Texto e fotos: Fernando Martinez
Em 2021 as quintas-feiras estão praticamente reservadas para o Campeonato Paulista sub-20. Na última, fiz minha estreia no Estádio Nicolau Alayon no torneio conferir um duelo inédito pela quarta rodada do Grupo 6: Nacional x Ibrachina. Um jogo que não aconteceria se a FPF não tivesse unificado as duas divisões no ano passado.
Falei aqui sobre o surgimento do clube da Mooca na matéria do emocionante triunfo contra o Red Bull Bragantino na rodada anterior. Na chave, o pessoal do Instituto Sociocultural Brasil-China só pega time tradicional e, obviamente por estarem disputando a competição pela primeira vez, todos os confrontos são inéditos. A ideia de acompanhá-los na Comendador Souza me pareceu muito boa.
Equipes adentrando o gramado histórico do Nicolau Alayon e aquela hora marota de definir quem começa com a bola
Se vi o Ibrachina igual a seleção brasileira na semana anterior, agora vi com o uniforme da seleção chinesa. Eles deixaram uma boa impressão no que vos escreve na virada em cima do Bragabull, mas contra o escrete ferroviário não foram bem. A molecada estava mais preocupada em tentar ganhar as jogadas no grito e com isso os donos da casa atuaram melhor praticamente durante todos os 90 minutos.
O Ibrachina teve só uma chance real na etapa inicial em escanteio pela esquerda aos 18 minutos e conclusão que pegou de leve na trave. Após isso, só deu Nacional. Os dois melhores lances foram aos 30 e 38, ambos os momentos com grande intervenção de Cainã, o melhor do onze visitante, primeiro em cabeçada e depois em conclusão à queima-roupa de Enzo. No intervalo, aquele 0x0 sempre incômodo.
O Ibrachina, que dessa vez jogou de China e não de Brasil, sofreu pressão do Nacional no primeiro tempo mas o marcador não foi alterado
Na etapa final o Ibrachina recuou e os locais foram ainda mais perigosos. Logo na saída o Nacional criou boa oportunidade em tiro de longe que passou perto. Aos cinco Gui fez ótima jogada pelo meio, tirou do zagueiro e obrigou Cainã a fazer boa defesa novamente. Na sequência Gui de novo assustou pela direita. Ele chegou na linha de fundo e cruzou. A bola caprichosamente tocou no travessão.
O gol era questão de tempo... só que ele saiu a favor do Ibrachina. A equipe chegou em chute de fora da área e na sequência ganhou uma falta pela direita. A pelota foi levantada na cabeça de Breno. Ele subiu sozinho e colocou no canto esquerdo de Gustavo. O Naça não desanimou e aos 22 deixou tudo igual com jogada individual de Fabricio. Ele recebeu belo passe, invadiu a área e sofreu pênalti. O jogador continuou de pé e tocou no canto direito.
Com 1x1 a peleja deu uma caída de ritmo e pouco aconteceu. O perigo voltou a rondar a meta visitante somente nos acréscimos em duas chances do bom Nicolas, camisa 7 nacionalista. O grande problema foi que Cainã, o grande destaque da tarde, salvou o Ibrachina. Aos 45 ele salvou ataque cara-a-cara e aos 48 o desviou finalização certeira com a ponta dos dedos.
No tempo final, só deu Nacional... mas foi o Ibrachina que fez 1x0 no único ataque perigoso
O escrete nacionalista empatou pouco depois de sofrer o gol visitante. Apesar de criar vários momentos após o 1x1, não conseguiu a virada
Ao término do tempo regulamentar, o placar de Nacional 1-1 Ibrachina manteve a invencibilidade ferroviária em duas frentes: não ganhou e não perdeu. O escrete da Mooca se mantém nas primeiras posições e certamente vai disputar uma vaga na segunda fase. Da minha parte, não foi a partida mais sensacional do mês de agosto, mas tudo bem. O que vale é ter colocado outro um joguinho na lista.
A programação retorna com tudo no sábado com a última apresentação lusitana na Série D do Brasileiro em sua primeira fase no Canindé.
Até lá!
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Ficha Técnica: Nacional 1x1 Ibrachina
Local: Estádio Nicolau Alayon (São Paulo); Árbitra: Marianna Nanni Batalha; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Gui, Kaike, Léo, Henrique, Hugo Silva (AT-I); Cartão vermelho: Hugo Silva (AT-I) 22 do 2º; Gols: Breno 16 e Fabrício 21 do 2º.
Nacional: Gustavo; Kaike, Victtor, Cezinha e Harinson; Léo (Alexander), Matheuzinho (Pedrinho), Marcão (Nicolas) e Gui; China (Gustavo) e Enzo (Fabrício). Técnico: Renan Martins.
Ibrachina: Cainã; Flávio (Samuel), Murilo, Vitão e Dias; Evangelista, Dudu (Kauã), Pablo (Índio) e Breno; Henrique e Matheus. Técnico: Fabiano Carneiro.
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