Fala pessoal!
Na quarta-feira passada fui assistir um jogo que foge completamente da "linha editorial" do JP. Apesar de ser um dos maiores fãs de pelejas fantasmas, virei a chavinha e fui até o Estádio Paulo Machado de Carvalho, aonde o Santos recebeu o Universidad do Chile na decisão da Recopa Sul-Americana 2012.
Times perfilados para o Hino Nacional Brasileiro. Só não entendi o motivo de não terem tocado o Hino Chileno. Foto: Fernando Martinez.
Bom, não sou o maior entusiasta de jogos que envolvem os "grandes" por uma série de fatores que já divulguei inúmeras vezes, mas também gosto de confrontos que de alguma forma são históricos. Além de adorar ver qualquer tipo de peleja no Pacaembu, esse foi o primeiro jogo na tradicional cancha paulistana por essa competição em todos os tempos (em tempo, a Recopa foi criada em 1989).
Visão geral de um Pacaembu com bom público para a decisão da Recopa Sul-Americana. Foto: Fernando Martinez.
Cheguei no local faltando bastante tempo para o horário marcado para o apito inicial, e no melhor esquema "passe livre", não demorou para que logo estivesse nas cadeiras laranja, situadas no meio de campo. Aliás, fazia muito tempo que havia estado lá pela última vez.
E apesar do que muitos falam, quase um consenso entre jornalistas da "grande mídia", acho que essa disputa é muito válida e é um título para o currículo. Lógico que não uma competição de peso para merecer duas semanas de comemoração ou estrela na camisa, mas é uma taça, algo importante na história de qualquer clube. Infelizmente grande parte da massa que acompanha futebol, profissionalmente ou não, só leva a sério jogos de "primeira linha"... Tsk, tsk.
Chance santista no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.
Falando do jogo em si, o Santos era favorito por jogar em casa e por precisar de uma vitória simples contra um time chileno que perdeu suas principais peças para essa temporada. Em tempo, essa foi a segunda vez que assisti um jogo da La U no estádio, a primeira delas em 1996. Era a equipe da minha Lista (que está no número 544) que não via há mais tempo (essa marca agora está com o Espoli, do Equador).
Johnny Herrera defendendo pênalti cobrado por Neymar. Foto: Fernando Martinez.
Com um frio sensacional, algo raro nesse ano infernal, vimos um jogo morno e sem maiores emoções. No primeiro tempo, Neymar fez um gol e perdeu um pênalti. No segundo, outro gol, agora com Bruno Rodrigo, e a conquista sem maiores esforços. E o time chileno foi mal, mas sua fanática torcida não. O pessoal que foi ao estádio torcer pela equipe azul não parou de incentivar sua equipe em nenhum segundo. Algo que vemos costumeiramente em equipes sul-americanas.
Torcida chilena lotando o estado destinado à ela e mostrando que eles sim sabem torcer. Foto: Fernando Martinez.
Escanteio para o Universidad do Chile. Foto: Fernando Martinez.
No final, o jogo ficou em Santos 2-0 Universidad do Chile. Foi o segundo título do peixe no ano de seu centenário. Legal, mas esse é um detalhe supervalorizado pela maioria dos envolvidos com o esporte bretão. Muitos acham que o fato de uma equipe não ser campeã de nada no ano do centésimo aniversário é determinante para que o time seja considerado um fracassado. Balela pura...
Bom, ao final do jogo ainda tive o dom de consumir um fantástico sanduba de perfil na única barraquinha que sobreviveu pelos arredores do Pacaembu, já que São Paulo é a capital federal do "não pode".
Até a próxima!
Fernando
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