Olá,
Após o jogo de sábado em Jacareí, me preparei para mais uma viagem ao interior paulista, para conferir uma partida do Grupo 3 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão que seria realizada no domingo pela manhã, no belo Estádio Municipal Alfredo Chiavegato, localizado na belíssima cidade de Jaguariúna. A partida em questão era E.C. São Judas Tadeu Jaguariúna F.L. x CAL Bariri e valeria pela sexta rodada da primeira fase do certame.
Esse jogo foi escolhido para ser acompanhado pelo JP, principalmente pela razão do time da casa nunca ter aparecido nas nossas páginas virtuais, até porque é o seu primeiro ano no futebol profissional. Por outro lado, o time visitante poucas vezes apareceu e, portanto, seria uma combinação perfeita para mostrar alguma novidade aos internautas que nos acompanham.
Realizei uma viagem supertranquila, chegando com bom tempo de antecedência em relação ao horário marcado para o início da partida. Fiz tudo o que normalmente faço antes do jogo começar, indo aos vestiários pegar as escalações e conversar com os atletas e árbitros visando a feitura das fotos oficiais. Tudo caminhava normal, sendo que tão logo os dois times e os árbitros entraram em campo, fiz as tradicionais fotos oficiais, as quais, mais uma vez, são exclusivas e estão apresentadas abaixo:
Quando recebi a escalação oficial do CAL, notei que o nome do técnico era Lela. Indaguei a pessoa que me entregou a papeleta com a escalação e fui informado que de fato era o mesmo ex-atleta do Coritiba, que venceu o Brasileiro de 1.985 em decisão contra o Bangu na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, o Lela é pai dos atletas Alecssandro, atacante do Vasco (ex-Inter de Porto Alegre) e Richarlysson do Atlético Mineiro (ex-São Paulo). Trata-se de uma pessoa simpatíssima, com a qual rolou um papo superinteressante, lembrando dos tempos em que ele era jogador, inclusive do Noroeste de Bauru.
Voltando ao jogo, após as fotos, os time ficaram perfilados para execução do Hino Nacional Brasilieiro e em seguida, o árbitro chamou os capitães para fazer as recomendações de praxe e realizar a escolha do campo. Tudo pronto para o início da partida, certo? Em princípio sim, mas não era bem assim.
Deixei o gramado e fiquei numa das laterais para começar a fotografar lances da partida. Notei as equipes posiconadas, a presença dos policiais e da ambulância, mas nada de o árbitro autorizar o início da partida. Como o jogo não começava, procurei saber o que estava acontecendo e fui informado que, até aquele momento, o médico não havia chegado ao estádio e, como todos sabem, sem a presença de um médico portando o seu CRM não há jogo.
Por conta da informação da ausência do médico, o jeito era esperar, sendo que a partir daquele momento, começaram surgir informações desencontradas sobre a chegada do doutor. A primeira foi de que o pneu do carro dele teria furado, mas já estava a caminho.
O árbitro informou que aguardaria os 30 minutos que constam do Regulamento. Passados mais alguns minutos, a informação era de que os dirigentes do São Judas não estavam mais conseguindo contato com o médido, via celular, mas que estavam providenciando outro doutor. Comecei a ficar desconfiado que tinha perdido a viagem, mas como a esperança é a última que morre, fiquei firme aguardando a presença do primeiro ou do segundo médico.
Após decorridos quase 35 minutos de espera, chegou a informação de que finalmente o médico havia chegado. De fato chegou um senhor que ficou junto ao alambrado, não ingressando no gramado. Diante disso, o árbitro central e o quarto árbitro se dirigiram ao senhor que seria o médico e apuraram que ele não estava portando o CRM e que teria que ir buscar não sei aonde.
Como o árbitro já havia aguardado 40 minutos, chamou os capitães das duas equipes e comunicou que não haveria jogo. Diante disso, alguns dirigentes do time da casa, ainda tentaram convencer o árbitro a voltar atrás e aguardar mais algum tempo, mas não houve jeito e jogo foi mesmo suspenso.
Por conta da suspensão da partida, o caso vai ser apreciado pelo TJD da FPF, que julgará os fatos e tomará uma decisão a respeito, que tanto poderá resultar na marcação de uma nova data para realização da partida, como já aconteceu, ou condenar a equipe mandante como uma multa e a perda dos pontos a favor do adversário, considerando o resultado de 3 x 0 para o CAL Bariri. Vamos aguardar a decisão do TJD.
Por falar em Justiça Desportiva, o São Judas Tadeu foi denunciado duplamente no artigo 214 do CBJD, que trata de utilização de jogador em situação irregular e aguarda julgamentos, pois são dois processos distintos. Se for considerado culpado irá perder pontos na competição. Esse primeiro ano de profissionalismo do São Judas está meio tumultuado, mas poderá valer de aprendizado para o futuro.
Depois de tudo que aconteceu, só me restava retornar a São Paulo com uma certa frustação, mas ciente de que tentamos fazer o possível para mostrar novidades aos que nos acompanham, mas nem sempre depende tudo de nós. Fica para uma próxima oportunidade.
Abraços,
Orlando
Após o jogo de sábado em Jacareí, me preparei para mais uma viagem ao interior paulista, para conferir uma partida do Grupo 3 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão que seria realizada no domingo pela manhã, no belo Estádio Municipal Alfredo Chiavegato, localizado na belíssima cidade de Jaguariúna. A partida em questão era E.C. São Judas Tadeu Jaguariúna F.L. x CAL Bariri e valeria pela sexta rodada da primeira fase do certame.
Esse jogo foi escolhido para ser acompanhado pelo JP, principalmente pela razão do time da casa nunca ter aparecido nas nossas páginas virtuais, até porque é o seu primeiro ano no futebol profissional. Por outro lado, o time visitante poucas vezes apareceu e, portanto, seria uma combinação perfeita para mostrar alguma novidade aos internautas que nos acompanham.
Realizei uma viagem supertranquila, chegando com bom tempo de antecedência em relação ao horário marcado para o início da partida. Fiz tudo o que normalmente faço antes do jogo começar, indo aos vestiários pegar as escalações e conversar com os atletas e árbitros visando a feitura das fotos oficiais. Tudo caminhava normal, sendo que tão logo os dois times e os árbitros entraram em campo, fiz as tradicionais fotos oficiais, as quais, mais uma vez, são exclusivas e estão apresentadas abaixo:
E.C. São Judas Tadeu Jaguariúna F.L. - Jaguariúna/SP. Foto: Orlando Lacanna.
CAL Bariri - Bariri/SP. Foto: Orlando Lacanna.
Quarteto de arbitragem composto por Edson Pereira Santana, Caio Mesquita de Almeida, Jumar Nunes Santos e Amur C.G. Davi Oliveira e os capitães. Foto: Orlando Lacanna.
Quando recebi a escalação oficial do CAL, notei que o nome do técnico era Lela. Indaguei a pessoa que me entregou a papeleta com a escalação e fui informado que de fato era o mesmo ex-atleta do Coritiba, que venceu o Brasileiro de 1.985 em decisão contra o Bangu na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, o Lela é pai dos atletas Alecssandro, atacante do Vasco (ex-Inter de Porto Alegre) e Richarlysson do Atlético Mineiro (ex-São Paulo). Trata-se de uma pessoa simpatíssima, com a qual rolou um papo superinteressante, lembrando dos tempos em que ele era jogador, inclusive do Noroeste de Bauru.
O ex-craque do Coritiba Campeão Brasileiro de 1985, Lela, agora comandando o CAL Bariri. Foto: Orlando Lacanna.
Voltando ao jogo, após as fotos, os time ficaram perfilados para execução do Hino Nacional Brasilieiro e em seguida, o árbitro chamou os capitães para fazer as recomendações de praxe e realizar a escolha do campo. Tudo pronto para o início da partida, certo? Em princípio sim, mas não era bem assim.
Deixei o gramado e fiquei numa das laterais para começar a fotografar lances da partida. Notei as equipes posiconadas, a presença dos policiais e da ambulância, mas nada de o árbitro autorizar o início da partida. Como o jogo não começava, procurei saber o que estava acontecendo e fui informado que, até aquele momento, o médico não havia chegado ao estádio e, como todos sabem, sem a presença de um médico portando o seu CRM não há jogo.
Por conta da informação da ausência do médico, o jeito era esperar, sendo que a partir daquele momento, começaram surgir informações desencontradas sobre a chegada do doutor. A primeira foi de que o pneu do carro dele teria furado, mas já estava a caminho.
O árbitro informou que aguardaria os 30 minutos que constam do Regulamento. Passados mais alguns minutos, a informação era de que os dirigentes do São Judas não estavam mais conseguindo contato com o médido, via celular, mas que estavam providenciando outro doutor. Comecei a ficar desconfiado que tinha perdido a viagem, mas como a esperança é a última que morre, fiquei firme aguardando a presença do primeiro ou do segundo médico.
Após decorridos quase 35 minutos de espera, chegou a informação de que finalmente o médico havia chegado. De fato chegou um senhor que ficou junto ao alambrado, não ingressando no gramado. Diante disso, o árbitro central e o quarto árbitro se dirigiram ao senhor que seria o médico e apuraram que ele não estava portando o CRM e que teria que ir buscar não sei aonde.
Como o árbitro já havia aguardado 40 minutos, chamou os capitães das duas equipes e comunicou que não haveria jogo. Diante disso, alguns dirigentes do time da casa, ainda tentaram convencer o árbitro a voltar atrás e aguardar mais algum tempo, mas não houve jeito e jogo foi mesmo suspenso.
Árbitro informando aos capitães a suspensão da partida. Foto: Orlando Lacanna.
Por conta da suspensão da partida, o caso vai ser apreciado pelo TJD da FPF, que julgará os fatos e tomará uma decisão a respeito, que tanto poderá resultar na marcação de uma nova data para realização da partida, como já aconteceu, ou condenar a equipe mandante como uma multa e a perda dos pontos a favor do adversário, considerando o resultado de 3 x 0 para o CAL Bariri. Vamos aguardar a decisão do TJD.
Atletas conversando e deixando o gramado. Foto: Orlando Lacanna.
Por falar em Justiça Desportiva, o São Judas Tadeu foi denunciado duplamente no artigo 214 do CBJD, que trata de utilização de jogador em situação irregular e aguarda julgamentos, pois são dois processos distintos. Se for considerado culpado irá perder pontos na competição. Esse primeiro ano de profissionalismo do São Judas está meio tumultuado, mas poderá valer de aprendizado para o futuro.
Depois de tudo que aconteceu, só me restava retornar a São Paulo com uma certa frustação, mas ciente de que tentamos fazer o possível para mostrar novidades aos que nos acompanham, mas nem sempre depende tudo de nós. Fica para uma próxima oportunidade.
Abraços,
Orlando
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