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quinta-feira, 31 de julho de 2014

JP na Copa (parte 7): Grande jogo com duas viradas e vitória holandesa no Sul

Fala, pessoal!

Depois de acompanhar Bélgica x Argélia em BH, voei para a cidade de Campinas para poder descansar um pouco na residência da família Claudino. A estadia na cidade das andorinhas aconteceu pois na quarta-feira cedo partiríamos de Viracopos com destino à Porto Alegre, local do meu quinto jogo na Copa do Mundo: o sensacional Austrália x Holanda.

Na companhia da Van e do Luiz, peguei o voo da Azul sem atrasos - algo bastante inesperado - e pouco antes das 10 da manhã já estávamos no Salgado Filho numa fria manhã de junho na capital do Rio Grande do Sul. Depois de quatro jogos com calor, finalmente havia chegado o momento de curtir um joguinho em baixa temperatura.


Bandeira da Copa do Mundo tremulando com o vento frio em Porto Alegre. Foto: Fernando Martinez.

Como esse era o pré-jogo mais complicado de todas as partidas que planejei assistir, não podia perder nenhum segundo. Logo fomos nos informar sobre quais eram os ônibus que realizavam o trajeto entre o aeroporto e o Beira Rio. Pena que ali o nível de desinformação estava alto, pois além dos funcionários garantirem que não havia nenhum transporte especial para a Copa, nos mandaram pegar um ônibus de linha fora do Salgado Filho.

Por volta das dez e vinte da manhã nos encontrávamos num ponto ao lado da Estação Aeroporto da Trensurb, aguardando pacientemente a chegada do coletivo, mais conhecido como "T5". Quinze minutos depois ele chegou e a cobradora informou que o trajeto dali até o estádio não levava mais do que quarenta minutos em condições normais. É, mas não estávamos num dia nessas condições.

Tudo isso caiu por terra quando chegamos no centro da cidade. O busão lotou, o trânsito parou e o desespero tomou conta de todos que estavam ali com o objetivo de chegar relativamente próximos da casa colorada. Para piorar, o coletivo estava com um horroroso adesivo colado em todos os vidros e não tínhamos como ver o lado de fora. Ficamos literalmente enclausurados ali.

A tensão era enorme, e para piorar o astral ficamos sabendo que tinha sim um transporte do aeroporto até o estádio e que os funcionários de lá simplesmente deixaram de nos fornecer essa informação, provavelmente por pura incompetência. Troféu joinha para todos eles.

A passo de tartaruga fomos seguindo nas apinhadas ruas porto-alegrenses. O relógio era implacável e a cada minuto que passava ficava mais forte a certeza que perderíamos boa parte do jogo. Somente depois do meio-dia o ônibus conseguiu andar um pouco mais e para alívio geral, nos deixou a cerca de um quilômetro do Beira Rio às 12:27.


Fachada do belíssimo Beira Rio, palco de Austrália x Holanda. Foto: Fernando Martinez.

Agora era conosco, e faltando exatamente 33 minutos antes do pontapé inicial saímos correndo para tentar diminuir o prejuízo. O temor era que as gigantescas filas vistas no dia anterior em Belo Horizonte também estivessem presentes em Porto Alegre. Por milagre, deu tudo certo e entramos na casa colorada em menos de dois minutos. Num sprint final, fomos aos nossos respectivos lugares e nem bem nos sentamos nas confortáveis cadeiras os times foram ao gramado. Ufa!


Times perfilados para os hinos nacionais. Foto: Fernando Martinez.

Na base do milagre chegamos a tempo, e só aí o pensamento futebolístico passou a ser prioridade. Austrália e Holanda se encontraram para a partida em situações opostas. Os Socceroos haviam sido derrotados na estreia - 3x1 para o Chile em jogo com presença do JP - e a Holanda havia massacrado a campeã mundial Espanha por sonoros 5x1. Por motivos óbvios, todo mundo esperava mais uma grande vitória da Laranja Mecânica.


Detalhe da grande presença de holandeses em Porto Alegre. Foto: Fernando Martinez.


Cabines de imprensa do Beira Rio. Foto: Fernando Martinez.

Vale lembrar que esse foi o primeiro jogo da Copa do Mundo em que vi duas seleções novas para a minha Lista... e que seleções! A Austrália é legal por si só, mas a meta era mesmo ver um joguinho do selecionado laranja, um sonho de criança, claro, por conta do que os europeus fizeram nos anos 70.


Davidson, camisa 3 da Austrália, atacando pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

Depois de tanta luta para chegar a tempo, fui recompensado com um dos melhores jogos do Mundial, entrando no pódio do certame. A Austrália fez uma partida incrível e igualou as ações com seu adversário na base da superação. A Holanda foi anulada e suou sangue para conquistar os três pontos.


A zaga holandesa trabalhou muito durante todo o tempo. Foto: Fernando Martinez.


Grande chance australiana. Foto: Fernando Martinez.

Os holandeses, assustados com o ímpeto australiano, abriram o placar com o gol de Robben aos 20 minutos. Na saída de bola um dos gols mais sensacionais da Copa do Mundo saiu dos pés de Cahill. Ele acertou um chutaço sem pulo de esquerda, estufando as redes de Cillessen e levando o público de 42.877 pagantes ao delírio.


Placar eletrônico informando o segundo gol de Cahill na Copa, um dos mais belos do Mundial 2014. Foto: Fernando Martinez.

O primeiro tempo terminou em 1x1, e aos 9 do tempo final a torcida foi à loucura com a virada da Austrália no gol de pênalti de Jedinak. Esse gol acordou os holandeses e quatro minutos depois Van Persie deixou tudo igual novamente.


De pênalti, a Austrália virou o placar aos 9 do segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.


Bola esticada no ataque holandês. Foto: Fernando Martinez.


Grande investida holandesa. Foto: Fernando Martinez.

Daí até o final qualquer uma das seleções poderia ter feito o terceiro. Para a tristeza da maioria dos torcedores presentes no Beira Rio, quem marcou foi Depay aos 23 minutos, marcando a segunda virada da fria tarde de Porto Alegre.


Alex Wilkinson levantando a bola para o setor defensivo dos Socceroos. Foto: Fernando Martinez.


Boa cobrança de falta para a Austrália. Foto: Fernando Martinez.

O placar final da eletrizante partida ficou em Austrália 2-3 Holanda e que somado ao genial Espanha 0-2 Chile realizado horas depois no Maracanã, classificou o selecionado europeu e eliminou o time da Oceania. Holanda e Chile fizeram a decisão do primeiro lugar do Grupo B no dia 23 de junho na Arena Corinthians, jogo que também teve cobertura do JP.


Visão geral do belíssimo Beira Rio, o segundo estádio mais bonito que visitei na Copa (o primeiro foi o de Brasília). Foto: Fernando Martinez.

Após o apito final o relógio marcava pouco mais de três da tarde e nosso voo de volta para São Paulo estava marcado nada mais, nada menos para seis da manhã do dia seguinte. Agora teríamos que enfrentar 15 horas sem nada pra fazer na capital do Rio Grande do Sul.

Por sorte existe um shopping perto do Beira Rio e passamos boa parte do tempo ensebando no estabelecimento. Por volta das 21 horas pegamos o coletivo até o aeroporto, ainda sem saber como passaríamos a madrugada. Menos mal que descobrimos que a Fun Zone montada por lá tinha um grande espaço para descanso com algumas almofadas confortáveis e muitos estrangeiros. Dormimos gloriosamente no chão local até chegar a hora de voltar para casa.

Moído de tanto cansaço cheguei no meu QG ao meio-dia da quinta-feira. A segunda parte das viagens da Copa havia terminado e agora teria 24 horas para um razoável descanso antes de iniciar a terceira e penúltima parte, realizada inteiramente na região Sul.

Até lá!

Fernando

terça-feira, 29 de julho de 2014

Grêmio Barueri perde na estreia da Série D 2014

Fala, pessoal!

Depois de desistir da rodada matinal do domingo por conta da chuva, o dia ficou reservado exclusivamente para nossa estreia no Campeonato Brasileiro da Série D, uma competição sensacional mas que não aparece com tanta frequência por essas páginas. Fomos até a Arena Barueri, aonde o Grêmio local enfrentou o Luziânia, grande campeão brasiliense de 2014.

Na final do Candangão desse ano, a equipe azul e branca bateu o genial Brasília na final, conquistando um troféu até então inédito no futebol tupiniquim. Foi a primeira vez que uma equipe conquistou um estadual em outro estado que não o seu de origem. Nascido na quinta maior cidade de Goiás, o Luziânia joga o brasiliense por conta da sua proximidade com a capital federal.

As duas equipes fazem parte do Grupo A6 da quarta divisão nacional junto com Goianésia, Tombense e Operário/MT. Os dois primeiros de cada uma das oito chaves se garantem nas oitavas-de-final. O Barueri descansou na jornada inicial, enquanto o Luziânia perdeu em casa para a centenária equipe mineira.


Detalhe da belíssima Estação Júlio Prestes, ponto de partida para Barueri. Foto: Fernando Martinez.

Só que não foi fácil arranjar ânimo para ir até Barueri. O domingo começou chuvoso e continuou assim ao longo do dia. Juntou-se a isso o frio intenso e uma preguiça monstro. Se não fosse para incluir o meu 582º time na Lista, sinceramente não sei se sairia de casa. Junto comigo para essa peleja estavam os amigos Mílton, Rodrigo Colucci e Ricardo Pucci.

Pena que dessa vez eu não tenha conseguido as fotos de dentro de campo durante a peleja. A FPF mudou as regras do jogo e nós não ficamos sabendo. Fazer as imagens posadas já foi fruto de uma grande "sorte". De qualquer forma, elas seguem abaixo e, para variar, são exclusivas.


Grêmio R Barueri - Barueri/SP. Foto: Fernando Martinez.


AA Luziânia - Luziânia/GO (mas representando o Distrito Federal). Foto: Fernando Martinez.


Trio de arbitragem do Rio de Janeiro escalado para a peleja com Pathrice Wallace Maia e os assistentes Carlos Henrique Filho e Thiago Henrique Farinha. Na foto, também os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Fui para as cabines de imprensa sozinho - os amigos ficaram na arquibancada vazia da Arena - e dali vi um jogo fraco, muito fraco, que me fez ter enorme saudade de tudo que vivi na Copa do Mundo. O Luziânia começou um pouquinho melhor, mas logo passou a ser dominado pelo confuso time local.


Estádio completamente vazio para Barueri x Luziânia. Viva o "país do futebol"! Foto: Fernando Martinez.

O GRB até conseguiu chegar dentro da área visitante, mas as finalizações foram horrendas. O primeiro tempo correu nesse panorama e o que me fez ficar acordado foi a trilha sonora recheada de clássicos do rock nacional dos anos 70 que estava tocando no meu celular. Não fosse isso, teria dormido facilmente.


Ataque do Grêmio Barueri no começo do jogo. Foto: Fernando Martinez.


Ataque local pela esquerda. Foto: Fernando Martinez.

No tempo final o Barueri foi ainda mais perigoso e o Luziânia se fechou ainda mais. Mas para o azar dos paulistas, o camisa 7 Thompson, no único ataque visitante do segundo tempo, conseguiu fazer uma pintura de gol aos 12 minutos. Ele recebeu a pelota na direita e chutou no ângulo direito de Matheus Inácio. Golaço!


Escanteio para a Abelha. Foto: Fernando Martinez.


Marcação firme de quatro atletas do Luziânia contra apenas um atacante local. Foto: Fernando Martinez.


Artilharia aérea do GRB. Foto: Fernando Martinez.

Nos pouco mais de 30 minutos restantes os locais criaram pelo menos seis chances claras para pelo menos deixar tudo igual no marcador. É, mas o pouco inspirado setor ofensivo da Abelha conseguiu jogar tudo no lixo. No fim, a equipe viu a chance de uma sorte melhor escapar por conta dessa inoperância.


Falta perigosa para os donos da casa. Foto: Fernando Martinez.


Chance de ouro perdida pelo camisa 10 Alex Maranhão. Foto: Fernando Martinez.

Placar final do jogo: Grêmio Barueri 0-1 Luziânia. A péssima estreia deixou uma impressão ruim para as 30 almas que foram até a Arena. Se nada mudar, a equipe corre o grande risco de ser eliminada ainda na primeira fase, finalizando a trajetória nacional da Abelha iniciada em 2006. Ao Luziânia, que também mostrou pouco, pelo menos a peleja serviu para o time se recuperar após a derrota na primeira rodada.

O jogo acabou, a noite chegou e com ela o frio aumentou. Mesmo assim fizemos um pit stop sensacional numa ótima casa de esfihas lá perto (vale conferir, pois sem dúvida é uma das melhores casas que vendem a iguaria na Grande São Paulo). Depois, voltamos no trem vermelho da CPTM até a capital paulista. Futebol de novo somente na quarta-feira, com mais um time novo na Lista.

Até lá!

Fernando

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Santos vence fácil a Chapecoense no Alçapão

Salve amigos!

Na semana passada recebi uma visita muito especial em casa, do amigo australiano Sami Özergun, torcedor do Fenerbahce, do Chelsea, e do Santos. Como bom anfitrião, não poderia deixar de leva-lo à Vila Belmiro para o confronto do Peixe com a Chapecoense, pelo Campeonato Brasileiro da Série A, a “premier league” brazuca.


Bom público presente na Vila. Foto: Estevan Azevedo.

Bom, como a Vila Belmiro está longe de ser uma Arena digna de Copa do Mundo, de nosso assento à beira do gramado é separado do tapete por uma parede de vidro com colunas opacas que atrapalha um pouco da visão, e prejudica demais as fotos.


Aranha se prepara para uma de suas belas defesas. Foto: Estevan Azevedo.

Mas deixo aqui o registro de nossa presença na interessante peleja. A primeira boa chance foi do alvinegro praiano: Lulas Lima recebeu da direita e ajeitou de cabeça para GabiGol, que bateu no canto direito de Danilo, e conseguiu um escanteio para o time, após o desvio da zaga.


No intervalo a partida, a mascote Baleia deu as caras. Foto: Estevan Azevedo.

Logo aos 12 minutos a defesa da Chapecoense abusou do direito de errar e Rildo abriu o placar, para a alegria dos torcedores presentes. A Chapecoense apostou na bola parada com Fabiano cobrando e com o “cigano” Abuda mandando MUITO à esquerda do gol de Aranha. A vantagem mínima para os locais foi o placar do intervalo.


Ataque do Peixe na segunda etapa. Foto: Estevan Azevedo.

Os visitantes voltaram animados para a segunda etapa, e obrigaram Aranha a fazer uma bela defesa logo nos primeiros minutos. Mas aos seis minuto Thiago Ribeiro correu pela direita e cruzou para Gabriel marcar o segundo, desmantelando os planos do treinador Celso Rodrigues.


Gabriel (7) infernizou a defesa verde. Foto: Estevan Azevedo.

Mesmo assim, a Chapecoense seguiu valente, e buscava um golzinho. Aranha fez outras grandes defesas em chutes de Abuda. Apostando nos contra ataques, o time da Vila chegou ao terceiro gol aos 35 minutos. Gabriel lançou Thiago Ribeiro pela direita, e ele cruzou para Diego Cardoso, que chegou livre na pequena área e balançou as redes.


Placar final da partida. Foto: Estevan Azevedo.

Bruno Rangel, do meio da rua, ainda teve uma boa chance de diminuir o placar, mas ficou nisso. Fim de jogo, Santos 3x0 Chapecoense, resultado que aproximou os vitoriosos do G4, mas já estava nas contas da equipe Chapecoense, que segue bem na luta pra se manter na primeira divisão.


Presença super internacional na Vila: Sami, eu entre um casal de japoneses, e o australiano Vince com sua esposa brasileira, Patricia. Foto: Transeunte.

Até a próxima!

Estevan Azevedo

Nacional vacila e apenas empata com o União São João

Opa,

Duas semanas depois do fim da Copa do Mundo finalmente consegui virar a página e voltar ao mundo real. Nada melhor do que reestrear matando a saudade do Estádio Nicolau Alayon. Nacional e União São João foram a campo como líderes do Grupo 13 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

O Naça se classificou para essa fase após ser líder do Grupo 6 com 26 pontos ganhos. O União terminou como terceiro colocado do Grupo 3, ficando atrás de Guariba e Pirassununguense, tendo somado 18 pontos. Na estreia da segunda fase os dois venceram: o escrete ferroviário derrotou o Assisense e o onze do interior fez 3x1 no Atibaia.


Nacional AC - São Paulo/SP. Foto: Fernando Martinez.


União São João EC - Araras/SP. Foto: Fernando Martinez.

Além de jogar contra o time de melhor campanha na Segundona até aqui, a tarefa do União seria ainda mais complicada pois há mais de dois anos o Nacional não perde um jogo na Comendador Souza. A última derrota foi um 1x2 contra o USAC em 19 de maio de 2012. Desde então, foram 19 pelejas com 16 vitórias e três empates. Uma marca sensacional.


Capitães dos times e trio de arbitragem composto por Vinícius Gonçalves Araujo, Fausto Moretti e Mauro André de Freitas. Foto: Fernando Martinez.

Falando um pouco de história, essa foi apenas a segunda vez em todos os tempos que Nacional e União São João disputaram uma partida oficial. A primeira, válida pela A2 de 2007 e também jogada na capital paulista, terminou com vitória do União por 2x0. Fora isso, foram mais três confrontos, todos em amistosos nos anos 80.


Jogada no meio de campo. Foto: Fernando Martinez.


Saída de bola do União com o camisa 3 Maurício. Foto: Fernando Martinez.

E se fosse depender do primeiro tempo para curar de vez a ressaca deixada pelo Mundial, eu ficaria mais una seis meses em casa. O jogo foi ruim e com parcas emoções. O melhor lance mesmo foi o belo gol de Rodrigo Moris aos 33 minutos. Ele acertou um chutaço de canhota e colocou a pelota no ângulo direito do goleiro Carlão.


Atleta ararense reclamando de falta marcada a favor dos locais. Foto: Fernando Martinez.


Ataque aéreo do time visitante. Foto: Fernando Martinez.

No tempo final enfim apareceu o bom futebol muito por conta da grande apresentação nacionalina. A equipe envolveu a zaga ararense e criou muitas oportunidades. O esperado empate aconteceu aos 21 minutos com Sócrates aproveitando rebote do pênalti defendido pelo goleiro Guilherme.


Detalhe do pênalti defendido por Guilherme. No rebote, Sócrates empatou. Foto: Fernando Martinez.

Irresistível, o Naça virou a peleja com Gindre cinco minutos depois. Ele escorou um cruzamento da direita e deixou o time paulista na boa. Aos 30, o goleiro do União foi expulso e os donos da casa estavam com a faca e o queijo na mão para chegarem aos seis pontos nessa fase.


Cássio Sheid, capitão do União, afastando o perigo. Foto: Fernando Martinez.


Boa saída do goleiro visitante. Foto: Fernando Martinez.

Sem sofrerem pressão, os jogadores do Naça deram uma desconcentrada e passaram a perder várias oportunidades. Em três delas, o gol parecia certo, mas o terceiro não aconteceu. Mortinho da silva, o União acabou acertando um raro ataque aos 48 minutos e a zaga cometeu falta.


Ataque do Nacional no fim do jogo. Foto: Fernando Martinez.

O goleiro Carlão fez brilhante defesa, mas o rebote ficou por conta do camisa 4 Cássio Sheid. Ele matou a bola pela direita e chutou cruzado para deixar tudo igual no marcador. O placar final de Nacional 2-2 União São João foi um duro castigo para o time paulistano, que literalmente jogou fora dois pontos. Heroico, o USJ permaneceu na liderança da chave com os mesmos quatro pontos do Naça, mas à frente no saldo de gols.


Toda a turma presente no Nicolau Alayon para Nacional x União São João. Foto: Fernando Martinez.

O frio aumentou conforme a noite chegou, e o restante do sábado serviu para ver alguns filmes debaixo do cobertor. No domingo a chuva não deixou que eu fosse ver o jogo programado para a parte da manhã, mas de tarde deu tudo certo para incluir mais uma equipe na Lista, agora em jogo da Série D.

Até lá!

Fernando

domingo, 27 de julho de 2014

JP na Copa (parte 6): As lágrimas de Akinfeev

Salve amigos!

Dando sequência aos relatos de minha aventura na Copa do Mundo 2014, após um bate-e-volta para Brasília, onde acompanhei Suíça 2x1 Equador com o Fernando, voltei à cidade de Cuiabá para acompanhar o segundo jogo válido pelo Mundial, na cidade em que mais pernoitei nesse tour, nada menos do que o duelo entre Russia e Coreia do Sul na Arena Pantanal.


Praça da República, com Getúlio Hotel ao fundo, uma de minhas “casas” em Cuiabá. Fotos: Estevan Azevedo.


A bela Arena Pantanal em sua segunda partida da Copa. Foto: Estevan Azevedo.

Sobre a cidade, em que pese os muito amigos e as boas opções de diversão, não se pode elogiar muito a infraestrutura. Para as cinco noites na cidade tive que fazer 4 reservas diferentes, em três hotéis, todos eles com uma péssima relação custo-benefício. Do aeroporto, em Várzea Grande, não há nenhuma alternativa aos caros táxis ou aos raros ônibus.

Em frente ao aeroporto, há apenas a estação terminal do que seria o monotrilho que ligaria o local à capital do Estado. Toda iluminada para impressionar quem chega, mas os trilhos não se estendem por mais de cem metros. À frente, no centro da avenida que segue para o centro de Cuiabá, alternam-se canteiros de obras com ilhas simples.



Do lado de fora do estádio, a alegria russa e a agitação coreana. Fotos: Estevan Azevedo.


Detalhe da primeira etapa. Foto: Estevan Azevedo.

Na cidade também pude acompanhar uma interessante transição, com a saída de chilenos e australianos e a chegada dos coreanos e russos, em bem menor número. Verdade seja dita que chilenos e australianos demoraram a sumir das vistas, entre enamorados pela cidade e por suas habitantes e desgostosos com o desempenho da equipe (nesse caso, apenas os australianos).


Mais um momento do primeiro tempo. Foto: Estevan Azevedo.


Jogada pelo outro lado do campo. Foto: Estevan Azevedo.

Do porte de uma grande cidade do interior de São Paulo, Cuiabá reunia o povo local e os turistas na animada Praça Popular, local onde fiz dezenas de amigos, das mais variadas nacionalidades. O clima, durante minha estada, foi muito mais agradável do que o esperado, com noites extremamente frescas, com temperaturas abaixo dos 25ºC e uma agradável brisa, capaz de fazer as mulheres se agasalharem.


Bola na área coreana na primeira etapa. Foto: Estevan Azevedo.


Árbitro da partida, o argentino Nestor Pitana, observa jogadores caídos. Foto: Estevan Azevedo.

Diversas opções de ônibus ligavam diversos pontos da cidade à Arena Pantanal, que poderia ser alcançada mesmo com uma caminhada. Após acompanhar a primeira etapa de Brasil 0x0 México com meu amigo inglês John Van Emmenis em um bar da Praça Popular, seguimos para a majestosa Arena Pantanal, onde mais tarde encontramos Sami Özergun, turco-australiano de Melbourne.


Zagueiro russo faz o corte dentro da área. Foto: Estevan Azevedo.

A expectativa para Rússia x Coreia do Sul, em sua partida de estreia na Copa, era de uma forte disputa pela segunda vaga do Grupo H. Acreditava-se que a Bélgica ficaria com uma vaga e a Argélia seria o saco de pancadas do grupo, por isso uma vitória na estreia seria fundamental para dar tranquilidade a ambas as seleções.


Visão de meu assento na etapa final. Foto: Estevan Azevedo.

Acompanhei a primeira etapa no lance superior das arquibancadas, com meu amigo Sami. O equilíbrio esperado se confirmou, com algumas boas chances para ambos os lados, mas sem a marcação de gols.



Coreanos comemoram o gol enquanto Akinfeev vai aos prantos. Fotos: Estevan Azevedo.

Na segunda etapa fomos nos sentar ao lado de John, no lance inferior. Logo no início, um lance que provocou o grito de gol nas arquibancadas: Berezutski cabeceou no lado de fora da rede após cobrança de escanteio. Aí foi a vez do goleiro russo começar a aparecer, demonstrando todo seu nervosismo, rebatendo chutes de longa distância coreanos. Desorientado, Akinfeev acabou falhando feio aos 23 minutos, em chute de Lee Keun-Ho.


Jogadores aguardam cobrança de escanteio para a Rússia. Foto: Estevan Azevedo.

Após, o gol, o arqueiro era a imagem da desolação. Sua frustração só não foi pior porque Kerzhakov empatou seis minutos depois, pegando a sobra de um lance que lembrou Basílio em 77. Daí para o final o jogo ficou bem emocionante, mas a rede não balançou mais.


Anúncio do menor público da Copa: JP não poderia estar de fora. Foto: Estevan Azevedo.


Lance da segunda etapa. Foto: Estevan Azevedo.

O empate acabou sendo melhor para os russos, que saíram atrás no marcador. Apesar do trabalho que a Argélia havia dado para a Bélgica, ninguém ainda poderia imaginar que russos e coreanos morreriam abraçados.


Fim de jogo em Cuiabá: Rússia 1x1 Coreia do Sul. Foto: Estevan Azevedo.


John, de preto, Sami, de azul, e um amigo coreano que esqueci o nome. Foto: Transeunte.

Após cinco dias no Centro-Oeste, retornei ao hotel para a última noite cuiabana, já ansioso pela viagem do dia seguinte, para acompanhar o jogo mais colorido do certame.


Bela iluminação verde-e-amarela na Arena Pantanal. Foto: Estevan Azevedo.

Até a próxima!

Estevan Azevedo