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quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Abrindo 2023, Ferroviária, no sufoco, vira contra o Fast pela Copinha

Texto e fotos: Fernando Martinez


Começou 2023 e, no melhor esquema de "Resoluções de Ano Novo", pretendo tentar voltar com o blog. 2022 foi um ano razoável, porém sem tempo livre para escrever e deixar tudo certinho graças à correria do dia a dia e ao número de 276 (!) jogos vistos. Tem um monte de matéria escrita, o problema é editar, revisar e publicar. Um dia atualizo tudo, enquanto isso, seguimos com a programação normal.

A edição 2023 da Copa São Paulo de Futebol Júnior foi uma decepção em alguns aspectos. Não no quesito times novos, já que tem bastante clube que eu não vi, e sim em questão do item "montagem da tabela". Já cheguei à conclusão de que o departamento técnico da FPF é composto por gente que não gosta de futebol e nem faz questão de gostar. Só pode ser por isso que a tabela foi feita de forma tão ruim.

Todo mundo sabe que a Copinha é feita para a televisão, mas poderiam disfarçar um pouco. Horários ruins, grupos formados sem critérios claros e a total disparidade em números de jogos em cada dia: tem 30 partidas em algumas datas e outras com somente oito, caso do único domingo na fase inicial e com direito a seis delas longe da capital. Quem estiver em São Paulo e quiser sair de casa, terá apenas UMA opção. Péssimo.

Em 2020 e 2022 emplaquei boas viagens pelos cafundós do estado. Pena que agora não vai ter como. Ganhei um calote maroto de quatro salários não pagos de setembro a dezembro e isso quebrou totalmente a minha programação. Não um ou dois, quatro salários. Sem, como diria Paul Newman e Tom Cruise, ver a cor do dinheiro, o cronograma original virou pó. Assim, ao invés da temporada começar dia 2, ela teve início no dia 3.

Na base do "amanhã vejo como pago", peguei um ônibus até a cidade de Araraquara, cidade que recebeu um dos times mais legais desta edição da Copinha (falarei sobre no post seguinte). Foi a primeira vez que comecei o ano assistindo um jogo no interior desde 2016, quando estive em Indaiatuba. Fiz a viagem de boa, sem percalços em um coletivo bem confortável. Cheguei na Morada do Sol faltando cerca de uma hora para o apito inicial do genial duelo entre Ferroviária e Fast Clube na linda Arena da Fonte.

O Guia Jogos Perdidos da Copa São Paulo 2023 (se não baixou ainda, clique AQUI) mostra que essa é apenas a segunda participação do onze amazonense no torneio. Na primeira, em 2016, venceram só uma vez e foram eliminados na fase de grupos. Eu cobri a estreia, um 2 a 1 sofrido contra o Figueirense em Taboão da Serra.

Já a Ferroviária chega em sua 20ª participação em todos os tempos e apesar de toda a tradição, nunca ficou no Top 10 em nenhuma oportunidade. A melhor classificação é um 12° lugar em 2014. Pode ter ligação direta com o fato que sempre tem um grande na chave dos grenás, e quando eles se encontram, a Ferrinha geralmente leva a pior.



Ferroviária e Fast Clube posados no meu primeiro jogo em 2023


Quarteto de arbitragem composto por Rafael de Souza, Adilson Anderson Rosa de Carvalho, Luiz Henrique Rodrigues Pimentel e Carlos Fernando Moreira junto com os capitães

Antes da partida aconteceu uma mini cerimônia de lançamento da sede com a presença de várias autoridades, entre elas o prefeito da cidade, Edinho Silva. Depois da fala do pessoal, tudo estava pronto. Fiz as fotos posadas e fui pegar meu lugar no ataque local. Mal sabia que a Ferroviária não estava inspirada e a torcida ficou mais estressada do que poderia imaginar.

A equipe grená até tentou atacar e chegou com perigo algumas vezes com Dreifke, duas vezes de cabeça, e Antônio, só que, para desespero dos presentes, foi o Fast que abriu a contagem. Em falha da zaga local, um dos atacantes sofreu pênalti. O glorioso Piriquito, presente em nove de cada dez aviários da região, bateu bem e colocou o time amazonense em vantagem.






A Ferroviária sofreu bastante no primeiro tempo e foi para o intervalo com uma derrota parcial

O segundo tempo começou e ficou claro que a bronca no vestiário deve ter sido grande. A Ferroviária atacou com mais qualidade e Dreifke, finalmente, deixou tudo igual no início. A pressão foi intensa, e aos 34 minutos Pyetro aproveitou cruzamento de Antônio e fez o vira-vira na Arena. Apesar dos pesares, a virada foi merecida.






O Fast até lutou, mas não segurou o time paulista. Com dois gols pelo alto, a Ferroviária venceu a primeira na Copinha

O Ferroviária 2-1 Fast Clube não foi a apresentação dos sonhos, mas pelo menos marcou uma boa estreia dos grenás. Na próxima rodada pegam o outro azarão da chave tentando garantir uma classificação antecipada para a segunda fase da Copinha. Já o Fast não deve ir muito longe no torneio.

O segundo jogo na Arena da Fonte era do maior campeão da história da Copa São Paulo contra um dos times mais legais que já disputaram o campeonato. Uma equipe tão genial que foi o motivo da minha viagem até Araraquara.

Até lá!

Ficha Técnica: Ferroviária 2-1 Fast Clube
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Local: Arena da Fonte (Araraquara); Árbitro: Rafael de Souza; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Henry, China, Quiel, Bahia, Adson; Gols: Piriquito 26 do 1º, Dreifke 8 e Pyetro 34 do 2º.
Ferroviária: Benassi; Cleiton (Lucas Gabriel), Dreifke, Matheus Fernando e Modesto (Pyetro); Caio, Yuji e Gustavo Prado (Schilling); Antônio (Henry), Pedro Paulo (Angel) e Beto (Klayver). Técnico: Leonardo Ducci.
Fast Clube: Neneca; Piriquito, João Lucas (Gustavinho), China e Carlos Lucas (Isaque); Quiel, Vitinho (Carlinhos) e Cordeiro; Bahia, Claudinho (Adson) e Elissandro (Rory). Técnico: Darlan Barroso.

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