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segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

A História pré-JP, volume 12: Magical Mystery Tour no Sul 2004 (parte 2 de 6)

Fala pessoal!

Depois do Natal, e seguindo agora com a segunda parte das epopéias que fiz em 2004 pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, vamos com a minha última escala de jogos em Porto Alegre e redondezas. Depois da epopéia que vivi para ver o Lami, e depois ir até o Estádio Olímpico, restou descansar por lá na quinta e na sexta-feira. Tudo para no sábado voltar à ativa e acompanhar outro jogo genial.

O dia era 15 de maio de 2004, e o frio era incrível. Além dos 8 graus centígrados, o tempo ainda deixava como bônus a ventania e a garoa incessante. Sair de casa era loucura, mas era inevitável, dadas as opções de jogos do dia. Fiquei entre um jogo do Cruzeiro de Porto Alegre enfrentando o Brasil de Farroupilha e outro entre o Ulbra, de Canoas e o time do Novo Hamburgo. Bom, depois de muito pensar escolhi o jogo Ulbra e Novo Hamburgo mesmo, já que não tinha visto nenhum dos dois times.


Ingresso do jogo entre Ulbra e Novo Hamburgo, no dia 15 de maio de 2004. Quase não fiquei com o ingresso, mas depois de muita chiadeira consegui essa peça para a coleção. Reprodução: Fernando Martinez.

Dessa vez a Van foi comigo, devidamente agasalhada, com gorros, meias extras e moletons a esmo. Para chegar no estádio da Ulbra, que fica na cidade de Canoas (mais ou menos como se fosse São Caetano daqui de SP), pegamos o trem (que eles lá chamam de metrô), andamos bastante até descer na estação de Canoas e lá esperamos um ônibus que nos levou direto para dentro da Universidade Luterana do Brasil. Lá dentro é bem fácil chegar ao estádio, e quando chegamos senti uma leve sensação de dever cumprido.

Seguindo no mesmo esquema do jogo do Lami, não tinha meia-entrada lá e nem davam o ingresso como recibo para os torcedores. Dessa vez não fiquei quieto e os importunei direto para garantir meu direito. Só depois de falar que era de São Paulo e que iria denunciá-los consegui o recibo. Valeu a luta! Quando entramos vimos que o estádio ainda estava em reformas para ampliação do mesmo. Hoje em dia, pelas imagens de TV, vi que ele já está todo completinho. É um dos mais legais que já fui.

Mas o ponto alto no começo foi a entrada das duas equipes em campo.


O time do Ulbra cumprimenta os torcedores no seu estádio. Foto: Fernando Martinez.


Time do Novo Hamburgo adentrando o gramado do estádio da Ulbra. Foto: Fernando Martinez.

Pena que na época ainda não entrava em campo todas as vezes para tirar as fotos dos times posados, até desestimulado por tanta frescura do pessoal dos clubes de lá, mas é uma pena mesmo assim. Vale registrar que ninguém tem a Ulbra na Lista, e a Van tem... engraçado! O jogo foi muito bom, e mostrava que os dois times tinham equipes muito parelhas e com bastante qualidade. O time da Ulbra em 2004 foi até Vice-Campeão estadual, perdendo a final, nesse mesmo estádio, para o Internacional. Isso depois de eliminar o Grêmio nas semifinais. Não foi à toa.

A Ulbra marcou seu primeiro gol ainda no primeiro tempo, e levou o jogo para o intervalo com o placar parcial de um a zero. destaque para a torcida do Novo Hamburgo que esteve presente em ótimo número por lá e para o vento, que estava fazendo a curva bem aonde estávamos na arquibancada. Olha, foi um dos maiores frios que passei num estádio.


Escanteio que originou o primeiro gol da Ulbra no primeiro tempo do jogo. Foto: Fernando Martinez.

No segundo tempo, até motivado pela torcida presente, o time do Novo Hamburgo veio para o tudo-ou-nada e empatou a partida. Ainda teve chances para marcar o segundo gol, mas depois a Ulbra recuperou as forças, marcou dois a um e levou o placar assim até o final. Final de partida com Ulbra 2-1 Novo Hamburgo. Foi um dos jogos mais legais que já vi na vida.


Detalhe da partida entre Ulbra e Novo Hamburgo válida pelo Gauchão de 2004. Foto: Fernando Martinez.

Na hora de ir embora ainda fomos no Museu de Carros Antigos que existe lá na Ulbra. Fantástico! Todos que puderem tem que dar uma passadinha por lá. Enfrentando um frio maior ainda, voltamos (no escuro) pelo mesmo caminho da ida. No mesmo ônibus, e no mesmo trem para voltar ao centro de Porto Alegre.


Numerada ensolarada da Ulbra, a Universidade Luterana do Brasil. Foto: Fernando Martinez.

No dia seguinte, último dia da viagem até lá, a imprensa me impediu de assistir a premilinar do jogo Grêmio e Botafogo/RJ, que foi entre os times de juniores do Grêmio e do Esportivo de Bento Gonçalves, já que nada foi divulgado. Mas fiz minha parte de Doente e fui acompanhar o jogo de fundo. Dessa vez fiquei na geralzona do Estádio Olímpico, e vi a insanidade dos seus torcedores mais fanáticos de perto.

Nada parecido acontece aqui em SP, isso eu admito. Os caras lá são insanos por completo. Sobre o jogo, vi uma das partidas que fizeram o Grêmio jogar a Série B desse ano. O Botafogo começou melhor e abriu dois a zero no placar, fácil, fácil. Só que no final bobeou e o Grêmio ainda arrancou o empate. Final de jogo: Grêmio 2-2 Botafogo/RJ.


Detalhe do jogo entre Grêmio e Botafogo/RJ pelo Brasileiro de 2004. E um grande detalhe do belo Estádio Olímpico. Foto (mesmo sendo de longe): Fernando Martinez.

Depois fui direto do Olímpico para o aeroporto pegar o meu vôo para São Paulo e me preparar para a segunda parte da epopéia à Região Sul, que aconteceria em duas semanas, com escala em Florianópolis e Balneário Camboriú, e com jogos especiais na agenda. Mas isso fica para o próximo capítulo.

Até lá

Fernando

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