Opa,
No último sábado aconteceu a decisão da Liga dos Campeões da Europa entre Bayern de Munique e Chelsea. Muitos ao redor do mundo arrumaram um precioso tempo na agenda para acompanhar essa peleja. Mas como no JP preferimos acompanhar in loco jogos que condizem com a nossa (dura) realidade futebolística, no horário dessa final fui para o Estádio Nicolau Alayon curtir o inédito confronto entre Nacional e União Suzano, pela 3ª rodada do Grupo 5 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
Para não correr o risco de chegar depois do apito inicial, situação que aconteceu na rodada anterior, saí cedinho de casa e sem nenhum percalço já me encontrava no histórico gramado da Comendador Souza cerca de trinta minutos antes do pontapé inicial. Tudo para fazer as fotos abaixo:
Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
União Suzano AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.
Capitães dos times, árbitro Thiago Silva Egidio, assistentes Alexandre Basilio Vasconcellos e Rene Meyer Wagner e o quarto árbitro Filipe Buglia Cordeiro posando de forma exclusiva para as lentes do JP. Foto: Fernando Martinez.
Antes de falar do jogo são necessárias duas considerações. Primeiro vale registrar o grande número de amigos/colegas no estádio para acompanhar esse duelo. Fazia tempo que não via tantos conhecidos reunidos para um joguinho desse calibre, algo sempre muito legal. Depois, deixo um agradecimento ao Miguel, faz-tudo no Nacional e que me descolou outra peça rara para minha humilde coleção de camisas. Dessa vez fui presenteado com uma camisa polo do PAEC, ainda feita pela Nike.
Bom, finalmente falando do jogo, o Nacional era líder do Grupo 5 com duas rodadas e quatro pontos conquistados até o começo dessa rodada. Já o time suzanense somava dois pontos obtidos em dois empates. Vale ressaltar que o duelo do sábado foi o primeiro jogo entre os dois times na história e a primeira vez que o União se apresentou na capital do estado nesse milênio, já que o último jogo aqui tinha sido contra o Guapira em 1998.
Ataque nacionalino pela direita durante o primeiro tempo do jogo contra o União Suzano. Foto: Fernando Martinez.
Quando o árbitro autorizou o início da peleja, logo o Nacional tomou conta das ações ofensivas e fez com que o União Suzano permanecesse a maior parte do tempo no seu campo de defesa. Durante os primeiros 45 minutos o onze visitante teve apenas uma chance clara de gol, quando uma bola foi chutada pela esquerda e um dos zagueiros paulistanos tirou em cima da linha.
Tentativa de gol para o Javali das Palmeiras facilmente interceptada pela zaga local. Foto: Fernando Martinez.
Escanteio para o Nacional na etapa inicial do jogo contra o time suzanense. Foto: Fernando Martinez.
O time ferroviário porém não traduziu o domínio territorial e o maior número de ataques em gols e o primeiro tempo terminou sem a abertura do marcador. A esperança para o tempo final era que ao menos os atacantes voltassem um pouco mais inspirados. Após 15 minutos de muita conversa nos bastidores sobre os assuntos mais variados possíveis, voltei ao gramado para os 45 minutos finais.
Bola zanzando dentro da área do União Suzano. Foto: Fernando Martinez.
Logo aos 6 minutos o Nacional mostrou que estava disposto a conseguir a segunda vitória no certame quando Éverton aproveitou boa troca de passes do ataque local e chutou forte para abrir o marcador. O bom goleiro Yuri ainda tocou na bola, mas não conseguiu fazer a defesa. Os minutos seguintes se seguiram com o domínio total do onze nacionalino.
O setor defensivo do Javali das Palmeiras não se encontrava e via a todo momento os jogadores locais entrando na área e criando ótimas oportunidades para ampliarem o placar. O jogo poderia ter se transformado numa fácil vitória por pelo menos 3x0, tamanha a quantidade de chances de gol do Nacional. Só que os atacantes pecaram absurdamente no último toque, com um certo preciosismo no ar.
Uma das boas chances de gol do segundo tempo, que terminou com grande defesa de Yuri, destaque do USAC no jogo. Foto: Fernando Martinez.
A maior chance para os paulistanos marcarem o segundo aconteceu aos 33 minutos, numa escapada do camisa 10 Warles. Ele avançou sem marcação, só que ao invés de encher o pé, tentou driblar o goleiro do União Suzano, que fez fácil defesa. A torcida da equipe alvi-azul ficou indignada com o lance. Conversando com os amigos que estavam no alambrado, chegamos à conclusão que o vacilo poderia ser fatal.
Chegada forte do time ferroviário pela direita no tempo final. Foto: Fernando Martinez.
A "boca santa" de todos se mostrou profética quatro minutos depois, pois na primeira chance de gol do União Suzano no segundo tempo, Pedro se aproveitou de bobeira da zaga nacionalina e deixou tudo igual no placar. Parecia bola cantada que depois de tantos ataques perdidos pelo Nacional isso iria acontecer.
Só que no melhor esquema "desgraça pouca é bobagem", o time ferroviário conseguiu sofrer a virada aos 42, em gol de Negueba. Ele recebeu passe na entrada da área e chutou forte, aproveitando um lapso momentâneo da razão de todo o setor defensivo do Naça. A bola ainda bateu na trave esquerda do goleiro e foi morrer no fundo do gol da equipe paulistana.
O Nacional teve maior posse de bola e criou mais chances, mas perdeu o jogo para o USAC. Foto: Fernando Martinez.
Os minutos restantes seguiram sem maiores emoções, e o árbitro apitou o final da peleja com o marcador apontando Nacional 1-2 União Suzano. De time ainda sem vitória na rodada anterior, o Javali das Palmeiras terminou a rodada na liderança do Grupo 5 do certame, com cinco pontos conquistados. A vitória foi comemorada como se o USAC tivesse vencido o Mundial Interclubes da FIFA.
Para o Nacional, que caiu para a quarta colocação da chave, a lição que deve ser tirada dessa partida é que independente do placar, a concentração tem que ser de 100% em todos os segundos do jogo. Gol feio vale igual a gol bonito, então esperamos que no próximo jogo o time possa novamente voltar a vencer. É a minha torcida.
Parte da turma presente no Nicolau Alayon ao invés de ver a final da Liga dos Campeões. Foto: Fernando Martinez.
Bom, após o final da peleja ainda ficamos um bom tempo nas dependências do estádio fazendo algumas imagens e numa agradável resenha. Eu e o Mílton tomamos rumo para o centro da cidade, aonde pudemos matar a fome com um fantástico sanduíche de mortadela na esquina da Ipiranga com a São João. Voltei então para casa e no domingo cedo parti em outra jornada para mais uma peleja da Segundona.
Até lá!
Fernando
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