Procure no nosso arquivo

terça-feira, 9 de setembro de 2025

Adquira o livro que conta a história completa da Copinha!

Texto: Fernando Martinez


"Copa São Paulo de Futebol Júnior - A História da Copinha"





Segue à venda o livro "Copa São Paulo de Futebol Júnior - A História da Copinha" que teve minha pesquisa e lançamento da Campo de Ação e da FPF com parceria da Gazeta Press. A obra tem 342 páginas, reúne todos os resultados dos jogos de 1969 a 2024, fotos exclusivas e estatísticas de todos os clubes que já disputaram a competição. O valor é 200 reais mais o frete.

Nunca existiu uma obra assim sobre a mais tradicional competição de base do Brasil. Nem parecido. E se bobear não teve algo parecido nem pensando em torneios profissionais. Algo inédito pensando em literatura esportiva no país. Vale muito a pena. Se eu fosse você, não perderia essa oportunidade. 

Contatos: jogos.perdidos@gmail.com

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Palmeiras atropela Realidade Jovem com goleada na Arena Barueri

Texto e fotos: Fernando Martinez


Na quinta-feira, teve rodada noturna pelo Campeonato Paulista Feminino em Barueri. Sem influencer, cercadinho, aspones mil e a turma que adora ditar regra, o Palmeiras recebeu o Realidade Jovem tentando afastar a tristeza pela eliminação no Brasileiro. Outra vez o JP marcou presença para prestigiar a categoria.


Fachada da Arena Barueri, agora o estádio reserva do Palmeiras

Não é novidade que o horário foi péssimo (o pontapé inicial foi às 19 horas), e novamente tivemos um público irrisório em um dos principais campeonatos do país que vai sediar a próxima Copa do Mundo. Na hora do apito inicial, contei apenas 24 pessoas nas arquibancadas. Durante a peleja, chegaram mais umas 30 almas. É, mas para quem comanda e para quem fala sobre, é como se esses problemas não existissem.

Como já mencionei em outros posts, ir à Arena Barueri hoje é um desafio. Com a Crefisa tomando conta, o lugar ficou infestado pelos já famosos e despreparados seguranças palmeirenses. Tudo agora é no esquema do “não pode”: não pode entrar em tal portão, não pode pegar o elevador, não pode pisar em tal lugar, não pode acessar tal túnel... não pode mais nada. Isso sem contar a antiga falta de educação do pessoal. Olha, é difícil ter paciência.

Finalizando o "Momento Remédio", também já comentei aqui o absurdo que a FPF fez com o estadual, então não vou entrar novamente no mérito. O fato é que esse jogo colocou frente a frente o alviverde, um dos melhores times do país, e o Realidade Jovem, muito mais modesto e que tinha apenas um ponto no torneio. Apesar disso, o clube de São José do Rio Preto está nas oitavas da Copa do Brasil Feminina e visita o Sport no dia 16.


Sociedade Esportiva Palmeiras (feminino) - São Paulo/SP


Associação Esportiva Realidade Jovem Rio Preto - São José do Rio Preto/SP


As duas capitãs com o quarteto de arbitragem composto por Fernanda dos Santos de Souza, Ricardo Luis Buzzi, Liliane Suely de Moraes Mello e Tarciano Jose de Lima


O amigo decano Milton sozinho na arquibancada da Arena

Entre os poucos presentes estava o decano Milton Haddad, finalizando a sua rodada dupla em Barueri (de tarde teve Palmeiras x São Bento pelo Feminino sub-20). Encontrei o amigo no caminho do estádio e seguimos juntos até a cancha. Ele ficou na arquibancada vazia, enquanto eu acompanhei o ataque mandante. Como esperado, e mesmo jogando com um time reserva, só deu Palmeiras.

Aos quatro minutos, Yoreli teve a chance de abrir o placar em cobrança de pênalti. A goleira Mell Beatriz foi bem e defendeu no canto direito. Sem conseguir passar do meio de campo, o Realidade Jovem não demorou para ficar em desvantagem. Laís Estevam fez o primeiro, Ingryd marcou o segundo e Laís Melo anotou o terceiro. Tudo sem nenhuma dificuldade.


Yoreli chutou e Mell Beatriz pegou pênalti no começo do jogo


A goleira do Realidade Jovem trabalhou na primeira etapa




Na ordem, detalhes dos três primeiros gols do Palmeiras, marcados por Laís Estevam, Ingryd e Laís Melo


Mais um ataque local nos 45 minutos inicias

Na segunda etapa, o panorama foi o mesmo: Palmeiras atacando sem parar e o escrete visitante se defendendo como podia. Logo aos quatro, Joselyn Espinales fez o quarto, de cabeça. Diany marcou o quinto, também usando a cuca. O sexto saiu com um golaço de cobertura de Yoreli, se redimindo do pênalti perdido, e o sétimo foi de Greicy, meio sem querer. Se não fosse Mell Beatriz, as mandantes teriam feito bem mais. A principal defesa foi em chute à queima-roupa de Tainá Maranhão em investida pela esquerda.


Ataque mandante pela esquerda na etapa final


Joselyn Espinales, de cabeça, anotou o quarto


A arqueira visitante de olho na bola em chute por cobertura de Yoreli... aqui saiu o sexto tento local


Greicy anotou o sétimo gol do Palmeiras



Tainá Maranhão quase fez o oitavo em belíssima jogada individual pela esquerda


Resultado final da maior goleada da edição 2025 do Paulista Feminino até aqui

O 7 a 0 manteve as alviverdes na vice-liderança da competição após oito rodadas, com 16 pontos, cinco a menos que o líder Corinthians. Ferroviária (14) e São Paulo (13) completam o G4. O Realidade Jovem segue na lanterna com apenas um ponto. Graças ao absurdo da FPF, o time de São José do Rio Preto pode perder todos os jogos restantes por 76 a 0 que, mesmo assim, estará na A3 do Brasileiro no ano que vem, já que é o único no estadual sem vaga garantida em certames nacionais de 2026. Que beleza!

No fim de semana pode rolar alguma cobertura, mas não sei. Como no fim do mês vai acontecer uma viagem que promete ser a mais sensacional da minha história particular e também dos quase 21 anos de Jogos Perdidos, talvez eu segure a onda até lá para poupar energia.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Palmeiras 7-0 Realidade Jovem

Local: Arena Barueri (Barueri); Árbitra: Fernanda dos Santos de Souza; Público: 95 presentes; Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Isabela Paixão, Mari Machado e Alessandra; Gols: Laís Estevam 19, Ingryd 35 e Laís Melo 40 do 1º, Joselyn Espinales 4, Diany 15, Yoreli 28 e Greicy 30 do 2º.
Palmeiras: Tainá (Ravena); Ana Guzmán, Isadora (Joselyn Espinales), Ingryd (Diany) e Yoreli; Ana Júlia (Giovanna Campiolo), Laís Melo (Rhayanna Coutinho), Raíssa Bahia e Greicy; Laís Estevam (Tainá Maranhão) e Emily Assis. Técnica: Camilla Orlando.
Realidade Jovem: Mell Beatriz; Isabela Paixão (Letícia Albuquerque), Alessandra, Giovana e Mari Machado; Branca (Izabela Sales), Naely, Lorrany (Emilly Scaramello) e Sabrina (Miriele); Julia Ferreira e Ingrid. Técnico: Pedro Henrique.

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Vitória do União Suzano na Paulista Cup sub-15 contra o Nacional

Texto e fotos: Fernando Martinez


Terminado Portuguesa x Ituano pelo Paulista Feminino sub-20, saí correndo do Canindé na companhia do decano Milton Haddad rumo ao quarteirão ao lado, mais precisamente para o Campo do Serra Morena. Lá, União Suzano e Nacional se enfrentaram pela Paulista Cup sub-15.

Na verdade, os dois já haviam se encontrado antes pelo sub-17, mas chegamos para o jogo de fundo. Não tinha como perder a chance de ver uma peleja dessas de mão beijada. A edição 2025 da competição conta com 72 clubes divididos em 15 grupos. Nacional e União Suzano fazem parte do Grupo 2, ao lado de Votoraty e Centro Olímpico.

Não deu tempo de fazer as fotos oficiais, porém conseguimos pegar praticamente toda a partida. O Campo do Serra Morena recebeu um público legal, que acompanhou um primeiro tempo bem morno. O Nacional criou duas boas chances, enquanto o USAC teve uma. O placar seguia zerado quando chegou o intervalo.

Foi justamente no descanso que percebi quem era o representante da Paulista Cup: o inenarrável Rodrigo Colucci. Aproveitamos a deixa e ficamos ao lado do jovem ícone durante a etapa final. A partida melhorou e as duas equipes criaram muito mais, levando perigo para as defesas.




Lances do primeiro tempo no Serra Morena





No segundo, o USAC chegou ao triunfo

No fim, Henrique, goleiro nacionalista, acabou sendo o protagonista, mas de forma negativa. Ele falhou em dois lances que decretaram a derrota do seu time. No primeiro, Levi chutou da entrada da área e ele pulou atrasado. Depois, Victor cabeceou fraco no canto direito e ele aceitou. No fim, a vitória suzanense foi merecida.

Tivemos uma sorte do tamanho do mundo ao chegarmos no ponto de ônibus, na abandonada Avenida Bom Jardim, e o demorado 271P passar em menos de três minutos. Assim, logo estava na Linha Amarela e, pouco depois, no QG da Zona Oeste. Retomei a agenda de pelejas na quinta, em um duelo do Paulista Feminino.

Até lá!

Ficha Técnica: União Suzano 2-0 Nacional

Local: Campo do Serra Morena (São Paulo); Árbitro: Felipe Soares; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Isaac, Bernardo, Ryan, Vinícius e Danilo; Gols: Levi 24 e Victor 26 do 2º.
União Suzano: Gabriel Maiellaro (Pedro Zanoni); Rian (Pedro Ferrari), Gabriel Leite (Miguel), Isaac (Lucas) e Ademir (Gabriel Cândido); Breno (André), Henry (Bernardo), Rafael (Milton) e Heitor (Guilherme); Levi (Victor) e Dimitry (Leonardo). Técnico: Eduardo Piovezani.
Nacional: Henrique; Vinícius (Matheus), Augusto, Daniel e Luan; Jorge (Kauê), Fernando, Antônio (Thomas) e Enrico (Flávio); Ryan (Cauã) e João Vítor (Danilo). Técnico: Fabrício Candiani.

Após 101 dias, Paulista Feminino sub-20 retorna e Lusa perde para o Ituano

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de inacreditáveis 101 dias (!), o Campeonato Paulista Feminino sub-20 finalmente voltou, e eu fui acompanhar a abertura do segundo turno no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte. A Portuguesa recebeu o Ituano de olho em uma vaga na zona de classificação do Grupo 2.

O primeiro turno terminou em 25 de maio, e só na última quarta-feira a bola voltou a rolar. Se muitos reclamam do calendário do futebol masculino, imagina se soubessem a bagunça que é no feminino. Não dá para aceitar um campeonato parado por quase quatro meses. E não é só o sub-20 que sofre com isso pois a categoria adulta também enfrenta o mesmo problema.


Portuguesa SAF (feminino sub-20) - São Paulo/SP


Ituano Futebol Clube (feminino sub-20) - Itu/SP


Quarteto de arbitragem e capitães dos times

Por isso, a verdade é uma só: tirando um ou outro, ninguém se importa de verdade com a categoria. Repito isso há anos. Começa pelas entidades que comandam o esporte, passa por “especialistas” que só se preocupam com o que acontece fora das quatro linhas pensando em reconhecimento pessoal e segue com os(as) influencers que preferem os comes e bebes das festas e a criação de conteúdos de qualidade duvidosa para as redes. Só isso.

Pouca gente está realmente preocupada com os problemas sérios que as mulheres enfrentam no futebol, do sub-15 ao profissional. Na boa, não faz sentido algum uma competição ter um hiato desse tamanho. Isso acontece porque o calendário é uma colcha de retalhos, organizado sem nenhum cuidado. Quando o futebol feminino ganhou mais divulgação, achei que os vícios do masculino não seriam repetidos. O que acontece é ainda pior e duvido que mude.

Enfim, fui ao Canindé debaixo do sol forte do início de setembro e, ao chegar, vi que o espaço destinado à gloriosa feirinha da madrugada – projeto que nunca saiu do papel – estava sendo desmontado. Passei por lá e a sensação de despedida de todo o complexo é cada vez maior.

A Lusa estava em quarto lugar no grupo, com a mesma pontuação do Ituano, mas à frente pelo saldo de gols. Ambas lutam com o São Bento por duas vagas no mata-mata. Planejava acompanhar o ataque mandante, mas decidi ficar no gol da esquerda apenas pelo conforto da sombra. Acabei premiado já que vi o primeiro gol do jogo sair com menos de 15 segundos na minha frente. O rubro-negro deu a saída, a bola foi lançada pela direita e cruzada na área. Cecília cabeceou firme e abriu o placar.

A partida foi equilibrada, sem tantos momentos de perigo. O Ituano mostrava mais qualidade e, aos 32 minutos, fez o segundo com um belíssimo chute colocado de Paola, no ângulo direito de Grazi. Cada time ainda carimbou a trave uma vez, e o intervalo chegou com vantagem visitante.

No segundo tempo, subi para as cabines e acompanhei a Portuguesa voltar muito melhor. Logo no início, Nicole marcou, mas o assistente anulou por impedimento. A pressão era grande e, aos 18, Nenê acertou um golaço de muito longe. O empate animou as donas da casa, mas a pontaria falhou. O Ituano resistiu bem e conquistou três pontos preciosos na briga pela classificação.




No primeiro ataque do Ituano, gol de Cecília. Não deve ter dado 15 segundos de partida


Boa saída da goleira Grazi, da Portuguesa



Paola, de longe, acertou um belo chute e colocou no ângulo direito, marcando o segundo do rubro-negro


Tento lusitano anulado por impedimento no começo da etapa final




A Portuguesa lutou muito em busca do empate

A Ferroviária segue líder do grupo com 12 pontos, seguida por Palmeiras (10), Ituano (6), São Bento (4) e a Portuguesa, lanterna com apenas três. Restam três rodadas, e a decisão será no detalhe.

Saí correndo do Canindé com o amigo decano Milton Haddad, já que tinha jogo da Paulista Cup Sub-15 ali do lado. Esquema assim não dá para perder.

Até a próxima!

Ficha Técnica: Portuguesa 1-2 Ituano

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitra: Jessica Aparecida Milani; Público: 65 presentes; Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Yaia, Julia Fialho e Paola; Gols: Cecília 1 e Paola 32 do 1º, Nenê 18 do 2º.
Portuguesa: Grazi; Emily, Rafa, Mourã e Fiorio (Estela); Nenê, Nega (Alice) e Gabis (Larissinha); Laís, Nicole e Queiroz. Técnica: Daniela Alves.
Ituano: Giovanna; Giulia (Gal), Tarcylla, Maria Lacerda e Julia Fialho; Cecília, Damarys, Bruna Japa (Emanuelli) e Yaia (Esther); Paola e Adrielly (Alicia). Técnico: Thiago Guilherme.

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Corinthians segura pressão e vai à 9ª final seguida do Brasileirão Feminino

Texto e fotos: Fernando Martinez


Domingo foi dia de decisão no Campeonato Brasileiro Feminino. No nada agradável horário das 10h30, fui até o Estádio Oswaldo Teixeira Duarte, que segue firme a caminho dos seus últimos dias de existência, para acompanhar Corinthians x São Paulo, duelo que definiria um dos finalistas da competição.

No confronto de ida, as alvinegras derrotaram o Tricolor por 2 a 0 no Pacaembu, colocando uma das mãos na decisão. Jogando no Canindé com toda a torcida contra, o clube do Morumbi precisava se superar para evitar que as locais chegassem à nona final consecutiva. Missão bem complicada.

Apesar do bom público, quase 8 mil pessoas, imaginei que o estádio estaria mais cheio. Na semi do ano passado contra o Palmeiras deu mais do que o dobro. Como hoje em dia dificilmente vou a pé da Estação Armênia até o Canindé, meu velho caminho dos tempos que morava no Pari, desci na Estação Tiradentes e peguei o glorioso 1177 até a Marginal Tietê, junto com um monte de gente a caminho da peleja.


Sport Club Corinthians Paulista (feminino) - São Paulo/SP


São Paulo Futebol Clube (feminino) - São Paulo/SP


A capitã alvinegra e tricolor junto com a árbitra Marianna Nanni Batalha, as assistentes Izabele de Oliveira e Juliana Vicentin Esteves, a quarta árbitra Adeli Mara Monteiro e a quinta árbitra Veridiana Contiliani Bisco

Quem foi ao Oswaldo Teixeira Duarte assistiu a um jogo muito mais complicado do que o de ida. Postado ao lado do ataque corintiano, acompanhei cerca de 20 minutos de domínio são-paulino e muito sufoco sofrido pela zaga alvinegra. Os visitantes chegaram a abrir o placar, mas o tento foi anulado por impedimento. Também teve bola na trave e boas defesas de Nicole. O gol era questão de tempo... mas saiu a favor do Corinthians.

Após escanteio curto pela esquerda, Carlinha saiu mal e rebateu a bola para o meio da área. Jaqueline matou e acertou um belo chute no canto direito. Só que o São Paulo não sossegou e, aos 36, deixou tudo igual com Aline completando cruzamento da direita. Aí a zaga visitante deu outro vacilo aos 42 e Andressa Alves marcou de cabeça o segundo tento alvinegro.

O jogo não parava. Aos 44, Crivelari teve o gol aberto para o 2 a 2, mas chutou por cima. Aos 51, nos últimos segundos da etapa inicial, a árbitra marcou pênalti a favor do Tricolor. Teve VAR e quatro minutos de análise para confirmar a marcação. Bruna Calderan bateu no canto direito e Nicole fez defesa magistral, mantendo a vitória parcial do Corinthians.



Chegadas do Corinthians pela esquerda




O cruzamento que originou o primeiro gol e o detalhe da bola estufando as redes de Carlinha



O São Paulo foi melhor, mas o Corinthians também levou perigo nas suas investidas


O segundo gol corintiano no Canindé


As meninas sub-17 do Corinthians dando uma volta olímpica com a taça do Brasileiro da categoria, conquistado na semana passada

Mudei de lado e o sol seguiu forte no Canindé. O que também não mudou foi o ímpeto do São Paulo. Aos quatro, Serrana quase deixou tudo igual em chute que tirou tinta da trave. Aos 17, Isa recebeu bom passe, avançou pelo campo de defesa e tocou na saída de Nicole. O empate tranquilizou o clube visitante, quando eu esperava que acontecesse o contrário.

O Corinthians passou a não sofrer tanto com as investidas adversárias e, apesar de não criar praticamente nenhuma chance, se segurou bem. O São Paulo voltou a assustar apenas nos acréscimos com Nathane, que teve nos pés o grande momento da virada, na pequena área, e mandou por cima da meta.







Detalhes da etapa final na casa rubro-verde


Resultado final do bom jogo disputado no Canindé

O 2 a 2 colocou o Corinthians na final do Brasileirão Feminino pela nona vez seguida. O clube foi vice em 2017 e 2019 e conquistou o título em 2018, 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024. Contra o Cruzeiro, que perdeu para o Palmeiras, mas também se classificou, vai em busca de um absurdo hexacampeonato. O segundo jogo será em Itaquera. As alvinegras vão ter que lutar muito pelo caneco, pois o escrete azul-celeste é bem ajeitado.

Foi isso. Saí do Canindé e, por sorte, o glorioso 271P passou no mesmo momento em que parei no ponto. Dali foi rapidinho para chegar à Estação Luz e depois finalmente ao QG da Zona Oeste. Não deu nem uma hora de trajeto, um milagre se pensarmos na eterna operação tartaruga do transporte coletivo aos domingos. Na semana tem mais!

Até a próxima!

Ficha Técnica: Corinthians 2-2 São Paulo

Local: Estádio Oswaldo Teixeira Duarte (São Paulo); Árbitra: Marianna Nanni Batalha; Público: 7.807 pagantes; Renda: R$ 142.631,50; Cartões amarelos: Jaqueline, Andressa Alves, Erika, Dayana Rodríguez, Karla Alves, Bruna Calderan, Thiago Viana e Isa; Gols: Jaqueline 26, Aline 35 e Andressa Alves 42 do 1º, Isa 17 do 2º.
Corinthians: Nicole; Gi Fernandes (Erika), Thaís Ferreira, Mariza e Tamires; Dayana Rodríguez (Letícia Monteiro), Duda Sampaio e Vic Albuquerque (Gabi Zanotti); Andressa Alves (Yaya), Jaqueline e Jhonson (Ariel Godói). Técnico: Lucas Piccinato.
São Paulo: Carlinha; Bruna Calderan, Kaká, Carol Gil (Robinha) e Bia Menezes; Karla Alves (Jé Soares), Camilinha (Day) e Aline (Vitorinha); Isa, Crivelari (Nathane) e Serrana. Técnico: Thiago Viana.