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domingo, 30 de abril de 2017

JP em duelo de invictos no Paulista Feminino sub-17

Texto e fotos: Fernando Martinez


Estamos em meio a fases decisivas das principais divisões do estado e todos sabem disso. O que poucos sabem é que está rolando a todo vapor a primeira edição do Campeonato Paulista Feminino sub-17, uma iniciativa bem legal da FPF e que merece todos os aplausos. No último final de semana resolvi fazer a minha estreia nessa competição.

O confronto escolhido para meu début foi o duelo paulistano entre as meninas da Tiger Academia com as do Centro Olímpico. O palco foi o genial Estádio Alberto Savoy, campo do tradicionalíssimo Lausanne Paulista FC, figurinha carimbada da várzea da capital e fundado em 1927. A bela "cancha" fica na sede do clube e com poucos ajustes dava pra ter partida da Segundona ali sem nenhum problema.


Fachada da sede do Lausanne Paulista Futebol Clube, tradicional time da Zona Norte paulistana




Detalhe do campo de gramado sintético do Estádio Alberto Savoy, um local muito simpático e bem arrumado

O Tiger Academia de Futebol foi fundado no ano 2000 e é um dos estreantes no cenário feminino da FPF. Dos 17 times que fazem parte do torneio, quatro jogam um certame da entidade pela primeira vez: Bonfim de Campinas, AAEC Guarulhos, Atlético do Jaçanã da capital e o Guarujá Atlético Clube. Deixo os parabéns pela pioneira iniciativa e espero que seja o início para a criação de mais campeonatos para as meninas da base.

Os dois times fazem parte do Grupo 4 junto com Juventus e o Guarujá e chegaram invictos a essa rodada, ostentando goleadas a rodo. A maior delas foi logo na primeira peleja, quando o Tiger simplesmente destroçou o Guarujá por 16x0, sim 16x0. A classificação para a segunda fase já está garantida há tempos e esse duelo foi uma espécie de tira-teima pelo primeiro lugar. No turno, o jogo foi 0x0.

As arquibancadas receberam um bom público, mas as meninas não fizeram uma apresentação muito boa, principalmente no tempo inicial. Nos primeiros 35 minutos (nessa categoria é 35x35) praticamente não rolou nenhuma chance de gol. Aproveitei o tempo para conhecer parte das boas instalações do Lausanne, inclusive o bar que fica atrás de um dos gols.

No tempo final as duas equipes voltaram ao gramado sintético mais dispostas e com mais inspiração. O Tiger foi melhor em campo e levou mais perigo para a meta da goleira Anna Clara. Só que no primeiro ataque perigoso, foi o Centro Olímpico quem marcou, isso aos 14 minutos. Ru, camisa 6, acertou um bom chute de longe e colocou a pelota no canto esquerdo.


Escanteio para a Tiger Academia no primeiro tempo


Disputa de bola no meio de campo


Detalhe do gol de empate das meninas locais aos 24 do tempo final

Após tanto insistir, aos 24 as donas da casa tiveram um pênalti marcado a seu favor. Letícia bateu de forma segura e deixou tudo igual. Sem mais nenhuma alteração no marcador, o placar final de Tiger Academia 1-1 Centro Olímpico ampliou a invencibilidade local para 18 pelejas, além de manter as duas agremiações como as melhores da chave. A primeira fase da competição acaba no dia 14 de maio.

Com a visita ao Alberto Savoy, agora conto com 196 estádios na Lista, só contando os campos aonde vi algum joguinho. Há mais de dois anos não ia num local novo em terras tupiniquins e a meta é chegar aos 200 o quanto antes. Quem sabe não não alcanço essa marca ainda em 2017?

Até a próxima!

terça-feira, 25 de abril de 2017

Barcelona se recupera e empata com o Itararé na capital

Texto e fotos: Fernando Martinez


Após sofrer a maior goleada da sua história, o Barcelona Capela voltou ao gramado do Estádio Nicolau Alayon na manhã do domingo para tentar apagar a má impressão deixada. O adversário da vez foi o genial Itararé, time que volta ao profissionalismo depois de onze anos em confronto do Grupo 3 do Campeonato Paulista da Segunda Divisão.

Assim como fiz nos últimos 17 compromissos do Elefante como mandante, marquei presença na casa do Nacional sinceramente sem saber o que esperar. Por um lado, achava que o Caçula era favorito, mas ao mesmo tempo achava que dificilmente o onze paulistano repetiria uma atuação tão lamentável quanto a que teve contra o Elosport.


Barcelona Esportivo Capela Ltda. - São Paulo/SP


Associação Atlética Itararé - Itararé/SP


O árbitro José Paulo Canale, os assistentes Alexandre de Oliveira e Leandra Aires Cossette, o quarto árbitro Tarciano Jose de Lima e os capitães dos times

Cheguei cedo na Água Branca e vários amigos já se faziam presentes ali. Todos, tirando o decano Mílton Haddad, para ver pela primeira vez a Associação Atlética Itararé. Confesso que não imaginava ver um jogo do clube do sul do estado novamente. Vi a gloriosa agremiação pela última vez em 2 de abril de 2006 num triunfo contra o falecido EC Osasco pela A3. Ao final daquela competição, a equipe se afastou do profissionalismo.

Falando do blog, o Itararé merece um lugar de destaque na nossa história pois nosso primeiro post foi justamente com a final da Série B2 de 2004 entre o Taboão da Serra e o time do interior. Foi um post curto, ainda sem a cara que o JP passou a ter com o decorrer dos anos. Tempos depois contei por aqui toda a história sobre o último jogo da quinta divisão paulista em todos os tempos.

De volta ao presente, ficou claro desde o apito inicial que o Barcelona estava num astral totalmente diferente do que vimos no domingo anterior. Mesmo com suas limitações, o time foi competitivo e equilibrou as ações durante os 90 minutos. O Itararé não foi superior praticamente em nenhum momento. Isso fez com que a peleja se tornasse bastante interessante.

Aos oito minutos aconteceu a primeira grande chance quando o Itararé mandou uma bola na trave. O que poderia mostrar um domínio visitante se transformou em surpresa quando Ícaro aproveitou rebote de Felipe e abriu o marcador pro BEC aos 18. Três minutos depois o Caçula teve escanteio pela direita. A pelota foi levantada na área e Matheus apareceu para cabecear pro fundo das redes e deixar tudo igual.

Aos 31, o alvi-azul teve a melhor oportunidade de virar o marcador num ataque pela direita que terminou com chute em cima do arqueiro local. Foi com o empate por um tento que o primeiro tempo chegou ao seu final. A diversão nos 15 minutos de descanso foi acompanhar a troca dos nomes do placar, pois a peleja começou ainda mostrando o duelo do sábado. Com certeza um verdadeiro "Show do Intervalo".


Escanteio a favor do Itararé no começo da peleja


Zaga do Barcelona depois de desarme feito dentro da área


Detalhe do gol de empate do Caçula, marcado por Matheus aos 21 minutos


Grande chance desperdiçada aos 31 em boa defesa de Alexandre

No tempo final os times voltaram a campo menos inspirados ofensivamente falando, porém isso não significou queda de qualidade na partida. O Barcelona continuou animado e o Itararé chegou perto da meta local e chegou a pedir dois pênaltis em lances dentro da área. Fiquei em dúvida num desses lances.

Aos 33 minutos foram os visitantes que chegaram ao segundo gol. Brisson avançou pela direita e chutou forte. O goleiro Alexandre viu a pelota passar por baixo do seu corpo. Só que os locais não se entregaram e aos 40 a agremiação teve pênalti marcado a seu favor. John bateu de forma precisa e igualou mais uma vez.


Felipe fazendo ótima defesa em cobrança de falta do Elefante


Lucas, camisa 3 do BEC, se aventurando no setor ofensivo


Segundo gol do Barcelona, marcado por John aos 40 do tempo final


Cobrança de falta ensaiada no ataque local

No fim, o Barcelona 2-2 Itararé marcou o primeiro ponto conquistado pelo time da Zona Sul paulistana na Segundona 2017, uma mostra que, se não é candidata ao acesso, pelo menos pode fazer uma campanha digna. Com o empate, somado à derrota do Bernô pro Elosport, o Caçula se isolou na liderança da chave, agora com sete pontos ganhos.

A ideia inicial era ver um jogo do Paulista Feminino, mas isso não foi humanamente possível. Os dias estão complicados por essas bandas e futebol mesmo só deve pintar no próximo final de semana!

Até lá!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Placar em branco para Nacional e Rio Branco nas quartas da A3

Texto e fotos: Fernando Martinez


Depois de dezenove rodadas disputadas, chegou a hora das quartas-de-final no Campeonato Paulista da Série A3. Na fria e chuvosa tarde do último sábado fui ao Estádio Nicolau Alayon pro jogo de ida entre Nacional e Rio Branco de Americana. Com essa presença, mantive os 100% de aproveitamento nas dez partidas realizados na Água Branca até aqui.

Esse foi um repeteco do encontro da primeira rodada da competição, vencido pelo Tigre por 4x1. O onze americanense terminou a fase de classificação na terceira colocação com 33 pontos ganhos. Já o time ferroviário sofreu e se classificou apenas na rodada derradeira, terminando na sexta posição com 31.


Nacional Atlético Clube - São Paulo/SP


Rio Branco Esporte Clube - Americana/SP


Os capitães do times junto com o árbitro Rafael Gomes da Silva, os assistentes Leandro Matos Feitosa e Domingos da Silva Chagas e o quarto árbitro Luiz Carlos Júnior

Nesse que foi o 18º confronto entre os dois na história do estadual, o estádio da Rua Comendador Souza recebeu seu melhor público na competição: 543 pagantes, um número alto para os padrões nacionalinos. Entre a torcida, a presença dos amigos Sérgio, Pucci, Bruno, Renato e o brasiliense Raul Dias num esquenta antes da eliminação verde na A1.

Pena que o jogo não tenha correspondido, longe disso, principalmente para quem estava torcendo pro Nacional. O time da casa não mostrou um bom futebol no tempo inicial e criou apenas uma grande oportunidade através de Emerson Mi aos 17 minutos. A cabeçada passou perto do gol defendido por Ronaldo.

No geral, foi o Rio Branco quem criou as melhores chances, transformando o goleiro Felipe no melhor em campo. O primeiro grande momento foi aos sete minutos em cobrança de falta de Vítor Hugo, o segundo, novamente em chute de Vítor Hugo, aos 28. Apesar de ser melhor, faltou a cereja do bolo pro alvinegro ficar em vantagem no placar.



Duas chegadas do ataque nacionalino em chutes que foram pra fora


Cobrança de falta de Vítor Hugo aos 28 do primeiro tempo que contou com grande defesa de Felipe Lacerda

Antes mesmo do fim da etapa inicial já tinha me mandado para a parte coberta por conta da chuva. Como ela não parou, fiquei ali também durante o segundo tempo. Nos últimos 45 minutos a peleja caiu bastante de produção e a tônica foi a falta de inspiração dos dois lados.

O Nacional não conseguia atacar com sucesso e teve como melhor oportunidade uma boa chegada pela direita que terminou com Léo Castro sendo derrubado por Miranda em cima da linha da grande área. Muitos ali acharam que foi pênalti, mas é fato que o lance é bastante duvidoso. Na cobrança da falta, a bola foi pra fora.

Os visitantes novamente tiveram a bola mais tempos nos pés e os comandados de Édson Vieira chegaram algumas vezes perto da área local. Só que não pintou aquela chance de gol claríssima nem aquele momento para fazer a alegria da rapaziada que veio do interior. No fim, o marcador não foi inaugurado.


Miranda derrubando Léo Castro no tempo final... muitos pediram pênalti no lance


Éder, camisa 11 nacionalino, em lance no meio-campo


Bola viajando pela área do Rio Branco no fim da partida

O placar de Nacional 0-0 Rio Branco ainda mantém a disputa pela vaga na semi totalmente em aberto. Os americanenses são favoritos por jogarem no Décio Vitta, porém um empate leva a decisão aos pênaltis. Cabe aos atletas do time ferroviário fazerem o jogo da vida no próximo sábado.

Menos de 24 horas após essa peleja retornei ao Alayon para outra sessão de futebol, dessa vez com a última divisão paulista na pauta. Teve nova apresentação do Barcelona, agora enfrentando uma agremiação que voltou ao profissionalismo depois de mais de dez anos ausente.

Até lá!

terça-feira, 18 de abril de 2017

Juventus vence pela primeira vez no Paulista Feminino

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fechando o final de semana futebolístico voltei a acompanhar um joguinho do Campeonato Paulista Feminino no Estádio Conde Rodolfo Crespi, algo que eu não fazia desde 2011. As meninas do Juventus enfrentaram o "novato" Embu das Artes pela segunda rodada do Grupo 2 do certame.

O estadual da categoria conta com dezesseis participantes divididos em duas chaves. O Grupo 2 também conta com Centro Olímpico, Portuguesa, Taubaté, Santos, São José e Corinthians. Ao final da primeira fase, as quatro melhores classificadas de cada chave se garantem na segunda fase.


Clube Atlético Juventus (feminino) - São Paulo/SP


Associação Desportiva Embu das Artes (feminino) - Embu das Artes/SP


Quarteto de arbitragem e capitãs dos times

O Moleque Travesso já é velho conhecido no futebol feminino e chegou a ser campeão paulista em 1987. Já a Associação Desportiva Embu das Artes foi fundada no mês passado e participa pela primeira vez do estadual. O time tem como sua casa o Estádio Hermínio Esposito, local que já foi palco dos compromissos do antigo Pão de Açúcar EC quando da sua fundação.

O Embu das Artes fez sua primeira partida na semana passada e goleou o Burro da Central por 4x0 atuando em casa, enquanto as grenás foram derrotadas pelo Santos. Imaginava que veria um jogo razoável e bastante disputado. Bom, disputado ele foi, só que o nível técnico deixou bastante a desejar.

No começo do primeiro tempo o Juventus teve uma grande chance de abrir o marcador num lance aonde uma defensora salvou em cima da linha. Já o Embu das Artes teve um gol anulado por impedimento. Tirando isso, nada aconteceu e mesmo com muita dedicação das atletas o nível foi baixo.

No tempo final o panorama melhorou um pouquinho, mas nada assim uma Brastemp. O onze visitante chutou uma bola na trave nos primeiros minutos e as meninas locais chegaram algumas vezes com perigo próximo da área adversária. A dedicação era total, porém nada de gol.

Quando tínhamos quase a certeza que o placar não seria aberto, Karen, camisa 4 do Juventus, nos fez um grande favor. A zagueira cobrou uma falta de longe com um chute que parecia não ter a direção do gol. A bola foi calma, mansa e praticamente em câmera lenta... só que acabou no canto esquerdo de Iolanda, que pulou mas não conseguiu fazer a defesa.


Combate da marcadora do Embu das Artes em tentativa de ataque grená


Gol do time visitante que foi anulado pela arbitragem no tempo inicial


Detalhe dos uniformes de Juventus e Embu das Artes


Bola perigosamente passeando dentro da área local no segundo tempo


Cabeçada sem direção no ataque juventino

Pouco tempo depois Beatriz, a camisa 10 juventina, teve nos seus pés uma oportunidade de ouro de ampliar o marcador. Pena que ela errou o chute e a bola foi pra fora. No fim, o resultado final de Juventus 1-0 Embu das Artes marcou a primeira vitória grená no estadual e o primeiro revés do time da Grande São Paulo na sua (ainda) curta história.

Com essa partida encerrei os trabalhos do final de semana em grande estilo. Futebol de novo só no meio do próximo feriado com decisão na Série A3 e mais Segundona na parada.

Até a próxima!

Elosport aplica sua maior goleada na história contra o Barcelona

Texto e fotos: Fernando Martinez


Ver a história ser escrita e acompanhar in loco a quebra de recordes é uma coisa muito legal. Já fui em alguns jogos aonde sabia que a disparidade técnica proporcionaria algo desse tipo, mas é mais legal ir numa partida relativamente comum e acompanhar uma situação dessas. Foi o que aconteceu na manhã do domingo de Páscoa no encontro entre Barcelona e Elosport no Nicolau Alayon.

Essa é a terceira temporada seguida do genial time paulistano no Campeonato Paulista da Segunda Divisão e, como em 2015, o Barça atuará na casa nacionalina (ano passado as pelejas foram realizadas na Rua Javari). Nas duas temporadas anteriores marquei presença nos 16 compromissos do time como mandante e, até quando puder, farei o mesmo em 2017.


Barcelona Esportivo Capela Ltda. - São Paulo/SP


Elosport Capão Bonito - Capão Bonito/SP


Capitães dos times e o quarteto de arbitragem designado da partida com o árbitro Alex Lopes Loula, os assistentes Cosme Tavares dos Santos e Alessandro da Mata Lemos e o quarto árbitro Marcelo Fabiano Mingoranci

As duas equipes fazem parte do Grupo 3 da competição e foram derrotadas na estreia. O onze paulistano perdeu do Diadema por 3x2 e o Elo foi derrotado pelo Itararé, genial clube que volta ao futebol depois de onze anos, dentro de casa por 2x1. Confesso que por atuar com o mando de campo, esperava que o Barcelona tivesse uma boa atuação.

O que eu e mais ninguém esperava era ver uma primeira etapa absolutamente avassaladora do Elosport. Fazia muito tempo que não via um massacre tão absurdo nos 45 minutos iniciais de jogo profissional. O Barcelona nem foi tão mal assim no setor ofensivo, tanto que criou duas ótimas oportunidades para marcar, uma delas com o atacante chutando da pequena área pelo alto mesmo com o gol aberto.

Agora, o que complicou mesmo foi a atuação do setor defensivo local. O bom goleiro Alisson infelizmente não estava numa boa manhã e a zaga não conseguiu parar o inspirado ataque visitante. Antes dos 15 minutos o time já tinha colocado bola na trave, teve atacante perdendo gol sem goleiro e duas ou três oportunidades cara-a-cara foram para fora.

O massacre começou a tomar forma aos 19 minutos em cobrança de falta de longe de Pretico. A bola ainda bateu na trave antes de entrar no gol. Mateus fez o segundo aos 29 depois de completar um cruzamento da esquerda dentro da pequena área. Aos 33 Pepe fez boa jogada individual, cortou do defensor e chutou no ângulo direito. Mateus, ele de novo, fez de cabeça aos 37. Andrey Marcos fez a quina aos 41 e Diogo marcou pela sexta vez aos 48 minutos.


Camisa 10 do Barcelona, Gabriel Alves tenta o domínio


Atleta do Elosport saindo para o ataque


Detalhe do primeiro gol do Elo, marcado em cobrança de falta de Pretico


Mateus aparece entre os zagueiros para fazer o segundo


Pepe e o chute que originou o terceiro gol visitante


De cabeça, Mateus fez o quarto gol aos 37 minutos

Quando o intervalo chegou o placar apontava um 0x6, fora o baile. Isso tinha acontecido pouquíssimas vezes na minha lista que conta com mais de 2.700 partidas vistas em estádios. A primeira vez que vi uma equipe profissional fazer seis gols no primeiro tempo foi no antológico Corinthians 8x2 Cerro Porteño em 1999. Teve também um Palmeiras B 8x0 Independente em 2003, o famoso Santos 10x0 Naviraiense em 2010... e só. A palavra "raro" para descrever o evento pode ser colocada aí sem nenhum questionamento.

O goleiro Alisson ficou nos vestiários e José entrou em seu lugar pro tempo final. Aos 11 minutos, Mateus, o artilheiro da manhã, fez o seu terceiro gol e aos 22 Andrey Marcos fez o oitavo em cobrança de pênalti. O ritmo caiu bastante depois desse tento, algo bastante natural ainda mais se levarmos em conta o forte calor que fazia.

Jogando na boa, o Elo não sofreu sustos na defesa e ainda teve algumas oportunidades de chegar a um placar de dois dígitos. Os visitantes criaram chances novamente com a dupla Andrey Marcos e Mateus e ainda teve um pênalti não marcado aos 39 minutos.


Bola zanzando pela área do Barcelona: uma tônica durante toda a peleja


Andrey Marcos fecha a goleada em pênalti aos 22 do tempo final


Grande chance, novamente com Andrey Marcos, para o nono gol do Elo


O histórico placar final com a maior goleada aplicada e a maior goleada sofrida respectivamente por Elosport e Barcelona. Além disso, eu nunca tinha visto um 0x8 num jogo profissional até então

Quando o árbitro apitou pela última vez, o placar do Nicolau Alayon mostrava o resultado de Barcelona 0-8 Elosport. Essa foi a maior derrota que o Elefante sofreu na sua história, superando o 7x1 sofrido para o CATS em 2016, e também a maior vitória da história do time de Capão Bonito, superando dois 6x0 aplicados contra Gazeta de Ourinhos e Atibaia em 2001 e 2009. Não é sempre que temos a chance de ver esse combo ao vivo... muito pelo contrário.

Tamanho chocolate não saciou a fome da rapaziada presente no Alayon e então saímos dali com destino ao centro de São Paulo para um pit-stop estratégico na melhor mortadela da cidade, afinal, saco vazio não pára em pé. Dali seguimos debaixo de um sol fortíssimo até a Rua Javari para a sessão vespertina com futebol feminino na pauta.

Até lá!

segunda-feira, 17 de abril de 2017

São Bernardo joga muito bem e goleia o CAD no Baetão

Texto e fotos: Fernando Martinez


Fui da primeira a última divisão estadual num período de apenas duas horas no sábado passado. Após conferir de perto o empate entre Santo André e São Bento, retornei ao Baetão depois de um ano e meio para a estreia do São Bernardo como mandante no Campeonato Paulista da Segunda Divisão. O adversário foi um velho conhecido, o CA Diadema.

Não vi nenhum jogo do querido Bernô em 2016, temporada aonde o time realizou suas partidas no tradicional estádio aos sábados à tarde por conta da lendária e precária iluminação. No hexagonal final de 2015, o pessoal da arbitragem não aliviou e registrou devidamente a situação nas súmulas dos jogos do onze do ABC.

Quando a tabela desse ano foi desmembrada e vi que os jogos voltaram a ser marcados para as noites de sexta (somente esse primeiro foi marcado para um sábado), imaginei que a prefeitura finalmente tinha resolvido o problema. É, só que ao chegar no estádio vi que a "Boate Baetão" está mais atual do que nunca e a situação é exatamente a mesma de antigamente, em resumo, mais da metade dos refletores estão queimados.

Como não tenho como fazer nada para melhorar o problema, o lance mesmo é respirar fundo, tirar umas duzentas fotos para salvar umas dez ou doze e vida que segue. Você viu aqui no blog que o São Bernardo fez uma ótima estreia vencendo o Guarulhos pelo placar de 2x0. Jogando contra o CAD, que venceu o Barcelona no aperto, a expectativa era de uma boa apresentação do alvinegro.


Esporte Clube São Bernardo - São Bernardo do Campo/SP


Clube Atlético Diadema - Diadema/SP


Os capitães dos times junto ao árbitro André Luiz Cozzi, os assistentes Ítalo Magno Andrade e Givanildo Oliveira Felix e o quarto árbitro Givaldo Alves dos Santos

Os 354 pagantes - com certeza um bom público para os padrões locais - viram uma apresentação soberba do onze local. Os comandados de Ricardo Costa, técnico campeão da Segundona do ano passado com a Portuguesa Santista, mostraram um enorme poder ofensivo e foram muito, mas muito bem. O jogo foi melhor do que 80% das partidas que acompanhei in loco nas Séries A2 e A3.

O trio formado por Bessa, Romário e Felipe infernizou o setor defensivo do CAD e criou um sem número de oportunidades de gol. O time visitante teve a honra de criar a primeira chance da peleja com Jádson Negão aos três minutos, mas depois disso só deu Bernô. Romário quase marcou aos nove e aos onze Felipinho aproveitou rebote do goleiro João Pedro a abriu o marcador três minutos depois.

A partida seguiu com oportunidades de todos os tipos: de falta, em chute à queima-roupa, em chute de longe, em cabeçada, ou seja, um vasto cardápio. Por volta dos trinta minutos o time marcou mas o assistente anulou marcando impedimento. Já aos 38 não teve jeito e Romário avançou pelo campo de defesa, tocou na saída do camisa 1 diademense e fez o segundo tento.

O CAD resolveu se aventurar novamente no ataque nos minutos finais e teve seu melhor momento aos 45 minutos numa cobrança de falta que terminou com o goleiro Kaíque mandando para escanteio. Na cobrança, a bola sobrou para Lucas e ele chutou cruzado para fazer o gol do Diadema aos 46, último lance da etapa inicial.


Chegada do Bernô pela direita


Bola estufando as redes do CAD no primeiro gol da noite, marcado por Felipinho


Belo voo do goleiro diademense em cobrança de falta do time da casa


Escanteio pela direita cobrado pelo camisa 11 Bessa


Romário tocando para fazer o segundo gol do São Bernardo

No tempo final as boas vibrações do São Bernardo continuaram em ação e Felipinho fez o terceiro aos cinco minutos concluindo grande passe de Romário. Foi o quarto gol do atacante até aqui, o colocando como artilheiro isolado da competição. Aos 22 o camisa 7 retribuiu o presente e deixou Romário na cara do gol para transformar o triunfo em goleada.

Esse gol sossegou os donos da casa e o CAD até se arriscou mais no ataque, obrigando Kaíque a fazer duas boas defesas. Mesmo jogando na boa, o placar poderia ter sido ainda mais elástico caso os atacantes do alvinegro tivessem acertado o pé até o apito final. Um 6x1 não teria sido nenhum exagero.



Duas jogadas pela esquerda no forte ataque do São Bernardo


CAD tentando sair pro jogo... só que a derrota já estava consumada

No fim, o jogo terminou em São Bernardo 4-1 CA Diadema. Foi a segunda vitória do Cachorrão em duas rodadas da última divisão. Ainda falta uma eternidade para a competição chegar ao seu final, porém é fato que o time começou muito bem a luta por um lugar na A3 de 2018. A equipe é líder do Grupo 3 junto com o Itararé.

Voltei para casa ainda com tempo de ver parte da jornada inicial dos playoffs da NBA antes de pegar no sono pensando na rodada dupla do domingo. Teve recorde histórico sendo quebrado no Nicolau Alayon.

Até lá!