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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Santiago brilha e São Caetano massa o Palmeira/RN em Guarulhos

Opa,

Após catorze jogos em sete dias de coberturas, encerrei meus trabalhos na primeira fase da 46ª Copa São Paulo de Futebol Júnior com uma visita em Guarulhos, cidade que sediou o Grupo Y, para a última rodada dupla. Completei meu oitavo time "novo" com a inclusão do genial Palmeira de Goianinha na Lista. O adversário do time potiguar foi o São Caetano, semi-finalista do paulista sub20.

Fugindo do padrão geral, no caso do Rio Grande do Norte o campeão sub19 não teve como jogar a competição por força do regulamento. O Globo FC, nova força do estado, conquistou o caneco, mas por ter sido fundado há menos de dois anos, não pôde vir jogar a Copinha. No seu lugar, veio o ABC de Natal, terceiro colocado.

Apesar do retrospecto bom no estadual, o Palmeira não fez boas apresentações nas duas primeiras partidas. Foram duas derrotas, primeiro para o Flamengo e depois uma paulada de 6x2 a favor do Atlético Paranaense. O que sobrou como missão para essa partida de despedida era tentar segurar o Azulão.


AD São Caetano (sub20) - São Caetano do Sul/SP. Foto: Fernando Martinez.


Palmeira FC da Una (sub20) - Goianinha/RN. Foto: Fernando Martinez.

O único problema para os potiguares era que esse time do São Caetano talvez seja o melhor que o clube já teve nessa categoria em muito tempo. O time foi bem demais no estadual, sendo eliminado apenas pelo poderoso Corinthians na semi-final. Na Copinha a equipe somava quatro pontos depois do empate contra o Furacão e a vitória contra o rubro-negro guarulhense.


Quarteto de arbitragem e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.

Tamanho favoritismo não entrou em campo no primeiro tempo da partida, disputada sob (pra variar) um calor fortíssimo. O Palmeira jogou de forma segura e deu muito trabalho para o Azulão. A equipe mostrou bastante qualidade defensiva e surpreendeu a todos quando abriu o marcador aos 11 minutos com o gol de Édson.


O zaga do Palmeira no tempo inicial conseguiu parar o ataque do Azulão. Foto: Fernando Martinez.

O São Caetano não conseguia criar um único ataque decente e o Palmeira seguia na boa. A moleza era tanta que o goleiro Bahia parece que quis dar uma forcinha para os paulistas. Numa cobrança de lateral a pelota foi jogada na área. A defesa era relativamente fácil, mas ele calculou mal a saída e passou da linha da bola. Ela acabou caindo atrás dele e sobrou livre para Guilherme empatar.


Atacante paulista sob a marcação de quatro defensores potiguares. Foto: Fernando Martinez.


Momento em que o goleiro Bahia deixou a bola passar e que resultou no primeiro gol do São Caetano. Foto: Fernando Martinez.

O infeliz lance deixou o Azulão mais aceso, mas até o fim do primeiro tempo o time não conseguiu furar a retranca potiguar. Como o sol era absurdo, fui para as sombras falar com os amigos presentes. O quórum para essa peleja foi enorme e teve a presença do Nílton, Luiz, Sérgio, Espina, Colucci, Mário, Mílton e Ricardo Pucci. Todo mundo colocando o alviverde do Nordeste nas respectivas listas.


Zaga alviverde afastando o perigo. Foto: Fernando Martinez.

Entre um copo d'água, um gole de refrigerante e um salgadinho de isopor consumido o segundo tempo começou. Mal sabíamos que estávamos prestes a presenciar um verdadeiro massacre. Em pouquíssimo tempo o São Caetano aniquilou o Palmeira com ataques mortais e muitos gols.


Jogada pela esquerda do ataque do time do ABC ainda no tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.

O time marcou cinco vezes em somente quinze minutos, num ritmo tão intenso que ninguém no Estádio Antônio Soares de Oliveira parecia acreditar. O nome do jogo acabou sendo o camisa 9 Santiago. Ele entrou no intervalo e marcou nada menos do que quatro gols.


Bahia fazendo defesa no tempo final. Foto: Fernando Martinez.

O gol da virada do Azulão aconteceu antes mesmo do primeiro minuto e foi marcado pelo camisa 9. Ele mesmo fez o terceiro dois minutos depois. Zanetti aos 12, Guilherme aos 14 e novamente Santiago aos 15 foram os autores da mortal sequência de tentos.


A zaga do Palmeira bateu cabeça durante todo segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.

O decano Mílton Haddad já se animou imaginando que dessa vez ele veria o famoso "nove". É, mas para desespero dele o São Caetano simplesmente parou depois dos 6x1. O Palmeira estava grogue e não esboçava nenhuma reação. Mesmo assim, o Azulão marcou apenas mais um gol, de novo com Santiago, agora aos 39 minutos.


Mais um boa chegada do São Caetano. Foto: Fernando Martinez.

O placar final de São Caetano 7-1 Palmeira/RN não fez o velho amigo realizar seu sonho, mas deixou todo o pessoal do ABC feliz com a vaga para a segunda fase praticamente certa, independente do resultado do jogo de fundo. Em dezesseis participações até hoje na Copinha, essa foi apenas a quarta vez em que a equipe da Grande São Paulo passou de fase.

Vale registrar que independente da derrota e da 102ª pior campanha entre os 104 participantes, o Palmeira em nenhum momento apelou ou jogou sujo. A equipe mostrou um futebol digno e por conta de todas as dificuldades para se jogar futebol hoje em dia, merece todos os parabéns. Que o time possa voltar em breve ao estado.

Com o Azulão quase garantido, agora era a vez do Atlético/PR jogar para ver se também conseguiria o passaporte para ficar entre os 32 melhores do certame. Só que o Flamengo prometia estragar as intenções paranaenses. A peleja prometia muito.

Até lá!

Fernando

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