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quarta-feira, 13 de junho de 2012

JP no Recife (1 de 2): A estreia no Nordeste com um amistoso sensacional no Arruda

Fala pessoal! 

No final da minha mini-turnê profissional, que rolou em março e abril passados decidi juntar uns trocados e armar para junho uma viagem baseada no futebol, o melhor tipo de turismo para o pessoal do JP. Após pesquisar bastante tabelas de campeonatos diversos, decidi montar um esquema monstro e segui firme e forte para enfrentar o calor de Recife, a "Veneza Brasileira" e capital do estado de Pernambuco. 

Cheguei na calorenta cidade na tarde da sexta-feira passada e depois de dois dias de turismo "normal" - que incluiu um genial bate-volta até João Pessoa no sábado - o domingo foi reservado para uma rodada dupla em dois dos três principais estádios da cidade. E minha estreia em pelejas na Região Nordeste não poderia ter sido em melhor estilo, já que a agenda marcava um amistoso interestadual entre Santa Cruz e Campinense no sensacional Estádio José do Rego Maciel, também conhecido como Mundão do Arruda


Entrada principal do Estádio José do Rego Maciel, o Arruda. Foto: Fernando Martinez. 

Era sonho de criança visitar o Arruda, já que além de ser o maior palco do futebol pernambucano, foi o lugar de alguns jogos que guardo bem na minha memória. Dois são especificamente nos tempos em que eu ainda me importava com o escrete canarinho. O primeiro uma vitória de 2x0 contra o Paraguai pela Copa America de 1989 com mais de 87 mil pagantes, e o segundo a sensacional goleada de 6x0 contra a Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1994, quando 96.200 torcedores pagaram ingresso. Desde então, eu coloquei na cabeça que precisava ver uma partida ali. 


Visão do sensacional Estádio do Arruda, casa do Santa Cruz. Foto: Fernando Martinez. 

Só que por muito pouco esse meu sonho não fica comprometido. Tudo graças à lamentável sucessão de liminares que adiaram o início das Séries C e D do Campeonato Brasileiro 2012. No dia 10 de junho, a tabela original da terceirona marcava um Santa Cruz x Rio Branco do Acre, o jogo principal da minha viagem. Sorte que o pessoal do "Mais Querido" vem marcando alguns amistosos oficiais (amistosos e não jogos-treino, ouviram, times paulistas?) enquanto o certame não começa. 

E o jogo contra o Campinense foi nada mais, nada menos do que o confronto entre os respectivos campeões estaduais desse ano. O time paraibano também aguarda a definição do triste lenga-lenga que fez o futebol brasileiro retroceder cerca de 25 anos, mas pela Série D. A Raposa está no Grupo 3 da última divisão nacional junto com Baraúnas, Horizonte, Petrolina e Ypiranga/PE. 


Times alinhados para o início do amistoso. Foto: Fernando Martinez. 

Bom, para ver a peleja armei um esquema ninja no dia anterior, já que o hotel aonde estava hospedado era bem longe da casa tricolor. Com uma providencial carona, cheguei na porta do Arruda bem antes do apito inicial para garantir meu ingresso sem percalços, já que a promessa era de um bom público, algo normal nos jogos do clube. Ao andar em volta do estádio pude ver as vigas de sustentação de um dos anéis superiores que avançam em cima da Rua das Moças, acesso da parte lateral. Pena que por um lapso não fiz nenhuma foto dali. 

Ingresso na mão e então fui passear um pouco pelo centro antigo de Recife e também passar na porta da Ilha do Retiro. Fiz algumas imagens da casa do maior rival do Santa Cruz e finalmente voltei de vez para o palco do primeiro jogo do domingo. Logo ao entrar nas dependências do José do Rego Maciel fiquei impressionado com o tamanho do estádio. Com certeza é um dos maiores que visitei até hoje e além disso me lembrou bastante o Monumental de Nuñez, casa do River Plate. 


Zaga do Santa Cruz iniciando um ataque da equipe. Foto: Fernando Martinez. 


Boa chegada do Campinense pela direita. Foto: Fernando Martinez. 

Falando do jogo, o bom público presente no Arruda na quente tarde de domingo não teve tantos motivos pra comemorar durante os primeiros 45 minutos. A primeira metade do tempo inicial foi de estudos, e nenhuma das equipes apresentou um futebol vistoso. Depois dos 20 minutos o Santa passou a incomodar de leve o goleiro paraibano, e aos 31 minutos o atacante Dênis Marques, o "Predador Coral" acertu um chutaço e colocou o onze local na frente do marcador. 


Ataque do santa Cruz pelo alto no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez. 

O Campinense acordou e se lançou ao ataque durante o restante do primeiro tempo. Aos 36 a equipe chegou ao empate com um golaço de Charles Wagner, que chutou de fora da área e, contando com um leve desvio no zagueiro, colocou a pelota no fundo das redes de Diego Lima. Antes do apito final, o mesmo Diego Lima fez milagre em cobrança de falta do Campinense e levou o jogo para o intervalo com a igualdade por um gol. 


Cobrança de falta para a Raposa que obrigou o goleiro Diego Lima a fazer uma belíssima defesa. Foto: Fernando Martinez. 


Dois momentos aprazíveis durante o amistoso. Primeiro um simpático cachorrinho que, mesmo sem pagar ingresso, perambulava sem destino pelas arquibancadas e depois um grupo de policiais curtindo uma boa roda de resenha atrás do gol. Fotos: Fernando Martinez. 

Após um intervalo aonde fiquei zanzando pelas arquibancadas do Arruda, o segundo tempo começou com a noite dando as caras por lá e os refletores já ligados. O Santa voltou um pouco melhor e fez dois gols seguidos aos 11 e 12 minutos. O segundo foi novamente de Dênis Marques e o terceiro foi de Renatinho, que finalizou de forma certeira uma jogada com ótima troca de passes de todo o ataque pernambucano. 


Escanteio para o time pernambucano já no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez. 


Outro bom ataque do Santa. Foto: Fernando Martinez. 

Perdido por três, perdido por dez, o Campinense então resolveu ocupar o campo defensivo do Mais Querido, causando grande preocupação na torcida e na zaga local. Diego Lima fez milagre aos 23, mas aos 28 não teve como defender a cabeçada de Adriano. A Raposa continuou no ataque e aos 41 minutos teve a maior oportunidade de deixar tudo igual novamente depois da marcação de uma penalidade máxima. Mas Adriano bateu mal o pênalti e o arqueiro tricolor fez a defesa. 


Lance aonde a zaga do Santa Cruz cometeu pênalti aos 40 do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez. 


Detalhe do pênalti perdido por Adriano aos 41 minutos. Diego Lima segurou a vitória. Foto: Fernando Martinez. 

No final, o marcador não foi mais alterado e a peleja acabou mesmo com Santa Cruz 3-2 Campinense. O campeão pernambucano agora continua com sua sequência de treinamentos para a Série C, enquanto os paraibanos fazem o mesmo aguardando o início da quarta divisão nacional. A única certeza é que ambos precisam ainda melhorar caso queiram pensar em acesso. 

E nem deu pra ficar perdendo muito tempo após o término do amistoso, e logo saí do Arruda para encontrar um táxi que me levasse à segunda partida do domingo. E não foi um jogo perdido, mas fui mesmo assim pois era uma chance única de "matar" mais um estádio.. 

Até lá! 

Fernando

Um comentário:

  1. gostaria que domingo ou sabado dia 23 ou 24 voces fizessem o jogo de ulrico mursa portuguesa santista e guaruja. tambem fotos de tanabi, radium, jaboticabal, matonense de matao, atletico mogi das cruzes, atibaia, votuporangnese, elosport capao bonito, pirassunungnese ants de terminaar a primeira fase porque na 2 fase alguns destes clubes podem nao se classificar e primavera de indaituba tambem. obrigado fico no aguardo e se voces puderem de a relaçao de jogos que voces vao fazer ate o fim da primeira fase poe no jogos´perdidos. um abraço. 15 de junho de 2012.

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