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sexta-feira, 29 de junho de 2012

JP e a "Festa do Interior" (parte 4): Mogi estreia bem na Série D do Brasileiro

Fala, pessoal! 

Depois de passar a quinta-feira de molho e com 39 graus de febre, a sexta-feira chega com a última parte dos posts da turnê "Festa do Interior" acontecida no domingo passado. E foi um capítulo adicionado de última hora, pois o Campeonato Brasileiro da Série D finalmente começou depois de um lamentável lenga-lenga que durou muito tempo, fazendo o futebol brasileiro retroceder pelo menos 20 anos. 

O cronograma inicial da viagem apontava voltar para a capital paulista após o jogo em Matão, mas o final do imbróglio judicial fez com que a primeira rodada da quarta divisão nacional fosse marcada para o domingo. O mais legal é que a CBF resolveu começar a competição de acordo com a tabela original. Com isso, tivemos a oportunidade de ouro de curtir in loco o jogo entre Mogi Mirim e Cerâmica/RS no Romildo Ferreira (ex-Vail Chaves, ex-Wílson Fernandes de Barros e ex-Papa João Paulo II), o estádio que mais muda de nome no Brasil. 

A viagem de Matão até Mogi Mirim foi super tranquila e reservou, além de muita festa dentro do carro, uma visita pelo feirão da Lupo em Araraquara e muitas fotos das belas paisagens do interior paulista. Já em Mogi, fomos almoçar num restaurante ao lado do estádio. Apesar do horário avançado, conseguimos ainda ter algumas opções e mandamos brasa no churrasco servido no local, como autênticos carnívoros que somos. De barriga cheia, fomos então em definitivo para o estádio armar todo o esquema para os retratos dos times. 


Mogi Mirim EC - Mogi Mirim/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Cerâmica EC - Gravataí/RS. Foto: Fernando Martinez. 


Quarteto de arbitragem e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez. 

A Série D 2012 conta com a participação de 40 times, divididos em oito grupos com 5 equipes cada. Mogi e Cerâmica fazem parte do Grupo A07 junto com Marília, Cianorte e Concórdia/SC (que substituiu o Marcílio Dias de última hora). Infelizmente o certame teve seu início adiado em quase um mês por causa de várias pendências jurídicas, muitas sem nenhum fundamento e completamente absurdas. Correndo o risco até de ser cancelada, finalmente tudo se resolveu durante a semana passada. 

Mas apesar do início da última divisão - e também do começo da Série C programado para esse próximo final de semana - fica aquele amargo gosto de que o futebol brasileiro retrocedeu no tempo. Nem nos tempos "áureos" alguma competição nacional ficou tanto tempo paralisada dessa forma. Uma pena ver que mesmo com tantos avanços, ainda estamos a anos-luz de um profissionalismo de verdade nas divisões mais baixas. 

Bom, mas voltando à vaca fria, já estava afim de ver esse jogo desde que a tabela da competição foi divulgada. Afinal, matar time hoje em dia é algo que não é mais tão simples. O Cerâmica era um sonho de consumo desde que o lendário trio Suco, Churrasco e Bolacha foi contratado pelo time de Gravataí, atualmente disputando a elite do futebol gaúcho. Em tempo, com um total agora de 541 times vistos, o Rio Grande do Sul é o quarto colocado no geral da minha Lista, com 35 equipes. Em primeiro está São Paulo com 180, Minas Gerais em segundo com 42 e o Rio de Janeiro com 37 na terceira colocação. 

Outro fator legal dessa partida foi voltar à Mogi Mirim, que tem um dos estádios mais legais do interior paulista para se ver um joguinho de futebol. Já vi jogo ali como Wílson Fernandes de Barros (pela Série C de 2001, contra Tubarão/SC e Guarany de Sobral), um como Papa João Paulo II (também em Série C, mas contra o Ipatinga em 2005) e agora o primeiro com a denominação de Romildo Ferreira. 


Ataque do Mogi no começo do jogo contra o Cerâmica/RS. Foto: Fernando Martinez. 

E para a estreia na Série D em 2012, o Mogi tinha a seu favor o retrospecto no Paulistão, aonde fez bela campanha e conquistou o Troféu do Interior. Mas o primeiro tempo ficou longe da expectativa dos 233 torcedores - um público absolutamente decepcionante - que pagaram ingresso, pois o Cerâmica mostrou um time coeso e foi superior ao onze paulista. 


O setor defensivo do time gaúcho trabalhou bem no tempo inicial. Foto: Fernando Martinez. 


Outra chegada do Sapão pela direita. Foto: Fernando Martinez. 

O melhor desempenho em campo deu resultado aos 23 minutos, quando Pedro fez grande jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Dinei, que escorou com estilo e abriu o placar para o onze visitante. Atrás do placar, o Sapão buscou o empate, mas os atacantes não estavam numa tarde inspirada e o gol não apareceu. No intervalo, a vantagem mínima era do Cerâmica. 


Cobrança de falta para os donos da casa ainda no primeiro tempo. Foto: Fernando Martinez. 

A etapa final começou com o técnico do Mogi Mirim Guto Ferreira apostando alto. Ele fez as três substituições de uma só vez, tentando melhorar o fraco desempenho mogiano da etapa inicial. Entraram Lima, Vitinho e Tardelli na esperança da virada. E com aquele toque, de sorte para alguns e de sabedoria para outros, do treinador, o ânimo dos três atletas foi fundamental para a mudança no panorama da partida. 


Ataque do Mogi ainda no primeiro sob o belo entardecer no interior paulista. Foto: Fernando Martinez. 

Não demorou para que a tripla substituição desse resultado efetivo. Aos 9 minutos o Mogi chegou ao empate com Tardelli completando para o fundo das redes um ótimo cruzamento da direita. O Cerâmica sentiu o golpe e não teve forças para equilibrar o jogo. Não chegando mais ao ataque, o setor defensivo sofreu com as rápidas investidas dos atacantes locais. 


Lance na lateral do campo. Foto: Fernando Martinez. 

De tanto insistir, a virada veio aos 33 minutos. Piauí cobrou falta na esquerda e Vitinho, aparecendo livre no meio da zaga, cabeceou firme no canto direito do goleiro Villa. Muita comemoração nas arquibancadas do Romildão com a virada. Os minutos finais mostraram um Cerâmica tentando novamente a igualdade e um Mogi perigoso nos contra-ataques. 


Lance do segundo gol do Mogi Mirim na peleja. Vitinho, que entrou no segundo tempo, cabeceou e marcou o seu. Foto: Fernando Martinez. 


A comemoração merecida pela virada no marcador. Foto: Fernando Martinez. 

No final, o jogo terminou mesmo em Mogi Mirim 2-1 Cerâmica. Grande e importante vitória do time paulista, que agora divide a liderança da chave com o Cianorte, que massacrou o Marília pelo placar de 6x0. Numa fase de tiro curto, não se pode cogitar a hipótese de perder pontos em casa. A segunda rodada marca a visita do Sapão à Marília e o Concórdia recebendo o time gaúcho. 

Permanecemos durante alguns minutos no Romildão antes de pegarmos nosso rumo de volta à capital bandeirante. Os quase 170 quilômetros foram percorridos em pouco mais de duas horas, e chegamos aqui cansados, mas felizes com o sucesso da turnê "Festa do Interior". Os números da viagem apontaram 800 quilômetros, oito times vistos, duas equipes e dois estádios novos na Lista e mais uma vez o sentimento de dever cumprido. Espero poder fazer uma dessas de novo em breve... 

Até a próxima! 

Fernando

quarta-feira, 27 de junho de 2012

JP e a "Festa do Interior" (parte 3): A grandiosa estreia do Novorizontino (e a volta da Matonense) no JP

Opa, 

A terceira parte da turnê "Festa do Interior" foi a mais aguardada pelo que vos escreve. Há muito tempo tinha vontade de acompanhar um jogo in loco na cidade de Matão (que apareceu apenas uma vez aqui no JP no longínquo ano de 2005), e finalmente consegui montar um esquema para visitar o Estádio Dr. Hudson Buck Ferreira. E a estreia não poderia ser melhor, já que o confronto entre a genial SE Matonense e o novo Grêmio Novorizontino, válido pela 8ª rodada do Grupo 2 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, era um daqueles famosos "sonhos de consumo". 

Já não via um jogo oficial da Águia Azul há sete anos (o último foi em 2005, no massacre juventino por 8x1, em jogo da A2 daquele ano), e poder rever o time, destaque no futebol paulista na segunda metade dos anos 90, foi sensacional. Pena que o astral atual da torcida é bem diferente dos tempos em que a SEMA foi tri-campeã nas divisões de acesso (1995/96 e 97, respectivamente na B1A, A3 e A2). 


Entrada das arquibancadas do Estádio Hudson Buck Ferreira, em Matão. Foto: Fernando Martinez. 

Não menos sensacional foi colocar na Lista o time de Novo Horizonte, que estreia no profissionalismo nesse ano. Depois do assassinato que foi cometido pelos dirigentes do antigo Grêmio Esportivo Novorizontino, dizimando o campeão do Brasileiro da Série C de 1994 ao final da da A2 em 1998, torcedores locais fundaram a nova equipe em 2001 para tentar retomar a história de sucesso do primeiro Tigre do Vale. Mesmo não sendo a mesma equipe, a atual com certeza possui a alma do vice-campeão estadual de 1990. 

E chegar no Hudson Buck Ferreira foi algo inesperadamente fácil. Nos hospedamos no primeiro hotel que vimos pela frente durante as andanças pela cidade no sábado à noite. O genial é que nem prestamos atenção, mas esse hotel ficava a duas quadras da casa da Matonense, e nem se tivéssemos pensado em nos hospedar num bom lugar para ganhar tempo, conseguiríamos ficar tão perto como ficamos. 

Com isso, depois da boa noite de sono que tivemos, tropeçamos na porta do hotel e caímos na frente do estádio. Apesar de um pouco mal cuidado, o local é fantástico, um dos mais belos estádios que já visitei no interior paulista até hoje. O gramado está em bom estado, e as cabines de imprensa são confortáveis. As arquibancadas de concreto atrás do gol da entrada e ao lado da parte coberta estão liberadas para o público, enquanto as demais, tubulares e que ficam do lado oposto e atrás do gol dos fundos, estão interditadas. 

Já dentro de campo, todos ficaram visivelmente emocionados quando as duas agremiações entraram no gramado. Apesar de ter visto mais de 2000 jogos in loco, certas situações ainda me fazem ficar arrepiado num "simples" jogo, e essa foi uma delas. 


SE Matonense - Matão/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Grêmio Novorizontino - Novo Horizonte/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Capitães da Águia e do Tigre do Vale junto com o árbitro Paulo Estevão Alves da Silva e os assistentes Márcio Luiz Augusto e Fábio Rogério Baesteiro. Foto: Fernando Martinez. 

Apesar de jogar em Matão, o Grêmio acabou jogando "em casa", pois três ônibus enfrentaram a distância de 100 quilômetros entre as duas cidades para incentivar o time, que faz boa campanha no certame. Enquanto o pessoal de Novo Horizonte está cada vez mais empolgado com a participação do Tigre, a torcida da Águia Azul não está nada feliz, pois a Matonense tinha conquistado apenas uma vitória em sete jogos, somando míseros quatro pontos até então. 


Torcida do Novorizontino presente em Matão. Foto: Fernando Martinez. 

Desde que foi quarta colocada na Série A2 de 2003, a equipe azul nunca mais conseguiu emplacar uma campanha suficientemente boa. O maior exemplo disso foram os rebaixamentos seguidos de 2005 e 2006 (na disputa das Séries A2 e A3 respectivamente). Nesses dois anos, a equipe fez 36 jogos, vencendo apenas um e perdendo 32 (!). Após uma breve parada em 2008, o time vem tentando se reerguer jogando a Segundona, mas por enquanto os dias de glória ainda são apenas resquícios de um passado não tão distante assim. 

Após o apito inicial, a diferença de campanhas ficou evidenciada no futebol apresentado pelos dois times. Enquanto a Matonense não conseguia se encontrar, o Novorizontino jogou em ritmo de treino e foi bastante superior, para delírio da animadíssima torcida presente no estádio. O ataque do Tigre chegou várias vezes com perigo dentro da área do onze local. 


O artilheiro do primeiro tempo Gabriel atacando pela esquerda. Foto: Fernando Martinez. 

Mas só aos 22 minutos a equipe visitante conseguiu abrir o marcador. Gabriel recebeu ótimo passe vindo da direita, entrou na área e tocou coim estilo na saída do goleiro, colocando a bola no ângulo. O faro de artilheiro do camisa 11 se mostrou outra vez fatal aos 38, quando mais uma vez ele se viu frente à frente com o goleiro Fabiano após passe em profundidade, chutando forte para ampliar. 


Falta perigosa para o Tigre do Vale, com a parte coberta do estádio ao fundo. Foto: Fernando Martinez. 


Agora a vez da Matonense tentar a sorte em cobrança de falta. Foto: Fernando Martinez. 

O intervalo então chegou com o marcador apontando 0x2 e eu, para variar só um pouquinho, fui para as cabines de imprensa conhecer mais da casa matonense. Enquanto tentava captar um sinal de internet decente na região, os amigos faziam um leve café da manhã com pipoca e refrigerante. A degustação foi tão boa que nem havia terminado quando as equipes voltaram a campo para a etapa final. 


Um dos vários ataques do time visitante no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez. 

Etapa final que não teve muita mudança no panorama da peleja, já que embora a Matonense chegasse um pouco mais dentro da área adversária, o contra-ataque era todo do Tigre. Aos 8 minutos o Grêmio encaixou um ataque preciso e Ceará encheu o pé para fazer o terceiro. A partir daí, a busca da Águia foi de pelo menos fazer o gol de honra. 


Atletas da Matonense e do Novorizontino disputando a bola pelo alto no tempo final. Foto: Fernando Martinez. 

Sem estar num dia inspirado, o time azul não conseguiu fazer o primeiro, viu o Novorizontino se segurar bem na defesa e também continuar azucrinando o seu setor defensivo com ataques rápidos. Vale registrar que com esse jogo já vi 22 times diferentes entre os 41 participantes dessa edição da Segundona, e confesso que a melhor impressão que tive foi justamente com o time de Novo Horizonte. Se ele vai subir para a A3 eu não sei, mas com certeza é um candidato forte. 


Início de ataque da Águia Azul no final da peleja. Foto: Fernando Martinez. 


Outra investida do Grêmio Novorizontino e sua belíssima camisa. Foto: Fernando Martinez. 

Nos acréscimos o Grêmio ainda conseguiu fazer o quarto gol através do camisa 16 Pará, se aproveitando do desânimo geral dos atletas locais. No final, o marcador apontou Matonense 0-4 Novorizontino. Essa vitória deixou o Tigre a um ponto da vaga na segunda fase da Segundona, enquanto a SEMA continua com seus quatro pontos, só à frente do Taquaritinga, o pior time da competição em 2012. O líder desse Grupo 2 é o já classificado Olímpia. 

Não tive como perder a chance de fazer várias imagens do estádio após o final do jogo para um futuro capítulo da série "Estádios pelo Brasil" aqui no JP. Em cerca de meia hora, consegui registrar vários detalhes legais que serão mostrados em breve no blog. Mas a turnê ainda não tinha terminado, e sem perder muito tempo saímos do Hudson Buck Ferreira para o quarto e último jogo da viagem, mais uma vez com time novo na Lista. 

Até lá! 

Fernando

JP e a "Festa do Interior" (parte 2): Américo goleia o CA Lemense fora de casa e se classifica no Grupo 3

Opa, 

Seguindo com a segunda parte da turnê "Festa do Interior", na qual representei o JP por cidades do interior de São Paulo, a sessão vespertina de futebol do sábado me fez voltar à cidade de Leme depois de cinco anos de ausência. Lá, a tabela apontava o confronto entre o CA Lemense e o Américo no Estádio Bruno Lazzarini, em peleja válida pela 8ª rodada do Grupo 3 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão

Os poucos menos de 140 quilômetros de distância entre Porto Feliz e a Cidade do Algodão foram percorridos em pouco mais de duas horas pela caravana. No caminho, fizemos fotos em Rafard, passamos por Capivari, Cordeirópolis e Araras, chegando sem problemas no tradicional estádio, inaugurado em 1980 num jogo do saudoso EC Lemense contra a Internacional de Limeira. 

Estacionamos dentro do estádio, que não mudou muito desde a minha última visita (numa vitória do time local contra o Pirassununguense em 2007, em jogo que teve a presença da então "jovem guarda" do JP). Uma das características principais ainda existe; O Bruno Lazzarini pode ser considerado um estádio "drive in", já que dá para acompanhar a peleja confortavelmente dentro do seu possante, desde que ele esteja logo à frente da grade das arquibancadas. 

Mas como o meu lance é ver jogo de dentro de campo, logo fui para o gramado ajeitar todo o esquema para as fotos oficiais: 


CA Lemense - Leme/SP. Foto: Fernando Martinez. 


Américo EL - Américo Brasiliense/SP. Foto: Fernando Martinez. 


O árbitro Sílvio Renato Silveira e os assistentes Carlos Alberto Funari e Marcelo Zamian de Barros
 posam junto com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez. 

Após dois anos disputando a Série A3, o CA Lemense foi rebaixado em 2011 e voltou a disputar a Segundona, mas a campanha atual ainda não deixou a torcida empolgada. Num grupo com apenas cinco equipes (o Olé Brasil desistiu da disputa), o CAL até aqui venceu as duas partidas que jogou em casa e perdeu as três que disputou fora. Com esse retrospecto, o pessoal esperava uma boa apresentação do time. Mas o Américo, líder com 11 pontos, buscava estragar a festa e confirmar que tem mesmo o melhor futebol da chave. 

Na hora do pontapé inicial, a torcida ficou apreensiva, já que não havia ambulância. A ansiosa espera deu lugar a uma comemoração digna de gol quando o veículo apareceu após 16 minutos de ausência. E essa acabou sendo a única manifestação positiva da torcida local na agradável tarde de sábado. O Lemense não conseguiu se encontrar em nenhum momento do jogo, fazendo com que o pessoal perdesse logo a paciência. 


Lance do jogo entre CA Lemense e Américo, pelo Grupo 3 da Segundona Paulista. Foto: Fernando Martinez. 

E fazer uma partida ruim contra o líder do grupo não é algo muito aconselhável. O Américo não tomou conhecimento do CAL e dominou as ações durante os 90 minutos. Aos 17 do primeiro tempo veio o primeiro gol, em cobrança de pênalti precisa do camisa 7 Yago. O onze local até tentou um abafa na meia hora final do primeiro tempo, mas esbarrou na boa atuação de todo o setor defensivo do time visitante. 


Nesse pênalti, Yago abriu o placar para o Américo. Foto: Fernando Martinez. 


Cobrança de falta para a equipe local. Foto: Fernando Martinez. 

Com o placar apontando a vantagem mínima ao Américo, subi para as cabines de imprensa do Bruno Lazzarini e dali acompanhei o tempo final. Os 45 minutos finais foram perfeitos para a equipe de Américo Brasiliense, pois além de conseguir neutralizar com sucesso as parcas investidas locais, a equipe ainda se mostrou fatal nos contra-ataques. 


O time da casa não fez boa apresentação, e as investidas foram neutralizadas pela zaga ameriliense. Foto: Fernando Martinez. 


Uma disputa particular de quem fazia a careta mais feia durante o jogo. Foto: Fernando Martinez. 

Aos 14 minutos aconteceu o segundo gol. Léo aproveitou que a zaga afastou mal um cruzamento na área e chutou no canto. 11 minutos depois veio o terceiro, num contra-ataque que contou com a participação de todo o setor ofensivo do Américo e conclusão de Yago, marcando seu segundo gol na tarde. Esse gol fez que grande parte dos 363 torcedores que pagaram ingresso fosse embora. 


Ataque local no segundo tempo. Foto: Fernando Martinez. 


O Lemense tentou, aqui em mais uma cobrança de falta, mas a tarde não foi das melhores. Foto: Fernando Martinez. 

Para fechar de vez o caixão azul, o onze ameriliense ainda marcou o quarto gol aos 44 minutos na conclusão de Lucas, mais uma vez aproveitando pane coletiva da zaga local. No final, o marcador de CA Lemense 0-4 Américo foi justo, e deixou a equipe do técnico Sérgio Perini mais líder do que nunca do Grupo 3, agora com 14 pontos ganhos. Ao Lemense, que continua na quarta posição com seis pontos, somente duas vitórias nos jogos que restam - contra o Radium fora de casa e contra o Pirassununguense no Brunão - classificam a equipe para a segunda fase. 


Placar final do jogo no Bruno Lazzarini. Agora o CAL precisa de duas vitórias nos dois jogos finais para se classificar. Foto: Fernando Martinez. 

Após o jogo tivemos uma boa conversa com o presidente do Américo, Celso Ferreira de Moura, antes de pegar novamente a estrada, agora com destino à cidade de Matão. Chegamos na Terra da Saudade por volta das 20 horas, e depois de cruzar a cidade de cabo a rabo, conseguimos um hotel para finalmente descansar um pouco. E o local foi escolhido por ser o palco da nossa terceira parada na turnê "Festa do Interior", que aconteceria domingo pela manhã. 

Até lá! 

Fernando

terça-feira, 26 de junho de 2012

JP e a "Festa do Interior" (parte 1): Primavera triunfa diante do Desportivo Brasil e vira líder na Segundona

Fala, pessoal! 

Depois de muito tempo, no final de semana passado armei um esquema monstro para perambular por quatro cidades do interior paulista que dificilmente aparecem aqui no JP. A turnê "Festa do Interior" - que começou a ser programada ainda em março - começou sábado cedinho, quando saí com a companhia dos amigos Sérgio, Paulo Shrek e Renato rumo a cidade de Porto Feliz, local da nossa primeira parada. 

E não sei quem foi, mas tenho que agradecer a pessoa que resolveu mudar o horário do jogo entre Desportivo Brasil e Primavera, marcado inicialmente para as 15 horas no Estádio Ernesto Rocco. Graças a uma mudança estratégica, a peleja foi remarcada para as 10 da matina, o que possibilitou a inclusão da mesma na nossa jornada. 


Fachada do Estádio Ernesto Rocco, situado na cidade de Porto Feliz. Foto: Fernando Martinez. 

Para dar tempo de chegar no estádio, inaugurado em 6 de agosto de 2011 e nunca visitado por nenhum integrante do JP, saímos de São Paulo às 7 da matina. Depois de uma viagem tranquila, cruzamos toda a cidade de Porto Feliz para chegar no Jardim Vante, bairro em que se situa a nova casa do futebol portofelicense. A ampla entrada evidencia um lugar bastante confortável para se ver um jogo de futebol. Os vestiários são amplos e a capacidade do local é de cinco mil pessoas. De negativo, apenas as pequenas cabines de imprensa e a falta de cobertura para o público em dias de chuva ou forte sol, nada que não possa ser melhorado com o tempo. 

Já dentro de campo, notamos que o gramado estava bastante encharcado, resultado das chuvas dos dias anteriores. Por lá também encontrei o Luciano Claudino, "dono" do site Jogo Limpo (www.jogolimpo.com) e amigo de longa data. Não demorou para que as equipes fossem a campo para o começo da peleja. Confesso que foi estranho ver o time de Indaiatuba jogando com uma camisa fora do tradicional. 


Desportivo Brasil PL - Porto Feliz/SP. Foto: Fernando Martinez. 


EC Primavera - Indaiatuba/SP. Foto: Fernando Martinez. 


O árbitro Marcelo Rogério, os assistentes Claudenir Donizeti da Silva e Tatiane Sacilotti Camargo e o quarto árbitro André Ribeiro Pinheiro posam junto com os capitães dos times. Foto: Fernando Martinez. 

Os times duelaram pela 8ª rodada do Grupo 4 da Segundona 2012. Nessa reta final da competição, a chave mais embolada passou a ser justamente essa, que também conta com a presença do Cotia, Sumaré, Elosport e Itapevi. Até a rodada anterior, apenas quatro pontos separavam o então líder Sumaré (com 12 pontos) e o quarto colocado Cotia (com 9). Faltando três jogos para cada equipe, qualquer vacilo pode se tornar fatal. 


Movimentos dentro de campo em Desportivo Brasil x Primavera. Foto: Fernando Martinez. 

Mas embora esperássemos uma boa partida, o primeiro tempo foi muito abaixo da crítica. Os times não jogaram nada e maltrataram a pelota sem nenhuma piedade. Por mais que eu me esforce, fica complicado falar algo de bom desses primeiros 45 minutos, os piores que vi em 2012. Valeu mesmo por ficar na beira do campo conversando com os amigos presentes. 


Ataque primaverino com a marcação portofelicense. Foto: Fernando Martinez. 


O Fantasma da Ituana armando outro ataque. Foto: Fernando Martinez. 

No finalzinho desse martírio, o Primavera conseguiu abrir o marcador após uma falha clamorosa de um dos zagueiros do Desportivo Brasil. Ele deixou a bola passar no meio das pernas, e a gorduchinha sobrou livre para Monga avançar pela esquerda e chutar forte no canto do goleiro local. O Fantasma da Ituana conseguiu chegar no intervalo da modorrenta peleja com a vantagem mínima no placar. 


Chute de Monga no primeiro gol do Primavera na partida. Foto: Fernando Martinez. 


Agora a vez do Desportivo Brasil no ataque. Foto: Fernando Martinez. 

Caindo de sono, subi até as apertadas cabines de imprensa para acompanhar o tempo final. Apesar de ter melhorado um pouco, a peleja continuou sonolenta. O Desportivo Brasil deu uma leve acordada e passou a chegar mais dentro da área primaverina, porém sem conseguir acertar o último toque. Nos contra-ataques, o time visitante teve oportunidades para ampliar. 


Zagueiro do time vermelho armando o foguete. Foto: Fernando Martinez. 


Disputa de bola pelo alto. Foto: Fernando Martinez. 

E depois do que pareceu cinco horas de um futebol fraco, o duelo terminou mesmo em Desportivo Brasil 0-1 Primavera. O triunfo deixou a equipe de Indaiatuba na liderança da chave após oito rodadas com 14 pontos. O time portofelicense caiu para a quarta colocação com 10, atrás de Cotia e Sumaré com 12. A disputa pelas três vagas será acirrada até o último minuto. 

Enquanto os atletas voltavam para os vestiários, nós fomos nos refrescar na cantina local antes de seguir com a turnê. Com a ajuda do Luciano Claudino, passamos pela cidade de Rafard, terra do extinto Rafard Clube Atlético, aonde conhecemos a fachada do estádio municipal, e depois fomos para o nosso segundo destino do sábado. 

Até lá! 

Fernando

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Jabaquara perde a terceira seguida e passa perigo na Segundona

Buenas! 

Mais um sábado pela manhã com futebol profissional próximo a capital paulistana. Então lá fui eu para Mauá, no Estádio Municipal Pedro Benedetti, acompanhar a partida Mauaense x Jabaquara, pela 8ª rodada do Grupo 7, do Campeonato Paulista da Segunda Divisão. Como já virou rotina em Mauá, alguns torcedores do Mauaense sempre saúdam o Jogos Perdidos com palavras de elogio, então deixo aqui um grande abraço a todos. Vamos para as fotos oficiais da partida. 


GE Mauaense - Mauá/SP. Foto: Emerson Ortunho. 


Jabaquara AC - Santos/SP. Foto: Emerson Ortunho. 


O árbitro Marcos Silva dos Santos Gonçalves e os assistentes Alberto Poletto Masseira e Mauro André de Freitas posam junto com os capitães dos times. Foto: Emerson Ortunho. 

O jogo começou com o Jabaquara logo procurando o campo de ataque, mostrando que as duas derrotas sofridas em seqüência seriam coisas do passado. O Mauaense por sua vez, com um time bem postado em campo, não se incomodou com a ousadia do Jabaquara e começou a explorar bem os contra-ataques. E logo aos 12 minutos veio o primeiro gol. Após cruzamento pela esquerda, Caio completou para as redes. 


Atletas dentro da área do Mauaense no primeiro tempo. Foto: Emerson Ortunho. 

Com o gol sofrido o Jabaquara se desarrumou, não sabia se atacava em busca do empate, ou se fechava a defesa para não tomar mais gols. O Mauense tranqüilo em campo, foi só administrando o resultado favorável, que seguiu até o final da primeira etapa. 


Ataque jabaquarense contra o Grêmio. Foto: Emerson Ortunho. 


Zaga local cabeceando a pelota pra longe da área. Foto: Emerson Ortunho. 

No segundo tempo, o Jabaquara quis sair mais para o jogo, mas a equipe que tem dois excelentes atacantes, sofre com a falta de bons criadores no meio de campo. Com isso o jogo ficou até tranqüilo para o Mauaense que ia só administrando o resultado e ainda criando as melhores chances de gol na partida. 


Ataque santista pela lateral. Foto: Emerson Ortunho. 

E foi já aos 30 minutos do segundo tempo que o time da casa encontrou seu segundo gol, Diego que acabará de entrar, bateu cruzado da esquerda e mandou para o fundo das redes. Não deu tempo nem de o Jabaquara assimilar o golpe, que 2 minutos depois, novamente Diego em jogada parecida com a do seu primeiro gol, concluiu para abrir 3 a 0 no placar. 


Boa jogada do time visitante no segundo tempo. Foto: Emerson Ortunho. 

Com o resultado adverso e não tendo nada a perder, o técnico do Jabuca colocou mais atacantes e o time foi pra cima, sem organização nenhuma, mais foi. Aos 39 minutos após cobrança de falta, Rodrigão empurrou para o gol e diminuiu para o Jabaquara. O time santista continuou pressionando e aos 44 minutos após cobrança de escanteio, foi a vez de Viola mandar de cabeça para as redes. 


Boa saída do arqueiro local. Foto: Emerson Ortunho. 

O Jabuca ainda criou algumas chances nos acréscimos, mas o bom goleiro Max e o setor defensivo do Mauaense seguraram o placar. Final de jogo: Mauaense 3 x 2 Jabaquara. O time do Mauaense evoluiu muito desde o início do campeonato, a equipe não tem nenhum destaque individual, mas está com um conjunto bem arrumadinho e deve passar de fase com tranqüilidade. 

Pelo lado do Jabuca as coisas não vão nada bem, são três derrotas seguidas e todos os defeitos vieram à tona. Com exceção dos esforçados Edgard e Rodrigão, ninguém parece estar conseguindo fazer algo mais pela equipe, nem mesmo o técnico. 

Abraços! 

Emerson