Texto e fotos: Fernando Martinez
Ufa! Foram nove rodadas duplas em nove dias seguidos, um recorde absoluto, mas na quarta-feira a enorme maratona na primeira fase da Copa São Paulo de Futebol Júnior chegou ao fim. Foi um encerramento em grande estilo, já que o Grupo 24 da competição estava embolado e todos tinham chance de classificação. Abrindo os trabalhos, o genial confronto entre o Real do Distrito Federal e o São Paulo Crystal da Paraíba, o time 674 da Lista.
O duelo foi Real x São Paulo Crystal, só que bem que poderia ter sido Dom Pedro II x Lucena. Isso porque as duas agremiações mudaram suas denominações durante suas histórias. Fundado em 1996, o time do Distrito Federal foi o Esporte Clube Dom Pedro II até 2009 (assisti um jogo deles contra a Ponte Preta, pela Copa do Brasil de 2000) e até 2016 se chamou Esporte Clube Dom Pedro Bandeirante. As cores eram vermelho e branco.
Já os paraibanos nasceram em 2008 como Lucena Sport Clube. Eles disputaram partidas na sua sede, em João Pessoa e Campina Grande. Em junho do ano passado o nome oficial passou a ser São Paulo Crystal Futebol Clube pois foi vendido a uma cachaçaria que é de Cruz do Espírito Santo. As antigas cores eram amarelo e azul.
O Real chegou à sua primeira Copinha em todos os tempos credenciado pelo título do Campeonato de Juniores do ano passado após dois triunfos na final contra o Cruzeiro. Já o São Paulo Crystal foi o vice-campeão estadual, perdendo a decisão pro Botafogo. Um exemplo claro de como esses certames servem de classificatório para a Copa São Paulo, mesmo que poucos saibam disso.
Real Futebol Clube Ltda (sub-20) - Núcleo Bandeirante/DF
São Paulo Crystal Futebol Clube (sub-20) - Cruz do Espírito Santo/PB
Quarteto de arbitragem e capitães dos times
Na disputa do Grupo 24, sediado no Estádio Vereador José Feres em Taboão da Serra, as quatro agremiações tinham chance de classificação. Os paraibanos somaram dois empates e estavam empatados na segunda posição junto com o CATS. O Real era o lanterna com um ponto ganho. Levando em conta um eventual favoritismo do Joinville contra os donos da casa, quem vencesse a preliminar estaria praticamente classificado.
Cheguei no estádio com um sol fortíssimo, e dessa vez não teve como escolher ataque, e sim ficar milimetricamente posicionado num buraco que existe no alambrado debaixo de uma salvadora sombra. Passei os 90 minutos ali, primeiro acompanhando o ataque do São Paulo Crystal, depois do Real.
Apesar de ser bastante esforçado e de não ter perdido para os dois principais adversários da chave, o São Paulo Crystal foi dominado durante os 90 minutos pelo Real. Os meninos da capital do país foram amplamente superiores e poderiam ter aplicado uma sonora goleada em cima do tricolor nordestino.
O primeiro gol saiu logo aos nove minutos do tempo inicial em chute de longe de Maycon. O camisa 20 acertou um daqueles tiros raros que foi parar no canto direito do arqueiro Richard. O Real chegou bem perto de marcar novamente em três ótimos momentos, porém o marcador mostrava a vitória parcial do Leão do Vale pela contagem mínima no intervalo.
Uma rara chegada do São Paulo Crystal e boa defesa do goleiro Henrique
Maycon comemorando seu gol, o primeiro do Real
Cobrança de falta a favor do time do Distrito Federal
No segundo tempo pouca coisa mudou e o clube do Distrito Federal continuou muito melhor. Aos 14 aconteceu um daqueles lances surreais, com duas bolas na trave no mesmo lance. Somando uma do tempo inicial, a minha média de três finalizações no travessão por rodada foi mantida.
O São Paulo Crystal lutou bastante, só que não foi capaz de assustar o goleiro Henrique. Para premiar a ótima atuação, aos 41 minutos o camisa 14 Filipe aproveitou um rebote do camisa 1 nordestino e fez o segundo gol, fechando assim o marcador.
Bola dentro da área do Real em chegada do São Paulo Crystal
João Vítor (2) se preparando para mandar a bola longe, sob o olhar do camisa 16 Fabrício
Detalhe do segundo gol do Real, marcado aos 41 do segundo tempo
O placar final de Real 2-0 São Paulo Crystal colocou a equipe momentaneamente na segunda posição do Grupo 24 antes da principal peleja da rodada. Agora, o que merece ser registrado mesmo é a simpatia do pessoal do tricolor. Fui presenteado com uma camisa oficial do clube, peça que já se tornou importante na minha humilde coleção. Deixo aqui mais um obrigado a eles.
Com a camisa na mochila, corri novamente pro gramado sintético do Vereador José Feres pois o segundo jogo estava pra começar. Em campo a luta do time da casa em busca da classificação.
Até lá!
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