Fala povo!
Em uma série meio esquecida aqui no JOGOS PERDIDOS, posto hoje aqui mais um capítulo dos CONTOS DO FUTEBOL, tão freqüentes no início da nossa história na internet. Como todos sabem, acompanhamos jogos há tempos, e o período pré-JP é recheado de contos e causos incríveis.
O conto de hoje é a história de uma partida que foi dramática em todos os sentidos. O jogo em questão valeu pelo Campeonato Paulista da Série B2 de 2004, e foi entre o Osasco FC e o grande Jabaquara. O jogo foi no espetacular EM Elzo Pitéri e aconteceu na penúltima rodada da primeira fase daquele campeonato, dia 18 de julho, um domingo com muito frio.
A situação do Grupo 4 da B2 de 2004 antes dessa rodada se iniciar era desesperadora para o Jabuca: o time precisava ganhar seus dois últimos jogos a qualquer custo e torcer para que o Barcelona (ainda jogando no Estádio Capelão, na Zona Sul de SP) fizesse só um ponto nos seus dois últimos compromissos. O Jabuca pegaria um eliminado Osasco e o Guarujá em casa, já o Barça pegaria o Itararé em casa e visitaria o Taboão. Resumindo, o Barça tinha 21 pontos, e o Jabuca 17... em caso de empate do Jabaquara, o time precisaria de um milagre para seguir no campeonato. Derrota então, era a eliminação precoce.
O Osasco tinha míseros cinco pontos antes desse jogo e teoricamente não ofereceria risco algum à vitória jabaquarense. Fui nesse jogo com o Mílton e o Jurandyr, enquanto o Emerson - recém-chegado às aventuras do JP - estaria no Capelão, acompanhando o jogo entre Barcelona e Itararé. O celular seria aliado importantíssimo para o link nos dois jogos.
O jogo começou e o Jabaquara parecia não estar ligado à partida como deveria. O time estava muito disperso e não incomodava tanto nos seus ataques. Com o passar do tempo, as informações do Capelão eram animadoras para o time espanhol: o Itararé abriu dois a zero no primeiro tempo, deixando todo o staff jabaquarense animadíssimo. Pena que o time não correspondia e em campo o ãnimo fosse zero. E o jogo foi sem a abertura de contagem para o intervalo.
No intervalo houve muita conversa entre nós, o Emerson no Capelão e à diretoria do time santista. Será que no segundo tempo o time deslancharia? A resposta foi um categórico não. Logo no começo do segundo tempo, em bobeira na área do Jabuca, pênalti para os donos da casa. Mas a sorte estava do lado do Jabaquara, e na cobrança o goleirão do time defendeu brilhantemente a cobrança e impediu o gol osasquense. Com esse lance incrível, o time acordou um pouquinho e passou a dominar o jogo, buscando o gol à todo custo.
E enquanto no Capelão o Itararé fazia 4 a 0, o Jabuca tentava, por todos os meios, a marcação do seu gol. Mas o sofrimento aumentava em cada virada do relógio. Com o zero no placar, a partida foi adquirindo mais drama. Mas como por milagre, aos 37 minutos, o Jabuca chegou ao seu merecido gol: depois de cruzamento da esquerda e muita confusão na área, o jogador camisa 5, Felipe marcou de cabeça o gol salvador para o Jabaquara. Delírio em Osasco e no Capelão, com o Emerson vibrando pelo celular.
Até o fim do jogo foi mais sufoco, mas então o árbitro apitou o final da partida e a festa foi consumada em Osasco. Osasco FC 0-1 Jabaquara e a decisão da vaga seria decidida na última rodada. Em tempo, o Jabuca venceu o Guarujá em casa, e o Barça perdeu para o Taboão. O time jabaquarense se classificaria para a segunda fase no sufoco... mas aí já é outra história...
Em breve teremos mais posts com as história antigas pré-JP, quando ainda o blog mais alternativo sobre futebol no Brasil não existia.
Abraços
Fernando
Em uma série meio esquecida aqui no JOGOS PERDIDOS, posto hoje aqui mais um capítulo dos CONTOS DO FUTEBOL, tão freqüentes no início da nossa história na internet. Como todos sabem, acompanhamos jogos há tempos, e o período pré-JP é recheado de contos e causos incríveis.
O conto de hoje é a história de uma partida que foi dramática em todos os sentidos. O jogo em questão valeu pelo Campeonato Paulista da Série B2 de 2004, e foi entre o Osasco FC e o grande Jabaquara. O jogo foi no espetacular EM Elzo Pitéri e aconteceu na penúltima rodada da primeira fase daquele campeonato, dia 18 de julho, um domingo com muito frio.
Osasco FC (em julho de 2004) - Osasco/SP. Foto: Fernando Martinez.
Jabaquara AC (em julho de 2004) - Santos/SP. Foto: Fernando Martinez.
A situação do Grupo 4 da B2 de 2004 antes dessa rodada se iniciar era desesperadora para o Jabuca: o time precisava ganhar seus dois últimos jogos a qualquer custo e torcer para que o Barcelona (ainda jogando no Estádio Capelão, na Zona Sul de SP) fizesse só um ponto nos seus dois últimos compromissos. O Jabuca pegaria um eliminado Osasco e o Guarujá em casa, já o Barça pegaria o Itararé em casa e visitaria o Taboão. Resumindo, o Barça tinha 21 pontos, e o Jabuca 17... em caso de empate do Jabaquara, o time precisaria de um milagre para seguir no campeonato. Derrota então, era a eliminação precoce.
O Osasco tinha míseros cinco pontos antes desse jogo e teoricamente não ofereceria risco algum à vitória jabaquarense. Fui nesse jogo com o Mílton e o Jurandyr, enquanto o Emerson - recém-chegado às aventuras do JP - estaria no Capelão, acompanhando o jogo entre Barcelona e Itararé. O celular seria aliado importantíssimo para o link nos dois jogos.
Nuvens negras no horizonte e no Elzo Pitéri. Jabaquara no sufoco. Foto: Fernando Martinez.
O jogo começou e o Jabaquara parecia não estar ligado à partida como deveria. O time estava muito disperso e não incomodava tanto nos seus ataques. Com o passar do tempo, as informações do Capelão eram animadoras para o time espanhol: o Itararé abriu dois a zero no primeiro tempo, deixando todo o staff jabaquarense animadíssimo. Pena que o time não correspondia e em campo o ãnimo fosse zero. E o jogo foi sem a abertura de contagem para o intervalo.
O Jurandyr e o Mílton, com muito frio, na porta do vestiário jabaquarense. Deu para perceber por quem estávamos torcendo né? Foto: Fernando Martinez.
No intervalo houve muita conversa entre nós, o Emerson no Capelão e à diretoria do time santista. Será que no segundo tempo o time deslancharia? A resposta foi um categórico não. Logo no começo do segundo tempo, em bobeira na área do Jabuca, pênalti para os donos da casa. Mas a sorte estava do lado do Jabaquara, e na cobrança o goleirão do time defendeu brilhantemente a cobrança e impediu o gol osasquense. Com esse lance incrível, o time acordou um pouquinho e passou a dominar o jogo, buscando o gol à todo custo.
Susto para o Jabaquara: pênalti para o Osasco e grande defesa do goleirão do Jabuca. Foto: Fernando Martinez.
E enquanto no Capelão o Itararé fazia 4 a 0, o Jabuca tentava, por todos os meios, a marcação do seu gol. Mas o sofrimento aumentava em cada virada do relógio. Com o zero no placar, a partida foi adquirindo mais drama. Mas como por milagre, aos 37 minutos, o Jabuca chegou ao seu merecido gol: depois de cruzamento da esquerda e muita confusão na área, o jogador camisa 5, Felipe marcou de cabeça o gol salvador para o Jabaquara. Delírio em Osasco e no Capelão, com o Emerson vibrando pelo celular.
No final, sufoco para a defesa jabaquarense... ataques perigosos para o Osasco. Foto: Fernando Martinez.
Até o fim do jogo foi mais sufoco, mas então o árbitro apitou o final da partida e a festa foi consumada em Osasco. Osasco FC 0-1 Jabaquara e a decisão da vaga seria decidida na última rodada. Em tempo, o Jabuca venceu o Guarujá em casa, e o Barça perdeu para o Taboão. O time jabaquarense se classificaria para a segunda fase no sufoco... mas aí já é outra história...
Em breve teremos mais posts com as história antigas pré-JP, quando ainda o blog mais alternativo sobre futebol no Brasil não existia.
Abraços
Fernando
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