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domingo, 19 de abril de 2009

JP na Argentina 8 (5/5): Fechando a viagem no Defensores de Belgrano

Olá!

Fechando os posts da minha "Magical Mystery Tour" por Buenos Aires semana passada, hoje posto aqui a minha despedida dos gramados na capital portenha. E dessa vez tive a chance de ver mais um jogo da Primeira B Metropolitana, pois uma rodada completa do campeonato rolou na terça-feira, 14 de abril. E com várias opções, a mais fácil de se chegar foi num local que fica pertinho do Monumental de Nuñez, casa do River Plate.

De novo desci na estação Congreso de Tucumán e de lá segui de táxi para o Estadio Juan Pasquale, casa do genial Defensores de Belgrano, que iria jogar contra o não menos fantástico Deportivo Merlo. O jogo valeu pela 35ªrodada do campeonato. Chegar no estádio é fácil demais, pois a região tem avenidas largas e no horário em que fui nenhum trânsito pesado. E cheguei cedo, e a movimentação já era intensa nas belas alamedas em volta da "cancha" do Defensores.


Escudo do Defensores na entrada do Estadio Juan Pasquale. Foto: Fernando Martinez.


Fachada do estádio, que fica no bairro de Nuñez. Foto: Fernando Martinez.

E então lá fui eu comprar meu ingresso na "platéia" do Defensores. E uma coisa que percebi pelas minhas andanças na Argentina é que os ingressos não são dos mais baratos não. Para ficar na parte nobre do Estadio Juan Pasquale se desembolsam 55 pesos, o equivalente a 40 reais. Um pouco caro para um jogo na terceira divisão, mas é algo que vale muito a pena.


Times perfilados antes do início da partida. Foto: Fernando Martinez.

Já dentro do estádio percebi que o mesmo é um verdadeiro alçapão. O estádio tem as suas paredes fazendo "divisa" com estabelecimentos comerciais, e ele lotado deve ser complicado para a os times visitantes. O Victor já tinha mostrado isso aqui num post em 2006, num jogo entre Defensores e Atlanta, e dessa vez eu não veria tanta muvuca nos visitantes, pois o Deportivo Merlo levou poucos torcedores para o jogo.


Jogadores do Deportivo Merlo tentando furar o bloqueio do Defensores. Foto: Fernando Martinez.

Falando do jogo, o Defensores está no meio da tábua de classificação enquanto o Deportivo Merlo tenta chegar nas posições próximas do topo da tabela, e para isso a vitória fora de casa seria um ótimo negócio. E com os times já dentro do gramado, pudemos ver o jogo finalmente começar depois de mais de quinze minutos do horário programado.


Detalhe dos prédios que ficam perto do estádio do Defensores. Tudo classe A. Foto: Fernando Martinez.

Do alto da platéia do Defensores, e com um frio enorme, vi um jogo truncado demais, sem que as emoções fossem fartas. O time da casa tentou chegar ao gol do Deportivo Merlo, mas a boa defesa do time visitante neutralizava todas as tentativas. Mas no contra-ataque o Merlo não aproveitou o enorme espaço que a defesa do Defensores deixava.


Ataque do Deportivo Merlo que levou relativo perigo ao gol dos anfitriões. Foto: Fernando Martinez.

Acho que esse foi o tempo mais fraco que vi nos meus cinco jogos em Buenos Aires. Quase nenhuma emoção foi vista, e a luta mesmo foi para me proteger do frio que fazia a curva nas cadeiras do estádio. E o legal é que dessas cadeiras a gente consegue ver o topo do Monumental de Nuñez, mostrando que os estádios são pertos mesmo.


Zaga do time visitante tentando achar uma brecha para armar um ataque. Foto: Fernando Martinez.


Troca de bola no meio-de-campo no começo da segunda etapa. Foto: Fernando Martinez.

Bom, e sem quase nenhuma emoção, o jogo foi para seu intervalo sem a abertura do marcador. E então eu fui tentar buscar um pancho ou uma hamburguesa na lanchonete em volta do estádio. Mas a fila era muita, então tive que que me contentar com uma bolacha mesmo e uma deliciosa 7up, que para minha sorte é vendida na Argentina. Pena que o refrigerante não exista mais em terras tupiniquins...

 

Detalhe dos desencanados policiais de Buenos Aires: fumando durante o jogo e trocando idéia normalmente com o pessoal da platéia. Fotos: Fernando Martinez.


Chance preciosa do Defensores no primeiro minuto da segunda etapa. Foto: Fernando Martinez.

Após encher o bucho de forma bem natural, voltei para a "cancha" do Defensores para acompanhar o segundo tempo da partida. E o jogo melhorou bastante, com o Deportivo Merlo tentando marcar o gol que deixaria o time mais próximo aos líderes. Mas os dois verdadeiros lances de perigo foram em ataque dos donos da casa, e que terminaram em claros pênaltis. Mas o árbitro, que estava mais preocupado em aparecer, não marcou nada, deixando a "hinchada" do Defensores injuriada.


Ataque do Deportivo Merlo no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.


O atacante Cipriani tentou, mas seu chute não foi forte o suficiente. Foto: Fernando Martinez.

Conforme o tempo ia passando, já dava pra sentir que a partida não teria gols. Mas acho que foi uma das únicas vezes que não liguei para isso, pois matar dois times desse naipe é algo que não conseguimos toda hora.

Final de jogo: Defensores 0-0 Deportivo Merlo. Os donos da casa agora ficam em 10ºlugar da tabela, longe dos líderes e longe dos últimos colocados. Para o Deportivo Merlo, o empate deixou a equipe em 6ºlugar, a 12 pontos do Sportivo Italiano, o líder da Primeira B Metropolitana.

Após o jogo lá fui eu pegar um dos baratos táxis de Buenos Aires para voltar à Estação Congreso de Tucumán. E da tarde da terça até o final da minha viagem, conheci muitos lugares diferentes da capital portenha e voltei para casa com aquele gostinho de quero mais, já programando minha viagem de volta para a Argentina. Bem que os brasileiros poderiam copiar algumas das boas coisas de lá né? Mas a falta de educação que assola esse país não deixa que a gente acredite que isso possa acontecer.

E pensando nos jogos que fui e em tudo que vi por lá, agora tenho mais certeza ainda de algo que sempre disse: o Brasil NÃO é o país do futebol.

Abraços e até a próxima

Fernando

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