Texto e fotos: Fernando Martinez
O quarto jogo da última terça-feira foi um confronto bem legal, daqueles que também fazem a graça da Copa São Paulo de Futebol Júnior: Madureira x Bahia. Depois da ótima preliminar entre Capivariano e Sergipe, que abriu a segunda rodada do Grupo 16, não esperava menos do que uma partida nota 7 no gramado do Estádio Carlos Colnaghi.
O Bahia chegou à competição credenciado pelo título estadual de 2024, conquistado em cima do seu maior rival, enquanto o Madureira trouxe na bagagem o caneco da Copa Rio, vencendo o Botafogo na decisão. A expectativa era boa... só que a coisa foi feia. Muito feia. Quem ficou no estádio de Capivari viu uma peleja horrorosa.
Madureira Esporte Clube (sub-20) - Rio de Janeiro/RJ

Esporte Clube Bahia (sub-20) - Salvador/BA
Capitães e quarteto de arbitragem
Achei que seria difícil assistir a algo mais fraco do que o Imperatriz 0-2 Cruzeiro, duelo que vi no domingo em São Carlos. Ledo engano. A incompetência do clube carioca e o descaso do Esquadrão de Aço deixaram o jogo sem atrativo algum. Um dos piores que me lembro falando especificamente de Copinha.
Aguentei o primeiro tempo dentro de campo. Sem nada relevante nos 45 minutos iniciais, fui acompanhar a etapa final das arquibancadas junto com o amigo Caio. A dupla etílica Nílton e Renato, ambos pra lá de Bagdá e fazendo amigos em profusão, curtia o momento sem se preocupar com o que (não) acontecia no gramado.
A cada minuto, eu tinha mais certeza de que estava prestes a ver um 0 a 0, que seria o meu primeiro em 2025. Nada indicava que alguém pudesse marcar. O Madureira nada criava e o Bahia repetia a atuação anêmica (sempre quis usar essa palavra) do adversário. Coube a Dell, o glorioso “Haaland do Sertão”, salvar a noite.
Em uma jogada despretensiosa pela esquerda, a bola foi rolada até o camisa 19. Ele chutou de primeira, meio torto, meio sem querer, e colocou a pelota no canto esquerdo de Rogério Gabriel. Um castigo justo ao time que precisava vencer, mas que nada fez para isso. O meu pior jogo de 2025 até aqui terminou com o placar de Madureira 0-1 Bahia.
Madureira e Bahia maltrataram a bola em Capivari. Foi difícil se manter acordado
O time nordestino garantiu uma das vagas do Grupo 16 na segunda fase da Copinha. A segunda está entre Capivariano e Sergipe. O Leão da Sorocabana precisa apenas de um empate contra os baianos para se classificar entre os 64. Já o Sergipe tem que vencer os cariocas por boa margem e torcer contra os paulistas.
Era quase meia-noite quando deixamos o estádio em Capivari. Pouco mais de duas horas depois, estávamos em São Paulo, exaustos. Como aqui é tudo pelo social, a noite foi com sono reduzido. Afinal, tinha rodada dupla na quarta-feira. Seria quádrupla, mas preferi pegar leve e acompanhar apenas um grupo.
Até lá!
Ficha Técnica: Madureira 0-1 Bahia
Local: Estádio Carlos Colnaghi (Capivari); Árbitro: Gabriel Henrique Bispo; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Mineiro, Zaru, João Neres, Dell e Victor Santos (TG-Mad); Cartão vermelho: Gabriel Felipe 51 do 2º; Gol: Dell 39 do 2º.
Madureira: Rogério Gabriel; Coutinho (Zaneti), Jean Vianna, Nawã e David Freitas (Marlinho); Dilsinho, Isaías (Sandrinho), Alex Henrique (Raphael) e Zaru; Mineiro (Luís Gustavo) e Anderson Junior (Freitas). Técnico: Wágner Andrade.
Bahia: Iuri; Gabriel Felipe, Gerald, Diego Silva e Alex; Saymon, João Neres (Emerson), João Farias (Kauã Wendel) e Guilherme (Erick Cauan); Ryan Nascimento (Andrew) e João Coni (Dell). Técnico: Léo Mendes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário