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quarta-feira, 31 de maio de 2006

Vergonha Lusitana na Série B do Brasileiro

Olá,

Ontem tivemos mais uma rodada noturna aqui do JOGOS PERDIDOS. Dessa vez, e de forma totalmente inesperada e até mesmo absurda, vimos um momento histórico e ao mesmo tempo trágico, que nunca tinha acontecido antes na história do Canindé. Junto comigo o Mílton e o Jurandyr viram o que aconteceu.

É, fomos até o Estádio Osvaldo Teixeira Duarte e vimos a humilhação e (talvez) a chegada real ao fundo do poço por parte do time da Portuguesa. Como todos devem saber, o time conseguiu a proeza de tomar uma goleada da equipe do Paysandu, em casa! Uma vergonha sem precedentes, com um time sem emoção, inspiração e vontade.

Essa foi a maior goleada sofrida pelo time rubro-verde na história do Canindé atual (que foi inaugurado em 1972). E por incrível que pareça, na segunda maior eu também estava presente. Foi o jogo Portuguesa 1-5 União Barbarense, em março de 99, com o Zagallo de técnico lusitano. (Teremos mais detalhes históricos num post de cortesia do Denis Haddad)

Pior ainda que a maioria dos pouco mais de 500 pagantes tiveram que desembolsar 20 reais pelo ingresso. A diretoria lusitana não acordou para a vida e ainda não abaixou o preço do ingresso. O Guarani faz promoções, o Náutico abaixa o preço, o Santo André e o São Caetano cobram 10 reais pelo ingresso e só no Canindé temos esse preço imbecil. Nem na Libertadores (caso do Corinthians) temos ingressos de arquibancada tão caros.


A torcida vê, incrédula, a tentativa frustrada de mais um ataque da Portuguesa no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.

O jogo já começou de forma ridícula, com o bisonho goleiro Felipe fazendo lambança aos dois minutos e tomando o primeiro gol do Papão aos quatro. A Lusa partiu para o ataque de forma desordenada e sem inspiração nenhuma. E ainda conseguiu perder três gols com o goleiro Márcio fora de condições. Ou seja, perdeu três gols sem goleiro.


Mais um bisonho ataque sem inspiração do rubro-verde, agora no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

Com isso, o Papão foi fazendo a sua tarefa. Marcou o segundo numa bela cobrança de falta com falha do Felipe e o terceiro numa belíssima jogada pela esquerda, que a Portuguesa gostou também e decidiu não estragar. Intervalo e três a zero na moleira. O segundo tempo prometia mais.

Dito e feito. Com dez minutos da segunda etapa o jogo já estava 5 a 0 para o Paysandu. Nessa hora vimos cenas estranhas e tocantes: senhores chorando e vindo se lamentar para o Mílton, adolescentes chorando copiosamente, crianças sem entender nada e muitos nem conseguindo xingar, só olhando para o placar e não acreditando.

A Lusa ainda teve um espasmo aos 18 minutos, com o seu primeiro gol depois de cobrança de pênalti. Mas nem deu a saída de bola e o Papão marcou o sexto (e lindo) gol. Nessa hora, muitas pessoas começaram a deixar as dependências do Canindé, incrédulas.


Primeiro gol da Portuguesa, tentando uma reação efêmera. Foto: Fernando Martinez.


Segundo gol da Lusa, que não foi comemorado e sim vaiado de forma incessante pelos poucos torcedores ainda no estádio. E detalhe que parece a mesma foto, só que em ângulos diferentes. Foto: Fernando Martinez.

Mesmo com o segundo gol (também de pênalti, mas que achamos que não foi), e com duas bolas na trave no final (uma delas numa bicicleta que se entra seria um gol antológico) a torcida não poupou a apatia do time e vaiou e xingou demais o catado rubro-verde.


Essa foi a cena vista após a marcação do sexto (!!) gol do Paysandu no Canindé, quase todo mundo foi embora. Foto: Fernando Martinez.


Uma das bolas na trave do Paysandu no final do segundo tempo. Isso só porque o Papão já estava se poupando. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Portuguesa 2-6 Paysandu. Vergonha total! Agora resta saber o que a diretoria vai fazer, o que o time pode mostrar, e o que vai rolar na sexta-feira contra o Guarani. Esperamos que isso tenha servido de lição, pois o time vai de vento em popa rumo à Série C de 2007.

E amanhã tem mais.

Fernando

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