Salve, salve, amigos do JP!
Última rodada é sempre cheia de emoções, e esse fim de semana não foi diferente. Estive na manhã do último domingo na cidade de Campinas, mais precisamente no histórico campo da Mogiana, hoje conhecido como CERECAMP, pra ver um jogo que não valia mais nada, em uma rodada de tantas decisões. Em campo, o classificado Campinas FC e...bom, até a execução do hino, só ele mesmo. Depois do Hino Nacional executado o adversário, a equipe do Ilha Solteira, apareceu.
Um típico jogo perdido. Em minha companhia, outros fanáticos como o tradicional Luciano Claudino, a quem deixo um forte abraço, e o Rauber Soares, do Futebol Alternativo.
Apesar de ter pernoitado em um Hotel próximo ao estádio, os 11 heróis de Ilha Solteira (sim, não havia reservas, somente um apanhado de quatro profissionais que não largaram a peteca, e sete voluntariosos juniores), o técnico interino e um dirigente chegaram ao local a cinco minutos do início da partida...
Jogando com seu time reserva, o Campinas foi pra cima e logo aos 8 minutos conseguiu carimbar a trave do ótimo goleiro Diniz.
Mas nem só de garra e coragem vivem os vencedores. Infelizmente, a AE Ilha Solteira carece de estrutura, e apesar da valentia de seus heróis, era uma questão de tempo para que o Campinas se impusesse no placar. Mais precisamente, 2 minutos, com um chute de Marcão, da intermediária. Caio aos 17, Jaú,aos 30, e Serginho, de pênalti, aos 32, ampliaram.
A vida do esquadrão ilhéu se complicou ainda mais com a expulsão do bom zagueiro Marrocos, aos 40 minutos da primeira etapa, por agressão em Thiago Cristian fora do lance. A partida foi para o intervalo com grande apreensão por parte dos presentes. Indignado com a situação, discordantes da atuação da arbitragem, a AE Ilha Solteira dividiu-se entre os que dispunham-se a perder de cabeça erguida, e os que ameaçavam abandonar o barco, estimulados pelo comandante interino que, com todo respeito, jamais deveria apresentar tal atitude, principalmente diante dos jogadores da boa equipe sub-20, que vem muito bem no respectivo campeonato.
Mas a equipe voltou para o segundo tempo, e saiu pro jogo, mostrando que sairia de campo de cabeça erguida. Tranquilo, o Campinas acabou se aproveitando dos espaços e chegou ao quinto gol com Jaú, e ao sexto com Bento. Nos minutos seguintes, o arqueiro Diniz teve mais uma oportunidade de mostrar seu grande talento, ao defender, à queima-roupa, um chute de José Paulo. E Teddi levou o segundo amarelo, deixando o Campinas com 10. Com 10 a 10 em campo, o Ilha Solteira assimilou os dois gols sofridos na segunda etapa, e voltou a sair pro jogo, dando mais espaços para José Paulo marcar o sétimo e o oitavo.
Aí começou uma lamentável e sinistra sequência de contusões entre os visitantes. É verdade que a maioria dos jogadores tinha atuado no sábado, pelo sub-20, mas que foi estranho, pelo contexto da partida, isso foi. Chacal, aos 29, Brunão aos 30, e Gláucio, aos 33, deixaram a AE Ilha Solteira com 7 homens em campo. Terraço, aos 37 fez que ia, mas não foi. Salvou o jogo, a honra dos visitantes e a história da partida.
O Campinas perdeu ainda, pelo menos, quatro chances claras de ampliar, e acabou vendo Clayton diminuir, no último lance antes do trilo final, selando o placar de Campinas 8-1 Ilha Solteira. Muito triste a situação da equipe visitante. Confesso que, como amante de futebol, e de gols, esperava ansioso por muitos deles. Mas no intervalo, solidarizado com a equipe, torci pra que tudo acabasse depressa, sem mais sofrimento. E fiz o que pude para lembrá-los que há muito tempo o clube não chegava tão longe, que a honra e o nome deles estava em jogo, para que pudessem sair do campeonato de cabeça erguida. Parabéns a esses homens que souberam se postar dentro de campo e valorizar a classificação da Águia.
Desculpem pelo texto longo, mas o futebol tem histórias que merecem algumas linhas a mais, e que sempre serão insuficientes para demonstrar o mais simples dos sentimentos.
Estevan
Última rodada é sempre cheia de emoções, e esse fim de semana não foi diferente. Estive na manhã do último domingo na cidade de Campinas, mais precisamente no histórico campo da Mogiana, hoje conhecido como CERECAMP, pra ver um jogo que não valia mais nada, em uma rodada de tantas decisões. Em campo, o classificado Campinas FC e...bom, até a execução do hino, só ele mesmo. Depois do Hino Nacional executado o adversário, a equipe do Ilha Solteira, apareceu.
Um típico jogo perdido. Em minha companhia, outros fanáticos como o tradicional Luciano Claudino, a quem deixo um forte abraço, e o Rauber Soares, do Futebol Alternativo.
Ilha Solteira não chegou a tempo da execução do hino e Rauber Soares, colega da comunidade Futebol Alternativo. Fotos: Estevan Mazzuia.
Apesar de ter pernoitado em um Hotel próximo ao estádio, os 11 heróis de Ilha Solteira (sim, não havia reservas, somente um apanhado de quatro profissionais que não largaram a peteca, e sete voluntariosos juniores), o técnico interino e um dirigente chegaram ao local a cinco minutos do início da partida...
Campinas FC - Campinas/SP. Foto: Estevan Mazzuia.
AE Ilha Solteira - Ilha Solteira/SP. Foto: Estevan Mazzuia.
Trio de Arbitragem com árbitro Magno de Souza Lima Neto e os auxiliares Marco Antônio Gonzaga da Silva e Reinaldo Rodrigues dos Santos, junto com os capitães das equipes. Foto: Estevan Mazzuia.
Jogando com seu time reserva, o Campinas foi pra cima e logo aos 8 minutos conseguiu carimbar a trave do ótimo goleiro Diniz.
Chute de Bento que acertou a trave. Foto: Estevan Mazzuia.
Mas nem só de garra e coragem vivem os vencedores. Infelizmente, a AE Ilha Solteira carece de estrutura, e apesar da valentia de seus heróis, era uma questão de tempo para que o Campinas se impusesse no placar. Mais precisamente, 2 minutos, com um chute de Marcão, da intermediária. Caio aos 17, Jaú,aos 30, e Serginho, de pênalti, aos 32, ampliaram.
Detalhe do quarto gol campineiro, com Serginho, de pênalti. Foto: Estevan Mazzuia.
A vida do esquadrão ilhéu se complicou ainda mais com a expulsão do bom zagueiro Marrocos, aos 40 minutos da primeira etapa, por agressão em Thiago Cristian fora do lance. A partida foi para o intervalo com grande apreensão por parte dos presentes. Indignado com a situação, discordantes da atuação da arbitragem, a AE Ilha Solteira dividiu-se entre os que dispunham-se a perder de cabeça erguida, e os que ameaçavam abandonar o barco, estimulados pelo comandante interino que, com todo respeito, jamais deveria apresentar tal atitude, principalmente diante dos jogadores da boa equipe sub-20, que vem muito bem no respectivo campeonato.
Marrocos teve tempo de mostrar muita garra antes de ser expulso. Foto: Estevan Mazzuia.
Mas a equipe voltou para o segundo tempo, e saiu pro jogo, mostrando que sairia de campo de cabeça erguida. Tranquilo, o Campinas acabou se aproveitando dos espaços e chegou ao quinto gol com Jaú, e ao sexto com Bento. Nos minutos seguintes, o arqueiro Diniz teve mais uma oportunidade de mostrar seu grande talento, ao defender, à queima-roupa, um chute de José Paulo. E Teddi levou o segundo amarelo, deixando o Campinas com 10. Com 10 a 10 em campo, o Ilha Solteira assimilou os dois gols sofridos na segunda etapa, e voltou a sair pro jogo, dando mais espaços para José Paulo marcar o sétimo e o oitavo.
Aspecto da partida em seu segundo período. Foto: Estevan Mazzuia.
Aí começou uma lamentável e sinistra sequência de contusões entre os visitantes. É verdade que a maioria dos jogadores tinha atuado no sábado, pelo sub-20, mas que foi estranho, pelo contexto da partida, isso foi. Chacal, aos 29, Brunão aos 30, e Gláucio, aos 33, deixaram a AE Ilha Solteira com 7 homens em campo. Terraço, aos 37 fez que ia, mas não foi. Salvou o jogo, a honra dos visitantes e a história da partida.
Até o árbitro, Sr. Magno de Souza Lima Neto, pareceu inconformado com as seguidas contusões dos visitantes. Fotos: Estevan Mazzuia.
O Campinas perdeu ainda, pelo menos, quatro chances claras de ampliar, e acabou vendo Clayton diminuir, no último lance antes do trilo final, selando o placar de Campinas 8-1 Ilha Solteira. Muito triste a situação da equipe visitante. Confesso que, como amante de futebol, e de gols, esperava ansioso por muitos deles. Mas no intervalo, solidarizado com a equipe, torci pra que tudo acabasse depressa, sem mais sofrimento. E fiz o que pude para lembrá-los que há muito tempo o clube não chegava tão longe, que a honra e o nome deles estava em jogo, para que pudessem sair do campeonato de cabeça erguida. Parabéns a esses homens que souberam se postar dentro de campo e valorizar a classificação da Águia.
Desculpem pelo texto longo, mas o futebol tem histórias que merecem algumas linhas a mais, e que sempre serão insuficientes para demonstrar o mais simples dos sentimentos.
Estevan
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