Texto e fotos: Fernando Martinez
Depois da vitória colorada pelo Brasileiro Feminino no sábado cedo, tinha várias opções de sessão vespertina. Escolhi ir até o Estádio Antônio Soares de Oliveira para o duelo entre Flamengo e Manthiqueira. Jogo de times que eu não via in loco com seus elencos profissionais desde 2017.
Minha última vez com a equipe de Guaratinguetá tinha sido a primeira final da Segundona de 2017 contra o São Bernardo, empate por 1x1 no Baetão. Já o Corvo eu não assistia desde 5 de fevereiro do mesmo ano, em derrota por 2x1 contra o Noroeste, também em Guarulhos, pela Série A3. Ambos sempre estão perto de casa, mas quando a gente percebe fica um tempão sem ver.
Chegamos na cancha e os portões não estavam abertos. Eu entrei, porém os amigos ficaram do lado de fora por um bom tempo. Logo fui ao gramado e vi que o Manthiqueira iria usar a camisa que usou na Copinha, com um desenho que lembra a da seleção da Holanda na Euro de 1988. Na TV já era bonita, ao vivo é bem mais legal.
O Flamengo inteiro posado e os titulares do Manthiqueira com a belíssima camisa que homenageia a Holanda-88
Os capitães junto com o quarteto de arbitragem com Tarciano Jose de Lima, Marcos Regis Vasconcelos, Alexandre Nascimento da Silva e Leônidas Sanches Ferreira
Na estreia o Fla empatou com o União Mogi fora de casa e o clube laranja ganhou do Joseense em Guará. Na segunda apresentação, eu não sabia o que esperar e acabei vendo uma boa partida, com chances de ambos e bastante movimentação. Os visitantes começaram melhor, chegaram com perigo aos 15 e aos 28 abriram o marcador em cobrança de pênalti de Michel Yan.
Nem deu para o Manthiqueira comemorar, pois no minuto seguinte, em bom ataque pela esquerda, Pablo recebeu no bico da área e mandou por cobertura, acertando o ângulo do goleiro, o camisa 11 (!) Daniel. O 1x1 sossegou os dois e a peleja caiu de produção até o intervalo chegar.
O bonito colorido das camisas de Flamengo e Manthiqueira
Michel Yan abriu o placar a favor dos visitantes em perfeita cobrança de pênalti
Detalhe do gol de empate de Pablo, uma pintura sem chances de defesa para Daniel
Na etapa final fiquei na arquibancada atrás do gol da entrada do Ninho do Corvo. O escrete laranja retornou melhor e aos poucos o Fla foi equilibrando as ações. Com cerca de 15 minutos, os locais tomaram as rédeas e assustaram mais. O que se viu foi uma série de ataques perigosos e em um espaço de dois minutos, o rubro-negro decidiu o jogo a seu favor.
Primeiro foi Pablo que fez o segundo dele aos 32 em pênalti batido no canto esquerdo. Na saída de bola, o Fla retomou a posse e ganhou escanteio na esquerda. A pelota foi levantada e Thiago Gabriel, camisa 4, subiu livre, colocando no canto. Era o terceiro flamenguista, o gol que fechou a contagem.
Detalhes do tempo final em Guarulhos. Na última foto, destaque para o camisa 1 sendo jogador de linha. No Manthiqueira, o capitão é o dono da camisa 1 sempre
Pablo fez o segundo em outro pênalti marcado pela arbitragem
Thiago Gabriel fez o terceiro, de cabeça, e fechou a vitória guarulhense
O resultado ficou em Flamengo 3-1 Manthiqueira. Acredito que o Corvo vai disputar uma vaguinha na próxima fase sem problemas. O clube do Vale do Paraíba, apesar da derrota, foi bem na medida do possível e também deve lutar para estar entre os melhores da chave.
Saí do estádio e desta vez não voltei ao QG da Zona Oeste. Meu destino foi a Zona Norte paulistana, pois o 30 de abril marcou o aniversário de 18 anos de uma das minhas sobrinhas. Quando isso acontece, a gente se sente ainda mais velho do que já é. A comemoração era totalmente merecida.
Retornei à ativa domingo com, de novo, Brasileiro Feminino na pauta livre do JP, agora em Cotia.
Até lá!
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Ficha Técnica: Flamengo 3x1 Manthiqueira
Em breve
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