Texto e fotos: Fernando Martinez
Quase desisti da rodada vespertina do domingo, mas como era uma partida interessante, encontrei forças onde nem sabia que existiam. A pedida foi seguir até a proibitiva Arena Barueri e acompanhar o segundo duelo semifinal da The Women’s Cup. Palmeiras e o glorioso Pachuca, do México, decidiram quem enfrentaria o Racing Louisville na decisão.
A The Women’s Cup foi criada em 2021 por uma empresa dos Estados Unidos e sediada pelo próprio Racing em sua casa, a cidade de Louisville. As três primeiras edições foram anuais, e em 2024 houve três torneios: um em Kansas City, um em Cáli e outro na sede original. Em 2025, a organização trouxe a competição ao Brasil.
Torneios assim deveriam ser realizados com mais frequência e com uma divulgação e organização muito, mas muito melhores

Sociedade Esportiva Palmeiras (feminino) - São Paulo/SP
Club de Fútbol Pachuca (feminino) - Pachuca/MEX

Capitãs e quarteto de arbitragem na Arena Barueri
No sábado, as moças da terra do tenebroso presidente laranja derrotaram o São Paulo nos pênaltis e foram à final. Como eu estava em Itaquaquecetuba vendo as meninas sub-17 do Tricolor, não tive como ir até Barueri. Nem fiquei triste, já que ir hoje à Arena é uma tarefa árdua. Como agora é um estádio particular, tudo é na base do “não pode”. O clima leve e descontraído dos tempos da prefeitura ficou no passado. Hoje quem comanda toda a chatice são os insuportáveis seguranças palmeirenses, 99% deles mal-educados e sem nenhum traquejo social. Ir ao estádio só mesmo em partidas imperdíveis e especiais.
Entre uma enchição e outra, cheguei ao gramado e ali esperei o apito inicial. Enquanto aguardava, bati um papo com o amigo Anderson Romão, sempre com um sorriso no rosto e muita simpatia. O tempo passou rápido e logo as equipes foram ao campo sintético para definir o segundo finalista da The Women’s Cup.
O Pachuca tentou impor pressão no começo, porém foi o Palmeiras quem jogou melhor. Brena Carolina abriu o placar de cabeça aos 24, após escanteio da direita. Na sequência, as mexicanas quase empataram, mas em contra-ataque rápido pela esquerda, aos 39, Soll avançou e soltou o chute forte. A goleira Barreras tentou segurar, só que a bola espirrou na sua luva e morreu no fundo do gol.
A segunda etapa começou com o Palmeiras sofrendo pressão. Aos 15, para desespero da equipe norte-americana, as alviverdes tiveram pênalti marcado a favor. Tainá Maranhão cobrou bem e anotou o terceiro. Se já estava ruim, a coisa piorou. O Pachuca sentiu o golpe e ficou perto de levar outros gols. No fim, triunfo sul-americano por 3 a 0 e vaga garantida.

Boa chance palmeirense no início da peleja
Brena Carolina fez de cabeça o primeiro tento da tarde

Ataque alviverde pela direita
Soll chutou, a goleira Barreras falhou e o Palmeiras chegou aos 2 a 0
Com 2 a 0 contra, a missão do Pachuca se complicou na segunda etapa

Tainá Maranhão bateu pênalti, fez o terceiro e decretou a vitória e classificação palmeirense
Por pouco as locais não ampliaram o marcador em bons lances na reta final

Vitória incontestável do Palmeiras na The Women's Cup
O relógio marcava mais de sete da noite e fazia frio. Lá fui eu, então, pegar o caminho do QG da Zona Oeste pelos trilhos da antiga CPTM, atual ViaMobilidade. Apesar do trem ter demorado, eu não liguei, pois deu tempo de ler um bom pedaço da ótima biografia do glorioso Napoleão que estou lendo. Deixo essa dica de leitura nesta nova notinha do “JP Cultural”.
Depois dessa, terei dois dias de descanso antes de me aventurar novamente pelos campos da Grande São Paulo. A próxima cobertura deve acontecer na quarta-feira.
Até a próxima!
Ficha Técnica: Palmeiras 3-0 Pachuca
Local: Arena Barueri (Barueri); Árbitra: Ana Caroline Carvalho; Público: 414 pagantes; Renda: R$ 1.890,00; Cartões amarelos: Andressinha, Ingryd Lima, Tainá Maranhão, Nieto, Flores, Delgadillo, Oke, Ibarra e Cadena; Cartão vermelho: Flores 46 do 2º; Gols: Brena Carolina 24 e Soll 39 do 1º, Tainá Maranhão (pênalti) 15 do 2º.
Palmeiras: Tainá; Poliana (Isadora), Pati Maldaner, Carla Tays e Rhay Coutinho; Diany (Ana Júlia), Brena Carolina (Anny Marabá) e Andressinha (Ingryd Lima); Yoreli Rincón (Greicy), Tainá Maranhão (Emilly Assis) e Soll. Técnico: Camilla Orlando.
Pachuca: Barreras; Pereira (Cadena), Sanchez, Nieto (Orejel) e Ocampo (Mauleon); Corral (Garcia), Nicosia (Robles), Godínez e Flores; Oke (Ibarra) e Delgadillo. Técnico: Oscar Becerra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário