Texto e fotos: Fernando Martinez
Os jogos de sexta e sábado foram horríveis. No sábado ainda por cima teve o calor como um incômodo componente na rodada dupla pelas Séries C e D do Brasileiro. Deveria ficar em casa no domingo, mas, teimoso, fui ao Estádio Francisco Ribeiro Nogueira para o dérbi entre União Mogi e Atlético Mogi válido pela terceira rodada do returno do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.
O União busca uma vaga na próxima fase e contava com os três pontos no duelo contra o rival da cidade. O favoritismo era todo do alvirrubro, pois o Atlético está na pior fase da sua história e ostenta uma performance que já entrou no rol de grandes sequências negativas em todos os tempos no futebol paulista. São 44 partidas sem triunfos e uma insana série de 25 derrotas seguidas. Um assombro.
Pior que antes dessa fase horrorosa que começou entre 2017 e 2018, o Atlético sempre fez um confronto equilibrado contra o União. Até 2017, eram seis vitórias para cada lado e seis empates. Com a derrocada, o retrospecto hoje é de 12 triunfos do alvirrubro (com direito a um 9x0 ano passado), sete empates e as mesmas seis vitórias dos atleticanos. Eu tinha visto apenas dois deles: 4x1 do União na campanha do título de 2006 e um 2x1 em 2014.
Sem as fotos oficiais, vamos com a dos elencos perfilados e a que o delegado tirou do quarteto e capitães. Mesmo com ele atrapalhando o registro, vale colocar aqui
No domingo não tive problema e quando cheguei no Nogueirão a chave da cabine já estava à disposição. Felizmente o papo na semana anterior deu resultado. Acompanhei o jogo de boa esperando ver mais gols do que no sábado. Aí pintou um grande problema: a fraquíssima atuação do União na etapa inicial. A Serpente do Tietê não fez nada, absolutamente nada a os primeiros 45 minutos se arrastaram.
Fiquei surpreso negativamente com a atuação, juro a vocês. O Atlético não tem lá um time poderoso, porém conseguiu segurar na boa o seu adversário. O União teve somente um tiro no gol (!) em cobrança de falta desviada pelo goleiro... e só. O negócio foi tão ruim que não seria possível repetir a performance no segundo tempo. E ela não se repetiu mesmo.
O primeiro tempo do dérbi de Mogi das Cruzes foi muito fraco. O União criou apenas uma boa chance, em cobrança de falta bem defendida pelo goleiro atleticano
O técnico Filipe Alves arrumou a casa nos vestiários e a tudo mudou. O União criou um sem-número de chances e massacrou o onze atleticano. Logo aos dois minutos Cássio completou bola rolada no meio e abriu o placar. Aos oito e aos 12 o goleiro Gabriel fez duas grandes defesas e aos 13 saiu o segundo com Geovânio.
O terceiro saiu aos 27 dos pés do camisa 9 Thoni. Ele também fez o quarto aos 43 e Pepe fechou a goleada aos 46. Levanto em conta os vários momentos de perigo, não é nenhum absurdo dizer que se estivessem com o pé calibrado, o triunfo poderia ter alcançado dois dígitos. Ainda assim, o goleiro Gabriel foi um dos destaques da tarde com ótimas intervenções.
No tempo final, tudo mudou. Cássio, logo aos dois minutos, abriu o placar
Duas boas jogadas de Thoni pelo lado direito do ataque alvirrubro
Detalhe do quarto gol do União, o segundo de Thoni
Pepe fechou o placar nos acréscimos
O resultado de União Mogi 5-0 Atlético Mogi mantém o alvirrubro lutando por uma vaga na próxima fase faltando duas rodadas para o final. A equipe pega Manthiqueira e ECUS e depende apenas de si. Já os atleticanos chegam a 45 partidas sem vitória e dificilmente o tabu será quebrado em 2021. Em 2022 se nada mudar eles passarão a ser o time com a maior sequência negativa da história do estado. Isso definitivamente não é pouco.
Foi isso. Retornei à capital feliz por ter salvado o meu fim de semana já pensando que terça-feira de manhã tem nova cobertura do Paulista Feminino por aqui. Chance de goleada na parada.
Até lá!
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Ficha Técnica: União Mogi 5x0 Atlético Mogi
Local: Estádio Francisco Ribeiro Nogueira (Mogi das Cruzes); Árbitro: Flávio Roberto Ribeiro; Público e renda: Portões fechados; Cartões amarelos: Danilo Fuga, Kris, Silas; Cartão vermelho: Roan 38 do 1º; Gols: Cássio 2, Geovânio 13, Thoni 27, 43 e Pepe 47 do 2º.
União Mogi: Warlei; Pedro (Dimi), Leonardo (Murilo Alves), Danilo Fuga e Pepe; Juninho (Mariano), Cássio, Oliveira (Marcos) e Geovânio (Alan); Thoni e Natan. Técnico: Filipe Alves.
Atlético Mogi: Gabriel Silva; Guilherme Silva, Vítor, Silas e Guilherme Nascimento; Roan, Lucas (Gustavo), Michael (Kelvin) e Paulo (Kris); Wellington (Gabriel) e Kaick (Vanderlei). Técnico: Anderson Silva.
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