Texto e fotos: Fernando Martinez
Depois do triunfo do Comercial de Tietê contra o Operário em Santana de Parnaíba, seguimos até a Arena Barueri para encerrar a caravana de quatro dias percorrendo vários estádios na rota da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A partida que iniciou a segunda rodada do Grupo 19 não contou com time novo, mas me deu a chance de rever o Náutico de Roraima após 20 anos. O rival foi o já conhecido Oeste.
Quando o JP surgiu, os posts eram bem diferentes, e a cobertura era destinada apenas ao consumo interno dos amigos que nos acompanhavam nos jogos. Começamos a cobertura da Copinha-05 em Embu das Artes com um América/SP 7-1 Náutico, em um famoso dia em que o Milton passou mal e foi chamado de "cachaceiro" por metade do estádio. Desde então, o time nunca mais veio a São Paulo, mas retornou à competição mais importante de base do país após conquistar o vice-campeonato do Roraimense Sub-20 em 2024, sendo derrotado na final pelo Monte Roraima.
Quem adquiriu o Super Guia Jogos Perdidos da Copa São Paulo viu que o Náutico detém a pior campanha entre os 485 clubes que já participaram da antiga Taça. Foram 12 jogos, 12 derrotas e um saldo negativo de 46 gols. Na estreia, levou uma goleada do Palmeiras, e tudo indicava que sofreria outro revés, dessa vez para o Oeste.
Oeste Futebol Clube (sub-20) - Barueri/SP

Náutico Futebol Clube (sub-20) - Boa Vista/RR
Os capitães com o quarteto de arbitragem

A bandeira do Náutico presente na Arena Barueri
Antes de falar do jogo, vale ressaltar que esta foi a minha primeira partida na Arena Barueri em quase 11 meses. A última visita havia sido no Água Santa 2-1 Jacuipense pela Copa do Brasil, em 28 de fevereiro do ano passado. Com novos donos, o estádio passou por uma grande reforma: trocaram o gramado, a iluminação e melhoraram as cabines e acessos. Pena que com a nova administração, a burocracia está bem maior.
Em campo, nenhuma surpresa. O Oeste fez uma partida tranquila, sem sustos, dominando as ações desde os primeiros minutos. Lucas Alvim abriu o placar aos cinco minutos e Guilherme Batista ampliou aos 15. O time perdeu várias chances e só voltou a marcar na reta final, com a dupla Antônio Caires e Luís Felipe.
O 4 a 0 deixava no ar a possibilidade de o Rubrão bater seu recorde de maior vitória na Copinha. O time fez 6 a 0 no Sergipe em 2020 e tinha a chance de superar a marca. Luís Felipe e Victhor Gabriel, antes dos 20 minutos, igualaram o recorde. Com meia hora pela frente, nem o mais pessimista torcedor imaginaria que ficaria nisso... mas ficou. Os atletas relaxaram e nada mais fizeram. Deu sono.
Foi um jogo de ataque contra defesa no gramado sintético da Arena
Detalhe do primeiro gol da noite, marcado por Lucas Alvim

Ataque barueriense pela direita
Comemoração de um dos gols do Oeste na etapa inicial
Mais uma vez o rubro-negro paulista vencendo o goleiro DG
No segundo tempo, o ritmo local diminuiu e o pessoal preferiu se poupar para o duelo contra o Palmeiras
O 6 a 0 igualou a maior vitória do Oeste na história da Copinha... mas dava para ter batido a marca
No fim, o Oeste 6-0 Náutico/RR deixou os rubro-negros com quatro pontos, ocupando a vice-liderança da chave. Somente uma catástrofe pode tirá-los da segunda fase. Após a preliminar, cogitei até colocar outro time na Lista, um novato que está fazendo sua estreia na Copinha.
Até lá!
Ficha Técnica: Oeste 6-0 Náutico/RR
Local: Arena Barueri (Barueri); Árbitro: Herminio Henrique Daldem; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Cauã Tavares, Hytalo, Sandler, Isaías, Lhyan, Zé Carlos e Pedro; Gols: Lucas Alvim 5, Guilherme Batista 15, Antônio Caires 40 e Luís Felipe 47 do 1º, Luís Felipe 11 e Victhor Gabriel 19 do 2º.
Oeste: Vítor; Hytalo, João Wagner, Cauã Tavares (Carlos Gabriel) e João Pedro; Rhaisson (Marcos Santiago), Lucas Alvim, João Galdino (Nicolas Oliveira) e Luís Felipe (Victhor Gabriel); Antônio Caires (Pedrinho Medeiros) e Guilherme Batista (Jonas Matheus). Técnico: Marcondes Paiva.
Náutico/RR: DG (Rikelmy); Chicão, Matheus (Ibson) e Lhyan (Juninho); Sandler (Mailon), Pedro, Isaías (Rômulo) e Yaguinho; Gabriel Barbosa, Bernardo e Zé Carlos (Couto). Técnico: Roberto Fim.
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