Texto e fotos: Fernando Martinez
Fechando a segunda rodada do Grupo 17 da Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Arena da Fonte foi palco de um daqueles duelos "Davi contra Golias" que estamos acostumados a sempre ver na primeira fase. De um lado o atual campeão Corinthians com seus dez títulos, dezoito finais e ostentando a melhor performance na história do certame. Do outro, o humilde Pinheiro Atlético Clube do Maranhão.
O Peixe da Baixada conquistou a vaga para sua segunda Copinha após ser campeão da Copa Maranhão sub-19 de 2017. Ano passado os maranhenses jogaram em Taubaté e foram derrotados três vezes, uma delas contra o próprio Corinthians por 6x0. Muitos reclamam, porém a graça da Copa São Paulo justamente é essa. Nada mais legal do que ver esses times perdidaços tão perto de casa.
Falando um pouco do Mosqueteiro de Parque São Jorge, a equipe vem na maior sequência invicta da história da Copinha. Desde a derrota na final de 2014, a molecada da base não perdeu mais. Contando o triunfo na estreia contra o Corumbaense, são 27 jogos com absurdas 26 vitórias e apenas um empate. Outra marca importante é a presença nas quatro últimas decisões. Ninguém chega perto desses números nos 49 anos de torneio.
Pinheiro Atlético Clube (sub-20) - Pinheiro/MA
Sport Club Corinthians Paulista (sub-20) - São Paulo/SP
Capitães dos times e quarteto de arbitragem
Só que não será fácil pro Timão manter essa sequência na atual temporada. O time claramente não é tão poderoso quanto era nos anos passados e os rivais diretos estão bem. O que se viu do alvinegro diante do Pinheiro foi uma atuação com o freio de mão puxado, algo até esperado diante da fragilidade do adversário.
A primeira chance de gol foi do rubro-verde aos cinco minutos quando Silvinho tentou encobrir o goleiro e Ronald salvou em cima da linha. Daí até o fim, só deu Corinthians. Mas a maior posse de bola e a permanência dentro do campo de defesa do Pinheiro não deram muito resultado, pelo menos nos primeiros 45 minutos.
O ataque paulista conseguiu furar o bloqueio maranhense apenas uma vez, aos 26 minutos, com o chute cruzado de Rafael Bilu que inaugurou o marcador. Pra não dizer que foi o único lance bom, vale dizer que o goleiro Thuca fez ótimas defesas e impediu que o Pinheiro sofresse pelo menos mais dois ou três gols.
Bola na área do Pinheiro e Rafael Bilu, atleta corintiano, na luta pelo domínio
Um dos vários ataques do Corinthians durante o tempo inicial
Investida do Timão pela direita
No tempo final a pressão ficou ainda maior, mas nada do gol sair. Somente aos 17 minutos saiu o segundo numa bela jogada pela esquerda e conclusão de Fabrício Oya. Aos 20 Vitinho mandou um tirambaço na trave e dois minutos depois ele mesmo fez o terceiro numa finalização no canto direito.
Aos 28, mais uma bola na trave, agora com William. Aos 32 entrou em campo Ramonzinho e ele deu um novo panorama pra peleja. Num espaço de dez minutos o camisa 7 marcou duas vezes, aos 37 e 42, e deu números finais a mais uma goleada corintiana na história da competição.
O resultado de Pinheiro 0-5 Corinthians colocou o Timão na segunda fase do certame com uma rodada de antecedência. Na rodada derradeira do Grupo 17, os meninos comandados pelo ex-lateral Coelho pegam a Locomotiva precisando de um empate para confirmarem o primeiro lugar na chave.
Ataque do Corinthians pela esquerda no segundo tempo
Comemoração corintiana pelo segundo gol contra o Pinheiro
Terceiro gol paulista, marcado por Vitinho
Aqui o quarto gol da goleada, feito por Ramonzinho
Nem bem o árbitro apitou pela última vez na Arena da Fonte e eu já estava a caminho da saída junto com os amigos. Não dava pra perder tempo, já que o ônibus de volta sairia da rodoviária às 18h40. Sei que percorremos os 277 quilômetros que separam Araraquara da capital do estado sem nenhum problema e com quatro horas de um bate-papo que alegrou todos os outros passageiros do coletivo.
Me mantive na rota da Copa São Paulo de Futebol Júnior na segunda-feira com mais time novo na Lista debaixo de uma chuva que não parou um minuto sequer. Pra matar time, vale (e muito) o sacrifício.
Até lá!
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