RINÓPOLIS F. C.
Escudo do Rinópolis F.C.
Olá,
Ainda passeando pelo interiorzão paulista durante o feriado prolongado do Carnaval, continuei buscando informações sobre o momento atual de times que, em épocas passadas, já disputaram pelo menos uma competição profissional.
Dessa vez fiz um pit stop na pequena, mas aconchegante cidade de Rinópolis, distante 579 km da Capital, localizada mais ou menos no meio do caminho entre Penápolis e Osvaldo Cruz, seguindo pela Rodovia Assis Chateaubriand. Essa pequena cidade atualmente conta com cerca de 10.000 habitantes, sendo que há quem diga que já teve mais de 30.000 na época do auge do ciclo do café.
O meu objetivo era pesquisar sobre o Rinópolis Futebol Clube, que foi fundado em 1.946 (não encontrei a data exata), tendo disputado campeonatos profissionais em 6 oportunidades, durante os anos de 1.958/60, 1.962 e 1.965/66. Trata-se de mais uma equipe tricolor que adotou as cores branca, vermelha e preta, porém diferente da maioria dos outros tricolores, a inspiração não foi no São Paulo F.C., mas sim na Seleção Paulista e, isso fica bem evidente, ao observar o distintivo que é bem semelhante ao da F.P.F. Durante sua participação no futebol profissional, não conseguiu conquistar títulos e transitou pelo terceiro e quarto escalões do futebol paulista.
Fachada do Estádio Municipal Eugênio Rino Filho. Foto: Orlando Lacanna.
Ao deixar o profissionalismo, o R.F.C. continuou existindo até 1.977 quando encerrou definitivamente suas atividades. Um ano antes, foi fundada a A.A. Rinopolense que em 1.977 teve sua única participação no futebol profissional. Daí para frente, não houve mais time profissional na cidade.
Apurei também que a principal revelação do Rinópolis F.C. foi o meia esquerda Jura, irmão de Carlos Alberto Borges que jogou no Palmeiras. Ele começou a carreira em 1.975 (como amador) em Rinópolis e prosseguiu no Rio Preto, CEUB de Brasília, Juventus, Paulista de Jundiaí e Londrina.
Visão externa das arquibancadas cobertas. Foto: Orlando Lacanna.
Agora visão interna das arquibancadas cobertas. Foto: Orlando Lacanna.
Ao chegar na cidade, fui direto ao Estádio Municipal Eugênio Rino Filho, local aonde o Rinópolis F.C. mandava suas partidas. Esse nome foi uma homenagem a um integrante da família Rino que inspirou a criação do nome da cidade. O estádio tem capacidade para cerca de 1.500 pessoas e está em bom estado de conservação, em especial o seu gramado. Pena que está sendo pouco utilizado, pois no momento não há nenhuma equipe representando a cidade em qualquer tipo de competição.
O estádio atualmente está sendo utilizado pela meninada local que participa de uma escolinha de futebol, coordenada pelo Prof. Murilo de Souza, ex-atleta profissional da A.D. Cabofriense do Rio de Janeiro. Além disso, a utilização se restringe a uma ou outra partida entre equipes de bairros de Rinópolis. Não há um campeonato local estruturado e, segundo apurei, o Prefeito atual tem planos de incentivar o surgimento de uma equipe para voltar a participar das competições amadoras da região. Está fora de propósito qualquer intenção de voltar ao profissionalismo.
Da arquibancada uma visão do meio de campo. Foto: Orlando Lacanna.
Agora do gol da direita. Foto: Orlando Lacanna.
E fechando com o gol da esquerda. Foto: Orlando Lacanna.
Instalações destinadas aos vestiários. Foto: Orlando Lacanna.
Finalmente uma visão geral do campo. Foto: Orlando Lacanna.
Como sempre digo, da minha parte ficarei na torcida para que surja uma equipe na cidade, inicialmente voltando a disputar competições amadoras e, quem sabe, no futuro poderemos ter novamente a cidade de Rinópolis no mapa do futebol profissional de São Paulo. Um bom estádio já existe e com algumas adaptações poderá abrigar jogos valendo pela Segundona. Quem sabe? Não custa sonhar.
Time do Rinópolis F.C. na época do amadorismo em 1.952. Reprodução: Orlando Lacanna.
Agora o time do Rinópolis F.C. na época do profissionalismo na década de 1.960. Reprodução: Orlando Lacanna.
Ao deixar Rinópolis, segui meu caminho em direção a outras cidades, sempre visando trazer para os que acompanham o JP, um pouquinho da história do futebol paulista. Aguardem, pois em breve terá mais.
Bem, não poderia encerrar esse post sem mencionar a atenção, o carinho e a paciência que o Sr. Nelson Brait dedicou a mim, não só quando da visita, mas também durante os vários contatos feitos posteriormente para obtenção e confirmação de informações. Muitíssimo obrigado e um grande abraço.
Abraços,
Orlando