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terça-feira, 3 de maio de 2011

Vitória do Jabaquara em clássico do futebol paulista na Segundona

Opa,

Após o murcho empate sem gols na abertura do Campeonato Paulista da Segunda Divisão no sábado de manhã, fiz uma boquinha federal numa lanchonete perto da estação de Mauá e dali voltei para a capital bandeirante para acompanhar meu segundo jogo no dia. E seria "o" jogo, já que Nacional e Jabaquara entrariam em campo para a estreia dos mesmos na competição no Estádio Nicolau Alayon.

Cheguei cedo no templo nacionalino, e consegui conversar bastante com os amigos do NAC e com alguns atletas não relacionados para a partida. Também tive a oportunidade de conhecer o campo anexo do Nicolau Alayon, agora com grama sintética de primeira qualidade e com o primeiro campo da UEFA no Brasil. A obra ficou espetacular.


Detalhe do gramado sintético que fica ao lado do Nicolau Alayon e gandulas-jogadores do Nacional. À direita, o meia Romarinho. Fotos: Fernando Martinez.

Com o horário da partida chegando, encontrei o David e o "jovem mancebo" Alfredo nas numeradas do estádio. Dali fui novamente para o gramado captar as imagens exclusivas dos times e do trio de arbitragem.


Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


Jabaquara AC - Santos/SP. Foto: Fernando Martinez.


O árbitro Carlos Eduardo de Carvalho e os assistentes Sérgio Cardoso dos Santos e Leonardo Schiavo Pedalini posam junto com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Se enfrentando por campeonatos paulistas desde 1936 e com mais de 50 jogos disputados oficialmente entre os dois, Nacional e Jabaquara são fundadores da Federação Paulista de Futebol, isso em 1941. Mas depois que o Jabuca parou com o futebol em 1967, as equipes se enfrentaram apenas oito vezes pelo estadual. Lógico que ter a chance de acompanhar qualquer um desses embates é imperdível.

Para esse novo capítulo nessa longa história, o Jabaquara foi mais preparado, amparado mais uma vez pela parceria com o Rei Pelé. A esperança para os torcedores rubro-amarelos é que em 2011 essa parceria emplaque de uma vez e a equipe conquiste esse acesso tão esperado. Por outro lado, o Nacional vem apostando em jogadores que disputaram a Copinha, mesclado com alguns atletas do ano passado. O lance mesmo é que as duas equipes precisam sair dessa divisão, isso é fato.


Bom ataque do Nacional em bola alçada na área do Jabuca. Foto: Fernando Martinez.

Para o primeiro tempo, acompanhei a peleja com o David e com o amigo Rodrigo Colucci, que se fez presente num estádio depois de três meses. E os primeiros 45 minutos foram surpreendentes para mim, especialmente em relação ao time ferroviário. Esperava uma partida de um time só, no caso o Jabaquara, mas o Nacional jogou de igual para igual com o time santista.


Forte marcação santista na saída de bola do time paulistano. Foto: Fernando Martinez.

A partida foi bastante movimentada, com chances claras de gol para os dois lados. Em apenas 15 minutos, o jogo já tinha sido melhor que a partida da manhã inteira. Nacional e Jabaquara alternavam bons momentos e faziam os arqueiros adversários trabalharem bastante. Só faltava o zero sair do marcador.


Mais uma chance nacionalina pelo alto. Foto: Fernando Martinez.

E quem saiu na frente foi justamente o onze praiano. Aos 37 minutos, o Jabuca teve escanteio marcado pelo setor esquerdo do seu ataque. A cobrança foi no segundo pau, a bola foi escorada para o meio da área e o camisa 9 Edgar acertou uma bela puxeta e marcou o seu. Apesar de muitos lugares terem dito que foi de bicicleta, na nossa visão o gol foi de puxeta mesmo. Independente disso, foi um golaço!


Lance do primeiro gol da partida. Aqui a bola ainda viajava pela área e segundos depois seria alçada para Edgar marcar seu gol. Foto: Fernando Martinez.

Só que o Nacional não se abateu e chegou ao empate aos 41 minutos. O jogador Pagé cobrou falta dentro da área na cabeça de Edu, que tirou do goleiro Hugo e colocou a bola no canto direito. O intervalo chegou com uma bela partida e o 1x1 estampado no marcador.


Boa saída do goleiro do Jabuca após escanteio. Foto: Fernando Martinez.

Resolvemos acompanhar a segunda etapa junto ao ataque nacionalino, e tivemos a presença do amigo Sérgio, apresentador do programa FATV. Mas o Nacional não voltou muito bem para o tempo final, e o Jabuca conseguiu impor um melhor ritmo. Aos 15 minutos vimos mais um golaço de Edgar, agora num chutaço de longe cheio de estilo e que encobriu o goleiro Felipe.


Visão geral do Nicolau Alayon para Nacional x Jabaquara. Foto: Fernando Martinez.

Com o placar adverso, os donos da casa tentaram ser mais ofensivos, mas pecaram bastante nas conclusões. O jogo seguiu com o Naça mais presente no ataque e o Jabuca encaixando perigosos contra-ataques. E aos 36 minutos aconteceu o lance que definiu a peleja.


Jogada de ataque do Nacional pela direita. Notem a presença da torcida rubro-amarela no estádio. Foto: Fernando Martinez.

Num rápido ataque nacionalino pela direita, um dos atacantes locais sofreu uma falta feia no bico da área. Mas o árbitro não marcou, e no contra-ataque o Jabaquara marcou o terceiro, novamente com Edgar, agora completando seu "hat-trick". O Naça morreu de vez após esse gol e a partida terminou assim mesmo.


Edgar, craque do jogo e autor dos três golaços que deram a vitória para o Jabaquara em cima do Nacional. Foto: Fernando Martinez.

Final de partida: Nacional 1-3 Jabaquara. Bela vitória do time rubro-amarelo na estreia, que deixa a equipe na liderança após a primeira rodada do Grupo 6. A alegria do coordenador Manoel Maria após o final da partida nos deixa bastante esperançosos a respeito de uma boa campanha do Jabuca.

Por outro lado, torço demais também para que o Nacional se recupere e consiga fazer uma boa competição. O trabalho será árduo, mas temos fé que o onze ferroviário possa sair do limbo futebolístico e volte a ocupar divisões maiores no estado de São Paulo.

Após o apito final, ainda fui presenteado com uma camisa do último jogo do Pão de Açúcar na A2 pelo amigo Miguel, e só posso agradecer muito, pois é um exemplar que já se tornou raro na minha humilde coleção. Dali seguimos para o centro da cidade fazer uma boquinha e curtir a noite paulistana. Tudo dentro dos limites, pois domingo era dia de clássico (e não falo de Corinthians x Palmeiras)!

Até lá!

Fernando

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