Opa,
Após catorze jogos em sete dias de coberturas, encerrei meus trabalhos na primeira fase da 46ª Copa São Paulo de Futebol Júnior com uma visita em Guarulhos, cidade que sediou o Grupo Y, para a última rodada dupla. Completei meu oitavo time "novo" com a inclusão do genial Palmeira de Goianinha na Lista. O adversário do time potiguar foi o São Caetano, semi-finalista do paulista sub20.
Fugindo do padrão geral, no caso do Rio Grande do Norte o campeão sub19 não teve como jogar a competição por força do regulamento. O Globo FC, nova força do estado, conquistou o caneco, mas por ter sido fundado há menos de dois anos, não pôde vir jogar a Copinha. No seu lugar, veio o ABC de Natal, terceiro colocado.
Apesar do retrospecto bom no estadual, o Palmeira não fez boas apresentações nas duas primeiras partidas. Foram duas derrotas, primeiro para o Flamengo e depois uma paulada de 6x2 a favor do Atlético Paranaense. O que sobrou como missão para essa partida de despedida era tentar segurar o Azulão.
AD São Caetano (sub20) - São Caetano do Sul/SP. Foto: Fernando Martinez.
Palmeira FC da Una (sub20) - Goianinha/RN. Foto: Fernando Martinez.
O único problema para os potiguares era que esse time do São Caetano talvez seja o melhor que o clube já teve nessa categoria em muito tempo. O time foi bem demais no estadual, sendo eliminado apenas pelo poderoso Corinthians na semi-final. Na Copinha a equipe somava quatro pontos depois do empate contra o Furacão e a vitória contra o rubro-negro guarulhense.
Quarteto de arbitragem e capitães dos times. Foto: Fernando Martinez.
Tamanho favoritismo não entrou em campo no primeiro tempo da partida, disputada sob (pra variar) um calor fortíssimo. O Palmeira jogou de forma segura e deu muito trabalho para o Azulão. A equipe mostrou bastante qualidade defensiva e surpreendeu a todos quando abriu o marcador aos 11 minutos com o gol de Édson.
O zaga do Palmeira no tempo inicial conseguiu parar o ataque do Azulão. Foto: Fernando Martinez.
O São Caetano não conseguia criar um único ataque decente e o Palmeira seguia na boa. A moleza era tanta que o goleiro Bahia parece que quis dar uma forcinha para os paulistas. Numa cobrança de lateral a pelota foi jogada na área. A defesa era relativamente fácil, mas ele calculou mal a saída e passou da linha da bola. Ela acabou caindo atrás dele e sobrou livre para Guilherme empatar.
Atacante paulista sob a marcação de quatro defensores potiguares. Foto: Fernando Martinez.
Momento em que o goleiro Bahia deixou a bola passar e que resultou no primeiro gol do São Caetano. Foto: Fernando Martinez.
O infeliz lance deixou o Azulão mais aceso, mas até o fim do primeiro tempo o time não conseguiu furar a retranca potiguar. Como o sol era absurdo, fui para as sombras falar com os amigos presentes. O quórum para essa peleja foi enorme e teve a presença do Nílton, Luiz, Sérgio, Espina, Colucci, Mário, Mílton e Ricardo Pucci. Todo mundo colocando o alviverde do Nordeste nas respectivas listas.
Zaga alviverde afastando o perigo. Foto: Fernando Martinez.
Entre um copo d'água, um gole de refrigerante e um salgadinho de isopor consumido o segundo tempo começou. Mal sabíamos que estávamos prestes a presenciar um verdadeiro massacre. Em pouquíssimo tempo o São Caetano aniquilou o Palmeira com ataques mortais e muitos gols.
Jogada pela esquerda do ataque do time do ABC ainda no tempo inicial. Foto: Fernando Martinez.
O time marcou cinco vezes em somente quinze minutos, num ritmo tão intenso que ninguém no Estádio Antônio Soares de Oliveira parecia acreditar. O nome do jogo acabou sendo o camisa 9 Santiago. Ele entrou no intervalo e marcou nada menos do que quatro gols.
Bahia fazendo defesa no tempo final. Foto: Fernando Martinez.
O gol da virada do Azulão aconteceu antes mesmo do primeiro minuto e foi marcado pelo camisa 9. Ele mesmo fez o terceiro dois minutos depois. Zanetti aos 12, Guilherme aos 14 e novamente Santiago aos 15 foram os autores da mortal sequência de tentos.
A zaga do Palmeira bateu cabeça durante todo segundo tempo. Foto: Fernando Martinez.
O decano Mílton Haddad já se animou imaginando que dessa vez ele veria o famoso "nove". É, mas para desespero dele o São Caetano simplesmente parou depois dos 6x1. O Palmeira estava grogue e não esboçava nenhuma reação. Mesmo assim, o Azulão marcou apenas mais um gol, de novo com Santiago, agora aos 39 minutos.
Mais um boa chegada do São Caetano. Foto: Fernando Martinez.
O placar final de São Caetano 7-1 Palmeira/RN não fez o velho amigo realizar seu sonho, mas deixou todo o pessoal do ABC feliz com a vaga para a segunda fase praticamente certa, independente do resultado do jogo de fundo. Em dezesseis participações até hoje na Copinha, essa foi apenas a quarta vez em que a equipe da Grande São Paulo passou de fase.
Vale registrar que independente da derrota e da 102ª pior campanha entre os 104 participantes, o Palmeira em nenhum momento apelou ou jogou sujo. A equipe mostrou um futebol digno e por conta de todas as dificuldades para se jogar futebol hoje em dia, merece todos os parabéns. Que o time possa voltar em breve ao estado.
Com o Azulão quase garantido, agora era a vez do Atlético/PR jogar para ver se também conseguiria o passaporte para ficar entre os 32 melhores do certame. Só que o Flamengo prometia estragar as intenções paranaenses. A peleja prometia muito.
Até lá!
Fernando
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