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segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

JP pela primeira vez em Bálsamo com o Capitão Poço na Lista

Texto e fotos: Fernando Martinez


O terceiro dia da caravana da coragem começou cedo, bem cedo. Após uma noite muito bem dormida em São José do Rio Preto, nosso destino era a cidade de Bálsamo, sede do Grupo 4 da Copa São Paulo de Futebol Júnior. No simpático Estádio Manoel Francisco Ferreira, o cronograma reservava um duelo entre Mirassol e o genial Capitão Poço, do Pará, time 807 da Lista.

Falando em Mirassol, antes de seguirmos até Bálsamo, demos uma passadinha na mais nova cidade a ter um time na Série A do Brasileiro. Nunca tive a chance de ver um jogo no José Maria de Campos Maia, mas pelo menos pude visitar o simpático campo. Dois funcionários estavam fazendo uma obra e nos autorizaram a passear pelo estádio. Olha, é uma graça. Se pintar inspiração, farei um post sobre ele na saudosa série "Estádios pelo Brasil". Vamos ver.

O calor, que já tinha castigado na sexta e no sábado, piorou no domingo. Céu totalmente azul, sol ardido, nenhum vento e um bafo assustador. Mas aqui é tudo pelo social, então encarei firme e forte os 35 graus, tudo pensando no glorioso Capitão Poço. Fundado em 2018 e profissionalizado em 2021, o clube da cidade homônima garantiu vaga na Copinha ao ficar com o vice da Supercopa Grão Pará sub-20 de 2024, perdendo a decisão para a Tuna Luso. Cismei com o time, então não tinha como perder essa.


Fachada do simpático Estádio Manoel Francisco Ferreira, sede da Copinha pela quinta vez na história


A pequena parte coberta do estádio em Bálsamo. Pessoal lutou com unhas e dentes para descolar um lugar na sombra

Conseguimos estacionar o carro dentro do estádio e, apesar do terreno ser grande, a arquibancada é minúscula. Ali, a extinta Balsamense desfilou na terceira divisão de 1986, o único campeonato profissional que a cidade já viu. O campo só voltou a ser utilizado com frequência nos últimos anos e, desde 2020, recebe a Copinha, com o Mirassol como clube da casa.


Mirassol Futebol Clube (sub-20) - Mirassol/SP


Capitão Poço Esporte Clube (sub-20) - Capitão Poço/PA


Os capitães e o quarteto de arbitragem em foto que por pouco não saiu graças à falta de bom senso do regra três da FPF

Muita gente encheu as dependências do Manoel Francisco Ferreira, e levei um tempo para chegar ao gramado. Vale registrar a falta de educação de alguns assessores do Mirassol e do delegado da partida. Imensa falta de educação, no caso. Menos mal que deu certo fazer as imagens posadas sem precisar ficar próximo de nenhum deles. Melhor assim.

Apesar do calor, o primeiro tempo em Bálsamo foi espetacular. O Mirassol abriu a contagem com Fabrício Lima logo no quarto minuto. Foi o gol de número 18.999 da história da Copa São Paulo. A partir daí, fiquei atento para saber qual seria o 19 mil. A bola rolava em Bálsamo e em Mogi das Cruzes, e a torcida era enorme… Mas, obviamente, quem fez o histórico tento foi o Zumbi de Alagoas, contra o Bernô, no Nogueirão. Nem 60 segundos depois, Felipe Santos empatou a peleja para o Capitão Poço e fez o gol 19.001. Não era o meu dia.

Fabrício Lima, de novo ele, acertou um belo chute de longe aos 30 e recolocou os locais em vantagem. Atuando com muita raça e vontade, a Laranja Mecânica igualou o placar com Marcos aos 41. Quando o empate parecia certo no intervalo, o Mirassol teve um pênalti a seu favor nos acréscimos. Juninho bateu bem e fez o terceiro.

Não aguentei permanecer em campo e fui tentar encontrar um espaço na concorrida parte coberta. Por sorte, uma rádio de Criciúma tinha uma cadeira sobrando e fiquei ali mesmo. O calor era tanto que passei a etapa final inteira completamente derretido. Infelizmente, os atletas também sentiram o ritmo nos 45 minutos finais.


O colorido diferente dos uniformes de Mirassol e Capitão Poço



Fabrício Lima armando o chute e comemorando o seu segundo gol na tarde, o segundo do Mirassol



Apesar do calor, o primeiro tempo em Bálsamo foi acima da média



Nos acréscimos, Juninho recolocou o Mirassol na frente em cobrança de pênalti






A peleja caiu bastante de produção na etapa final, muito graças ao calor insano

Foram poucos os momentos reais de perigo. O Mirassol se segurou bem no campo de defesa, e o Capitão Poço, apesar de lutar bastante, não chegou ao empate. As raras chances de gol foram todas dos donos da casa. Após perder na estreia com um gol nos acréscimos, os paraenses praticamente se despediram da competição com a derrota por 3 a 2. O onze verde e amarelo se garantiu na segunda fase.

Logo após o apito final, saímos correndo sem ver Criciúma x Rio Branco/ES, o confronto de fundo no Manoel Francisco Ferreira. Tudo porque havia outro time novo na sessão noturna, a mais de 230 quilômetros dali. Tínhamos que ser rápidos.

Até lá!

Ficha Técnica: Mirassol 3-2 Capitão Poço

Local: Estádio Manoel Francisco Ferreira (Bálsamo); Árbitro: Leomar de Jesus Oliveira; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Rodrigo Santos, Cláudio, Gustavo e Rodrigo Dias; Cartão vermelho: Tharllys Romão 48 do 1º; Gols: Fabrício Lima 4, Felipe Santos 19, Fabrício Lima 30, Marcos 41 e Juninho (pênalti) 47 do 1º.
Mirassol: Lacerda; Wesley, André, Guilherme Silveira e Andrey (Gabriel Rodrigues); Mateus Ortega (Cauã Leite), Carlos (Gustavo Rodrigues), Jan Carlos (Luiz Otávio) e Fabrício Lima (Enzo Parra); Juninho e Vinícius Bacchi (Kerlon). Técnico: Mateus Naneti.
Capitão Poço: Flávio; Paulinho (Felipe Tauá), Felipe Ourém, Rodrigo Santos e Jhonnata; Rodrigo Castanhal (Gustavo), Barreta (PH) e Cláudio (China); Marcos, Robinho (Dharllyson) e Cleilton (Rodrigo Dias). Técnico: Tharllys Romão.

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