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quinta-feira, 28 de abril de 2022

A visita do genial Sant German de Rondônia via Copa do Brasil sub-17

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na quarta-feira rolou um Jogo Perdido com JP maiúsculo. Pela primeira vez fui ao CT palmeirense em Guarulhos, a Academia de Futebol 2, para colocar um novo time na Lista, o 745º. Pela primeira rodada da Copa do Brasil sub-17, o Palmeiras teve o genial Sant German de Ji-Paraná/RO como adversário. Não tinha como perder.

Chegar no CT alviverde é o próprio inferno na terra. O lugar fica no meio do nada, ao lado da Rodovia Ayrton Senna e não tem como chegar com facilidade. Uma alternativa é ir de trem até a Estação Engenheiro Goulart da CPTM e de lá pegar um Uber. Já adianto que o negócio é fora de mão MESMO. Felizmente nós fomos lá com uma caravana da coragem composta pelo Caio, o bravo motorista da rodada, e o trio Milton, Pucci e Nilton.

Outro grande problema do CT é a imensa falta de educação de nove entre dez seguranças. Tentei entrar pelo portão de imprensa e o ogro que estava ali, além de me ofender do nada, quase desceu o braço na minha pessoa. Isso apenas por tentar me credenciar. Como o pessoal da FPF não estava no local, o boçal simplesmente impediu que eu entrasse, dizendo que eu tinha "que me virar" para falar com o pessoal da FPF. Os amigos que estavam lá também passaram perrengue com outros seguranças em momentos distintos. Nunca vi uma equipe tão mal preparada para lidar com o público. Um horror. Consegui entrar no CT por outro portão e me credenciei sem problemas apesar de tudo.


Clubes aguardando a entrada no gramado


Todo o elenco do Palmeiras junto para a foto oficial


A rara imagem posada do Sant German no CT do Palmeiras em Guarulhos. Não encontrarão muitas assim na grande rede

O Palmeiras é um dos favoritos ao título e conquistou uma vaga na Copa do Brasil sub-17 com o vice-campeonato paulista em 2021. Já o Esporte Clube Sant German (escreve assim mesmo), foi o campeão rondoniense da categoria ao vencer o Porto Velho nos pênaltis no último mês de dezembro. Fundado em 2016, a agremiação disputa a sua primeira competição nacional.

Agora, como todos já imaginavam, quando a bola começou a rolar os donos da casa tomaram conta de tudo. A molecada alviverde dominou a peleja de ponta a ponta e enfileirou um sem-número de oportunidades agudas de gol. Com 10 minutos o Palmeiras já tinha criado pelo menos quatro momentos de bastante perigo. O marcador acabou sendo aberto aos 13 em cobrança de falta de Gilberto. Aos 16, Luís Guilherme fez o segundo.

A porteira abriu depois dos 2x0. O glorioso Mateus Patolino aos 22 e 34, Vitor André aos 36, Luís Guilherme aos 46 e Figueiredo aos 48 fecharam a etapa inicial com o triunfo parcial por 7x0. A chance de o clube paulistano igualar a maior goleada da história do torneio, o 14x0 do São Paulo contra o Grêmio Santo Antônio/MS em 2021, era enorme.






No primeiro tempo, como todos esperavam, o alviverde fez sete gols e encaminhou uma grande goleada em Guarulhos

Luighi fez 8x0 no primeiro lance do tempo final e o pessoal na arquibancada se animou pensando que veria nova leva de gols... mas não foi isso que aconteceu. O Sant German fez o gol de honra aos 4 minutos em cobrança de pênalti de Hiago e nada mais aconteceu. O alviverde ativou o "modo preguiça" e passou a jogar sem nenhuma objetividade. Deu sono.

Mesmo com uma má vontade enorme, o novo gol saiu aos 31 minutos dos pés de Cauê. Aos 48, Lucas Aguiar deu números finais ao duelo apesar da modorrenta atuação. No fim, nem temos como reclamar de um Palmeiras 10-1 Sant German, pois não é toda hora que assistimos um placar desse naipe. O ponto é que jogar sério deveria ser padrão nos 90 minutos.


Detalhe do oitavo gol, marcado logo no início do tempo final


O Sant German foi goleado, mas deixou a sua marca com esse gol de pênalti





Momentos do tempo final de Palmeiras x Sant German. Depois do 8x0, os locais sossegaram o facho e cozinharam demais o galo. Deu sono


Os dois times juntos após o apito final. Os atletas do Palmeiras presentearam os rondonienses com chuteiras e materiais do alviverde. Atitude bem legal

Do lado dos rondonienses, a alegria por terem enfrentado uma das forças da categoria no país e de atuarem em um dos principais centros do esporte. Certeza de que vão levar a experiência para sempre. Fomos conversar com os diretores do clube e inclusive consegui uma camisa para a coleção. Peça que não iria arrumar de outra forma. Já desencanei de ficar atrás de camisa de time, só que uma dessas vale muito a pena.

Saímos do CT com o acréscimo do empresário, influencer, dirigente, comentarista e colecionador Rodrigo Colucci, deixando o carro com um aperto maroto. Voltamos à capital e emendamos uma boquinha perto do Metrô Tietê antes de retornar ao lar, doce lar. Voltarei às coberturas, de novo com o verde da Zona Oeste, no sábado.

Até lá!

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Ficha Técnica: Palmeiras 10x1 Sant German/RO

Em breve
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terça-feira, 26 de abril de 2022

Virada do Jabaquara na estreia da Segundona em Suzano

Texto e fotos: Fernando Martinez


Começou o Campeonato Paulista da Segunda Divisão no Jogos Perdidos! Na tarde do domingo fui até a cidade de Suzano ver um joguinho legal entre ECUS e Jabaquara. Depois do lamentável WO que vi no Estádio Francisco Marques Figueira no começo do mês pela Série A3, desta vez não pintou nenhum problema. Ufa!

A Segundona Paulista tem outra vez aquela anomalia de permitir apenas atletas sub-23. Uma invenção com cara e corpo da FPF que os clubes aceitaram (de novo) sem pestanejar, a meu ver um tiro no pé do próprio campeonato, nivelando por baixo todos os participantes. Como se não bastasse, o torneio está cada vez mais esvaziado. Atenção mesmo só tem na final, pois aí todos os aspones de plantão aparecem. Na hora de fazer uma competição realmente interessante, ninguém faz nada.

São 36 os participantes deste ano, divididos em seis grupos com seis times cada. Os dois melhores de cada chave e os quatro melhores terceiros estarão na segunda fase. Quem não se classificar fará estupendos DEZ (!) jogos na fase inicial, um assombro... pelo lado negativo, claro. Não tem como defender um formato tão curto. Pelo menos a próxima fase será disputada em grupos e não em mata-mata.

Jabuca e ECUS estão no Grupo 6 junto com Mauá FC, Colorado Caieiras, Ska Brasil e Grêmio Mauaense. A equipe santista está voltando ao profissionalismo após ter ficado de fora em 2021. O onze suzanense faz a sua segunda temporada seguida depois após a ausência dos torneios da FPF entre 2016 e 2020. Por ser começo de certame, não tinha como saber o que esperar.



ECUS e Jabaquara prontos para a estreia na Segundona 2022


Os capitães, o árbitro João Batista do Nascimento Avelino, os assistentes Wellington Bragantim Caetano e Bruno Henrique Mascarenhas Moura e o quarto árbitro Claudemir de Araujo Silva

Fui até a cidade da Grande São Paulo com a dupla Milton e Bruno, e no estádio encontramos o rei do futebol de botão, Nilton. Acabamos vendo um joguinho bem bom, acima do que esperávamos. Em meio a tantas partidas abaixo da crítica que tenho acompanhado, valeu bastante a pena.

Na etapa inicial, o equilíbrio foi a tônica. Os dois times tiveram bons momentos e o marcador poderia ter sido inaugurado já nos primeiros minutos. O ECUS teve um grande lance aos 12 com vacilo da zaga visitante e finalização de Felipe. Gabriel Gallo, goleiro jabaquarense, defendeu João Gabriel respondeu à altura aos 19 e por muito pouco não fez o tento santista em chute por cobertura.

As chances foram seguindo e aos 37 Guilherme foi derrubado dentro da área por Sergipe, zagueiro do Jabuca. Guilherme Nunes bateu firme e abriu o placar. Antes no intervalo quase Rodrigo ampliou. No intervalo fui ao encontro dos amiguinhos na arquibancada e de lá acompanhei o ECUS retornar ao gramado tentando manter o bom ritmo, mas não demorou para o Jabaquara passar a tomar conta do confronto.




Foi um jogo animado entre ECUS e Jabaquara nos primeiros minutos em Suzano



Detalhe do pênalti cometido por Sergipe em cima de Guilherme e a batida de Guilherme Nunes

Aos 19, o escrete do litoral deixou tudo igual com o gol de Kainan, aproveitando bola zanzando sem dono dentro da área. Na sequência aconteceu a virada, porém a arbitragem anulou por impedimento. O rubro-amarelo seguiu criando oportunidades boas aos 37, aos 43 e aos 45, mas o tento da virada não saiu. A insistência deu resultado aos 49, quando Gustavo recebeu na direita e chutou cruzado, vencendo o arqueiro local.





Momentos do bom segundo tempo e na última foto a comemoração jabaquarense com o gol nos acréscimos


Placar final da boa estreia do Jabuca na última divisão paulista. Será que dá para esperar um bom ano do Leão da Caneleira?

O ECUS 1-2 Jabaquara marcou uma ótima estreia do Leão, que pretende pelo menos estar na próxima fase. Ao clube suzanense, fica o recado que precisam errar menos caso queiram algo de mais concreto no torneio. Só que foi apenas a primeira rodada e muita coisa certamente irá acontecer.

Voltei para a capital já pensando na próxima cobertura. A Lista vai ganhar um integrante surreal pela Copa do Brasil sub-17.

Até lá!

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Ficha Técnica: ECUS 1x2 Jabaquara

Em breve
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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Santo André é surpreendido pelo Nova Iguaçu no ABC

Texto e fotos: Fernando Martinez


A última divisão paulista começou no último final de semana, só que eu decidi acompanhar de perto um jogo do Campeonato Brasileiro da Série D. Fui até o ABC, mais precisamente no Estádio Bruno José Daniel, para o genial duelo entre Santo André e Nova Iguaçu na segunda rodada do Grupo A7. Os paulistas querendo repetir o resultado positivo da semana anterior e os cariocas buscando a primeira vitória.

O Ramalhão participou da última divisão nacional no ano passado, mas, por conta da pandemia, não fui vê-los como mandantes. Acompanhei apenas a derrota contra a Portuguesa no Canindé. Logo, esse foi o meu retorno em confrontos do clube dentro de casa por uma competição nacional depois de nove anos. Minha última vez tinha sido em um 0x0 com o Metropolitano da Série D de 2013. Naquele ano também acompanhei duas vitórias: 2x1 contra o Villa Nova/MG e 3x2 em cima do Marcílio Dias.

Falando do Nova Iguaçu, foi apenas a segunda vez que os vi em ação. Na primeira, o Jogos Perdidos nem existia. Foi em 10 de abril de 2004 que assisti o Laranjão em campo pela única vez, em vitória de 5x1 contra o Ceres pela Série B do Carioca no Édson Passos, cancha do America. Falei sobre a histórica viagem em uma trinca de matérias nos nossos primórdios. Até hoje é uma das viagens mais lembradas.



Santo André e Nova Iguaçu antes do duelo pela segunda rodada da fase inicial da Série D


Capitães junto com o quarteto de arbitragem com o árbitro Murilo Francisco Misson Junior (MG), os assistentes Ítalo Magno de Paula Andrade (SP) e Leandra Aires Cossette (SP) e quarto árbitro Pietro Dimitrof Stefanelli (SP)

Voltando a 2022, o Santo André venceu o Pérolas Negras fora de casa na estreia da Série D. Já a Laranja Mecânica da Baixada foi derrotada em casa pelo Cianorte/PR. Por jogar em casa e pelo triunfo na primeira apresentação, eu imaginava que estava prestes a ver uma boa partida do time andreense. Me enganei redondamente. Junto com a dupla alfabética Milton e Nílton, acompanhei um dos piores jogos do ano.

Fica difícil até escrever a respeito de 90 minutos tão fracos. Na etapa inicial, ambas as equipes tiveram uma crônica dificuldade em criar lances minimamente aceitáveis. As poucas finalizações foram completamente sem direção. Na segunda etapa a coisa melhorou de forma tímida, nada digno de registro.

Aos 20 minutos, para a tristeza dos presentes, o Nova Iguaçu abriu o marcador. Em escanteio pela esquerda, a bola foi escorada, Gabriel surgiu entre os zagueiros no meio da área e cabeceou firme no canto. Com o gol sofrido, o Santo André tentou emplacar aquela pressão marota, porém não teve sucesso. Luís Henrique, goleiro visitante, mostrou serviço quando acionado.








Esperava mais do Santo André x Nova Iguaçu, mas o jogo foi bem abaixo da média e com raríssimos momentos de perigo


O glorioso placar eletrônico do Bruno José Daniel mostrando a derrota do Ramalhão

O Santo André 0-1 Nova Iguaçu foi bem definido pelo amigo Nilton: "foi um 0 a 0 com gol". Partida muito abaixo da média e resultado merecido. Agora, é fato que ambos vão precisar melhorar caso queiram estar na próxima fase da competição. Com 12 rodadas faltando, tudo pode rolar.

No domingo teve nova cobertura, a primeira do JP pela Segundona Paulista em 2022. Para a alegria geral, a peleja foi bem melhor do que a do sábado.

Até lá!

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Ficha Técnica: Santo André 0x1 Nova Iguaçu

Em breve
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sexta-feira, 22 de abril de 2022

São Caetano campeão da Copa Ouro sub-15 2022

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois do título do Itapevi na preliminar, o Estádio Anacleto Campanella recebeu a final da Copa Ouro sub-15 da APF entre São Caetano e Jabaquara, duelo com cara de terceira divisão paulista do começo dos anos 90. Detalhe: a presença de torcida foi maciça, certamente com muito mais gente do que o Azulão levou nos seus compromissos na Série A2.

O protocolo para o início dessa nova decisão começou logo após a entrega dos troféus da preliminar e tinha bastante gente fazendo as fotos oficiais. Confesso que nunca imaginei ver tanto fotógrafo em um jogo qualquer da APF, pena que não no esquema “jornalismo” e sim vendendo foto diretamente aos atletas. Como dá grana, tem vários aproveitando esse filão.




São Caetano e Jabaquara nas imagens oficiais da decisão da Copa Ouro sub-15 e os capitães com o quarteto de arbitragem

Por causa do calor eu fiquei ao lado do banco do Jabuca durante os primeiros momentos. Tinha dado uma melhorada na minha média pessoal de 0x0 no ano, mas nesse joguinho do sub-15 deu ruim pela segunda vez em cinco dias. O Azulão e o Leão da Caneleira foram mal e não fizeram uma boa peleja. Os santistas apenas se defenderam, enquanto os locais até criaram seus lances, porém com pouca inspiração. O clima estava bem legal com a incansável animação dos presentes, pena que as equipes não tenham correspondido.






Momentos do primeiro tempo de São Caetano x Jabaquara, jogo com cara de terceirona dos anos 90

Com o placar em branco no tempo regulamentar, o caneco foi decidido na cobrança de pênaltis. Foi legal poder fazer as imagens bem perto da ação, diferente do que acontece em torneios da FPF. O São Caetano acertou os quatro que cobrou e o Jabuca anotou somente um dos três chutes. No fim, São Caetano 0x0 (4x1) Jabaquara e o título do clube local.




Dois lances da segunda etapa e o pênalti decisivo que deu o título ao São Caetano


Elenco, comissão técnica, dirigentes e um monte de gente não identificada na foto oficial do título do Azulão

Teve festa da rapaziada do Azulão dentro de campo e da torcida que ocupou a arquibancada. Assim como na preliminar, teve entrega de prêmios individuais e da taça ao grande campeão. Deixo os parabéns para a organização da APF já de olho nas próximas competições da entidade. Eles estão melhorando bem com o passar do tempo.

Retornei à capital ao lado do velho amigo Milton Haddad e, mesmo sendo feriado, cheguei até que rápido no QG da Zona Oeste. A próxima parada será também no ABC com Série D do Brasileiro.

Até a próxima!

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Ficha Técnica: São Caetano 0x0 (4x1) Jabaquara

Em breve
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