenta, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Dois minutos depois, aproveitando do buraco existente na zaga do adversário em razão da expulsão, o camisa 11 do Pão de Açucar, Castro, acertou um belo chute de fora da área, decretando o segundo gol dos mandantes. Esse placar perdurou até o final da primeira etapa.


Equipes preparadas para o início da 2ª etapa, ao fundo nota-se a baixa presença de público. Foto: Victor Minhoto.

Com a desvantagem no marcador e um jogador a menos, o Guariba voltou pouco motivado para o segundo tempo, tanto que logo do início via-se amplo domínio territorial dos locais, sendo que mais gols poderiam sair a qualquer momento. Porém, em razão da grande preciosismo de seu ataque o terceiro gol do Pão de Açucar demorava a sair.


Em um dos raros ataques do Guariba, goleiro Woshington faz boa defesa. Foto: Victor Minhoto.

Aos 29 minutos o Pão de Açucar desperdiçou uma sequencia de três chances seguidas na cara do gol, sendo uma defesa do arqueiro do Guariba, uma bola na trave e a zaga visitante tirando a bola em cima da linha. Quando paracia que o placar não se modificaria, aos 40 minutos, em cobrança de escanteio, o camisa 7 Paulo Roberto subiu sozinho e apenas teve o trabalho de escorar a bola para o fundo das redes, marcando o terceiro tento dos locais.


Após cabeçada de Paulo Roberto, a bola se dirige pela terceira vez para o fundo da meta do Guariba. Foto: Victor Minhoto.

Como esse gol aconteceu no final, a partida terminou mesmo em Pão de Açucar 3x0 Guariba. Com esse resultado o Pão de Açucar se credencia como um dos favoritos ao acesso que será definido na próxima fase. Já o Guariba encerra sua honrosa participação neste campeonato e fica no aguardo da próxima temporada.

Até a próxima,

Victor

Grêmio Osasco classificado para a terceira fase da Segundona

Olá,

Depois de nove rodadas da segunda fase do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, no domingo pela manhã foi realizada a décima e última rodada que iria definir os últimos seis classificados à terceira fase e, logicamente, o JOGOS PERDIDOS não poderia deixar de cobrir pelo menos dois jogos de tamanha importância. Diante disso, segui até a vizinha cidade de Osasco para acompanhar, no Estádio Prefeito José Liberatti, a partida G.E Osasco x Capivariano F.C. válida pelo Grupo 7 da competição e que poderia classificar o time da casa à próxima fase.

Como o Grêmio Osasco estava na terceira colocação na classificação antes do início da última rodada, a conquista da vitória era imprescindível para continuar a sonhar, além de torcer por uma combinação de resultados envolvendo os jogos do Atlético Araçatuba e do Paulínia. Então a ordem era fixar as atenções no jogo de Osasco e ficar atento às notícias que iriam chegar dos outros jogos que estavam sendo realizados ao mesmo tempo.

Bem, antes de começar a falar da partida em si, vamos com as fotos oficiais e exclusivas que estão abaixo:


G.E. Osasco - Osasco/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Capivariano F.C. - Capivari/SP. Foto: Orlando Lacanna.


Capitães das equipes e o quarteto de arbitragem formado por Carlos Roberto dos Santos Júnior, seus assistentes Mário Nogueira da Cruz e Cláudio Roberto da Costa, além do quarto árbitro Fabiano Pereira. Foto: Orlando Lacanna.

Bola rolando e de cara os donos da casa saíram para o ataque, conseguindo levar perigo aos visitantes aos 4 minutos, numa cabeçada de Hugo Vieira que passou perto do poste da meta defendida por César, cujo cruzamento nasceu da cobrança de escanteio pela direita. Um minuto após, quase aconteceu um desastre para o Grêmio Osasco, pois o Capivariano esteve bem perto de inaugurar o placar, numa jogada rápida de Ivan pelo meio, que acabou sendo salva em cima da linha fatal pelo pé milagroso de Carlão.


Bola passeando pela área do Capivariano. Foto: Orlando Lacanna.


Atacante osasquense procurando companheiro para executar o passe. Foto: Orlando Lacanna.

Depois do susto, os anfitriões tomaram conta da partida, praticamente alugando meio campo, mas esbarravam na retranca do time de Capivari e também na falta de inspiração dos seus atletas na criação de opções para furar o bloqueio defensivo dos visitantes.


Visão geral do início de nova jogada ofensiva do GEO. Foto: Orlando Lacanna.

O jogo seguia com domínio dos osasquenses, porém sem grandes lances de maior perigo, a não ser em cruzamentos vindos de escanteios como aconteceu aos 26 e aos 32 minutos, quando quase foram aproveitados pelo zagueirão Wesley que em ambas as oportunidades subiu ao ataque tentando surpreender a defesa do Capivariano. O tempo ia passando e nada do Grêmio Osasco se acertar no ataque e, como os visitantes só atuavam na defesa, o placar mudo permaneceu até o final da primeira etapa.

No intervalo fiquei conversando com o Vice-Presidente do Grêmio Osasco, o ex-atleta Montini, que estava super preocupado, pois os resultados dos outros dois jogos eram totalmente favoráveis ao seu time, porém ainda faltava ao GEO fazer a sua parte, ou seja, marcar pelo menos um golzinho. Como ainda restava toda a segunda etapa, a esperança de classificação ainda era grande.

O jogo recomeçou e para a alegria da pequena torcida presente, o Grêmio Osasco chegou ao seu gol, aos 2 minutos, num chute bem colocado do atacante Daniel que mandou a bola no ângulo direito do goleiro César que nada pôde fazer. Em desvantagem no placar, o Capivariano, que não tinha nada a perder, saiu para o ataque e, aos 6 minutos, assustou o pessoal da casa numa jogada pelo meio realizada por Flávio, que obrigou o goleiro Igor do GEO a se virar para praticar a defesa.


Início de jogada ofensiva do Capivariano no segundo tempo. Foto: Orlando Lacanna.

A partir dos dez minutos, o jogo entrou num ritmo que dava a impressão de que o GEO estava contente com a vantagem mínima, uma vez que começou a tocar mais a bola, fazendo o tempo passar, só se arriscando mais ao ataque em um ou outro lance, mas sem aquela pegada para matar o jogo de vez. Somente aos 21 minutos, os donos da casa ameaçaram a meta do Capivariano, através de um cruzamento perigoso que veio da direita, mas que acabou não dando em nada. Como resposta, o Capivariano voltou a assustar aos 30 minutos, numa outra jogada de ataque que obrigou o goleiro Igor a afastar o perigo com um chutão para frente.


Disputa de bola junto à lateral. Foto: Orlando Lacanna.

Nos últimos minutos, o GEO procurou manter a bola longe da sua área, evitando com isso algum outro lance perigoso do ataque dos visitantes que tiveram o seu atleta Ivan expulso aos 40 minutos por ter recebido o segundo cartão amarelo.


Defesa do goleiro César num dos ataques do GEO no segundo tempo. Foto: Orlando Lacanna.

O tempo custava a passar para o pessoal de Osasco, mas finalmente a partida chegou ao seu final com o marcador mostrando Grêmio Osasco 1 - 0 Capivariano que, combinado com os resultados dos jogos realizado nas cidades de Araçatuba e Américo Brasiliense, foi o suficiente para colocar o GEO na liderança do grupo e garantir a classificação à terceira fase, quando comporá o Grupo 11 ao lado de Barretos, Batatais e Guaçuano que brigarão pelas duas vagas destinadas a esse grupo à Série A3 em 2.009. A briga promete ser árdua e não vejo nenhum favorito para a conquista das vagas, pois as quatro equipes têm condições de lutarem pelo acesso. Do próximo sábado em diante o bicho vai pegar.

Com o encerramento da partida, os atletas e dirigentes locais comemoraram a conquista da vaga, porém a decepção ficou por conta do pequeno público presente, uma vez que apenas 88 pessoas pagaram ingresso para prestigiar o seu time em partida tão importante. Após os cumprimentos de despedida, segui até a estação ferroviária, contando com a presteza do integrante da Torcida Nação Osasquense, que nas horas vagas também faz o papel de assessor de imprensa, o figuraça Roqueiro, ao qual deixo meus agradecimentos pela providencial carona. Foi isso.

Abraços,

Orlando

Campinas massacra o Ilha Solteira pela Segundona

Salve, salve, amigos do JP!

Última rodada é sempre cheia de emoções, e esse fim de semana não foi diferente. Estive na manhã do último domingo na cidade de Campinas, mais precisamente no histórico campo da Mogiana, hoje conhecido como CERECAMP, pra ver um jogo que não valia mais nada, em uma rodada de tantas decisões. Em campo, o classificado Campinas FC e...bom, até a execução do hino, só ele mesmo. Depois do Hino Nacional executado o adversário, a equipe do Ilha Solteira, apareceu.

Um típico jogo perdido. Em minha companhia, outros fanáticos como o tradicional Luciano Claudino, a quem deixo um forte abraço, e o Rauber Soares, do Futebol Alternativo.


Ilha Solteira não chegou a tempo da execução do hino e Rauber Soares, colega da comunidade Futebol Alternativo. Fotos: Estevan Mazzuia.

Apesar de ter pernoitado em um Hotel próximo ao estádio, os 11 heróis de Ilha Solteira (sim, não havia reservas, somente um apanhado de quatro profissionais que não largaram a peteca, e sete voluntariosos juniores), o técnico interino e um dirigente chegaram ao local a cinco minutos do início da partida...


Campinas FC - Campinas/SP. Foto: Estevan Mazzuia.


AE Ilha Solteira - Ilha Solteira/SP. Foto: Estevan Mazzuia.


Trio de Arbitragem com árbitro Magno de Souza Lima Neto e os auxiliares Marco Antônio Gonzaga da Silva e Reinaldo Rodrigues dos Santos, junto com os capitães das equipes. Foto: Estevan Mazzuia.

Jogando com seu time reserva, o Campinas foi pra cima e logo aos 8 minutos conseguiu carimbar a trave do ótimo goleiro Diniz.


Chute de Bento que acertou a trave. Foto: Estevan Mazzuia.

Mas nem só de garra e coragem vivem os vencedores. Infelizmente, a AE Ilha Solteira carece de estrutura, e apesar da valentia de seus heróis, era uma questão de tempo para que o Campinas se impusesse no placar. Mais precisamente, 2 minutos, com um chute de Marcão, da intermediária. Caio aos 17, Jaú,aos 30, e Serginho, de pênalti, aos 32, ampliaram.


Detalhe do quarto gol campineiro, com Serginho, de pênalti. Foto: Estevan Mazzuia.

A vida do esquadrão ilhéu se complicou ainda mais com a expulsão do bom zagueiro Marrocos, aos 40 minutos da primeira etapa, por agressão em Thiago Cristian fora do lance. A partida foi para o intervalo com grande apreensão por parte dos presentes. Indignado com a situação, discordantes da atuação da arbitragem, a AE Ilha Solteira dividiu-se entre os que dispunham-se a perder de cabeça erguida, e os que ameaçavam abandonar o barco, estimulados pelo comandante interino que, com todo respeito, jamais deveria apresentar tal atitude, principalmente diante dos jogadores da boa equipe sub-20, que vem muito bem no respectivo campeonato.


Marrocos teve tempo de mostrar muita garra antes de ser expulso. Foto: Estevan Mazzuia.

Mas a equipe voltou para o segundo tempo, e saiu pro jogo, mostrando que sairia de campo de cabeça erguida. Tranquilo, o Campinas acabou se aproveitando dos espaços e chegou ao quinto gol com Jaú, e ao sexto com Bento. Nos minutos seguintes, o arqueiro Diniz teve mais uma oportunidade de mostrar seu grande talento, ao defender, à queima-roupa, um chute de José Paulo. E Teddi levou o segundo amarelo, deixando o Campinas com 10. Com 10 a 10 em campo, o Ilha Solteira assimilou os dois gols sofridos na segunda etapa, e voltou a sair pro jogo, dando mais espaços para José Paulo marcar o sétimo e o oitavo.


Aspecto da partida em seu segundo período. Foto: Estevan Mazzuia.

Aí começou uma lamentável e sinistra sequência de contusões entre os visitantes. É verdade que a maioria dos jogadores tinha atuado no sábado, pelo sub-20, mas que foi estranho, pelo contexto da partida, isso foi. Chacal, aos 29, Brunão aos 30, e Gláucio, aos 33, deixaram a AE Ilha Solteira com 7 homens em campo. Terraço, aos 37 fez que ia, mas não foi. Salvou o jogo, a honra dos visitantes e a história da partida.


Até o árbitro, Sr. Magno de Souza Lima Neto, pareceu inconformado com as seguidas contusões dos visitantes. Fotos: Estevan Mazzuia.

O Campinas perdeu ainda, pelo menos, quatro chances claras de ampliar, e acabou vendo Clayton diminuir, no último lance antes do trilo final, selando o placar de Campinas 8-1 Ilha Solteira. Muito triste a situação da equipe visitante. Confesso que, como amante de futebol, e de gols, esperava ansioso por muitos deles. Mas no intervalo, solidarizado com a equipe, torci pra que tudo acabasse depressa, sem mais sofrimento. E fiz o que pude para lembrá-los que há muito tempo o clube não chegava tão longe, que a honra e o nome deles estava em jogo, para que pudessem sair do campeonato de cabeça erguida. Parabéns a esses homens que souberam se postar dentro de campo e valorizar a classificação da Águia.

Desculpem pelo texto longo, mas o futebol tem histórias que merecem algumas linhas a mais, e que sempre serão insuficientes para demonstrar o mais simples dos sentimentos.

Estevan