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domingo, 7 de janeiro de 2024

Heroico, Macapá conquista empate com o Vasco da Gama em Guarulhos

Texto e fotos: Fernando Martinez


O duelo de fundo no Estádio Antônio Soares de Oliveira, que fechou a primeira rodada do Grupo 29 da Copa São Paulo de Futebol Júnior, era sensacional. O Vasco da Gama enfrentou o glorioso Macapá, clube que, sempre quis assistir ao vivo. Era aquele tipo de partida que não tinha como perder.

O Azulão nasceu como Panair Sport Club e era dos funcionários da saudosa companhia aérea. Foi campeão do então território federal em 1944 e no ano seguinte, com o encerramento das atividades da Panair do Brasil na cidade, mudou de nome para Esporte Clube Macapá. Depois, mais 16 títulos estaduais, o último deles em 1991. Agora também é o nono time do estado a disputar a Copinha na história.

No sub-20 do Amapá de 2023 ficou com a taça após um 4 a 0 em cima do São Paulo na grande decisão, disputada no dia 8 de maio. Dos quatro melhores colocados, era o único que eu ainda não tinha na Lista. Os outros três - além do vice São Paulo, Trem e Santana - eu já tinha visto em outras edições da Copinha.


CR Vasco da Gama (sub-20) - Rio de Janeiro/RJ


EC Macapá (sub-20) - Macapá/AP


Quarteto de arbitragem e capitães dos clubes

As equipes do estado do Norte não costumam se darem bem na competição. Só duas chegaram na segunda fase: o São Paulo em 2018 e o Trem em 2020. Tirando isso, campanhas tímidas. Jogando contra um antigo campeão da Copinha e uma base promissora, tudo indicava que era questão de saber de quanto o Vasco iria ganhar o jogo.

Essa impressão foi reforçada logo no primeiro minuto de peleja. Em levantamento inofensivo, o goleiro Ronaldo só teria que fazer uma simples defesa, daquelas que até eu faço mesmo na minha atual condição física. É, só que o camisa 1 deixou a bola passar por entre as mãos e ela bateu na sua cabeça, indo morrer dentro da meta. Um gol contra absolutamente surreal que destruiria a moral de muitos por aí.

Mas não foi isso que aconteceu. A molecada se encontrou rapidinho e deu trabalho ao Vasco, que definitivamente não estava nos seus melhores dias. O Macapá ainda colocou as manguinhas de fora duas vezes com Dayveson, sem sucesso. Na etapa final, pouco mudou. Jogando um futebol modorrento e sem nenhuma inspiração, os cariocas nada faziam. Aos 39 até fizeram outro, porém o gol foi anulado por impedimento.

O Azulão foi tentando, tentando, tentando e esperava acertar um ataque, aquele que seria "o" tal. Não deu outra. Aos 41, para a alegria total de boa parte dos torcedores que não arredaram o pé do Ninho do Corvo, Dayveson fez boa jogada pela direita e cruzou. Jeremias se antecipou à zaga e deixou tudo igual. O Vasco buscou retomar a vantagem nos minutos seguintes... e não conseguiu.



O exato momento da falha do goleiro do Macapá e a bola no fundo das redes. Vasco 1 a 0 com gol contra de Ronaldo





Lances do primeiro tempo fraco entre Vasco e Macapá




O Vasco até tentou emplacar aquela pressão na etapa final, mas o time jogou de forma desordenada


Aqui o lance do segundo gol vascaíno que foi anulado por impedimento



A comemoração do gol de empate amapaense e a festa dos atletas após o apito final. Foi o maior resultado do estado na história da Copinha

Ao término do tempo regulamentar, o Vasco da Gama 1-1 Macapá marcou o resultado mais importante de uma agremiação do estado do Amapá na história da Copa São Paulo. Sim, as campanhas de 2018 e 2020 foram melhores, mas em nenhuma delas um clube conquistou um placar tão significativo contra um grande. A comemoração foi emocionante e alguns mais animados começaram a pensar em uma possível vaga entre os 64 melhores do campeonato. Não é nenhum exagero.

Com dois times novos na Lista e um cansaço enorme, peguei o caminho de volta à capital para descansar um pouco antes do fim de semana. No sábado não teve nenhuma equipe nova na minha primeira visita ao Nicolau Alayon em 2024. Vale mesmo assim.

Até lá!

Ficha Técnica: Vasco da Gama 1-1 Macapá

Local: Estádio Antônio Soares de Oliveira (Guarulhos); Árbitro: Paulo Ricardo Fernandes; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Roger, Alexandre e André Luiz; Gols: Ronaldo (contra) 2 do 1º, Jeremias 41 do 2º.
Vasco da Gama: Lecce; Paulinho, Vítor Manoel, Roger e Leandrinho; Victão, Lucas Eduardo (Igor Toledo), JP (Matheus Ferreira) e Estrella (Alexandre); Paixão e Léo Jacó (Lukas Zuccarello). Técnico: William Batista.
Macapá: Ronaldo; Kassio Pacuí (Jasiel), Jeremias (Arthur), Diego e André Luiz (Peterson); Cássio (Felipe Gabriel), Sanderson, Juninho e Dayveson; Enzo Zidane (Jônatas) e Rian Kaike (Fazendinha). Técnico: Miguel Seruca.

Goleada flamenguista em Guarulhos contra o Potyguar-CN

Texto e fotos: Fernando Martinez


Sexta-feira foi o terceiro dia de coberturas na Copa São Paulo de Futebol Júnior e eu já estava cansado. Apesar da leseira, decidi encarar a única sede com dois times novos. Direto do Estádio Antônio Soares de Oliveira, em Guarulhos, acompanhei a abertura do Grupo 29 com o duelo entre Flamengo e o genial Potyguar Seridoense, número 779 da Lista.

Ver Copinha na cidade vizinha da capital sempre foi complicado. A FPF nunca agraciou a sede com equipes incríveis, e por ser um lugar que sempre enche, não é prioridade. Para terem uma ideia, vi rodadas duplas da primeira fase no Ninho do Corvo apenas em 2008, 2009, 2010, 2014, 2015 e 2022. Dessas, só quatro times novos: Independência do Acre em 2008, Atlético Roraima em 2010, Imagine do Tocantins em 2012 e o Palmeira de Goianinha em 2015. Ter dois novos ali em 2024 foi um ponto fora da curva.


AA Flamengo (sub-20) - Guarulhos/SP


ACD Potyguar Seridoense (sub-20) - Currais Novos/RN


Capitão do Fla, do Potyguar e os quatro integrantes da arbitragem

O Flamengo é figurinha carimbada no torneio faz tempo, já a gloriosa Associação Cultural e Desportiva Potyguar Seridoense, da cidade de Currais Novos, estreia na Copa São Paulo. O clube conquistou a vaga depois de eliminar o poderoso ABC na semi do estadual sub-20. Na decisão, ficou com o vice após ser derrotado pelo América nos pênaltis.

Como esperado, logo quando cheguei na casa guarulhense vi que a cancha estaria entupida de torcedores. Mais um jogo com aquele panorama que conhecemos de longa data. No Paulista, não vai ninguém nos estádios, só que na Copinha é um inferno. Estava um calor do cão e logo estava no gramado sintético do campo do rubro-negro.

Com a bola rolando, nenhuma surpresa. O domínio local foi absoluto. O Potyguar foi um adversàrio à altura, mas pouco fez no campo de ataque. Apesar do domínio, o gol mandante saiu apenas aos 33 minutos, e ainda assim depois de um vacilo da zaga do Leão do Seridó. Rikelmi foi o autor do tento que deixou a torcida, que já reclamava, mais tranquila.



O Flamengo foi melhor, mas demorou para marcar


Por incrível que pareça, não teve gol nesse lance. A bola bateu do lado de dentro da trave e saiu






Na etapa final o Corvo chegou aos 4 a 0, marcando a primeira vitória do clube na Copinha-24

Na etapa final, nem bem o relógio tinha feito a primeira volta e Jorginho ampliou a vantagem. A tática do Potyguar virou pó e o Flamengo ficou na boa. Kaíque e Juan Lemos deram números finais aos 30 e 34 minutos. Nenhuma surpresa com o resultado de Flamengo 4-0 Potyguar. Quem gostou mesmo foi a torcida, animadíssima nas arquibancadas lotadas do Antônio Soares de Oliveira.

Muitos foram embora após a preliminar, porém quem ficou viu uma partida de fundo que nasceu histórica.

Até lá!

Ficha Técnica: Flamengo/SP 4-0 Potyguar

Local: Estádio Antônio Soares de Oliveira (Guarulhos); Árbitro: Tiago de Mattos da Silva; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Jorginho, Kaique e Allyson; Gols: Rikelmi 33 do 1º, Jorginho 1, Kaique 30 e Juan Lemos 34 do 2º.
Flamengo: Felipe; Jorginho (Pedro Augusto), Rafael, Ruan e Catai (Ian); Raul, Caio Felipe, João Lucas (Juan Lemos) e Brendon (Tiaguinho); Kaique e Rikelmi (Nakamura). Técnico: Tom.
Potyguar: Izak; Felipinho (Vitinho), Nerival, Juan e PC (Erik Souza); João (JV Silva), Murilo (Nino), Allyson e Vitinho; Bahia (Renílson) e Fábio (Coruja). Técnico: Matheus Rocha.

sábado, 6 de janeiro de 2024

Nova Mutum vai bem e ganha a primeira na estreia na Copinha

Texto e fotos: Fernando Martinez


O jogo de fundo, o quarto da quinta-feira, no Estádio Francisco Ribeiro Nogueira, sede do Grupo 28 da Copa São Paulo de Futebol Júnior, teve o segundo time novo do dia, o terceiro na competição e o 778º da Lista. Falo do glorioso Nova Mutum do Mato Grosso do Sul, que faz a sua estreia em 2024 depois do vice-campeonato estadual na temporada passada. O União Mogi foi o adversário na chuvosa tarde/noite em Mogi das Cruzes.

Ouvi que o onze paulista, o alvirrubro da Rua Casarejos, seria favorito pelo simples fato de jogar em casa, Nem a pau, amigo. O Nova Mutum é uma agremiação que vem fazendo bonito no Mato Grosso e só o Cuiabá foi capaz de pará-lo em 2023. Por também estar indo bem no profissional e por saber como andam as coisas em Mogi, eu tinha plena consciência que a missão dos locais era difícil. O favoritismo era visitante.


União Mogi FC (sub-20) - Mogi das Cruzes/SP


Nova Mutum EC (sub-20) - Nova Mutum/MT


Aquela tradicional imagem dos capitães com o quarteto de arbitragem

Quando a ação começou, não deu outra. Debaixo de uma garoa constante, que inclusive chegou a se transformar em chuva fraca em alguns momentos, o primeiro tempo teve o Nova Mutum melhor. Logo aos oito minutos o clube do Centro-Oeste abriu a contagem com André aproveitando rebote de chute de Nalberty na trave.

A torcida que encheu a parte coberta do Nogueirão digamos que não foi tão parceira dos atletas em campo. Muita reclamação, xingamentos a esmo e aquela boa e velha impaciência apesar de ser a primeira apresentação no ano. O União ficou com a bola nos pés, porém pouco produziu. Na base do bumba-meu-boi, deixou tudo igual aos 43. Igor Rodrigues cobrou falta no travessão e João Pedro completou na sobra.

O gol foi uma trégua da torcida com a molecada, mas ela não demorou para terminar. Com apenas seis minutos do tempo final, o Nova Mutum retomou a dianteira no marcador. Um cruzamento da direita encontrou Luiz Felipe, camisa 3 do União, no meio do caminho e ele fez contra. O 2 a 1 contra matou os donos da casa, que atacaram de forma desordenada e deram espaço ao Azulão.

A peleja seguiu em banho-maria com aquela penumbra peculiar no Nogueirão digna dos palcos futebolísticos mais escuros do estado e aos 50 o resultado foi definido com o terceiro tento mato-grossense. Cristian avançou na boa, sem crise e com a marcação distante. Arriscou de longe e colocou a pelota no canto direito de Matheus.





Detalhes de União Mogi x Nova Mutum no Nogueirão




O empate do União em três momentos: a bola que bateu na trave, a conclusão e a comemoração de João Pedro para as lentes do Jogos Perdidos




Na etapa final o time visitante não vacilou e conquistou a sua primeira vitória logo na estreia na Copinha

Sem surpresas (pelo menos para mim), o União Mogi 1-3 Nova Mutum praticamente definiu a sorte do Grupo 28. Duvido que o alvirrubro mogiano e o Capital do Tocantins tenham força para estarem entre os 64 no mata-mata. Creio que os vencedores da jornada inicial devem ficar com as vagas na segunda fase.

Com seis jogos e três times novos, o começo da Copinha foi bastante promissor. A Lista ganhou mais duas equipes geniais na sexta em uma sede que dificilmente eu visito por uma série de motivos.

Até lá!

Ficha Técnica: União Mogi 1-3 Nova Mutum

Local: Estádio Francisco Ribeiro Nogueira (Mogi das Cruzes); Árbitra: Ana Caroline Carvalho; Público e Renda: Portões abertos; Cartão amarelo: Gustavo Nunes; Gols: André 8 e João Pedro 43 do 1º, Luiz Felipe (contra) 6 e Cristian 50 do 2º.
União Mogi: Matheus; Paraguai (João Vinicius), Luiz Felipe, Maestri e Alê (Gustavo Nunes); Erick, Arthur, Igor Milhas e Pedro Tosatti (Rickelme); João Pedro (Henrique) e Igor Rodrigues (Luis Henrique). Técnico: José Eduardo de Miranda.
Nova Mutum: Gutembergue; Thiago Corrêa, Nicolas, Raian e Webert; André (Roan), Dagoberto (Cristian), Matheuzinho e Daniel (Fabinho); Nalberty (Gabriel) e Marquinhos (Matheus). Técnico: Marcelo Moreira.

Cruzeiro vai mal e sofre para derrotar o Capital/TO

Texto e fotos: Fernando Martinez


A ideia da quinta-feira era emplacar uma rodada tripla, mas no fim deu tempo de acompanhar uma quádrupla, encaixando na programação a peleja que abriu a disputa do Grupo 28 da Copa São Paulo Futebol Júnior em Mogi das Cruzes. No ensopado gramado do Estádio Francisco Ribeiro Nogueira, Cruzeiro e o genial Capital de Tocantins fizeram a estreia no torneio.

Contei com a companhia da dupla Nilton e Renato em Itaquaquecetuba e nem bem a jornada no Ildeu Silvestre do Carmo tinha acabado e pegamos um Uber até a outra sede no Alto Tietê. Teve pneu vazio e um atraso imprevisto que por pouco não obrigou chamarmos outro possante. Na base da oração, deu certo. Chegamos no Nogueirão no finalzinho da etapa inicial. Sim, não é o ideal, porém em situações assim a gente dá um desconto.

Nada tinha acontecido até então e pouco se viu quando a bola voltou a rolar na etapa final. O Cruzeiro, campeão em 2007 que sempre entra com pinta de um dos favoritos ao título, não se encontrou e apesar de ocupar o campo de defesa do onze tocantinense, não tinha objetividade. Vale registrar que o clube do norte do país disputa a sua quinta Copinha na história e até aqui nunca venceu nenhum jogo.

Acabou que os mineiros conseguiram abrir a contagem aos 16 minutos com Gui Meira chutando forte no canto. Alguns animados torcedores pensaram que poderia ser a abertura da porteira... só que não. A partida seguiu um tanto quanto modorrenta e sem emoções. Nesse cenário árido de alegria, um golzinho já foi enorme lucro.






Cruzeiro e Capital/TO fizeram o meu terceiro jogo na quinta-feira e cometeram o terceiro 1 a 0. Não está fácil

O Cruzeiro 1-0 Capital/TO mostrou que o escrete de Belo Horizonte vai precisar melhorar bastante caso queira melhor sorte na Copinha. Já para o Rei do Cerrado, vai ser difícil que passem de fase. A ideia é ver se conquistam a primeira vitória na história nas duas rodadas restantes.

Terminada a preliminar, era a hora do duelo de fundo, certamente o mais legal da rodada no estádio mogiano. Teve o terceiro time novo na Lista em 2024, o segundo no mesmo dia, contra os donos da casa.

Até lá!

Ficha Técnica: Cruzeiro 1-0 Capital/TO

Local: Estádio Francisco Ribeiro Nogueira (Mogi das Cruzes); Árbitro: Rafael de Souza; Público e Renda: Portões abertos; Cartões amarelos: Henrique Silva, Arthur, Jhosefer, Iarlei e Renan Yuri; Gol: Gui Meira 16 do 2º.
Cruzeiro: Otávio; Dorival, Pedrão, Kelvin e João Gabriel; Henrique Silva (Xavier), Gui Meira (Rhuan Gabriel), Jhosefer e Vitinho (André); Ruan Índio (Tevis) e Fernando (Arthur). Técnico: Fernando Seabra.
Capital/TO: Gustavo; Iarlei (Fernando), Renan Yuri, Victor Gabriel e Fischer (Wenis); Isaac, Alemão, Phedro Lucas e Zé Elias; Hugo e João (Clayton). Técnico: Leandro Nunes.

Mesmo jogando mal, Sport vence a primeira na Copinha

Texto e fotos: Fernando Martinez


O duelo principal em Itaquaquecetuba, direto do recauchutado Estádio Ildeu Silvestre do Carmo, teve o time com o cabalístico número 777 da Lista. O genial Cruzeiro de Arapiraca, que disputa a sua segunda Copa São Paulo de Futebol Júnior, enfrentou o Sport em sensacional encontro nordestino válido pelo Grupo 23.

O Sport foi o quinto colocado na Copinha-23 e começou a disputa em 2024 querendo fazer bonito novamente. O Cruzeiro de Arapiraca estreou em 2023 com campanha de dois empates, uma derrota e eliminação na fase de grupos. Ele foi fundado em 2019 e faz homenagem ao original, nascido em 1983 e extinto em 1997.


Sport C do Recife (sub-20) - Recife/PE


EC Cruzeiro (sub-20) - Arapiraca/AL


Os quatro integrantes da arbitragem junto com os dois capitães

Parte do pessoal que acompanhou a vitória do Aster Itaquá se mandou. Mesmo assim o estádio seguiu cheio e o calor estava maltratando todo mundo sem nenhum dó. Para piorar, se a preliminar já não tinha sido grande coisa, o confronto de fundo foi muito ruim, principalmente na primeira metade.

Claro que o gramado sintético atrapalha a atuação dos atletas, só que eles estavam com a inspiração em falta. Nos 45 minutos iniciais, foram dois ou três ataques razoáveis e só. No intervalo eu, destruído por conta do calor, fui garantir um lugar na tímida "cabine de imprensa", entre aspas, feita no meio da arquibancada.

Quando estive no Campo do Brasil no fim do ano a cabine estava localizada do lado oposto aos bancos de reservas. Acabou que convidados da prefeitura ficaram com o espaço e montaram uma cabine atrás dos bancos. Ela consiste em algumas telhas de zinco sustentados por dois pedaços de madeira. Nada refinado, porém me ajudou a ficar na sombra.

De lá tive a companhia da dupla Nílton e Renato e, apesar da peleja ter melhorado um pouquinho, não foi nada brilhante. O Sport foi dono das ações e Pedro Lima, camisa 2 pernambucano, quase fez um gol de placa. Ele driblou vários jogadores do Cruzeiro, entrou na área e, ao invés de chutar direto, tentou encontrar um companheiro no meio da área. Teria sido uma pintura se tivesse finalizado. Nesse cenário, gol mesmo teve apenas aos 10 minutos em ataque pela esquerda e levantamento na cabeça de Gilwagner na linha da pequena área. Pouco.











Queria ter visto o Cruzeiro/AL ano passado, mas não consegui viajar até a cidade de Franca. Felizmente em 2024 o time voltou à Copinha e a FPF fez o favor de colocar na Grande São Paulo


Um simpático cachorrinho não aguentou o calor e apagou durante toda a peleja na cabine de imprensa

O Sport 1-0 Cruzeiro/AL foi o suficiente para o Leão abrir a participação na Copa São Paulo na ponta do Grupo 23 junto com o Aster Itaquá. Agora, é fato que vão precisar melhorar caso queiram ir longe. Na próxima rodada, pegam o Santo André, enquanto os donos da casa vão enfrentar o onze alagoano.

Nem bem acabou o duelo em Itaquá e pegamos o rumo de outra sede, com direito a outro time novo na Lista, um barra pesada que nunca tinha vindo a São Paulo.

Até lá!

Ficha Técnica: Sport 1-0 Cruzeiro/AL

Local: Estádio Ildeu Silvestre do Carmo (Itaquaquecetuba); Árbitro: Willer Fulgêncio Santos; Público e Renda: Portões abertos; Cartão amarelo: Kauan; Gol: Gilwagner 10 do 2º.
Sport: Davi; Pedro Lima, Baraka (Vítor Neves), Nassom e Victor Gabriel; Bruno, Gean (Thalis), Arthur e Gustavinho (Luiz Henrique); Marcelo Henrique (Natanael) e Gilwagner (Tawan). Técnico: Thiago Larghi.
Cruzeiro/AL: Gustavo; Lalinho, Rhonald (Victor), Dayvison e Islan; Douglas DG, Marcelinho, Fernando (Natan Nunes) e Filipe Prior (Kauan); Wallismar Pistoleiro (Gabriel) e Ruan (Mbappé da Shoppe). Técnico: Bilú.