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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

São Paulo vai mal, mas derrota o CSE no Anacleto

Texto e fotos: Fernando Martinez


Voltando a ser sede em 2017 após cinco anos, o Estádio Anacleto Campanella acabou recebendo um dos grandes do estado para fazer parte do Grupo 21. Falo do São Paulo, quatro vezes campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior e time que mais disputou partidas na história do torneio. A estreia do tricolor era imperdível, mas no meu caso por causa do adversário, o genial CSE de Alagoas, time 725 da Lista.

O Clube Sociedade Esportiva nasceu em 1997 como uma nova encarnação do Centro Social Esportivo de 1947. O novo CNPJ foi criado como aquele subterfúgio - amo essa palavra - maroto para fugir das dívidas. O antigo chegou na decisão do alagoano apenas duas vezes, perdendo ambas, e o novo tem dois títulos da segundona local. De qualquer forma, é um time genial.

O CSE foi campeão do estadual sub-20 em 2021 e conquistou o direito de vir jogar a Copinha representando o estado junto com o CRB, vice-campeão, e Desportivo Aliança, terceiro colocado. Como venho falando em todas as matérias, é muito legal ver os campeonatos dos estados funcionarem direitinho como classificatórios. Pena que poucos saibam disso.




O São Paulo, velho conhecido em coberturas de anos anteriores, o CSE, que mesmo não sendo o antigão é genial do mesmo jeito, e os capitães com o quarteto de arbitragem

Enfim, quando o duelo entre São Caetano e Perilima terminou, o Anacleto estava apinhado de gente. O grande problema foi que a cancha está apenas com 30% de sua capacidade disponível. Isso fez com que todo mundo ficasse muvucado na parte coberta e a organizada do São Paulo no espaço destinado aos visitantes. Se já foi assim na quarta, imagina quando o torneio for seguindo até as fases mais decisivas. A meu ver, um estádio sediar jogos da Copinha nessas condições precárias é um absurdo completo.

Eliminado pelo Desportivo Brasil no estadual e derrotado pelo Internacional na final do Brasileiro sub-20, o São Paulo começou a Copa São Paulo mostrando um futebol muito abaixo da média. O primeiro tempo foi horroroso e os atacantes do tricolor não conseguiram furar o bloqueio defensivo do CSE. Essa atuação sob a luz de boate do Anacleto me deixou morrendo de sono. Para piorar, começou a chover.





O primeiro tempo de São Paulo x CSE foi horroroso. O futebol mostrado pelos paulistas decepcionou todo mundo

O 0x0 dos primeiros 45 minutos me fizeram desistir de acompanhar a etapa final do gramado. Fui então caçar uma cabine disponível e, apesar de ter gente espremida em tudo que é canto imaginável, consegui uma. Foi a melhor decisão, pois a chuva apertou e não me molhei mais. A peleja melhorou somente ao ponto do São Paulo marcar em bola parada.

Os paulistas ficaram em vantagem com um bizarro gol de pênalti aos cinco minutos. Patryck foi derrubado dentro da área e Pedrinho foi para a cobrança. O chute foi em cima do goleiro Bruno, que meteu o joelho na bola e ela morreu dentro do gol. Para mim, gol contra do rapaz. O 1x0 não melhorou o ritmo e o cenário permaneceu o mesmo: um futebol modorrento e super sem graça. Aos 34, o São Paulo conseguiu o segundo em grande cobrança de falta de Vitinho, o maior momento da noite. João Adriano poderia ter feito o terceiro em novo pênalti aos 43, mas Bruno, dessa vez preciso, fez a defesa.


Pedrinho cobrando pênalti que Bruno, arqueiro alagoano, colocou para dentro


O São Paulo melhorou (um pouco) no segundo tempo


Não me perguntem aonde está a bola, mas esse é o lance do segundo gol são-paulino, marcado em cobrança de falta de Vitinho


Bruno defendendo o pênalti de Vitinho aos 43 minutos

O placar final de São Paulo 2-0 CSE foi ruim, mas valeu pelos três pontos. Mesmo com o futebol abaixo do esperado, duvido que o clube do Morumbi fique de fora da segunda fase. Aposto meu braço que ele e o Azulão estarão entre os 64. Perilima e o CSE certamente voltarão para casa mais cedo.

Saí do Anacleto no meio da multidão de torcedores são-paulinos junto com o trio Sérgio, Caio e o resfriadíssimo Renato Abelha Rocha. No caminho rolou aquela xepa em uma casa de esfihas da região e depois voltamos para casa. O descanso foi rápido. A quinta-feira reservou uma rodada tripla antológica em dois estádios nunca antes visitados, um deles um sonho antigo de consumo.

Até lá!

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Ficha Técnica: São Paulo 2-0 CSE

Em breve
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