Olá,
No último sábado teve início a décima sexta rodada da primeira fase do Campeonato Paulista da Série A3 e, como o JOGOS PERDIDOS se faz presente em praticamente todas as rodadas, desci a Serra do Mar em direção à cidade de Santos, para conferir no Estádio Ulrico Mursa, a partida A.A. Portuguesa x Red Bull F.E.L. .
Esse confronto reuniu dois times com campanhas completamente opostas, pois enquanto a Portuguesa se situava na penúltima (19ª) colocação com 11 pontos e lutando contra o rebaixamento, o Red Bull ostentava a liderança da competição com 30 pontos, apresentando uma performance quase três vezes mais do que o seu oponente e sendo apontado como um dos times favoritos para conquistar uma das quatro vagas à Série A2 em 2.011.
Depois de passar a manhã na Capital iniciei a descida à Baixada Santista e logo notei uma drástica mudança no tempo, uma vez que deixei São Paulo com sol e cheguei com o céu totalmente carrancudo, prometendo chuva. Mesmo com o tempo sofrendo grandes mudanças, não enfrentei chuva na serra e acabei chegando ao meu destino com tempo suficiente para o meu credenciamento e fazer os contatos para conseguir as habituais fotos oficiais, que são uma marca registrada do JP, as quais estão apresentadas abaixo:
A.A. Portuguesa - Santos/SP. Foto: Orlando Lacanna.
Red Bull F.E.L. - Campinas/SP. Foto: Orlando Lacanna.
Trio de arbitragem com o árbitro Alexandre Bigai Miranda e os assistentes João Guilherme Lopes e Diogo Correia dos Santos acompanhado pelos capitães dos dois times. Foto: Orlando Lacanna.
Por conta das campanhas, o Red Bull era o favorito natural para conquistar os três pontos e, sendo assim, resolvi acompanhar o ataque do time campineiro durante a primeira etapa. O primeiro momento perigoso criado pelo do time do energético, aconteceu logo aos 4 minutos, quando o avante Henan arrancou pela meia direita e mandou um tirambaço da entrada da área, que foi defendido pelo goleiro Rodrigo.
Momento exato do arremate de Henan no início da partida. Foto: Orlando Lacanna.
Até por volta do décimo quinto minuto, a tônica da partida foi o Red Bull dominando as ações e saindo mais para o ataque, num ritmo cadenciado, procurando encontrar uma brecha no setor defensivo da "Briosa", que não dava espaço aos atacantes visitantes. Com o passar do tempo, o time praiano foi se soltando para o ataque, tendo criado três bons momentos, não aproveitados pelos seus atacantes, como aconteceu aos 15, 19 e 20 minutos, em jogadas com as participações de Nenê (duas vezes) e Júlio César, cujas conclusões foram para fora ou morreram nas mãos do goleiro Fava.
Do vigésimo minuto em diante, o Red Bull acelerou o ritmo ofensivo e foi criando situações de real perigo para a meta santista, como aconteceu na marca dos 22 minutos, quando o atacante Alex Rafael quase abriu o placar, numa cabeçada que passou muito perto. Três minutos mais tarde, não teve jeito, pois a jogada anterior se repetiu, sendo que dessa vez, Alex Rafael acertou o cabeceio e inaugurou o placar para o time visitante. Aos 33 minutos, o Red Bull dilatou o placar, ao marcar o seu segundo gol, agora anotado por Henan, que só teve o trabalho de empurrar para o gol vazio, uma bola recebida com açúcar, em mais uma jogada iniciada pelo lado direito do ataque campineiro.
Avante Hanan só empurrando a bola para o fundo da meta praiana no segundo gol do Red Bull. Foto: Orlando Lacanna.
Mesmo em desvantagem no marcador e jogando contra uma equipe tecnicamente superior, a Portuguesa não se dava por vencida e, na base da garra, foi buscar o seu primeiro gol, que esteve perto de acontecer, aos 35 minutos, quando o avante Thiago assustou o goleiro Fava, numa cabeçada que passou muito perto. Aos 42 minutos, outro bom momento vivido pelo ataque luso, numa cobrança de falta pela direita executada por Nenê, que obrigou o goleiro visitante a praticar excelente defesa.
Goleiro Fava do Red Bull evitando o primeiro gol da Briosa no fim da primeira etapa. Foto; Orlando Lacanna.
Apesar dos esforços do time praiano, o placar não foi movimentado até o final da primeira etapa, com o Red Bull levando para o intervalo, a vantagem de 2 a 0, com amplas possibilidades de liquidar a fatura durante a etapa final. No intervalo, por conta da chegada da chuva, deixei o gramado e fui me acomodar numa cabine de imprensa, e de lá, assisti o segundo tempo todo.
Com a bola voltando a ser movimentada, a Portuguesa tomou a iniciativa de atacar, até porque não tinha outra alternativa se quisesse almejar algo melhor na partida. A Briosa atacava, mas o fazia de forma afobada, errando o último passe e truncando jogadas que poderiam levar perigo à meta adversária. Mesmo com afobação e erros de passe, a Portuguesa chegou a incomodar, aos 4 minutos, quando Max invadiu pela esquerda, fez o cruzamento, porém o seu companheiro João Diego não alcançou a bola, que atravessou a área e, com isso, perdeu a chance. Dez minutos depois, a jogada se repetiu, com Max invadindo pela esquerda e cruzando, obrigando o goleiro Max fazer uma defesa parcial, cujo rebote não foi aproveitado.
Goleiro Fava defendendo cruzamento rasteiro, não aparecendo ninguém para aproveitar o rebote. Foto: Orlando Lacanna.
A postura tática do Red Bul era muito clara, pois chamava o Briosa para cima e, ao recuperar a bola, procurava sair com velocidade em contra-ataque, como aconteceu aos 15 minutos, numa escapada de Rodrigo "Beckham" (ex-Botafogo do Rio e Corinthians entre outros), pela meia esquerda, que resultou no terceiro gol dos visitantes, num lance muito contestado pelos atletas e torcedores da Portuguesa, que reclamaram impedimento na jogada. Da minha posição, fiquei com a impressão que o meia do Red Bull de fato estava adiantado, mas como foi um lance muito rápido, o assistente nada marcou e o árbitro validou o gol.
Goleiro Rodrigo cortando contra-ataque do Red Bull na segunda etapa. Foto: Orlando Lacanna.
Mais um contra-ataque do Red Bull no segundo tempo. Foto: Orlando Lacanna.
A marcação do terceiro gol pelo Red Bull, deu uma baqueada na Portuguesa e, para piorar as coisas para os lados lusitanos, o seu atleta Nenê foi expulso, aos 23 minutos, ao receber o segundo cartão amarelo. Se com 11 contra 11, já estava difícil, com um a menos, ficou pior ainda. Nos últimos vinte minutos, o ritmo caiu, com o Red Bull esperando o tempo passar, até porque a vitória já estava assegurada e a Portuguesa já não tinha o mesmo ímpeto, mas, mesmo assim, aos 42 minutos, quase chegou ao seu gol de honra, numa jogada de João Diego, que parou nas mãos do goleiro dos visitantes.
Partida encerrada com o placar indicando Portuguesa Santista 0 - 3 Red Bull Brasil, que ratificou a liderança dos visitantes, agora com 33 pontos, virtualmente classificados para a próxima fase, enquanto a Briosa permaneceu na penúltima colocação, com apenas 11 pontos e, infelizmente, para quem gosta de equipes tradicionais, com um pé na Segunda Divisão de 2.011, pois faltam apenas três rodadas e será muito difícil se salvar.
Assim que o árbitro encerrou a partida, deixei o estádio e rumei para o Terminal Rodoviário, para embarcar de volta para São Paulo, justamente no momento em que a chuva desabou de vez. No domingo pela manhã, a jornada iria continuar, mas isso fica para depois.
Abraços,
Orlando
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