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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Portuguesa e Santo André morrem abraçados pelo Paulistão

Fala povo!

Depois do jogo do Guapira domingo cedo, a pedida do dia agora era aguardar um jogo decisivo do Campeonato Paulista 2009. Não era jogo perdido nem nada, mas de vez em quando faz bem assistir a um jogo grande e que tenha cheiro forte de decisão. Então segui para o Canindé, para a decisão entre Portuguesa e Santo André, para ver quem ficaria com a última vaga na semi-final do Paulistão.

Cheguei cedo no estádio e pude ver que o clima era bem diferente do que estamos acostumados a ver em dias de jogo no Canindé. Para a decisão de domingo, a torcida rubro-verde se fez presente e mais de 7 mil lusitanos foram incentivar a equipe, que buscava uma semi-final que não vinha desde 1998. Para atrapalhar os planos da Lusa e do Ramalhão, o Santos jogava com a Ponte em Campinas precisando da vitória também.


Detalhe do bom público que acompanhou a Portuguesa na decisão. Fotos: Fernando Martinez.

E lá fui eu com meu radinho para a arquibancada do Canindé. Um rádio seria importante para poder acompanhar o que estaria rolando nos outros jogos do dia. Com tudo esquematizado o jogo começou. Para a alegria da torcida da casa, a Portuguesa fez um primeiro tempo perfeito. Não me lembro de um jogo em que a Lusa tenha feito um tempo tão bom quanto a primeira etapa do domingo.

O time não deu o menor espaço para o time do ABC paulista, e dominou por completo as ações. E além de ir bem no ataque, a defesa não deixou os atacantes do time andreense respirarem. A única chance do time azul foi numa cobrança de falta do Marcelinho Carioca, nada mais. Enquanto isso, a Lusa criava várias chances de gol.


Zaga da Lusa trabalhando de forma perfeita em cima do ataque andreense. Foto: Fernando Martinez.

O time chegou fácil aos 2 a 0 no placar. Os dois gols saíram de jogadas perfeitas do ataque lusitano. Christian e Edno foram os marcadores, e o time da casa ainda poderia ter feito mais. Se o placar tivesse sido 4 a 0 para os donos da casa, não teria sido nenhum absurdo. E a festa foi ainda maior, pois o Santos ganhava só de 1 a 0 da Ponte, deixando com esse resultado a Lusa nas semifinais.


Uma tentativa de voleio desajeitada do Santo André. Foto: Fernando Martinez.

O intervalo então veio sem que a torcida da casa pudesse comemorar nada ainda. Os 45 minutos finais seriam de extrema importância para a definição da vaga. O segundo tempo começou no Canindé com a partida sendo atrasada em Campinas. Cinco minutos após o começo de jogo em São Paulo, a partida no Moisés Lucarelli foi iniciada.


Ataque andreense pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

A festa veio com tudo no Canindé quando o sistema de som anunciou o empate da Ponte. E nem preciso dizer como foi quando anunciaram a virada da Macaca né? Os torcedores da Lusa sentiram que ali a classificação poderia vir mesmo, e nem o gol do Santo André foi capaz de diminuir a festa.


Grande chance perdida pela Lusa na segunda etapa. Foto: Fernando Martinez.

Mas conforme o tempo ia passando, o jogo ia ficando mais nervoso, com chances de gol para ambos os times. A cada minuto corrido, a classificação ficava mais perto. A partida foi chegando no seu final junto com o jogo do Santos, e nos cinco minutos finais a coisa mudou de vez.

O Santos chegou ao empate, mas mesmo assim a vaga era da Lusa. E quando o pessoal de rádio na mão anunciou pênalti para o Peixe no final do jogo em Campinas, um silêncio pairou no Canindé. A cobrança foi convertida, e com a virada milagrosa do time santista, a Lusa estava perdendo de forma inesperada sua classificação.


Mais uma chance dos donos da casa, agora em visão panorâmica. Foto: Fernando Martinez.

Mas aos 49 minutos, nos pés de Heverton, a Portuguesa teve a grande chance de chegar às semi-finais. O jogador recebeu bola livre na direita, entrou na área, e com uma displicência absurda, chutou a bola pra fora. Cara-a-cara com o goleiro, e perder um gol desses? Brincadeira de mau gosto.

E o jogo acabou em Portuguesa 2-1 Santo André. E nos cinco minutos de diferença do jogo, ninguém arredou o pé do estádio esperando talvez um gol da Ponte em Campinas... mas ele não veio. E nessas, a Portuguesa fica mais um ano fora das semi-finais do Paulistão. Aqueles dois pontos perdidos contra o Oeste no Canindé fizeram falta demais, mas o gol que foi perdido nos acréscimos foi pior ainda.

Mas a certeza do bom trabalho fica no Canindé, e caso o time entre na Série B com esse espírito de luta, talvez consiga voltar à elite nacional em 2010. E somente na segunda divisão nacional é que voltarei de novo ao querido estádio lusitano.

Saí do estádio debaixo de um verdadeiro dilúvio, sem rumo e resfriado ao extremo, quer coisa melhor? Mas a semana ainda prepara alguns jogos das divisões de acesso de São Paulo, e na sexta-feira viajo para um destino nunca antes visitado... mas ainda falo disso depois.

Abraços

Fernando

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