Fala, pessoal!
Após uma quarta-feira gelada e com jogos perdidaços, curti dois jogos nada perdidos no fim de semana, um sábado e outro no domingo. A primeira parada foi no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, local aonde Palmeiras e Paysandu se enfrentaram pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B em jogo de muitos contrastes.
Palmeiras e Paysandu perfilados no gramado do Pacaembu. Foto: Fernando Martinez.
Enquanto o alviverde vai de vento em popa e confirma toda a expectativa criada antes do começo do campeonato, o time paraense vai mal e luta contra o rebaixamento. Como o que me interessa é ver jogo, fui para o mais charmoso estádio da capital principalmente para ver o time profissional do Papão após sete anos. A última vez que havia sido no famoso e histórico 6x2 aplicado na Portuguesa na Série B de 2006.
Ataque do Paysandu no começo do jogo. Foto: Fernando Martinez.
Na companhia do grande amigo alvinegro Matheus Trunk, acompanhei o jogo das numeradas do velho estádio. E o que vi foi um Palmeiras nervoso e afobado demais. A equipe se perdeu nos nervos e fez talvez a pior apresentação na segundona nacional até aqui. Nenhum setor do time funcionou bem, nem ataque, nem defesa. Defesa aliás que falhou clamorosamente no primeiro gol do Paysandu, marcado por Pablo aos 14 minutos após passe de Marcelo Nicácio, jogador que apareceu muito no JP nos tempos do extinto Votoraty.
Comemoração do Papão no primeiro gol da equipe, marcado por Pablo. Foto: Fernando Martinez.
O camisa 1 visitante Marcelo fez apenas uma defesa no tempo inicial e o jogo foi para o intervalo com a vantagem mínima para time azul e branco. Já no segundo tempo a história foi outra e felizmente pude conferir de perto um dos jogos mais sensacionais do ano. Ainda sem jogar bem, o Palmeiras levou seu torcedor ao desespero com uma série de passes errados.
O único bom ataque do time local aconteceu nesse lance. O goleiro Marcelo fez grande defesa. Foto: Fernando Martinez.
Aos 21 minutos tudo ficou ainda pior para os locais quando o Paysandu fez o segundo após mais uma falha bizarra da defesa. Pikachu recebeu grande passe de Iarley e tocou com estilo (e por cobertura) para ampliar. Alguns torcedores mais pessimistas deixaram o estádio, enquanto os que que ficaram estavam possessos por tudo que estavam vendo.
Ataque palestrino pelo alto no tempo final. Foto: Fernando Martinez.
Mais uma investida palmeirense em busca do primeiro gol. Foto: Fernando Martinez.
O time paulistano então viu que se não dava na bola, tinha que ser na raça. Como num passe de mágica o time se superou por completo e, aproveitando o óbvio recuo do Papão, passou a ocupar o setor defensivo do time nortista. Na base do sufoco a equipe diminuiu aos 28 com o gol de cabeça de Alan Kardec. Logo depois, rolou uma briga (com aquelas sempre geniais "cenas lamentáveis") generalizada e que demorou vários minutos para terminar.
O pau quebrou no gramado durante o segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.
Inflado pela treta e empurrado pelos pouco mais de 18 mil torcedores presentes, o alviverde achou o empate aos 39 num belo gol de fora da área do paraguaio Mendieta. Nesse momento, a virada era mais do que possível. Apesar dos ânimos estarem todos fora do lugar, o sofrido gol da virada aconteceu aos 49 minutos e foi marcado por Leandro, que até então era uma figura completamente nula em campo.
Bola alçada na área e, segundos depois dessa imagem, o palmeiras virava o jogo de forma heroica. Foto: Fernando Martinez.
Atletas alviverdes na festa pelo terceiro gol. Foto: Fernando Martinez.
Final de jogo: Palmeiras 3-2 Paysandu. Mesmo sendo uma partida simplesmente para "cumprir tabela" (pois acredito que o time será campeão da Série B com sobras), a emoção vista no Pacaembu foi surreal. Torcedores palestrinos se abraçavam como se o time tivesse conquistado um título... Mas em tempos de vacas magras, a festa foi mais do que justa, pois a raça mostrada pelos atletas pode significar que os dias de sucesso podem voltar antes do que todos esperam.
Resultado final do grande jogo do Pacaembu. Foto: Fernando Martinez.
Já no domingo fui até o Canindé para conferir outra partida da via-crucis lusitana pela principal divisão do Brasileirão, agora contra o líder Botafogo. Foi dia de ver o holandês Seedorf...
Até lá!
Fernando
Também não vejo o Papão in loco há um tempo. A última foi um Gama 3x1 Paysandu no antigo Mané Garrincha, no longínquo 2006. Uma chuva torrencial caiu na hora do jogo. Eu fiquei nas cadeiras e não molhei nem o dedinho, rsrsrs!!!
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