Fala, pessoal!
Na terça-feira passada fui acompanhar pela primeira vez em 2012 um jogo válido pelo Campeonato Paulista Feminino. No melhor esquema "jogo perdido" de ser, o Centro Olímpico recebeu o São Vicente no Estádio Distrital da Vila Guarani, em peleja da quarta rodada do Grupo 3 do certame. Essa é a primeira competição na era "pós-Santos" no futebol paulista.
Como acontece em 9 entre 10 jogos de futebol feminino, quem passava em frente ao local não imaginaria que estava prestes a começar um jogo de futebol por ali. Mas o surreal mesmo é saber que ali jogariam duas atletas - Érika e Debinha - convocadas na pré-lista da seleção brasileira que vai disputar a Olimpíada de Londres no próximo mês de junho. A equipe paulistana ainda teve Maurine e Gabi também chamadas.
Apesar do Centro Olímpico fazer um grande trabalho e hoje ser uma das maiores forças do cenário futebolístico feminino no país, essa situação não é nova e apenas evidencia o enorme descaso com que as meninas são tratadas no dito "país do futebol". As condições de trabalho aqui são péssimas (vide o exemplo do Santos, maior força nacional até 2011 e que simplesmente dizimou sua equipe), os times sofrem com a falta de patrocínio e a "cobertura" da mídia é uma piada. O problema é que quando as meninas vão mal, surgem cobranças de todos os lados.
Polêmicas à parte, cheguei na Vila Guarani cedo e logo fiz as imagens das equipes, mais uma vez exclusivas do blog:
ADE Centro Olímpico (feminino) - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
São Vicente AC (feminino) - São Vicente/SP. Foto: Fernando Martinez.
Trio de arbitragem com as capitãs das equipes. Foto: Fernando Martinez.
No Paulista Feminino desse ano, as 18 equipes participantes foram divididas em três chaves, cada uma com seis times. Os dois melhores times de cada grupo se classificam para a segunda fase junto com os dois melhores terceiros colocados. Centro Olímpico e São Vicente fazem parte do Grupo 3 junto com Cotia, Portuguesa, São Bernardo FC e São Caetano.
Na competição desse ano, o atual bi-campeão não está presente para defender o título. O Santos (que venceu três dos últimos cinco campeonatos e que saiu vitorioso de 92 dos 120 jogos disputados pelo certame no mesmo período) abandonou o cenário futebolístico feminino e deixou o posto de maior força do estado vago e alguns times surgem como postulantes a essa vaga. Com certeza o ADECO é um deles.
Zaga do São Vicente sofrendo pressão do ataque do Centro Olímpico. Foto: Fernando Martinez.
Jogando o Paulista de forma simultânea com a Copa do Brasil Feminina, o Centro Olímpico entrou em campo como absoluto favorito para essa peleja contra o time vicentino. Só que logo aos 2 minutos de jogo, a equipe alvinegra abriu o marcador com o gol da camisa 11 Joice. Os minutos seguintes foram com o time local não conseguindo impor um futebol vistoso.
Atletas apostando corrida no ataque do onze paulistano. Foto: Fernando Martinez.
Momento do primeiro gol do Centro Olímpico, em chute firme de Debinha. Foto: Fernando Martinez.
Depois dos 15 minutos porém, tudo voltou à realidade normal. Debinha empatou a peleja com um chute seco no canto direito, enquanto Érika acertou um tirambaço de fora da área no ângulo direito da goleira vicentina. Mais chances foram criadas até o apito final, e o placar foi ampliado num gol de pênalti de Chu aos 43 e o segundo de Érika na peleja aos 46. O intervalo chegou com o 4x1 no marcador.
Goleira do São Vicente caída olhando a pelota no fundo das suas redes no gol de Érika, virando o marcador. Foto: Fernando Martinez.
Terceiro gol do Centro Olímpico, marcado por Chu aos 43 do primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez.
No segundo tempo o São Vicente não conseguiu suportar a pressão do Centro Olímpico e foi goleada de forma inapelável. Debinha fez o quinto aos 5 minutos num chute forte pela esquerda. O sexto aconteceu aos 23, com Chu aproveitando belo passe de Érika e tocando na saída da goleira. Esterzinha fez o sétimo aos 30, em cobrança de falta da intermediária em que a arqueira fez um golpe de vista de forma equivocada.
Quinto gol da equipe local, no segundo tento de Debinha na peleja. Foto: Fernando Martinez.
Arqueira do time vicentino fazendo um gole de vista errado e vendo a pelota entrar no fundo do gol. Era o sétimo do Centro Olímpico. Foto: Fernando Martinez.
O marcador foi fechado aos 33, com o gol da camisa 13 Kelly, mais uma vez em boa troca de passes de todo o ataque local. Final de jogo: Centro Olímpico 8-1 São Vicente. A equipe paulistana é a atual líder do Grupo 3 do campeonato, com 100% de aproveitamento. Ah, essa foi a 31ª partida do time na história desse certame, e até hoje não aconteceu nenhum empate. São 23 vitórias e 8 derrotas e a conquista do vice-campeonato em 2011.
Na quarta-feira teria outro joguinho para trazer aos amigos do JP, mas o Juventus fez o favor de utilizar jogador irregular na semi da Copa Ouro sub-20 e conseguiu a proeza de ser eliminado da competição justamente na hora da final. Paciência. O lance é que hoje já começa a nossa cobertura para o final de semana com um genial amistoso internacional em Sorocaba.
Até lá!
Fernando
O Centro Esportivo de Sumaré continua interditado, no começo eu achei muito ruim, mas, agora já estou achando bom e torcendo para o estádio continuar interditado até o final do campeonato. O Sumaré jogou as três primeiras rodadas com os estádios interditados, dois jogos em Sumaré e um em Porto Feliz. O time foi bem nos três jogos, ganhando os dois em casa e perdendo por 2 a 1 para o Desportivo Brasil. O time do Sumaré é muito jovem e certamente sentiria a pressão se jogasse com meia duzia de gatos pingados na arquibancada. Os árbitros tb sentiriam a pressão em ver torcida organizada dos adversários no Centro Esportivo, ficariam com medo e meteriam a mão no Sumaré, como eles costumam fazer. A Federação Paulista de Futebol não sabe o bem que está fazendo para Sumaré, continuando com essa palhaçada de interditar o estádio. Na sexta-feira passada(19/05)eu banquei o jornalista, passei no Centro Esportivo, depois que saí do meu trabalho, conversei com o presidente do Sumaré e três policiais que estavam fazendo a vistoria do estádio, na sexta-feira as 17:30hs, o Sumaré jogaria no sábado em Sumaré as 15 horas, será que teria tempo hábil para liberar o estádio?. Eu questionei o presidente do Sumaré se o jogo seria com portões abertos, ele me respondeu...."os homens não querem liberar", perguntei então a um dos policias o porquê da não liberação do estádio, ele só me respondeu..."alguns detalhes", mas, não quis dizer que detalhes seriam esses.
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