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segunda-feira, 17 de julho de 2006

Um dia em Louveira

Opa,

Vamos começar, um pouco mais tarde do que o habitual, com os vários jogos em que o JOGOS PERDIDOS esteve presente desde a última sexta-feira. Nesse primeiro post, e graças às minhas férias, fui acompanhar na tarde da última sexta-feira, um jogo isolado pelo Campeonato Paulista sub-20 da 1ª divisão. Junto com o Emerson, desbravamos o caminho até a cidade de Louveira, via trem + ônibus de viagem + ônibus urbanos, acompanhar o jogo entre Paulista de Jundiaí e Flamengo de Guarulhos.

A epopéia começou na Estação da Luz, de lá seguimos até a estação Francisco Morato da CPTM para baldearmos com direção a Jundiaí. Chegando lá, pegamos um ônibus no terminal (que fica ao lado da estação ferroviária) até a Rodoviária da cidade. Mais uma viagem e depois ainda tivemos que pegar mais um busão até o trevo de Louveira, e de lá, mais um ônibus, agora urbano, até a porta do estádio. Ufa! isso totalizou três horas e dez minutos em conduções. Mas vale a pena, já que o caminho é tranquilo e sempre com paisagens agradáveis.

Pena que chegamos com o começo da partida em cima da pinta, logo não conseguimos os times posados, mas faz parte. Mas pudemos ver uma partida bastante agradável e disputada.


Falta para o Flamengo no primeiro tempo da partida. Foto: Fernando Martinez.

O Paulista se mostrou melhor time desde o início, mas irritantemente para seus torcedores, o time perdia vários gols. Nisso deixava um espaço perigoso nos contra-ataques para o Flamengo, mas que também não soube aproveitar os seus (poucos) momentos, e o jogo foi para o intervalo sem a abertura de contagem.

No intervalo fomos conhecer a infra-estrutura do estádio, muito bem arrumadinho e de fácil acesso. Tentamos as fotos posadas, mas não deu mesmo... fazer o quê? Voltando à arquibancada, ficamos observando a linha do trem, que passa do lado do estádio. E acompanhando um trem de carga passar, quase perdemos o gol do Paulista, com poucos segundos da segunda etapa.


Trem passando ao lado do estádio de Louveira, uma imagem que nos lembra tempos mais remotos. Quase perdemos o gol do Paulista por causa disso. Foto: Emerson Ortunho.

Esse gol foi marcado num lance de sorte, em que a bola bateu meio sem querer num atacante do time jundiaiense depois de cruzamento e acabou encobrindo o goleirão do Flamengo. Mesmo com a abertura do placar, o Paulista continuou em cima do adversário. De novo, o time perdeu muuuitas chances de aumentar a vantagem. O Flamengo também perdeu muitas chances no contra-ataque.


Ataque do Flamengo no segundo tempo da partida contra o Paulista. Foto: Emerson Ortunho.

Mas até o final do jogo, vimos mesmo a temperatura aumentar dentro do campo, com muitas discussões entre todos: juiz e jogadores, bandeira e técnicos, jogadores entre si. Muita muvuca se viu em campo e na arquibancada, quando torcedores dos dois times bateram muita boca e quase o bicho pegou por lá. Mas no final acabou tudo bem e nenhum gol mais apareceu.


Briga dentro de campo no final da partida entre Paulista e Flamengo. Foto: Fernando Martinez.

Final de jogo: Paulista 1-0 Flamengo. Bom jogo, mas que deixou um pouco a desejar pelas chances perdidas pelas duas equipes. Logo após o final da partida, agora era a vez de voltar pelo mesmo caminho novamente. Para quem não conhece, o estádio em Louveira fica ao lado da antiga estação de trem da cidade, e é um prazer sem tamanho poder passear por esses caminhos históricos.


Placa da antiga entrada da sub-estação de trem Francisco de Monlevade, que fica ao lado da estação de Louveira. Foto: Emerson Ortunho.


Sem termos o que fazer, uma pose nos trilhos que levam até a estação de Louveira. Ah, a linha ainda é ativa, só com trens de carga. Fotos: Fernando Martinez e Emerson Ortunho.


Estação de trem de Louveira. Situada logo após a estação de trem de Jundiaí, ela bem que poderia estar funcionando né? E além de tudo, é coberta! Foto: Fernando Martinez.

Fantástico né? É um absurdo não termos trens circulando pelo nosso interior, coisa que existiu por quase 150 anos. Seria uma mão na roda para todos nós se tivéssemos as estações ativas, com trens rasgando nosso interior do estado. Mesmo com toda a malha ferroviária estando no lugar aonde sempre esteve, os trens já não rodam mais. O pior é que ninguém deve mudar isso.

Depois de passar na estação, descobrimos que o ônibus até Jundiaí fica ao lado do lugar, e daí foi só voltar para casa, fazendo o caminho inverso. Duas horas e meia depois, o Emerson seguiu para o seu serviço e eu segui até o estádio do Canindé, aonde mais uma partida de aguardava. Ela fica para o post seguinte.

Até

Fernando

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