Texto e fotos: Fernando Martinez
A tarde de sexta-feira foi bem ruim pois pintou uma notícia ruim que achei que não teria. Quando recebemos uma informação desse naipe, qual a melhor saída? Ficar em casa que não é, então, ainda meio anestesiado, fui até a Arena Barueri para um duelo da 32ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. Em campo, um Oeste cheio de esperanças recebeu o Brasil de Pelotas, Detalhe: esse foi o jogo de número 2.800 que vi em todos os tempos, 34 anos depois que iniciei minha "carreira". Uma marca que poucos podem se orgulhar de ter.
O onze paulista estava em sexto lugar com 49 pontos ganhos antes desse compromisso, quatro atrás do Paraná, o quarto colocado. Faltando sete rodadas pro fim do certame, um triunfo em casa seria muito bem vindo pensando em acesso. Na última apresentação dentro dos seus domínios, uma derrota pro Ceará. Da minha parte esperava ver finalmente uma boa atuação rubro-negra, já que o 0x0 contra o Luverdense e o revés contra o Paysandu por 3x1 não foram atuações muito animadoras.
Times perfilados para o Hino Nacional. A chuva caiu forte durante a maior parte do jogo
A expectativa era boa, só que o primeiro tempo foi apenas um reflexo das duas atuações ruins que vi ali durante o certame. A performance paulista foi fraquíssima e o limitado onze gaúcho foi melhor. Não que foram brilhantes ou algo do tipo, bem longe disso, mas pelo menos foram mais incisivos. O Xavante chegou perto de abrir o placar por duas vezes. Aos oito minutos, Itaqui tocou para Juninho. Ele se livrou da marcação, avançou e chutou forte. Rodolfo foi obrigado a fazer grande defesa. Aos 32, Éder Sciola cruzou na área, a pelota desviou em Joílson e sobrou para Itaqui. O camisa 8 finalizou bem e o arqueiro local fez outra boa intervenção. Pelos lados do Oeste, apenas uma chegada e um gol anulado por impedimento.
O técnico Roberto Cavalo viu que a coisa estava feia e fez duas alterações no intervalo. Gabriel Vasconcelos e Danielzinho deram lugar respectivamente a Robert e Henrique. Nos primeiros momentos do tempo final deu pra ver que o rubro-negro já estava muito melhor. Num espaço de cinco minutos, os locais tiveram três ótimos momentos e um deles resultou em gol.
Aos seis, Mazinho cobrou falta na área, Leandro Amaro cabeceou, a bola desviou em Marlon e saiu pela linha de fundo. Dois minutos depois, Mazinho deu lindo corte em Éder Sciola, avançou e mandou para Rafael Luz. O camisa 7 tocou para Robert dentro da área. O atacante só teve o trabalho de deslocar Marcelo Pitol para abrir o marcador. Aos 11, o camisa 1 evitou o segundo em forte chute de Guilherme Romão.
O Brasil foi se recuperar apenas aos 16 com uma belíssima cabeçada de Rafinha e grande defesa de Rodolfo. Após esse lance, a peleja ficou mais cadenciada e o Oeste pensou mesmo sem segurar sua vantagem com unhas e dentes. Os gaúchos até tentaram, porém não foram eficazes nas finalizações. A maior chance foi aos 44 minutos quando, numa cobrança de falta, Matias tentou cortar e mandou a bola na trave, quase fazendo contra. Aos 46 a luz acabou e tivemos que esperar dez minutos para ela voltar. No tempo restante, nada aconteceu.
Ataque do Brasil no primeiro tempo. Nos primeiros 45 minutos os visitantes foram muito melhores
Bola nas redes do onze gaúcho no gol do Oeste que foi anulado
Bola na área gaúcha no tempo final
A Arena Barueri ficou dez minutos sem luz
Placar final da peleja que manteve as boas chances de acesso dos rubro-negros
O placar final de Oeste 1-0 Brasil, além de ser a primeira vitória dos paulistas em cima dos gaúchos na curta história de confrontos, colocou o rubro-negro na quinta colocação com 52 pontos faltando seis partidas. O quarto colocado é o Paraná com 56, justamente o próprio adversário da equipe barueriense. Não é absurdo pensar no acesso.
Voltei para a capital com a companhia dos amigos presentes já pensando no primeiro dia do resto de minha vida. Voltei pro litoral no sábado para juntar os cacos e ver como serão as coisas daqui pra frente. Devo retornar à capital nos próximos dias para mais um pacote de coberturas, vamos ver.
Até a próxima!
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